Jornal GGN – A OMS (Organização Mundial da Saúde) voltou a rebater o presidente Jair Bolsonaro, que distorceu as orientações da entidade para fazer a população voltar às ruas em meio à pandemia do coronavírus.
Em entrevista realizada nesta quarta-feira, o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, foi questionado por um jornalista sobre o pronunciamento de Bolsonaro, e passou a palavra a Michael Ryan, diretor-executivo do programa de emergências sanitárias da entidade.
Ryan foi sucinto: “Além das medidas de lockdown, precisamos de estratégias abrangentes baseadas em vigilância, em intervenção de saúde pública, detecção de casos, testagem, isolamento, quarentena, e fortalecer nossos sistemas de saúde para absorver o golpe”. Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, Ryan ressaltou que a mensagem não era direcionada apenas ao Brasil, mas a todos os países.
Bolsonaro distorceu o pronunciamento de Tedros Adhanom, afirmando que o representante da OMS defendeu que os trabalhadores informais continuassem circulando, o que não é verdade – Adhanom afirmou que, ao se elaborar políticas que restringem a circulação das pessoas, é preciso considerar os profissionais que precisam ganhar o pão de cada dia.
O presidente também citou o diretor da OMS em pronunciamento em rede nacional feito nesta terça-feira, desta vez para sustentar a tese que compara o salvamento de vidas com o de empregos. E mais uma vez, não disse que Tedros defende o isolamento e as restrições de mobilidade para conter o coronavírus.
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