O balanço do coronavírus na América Latina

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Equador em colapso por cadáveres nas ruas. Brasil quase duplica número de mortos por coronavírus. Argentina garante emprego. E outras informações

O balanço da América Latina divulgado na TV GGN desta quarta-feira (01). Os dados atualizados podem ser acompanhados na reportagem abaixo:

Jornal GGN – O cenário do coronavírus na América Latina desta semana foi marcado por cenas fortes do Equador, país que lidera o número de contagiados e mortos por habitantes na região. Dezenas de cadáveres infectados pelo coronavírus vistos nas ruas e calçadas do país, sem resgate (imagens acima).

Oficialmente, o Equador de Lenin Moreno anuncia 2.758 casos confirmados e 98 mortos, mas jornais locais revelam que somente na última semana de março, foram recolhidos 300 corpos das ruas e residências e há 450 mais em uma lista de espera da polícia equatoriana para ser resgatados e enterrados. O GGN mostrou em reportagem, nesta quarta (01), algumas destas cenas denunciadas nas redes sociais.

Mas o país que continua liderando em quantidade de contagiados na região é o Brasil, com 6.931 casos confirmados na manhã desta quinta (02) e 244 mortos, quase o dobro de falecidos pelo Covid-19 do que o dia anterior.

O Chile, com 3.031 confirmados e 16 mortos, aumentou o tempo de quarentena obrigatória esta semana, para 14 dias. Na Argentina, que teve um salto nos registros para 1.133 casos e 33 mortos na data de hoje, o presidente Alberto Fernández publicou um decreto de proteção dos trabalhadores, proibindo que as empresas demitam funcionários nos próximos 60 dias.

Cuba, com 212 casos confirmados e 6 mortes, continua servindo de exemplo de medidas sanitárias. O país, que tem 82 médicos para cada 10 mil habitantes, muito superior a países como França e Estados Unidos, já hospitalizou 2.837 pessoas por simples precaução. E 28 mil estudantes de medicina cubanos saíram às ruas, esta semana, para detectar nas residências possíveis casos de coronavírus e conscientizar a população.

Na Venezuela, com bem menos casos, 144 e 3 mortos, a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado contra Nicolás Maduro motivou novas interferências dos Estados Unidos, com o chefe da diplomacia Mike Pompeo pedindo novas eleições.

Na Colômbia, com 1.065 casos e 17 mortos, a última guerrilha reconhecida, o ELN, anunciou cessar-fogo em razão da pandemia. República Dominicana e Panamá também tiveram um salto nos dados, com 1.284 e 1.317 confirmados, respectivamente. E o México, que detém lógico risco geográfico pela fronteira com o país que lidera o número de casos no mundo, os Estados Unidos, registra hoje 1.378 confirmados por coronavírus e 37 mortos.

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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