Coronavírus: nos EUA, perspectiva econômica não é animadora

Economistas não projetam uma retomada no curto prazo, e explicam o que precisa ser feito para dar suporte para quem realmente precisa

foto: Reprodução/Agência Brasil

Jornal GGN – Os Estados Unidos estão em meio a um esforço de guerra para combater o coronavírus, que já matou mais de 9 mil pessoas apenas no país. Mas trabalhadores, empresas e até mesmo a Casa Branca começa a se perguntar: por quanto tempo isso vai continuar?

E as perspectivas não são das mais animadoras: economistas consultados pelo jornal norte-americano The New York Times afirmam que, essencialmente, não haverá uma economia em pleno funcionamento até que as pessoas tenham total certeza de que podem continuar suas atividades sem correr o risco de ficarem doentes.

As perspectivas são conflitantes: o presidente Donald Trump adiou seu prognóstico para a reabertura da economia para o final de abril, mas alguns governadores estabeleceram metas mais conservadoras: na Virgínia, o governador Ralph Northam cancelou o restante do ano letivo e impôs uma restrição de circulação até 10 de junho.

O consenso apresentado pelos economistas quanto a restauração da normalidade da economia norte-americana passa pela necessidade de mais testes, para mostrar aos formuladores de políticas uma evidência para determinar a rapidez com que o vírus está se espalhando, e quando é seguro que as pessoas voltem ao trabalho – sem esses testes, não é possível estabelecer um limite de tempo para a reabertura econômica.

Também será preciso obter melhores dados sobre a probabilidade de superlotação hospitalar e dos sistemas de saúde regionais caso a taxa de infecção se dissemine.

Uma vez que se consiga estabelecer o chamado rastreamento de contato, para evitar a propagação do vírus, será possível estabelecer um nível de detecção que permitirá a alguns trabalhadores retomar as atividades – e também garantir apoio e proteção a quem está colocando sua saúde em risco para manter as atividades essenciais em funcionamento, como médicos, enfermeiros, atendentes de supermercados e os entregadores.

De acordo com o jornal norte-americano, será igualmente necessário garantir mais apoio aos trabalhadores que perderam seus empregos e às empresas que estão à beira do precipício. Isso pode representar mais empréstimos a pequenas empresas e benefícios de desemprego e pagamentos diretos aos cidadãos, o que pode forçar o governo a ser criativo na distribuição de recursos para evitar gargalos.

Redação

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