Os EUA cometem crime bárbaro contra a Venezuela, por Roberto Bitencourt da Silva

Seria curioso e até hilário, não fossem trágicas, hipócritas e perversas as medidas encampadas agora contra a Venezuela. Um enorme risco de guerra odiosa imperialista paira sobre nuestra América.  

Os EUA cometem crime bárbaro contra a Venezuela

por Roberto Bitencourt da Silva

Uma das ações mais hipócritas e absurdas já conhecidas nos últimos tempos, no âmbito das relações internacionais, é a recente pseudodenúncia feita contra Nicolás Maduro, por pretenso envolvimento com tráfico de drogas, acusado de ser um narcoterrorista, pelo judiciário dos EUA.
Não bastassem as terríveis sanções adotadas contra a Venezuela, impedindo acesso e importações de equipamentos, alimentos e medicamentos, em meio à grave crise humanitária da pandemia do coronavirus, o governo estadunidense pôs em movimento frota naval contra a Venezuela. Na menos pior das hipóteses, visando asfixiar ainda mais a economia e a caoacidade doméstica de satisfação das necessidades básicas de consumo no pais coirmão.
Ademais, o governo dos Estados Unidos está oferecendo uma recompensa para a prisão de Maduro, um presidente legitimamente eleito… Uma violação estúpida, grotesca e arrogante do direito internacional. É como se o governo americano atuasse  em um filme de faroeste do John Wayne.
Cumore ainda observa que o governo venezuelano é considerado um “regime pária”, “desonesto”, uma expressão recorrente utilizada nos documentos da diplomacia e de defesa dos EUA, para se referir também a outros desafetos da estratégia imperial estadunidense, como Cuba, Irã, Coreia do Norte, países que a avaliação oficial sobe o tom um pouco mais alto, em face da China e da Rússia, considerados rivais ameaçadores, mas não necessariamente “párias”.
O governo estadunidense advoga a tese de que o tráfico de drogas é uma ameaça para a sua sociedade. Que corrompe seus valores e a vida comunitária. Muito bem. Contudo, o ponto mais curioso e interessante de tudo é o seguinte: o principal aliado dos EUA na América do Sul é a Colômbia. Depois ou já ombreando, infelizmente, o nosso Brasil.
O belo país governado por sucessivos reacionários, mas também uma nação coirmã, a Colômbia, em que os Estados Unidos possuem umas 7 bases militares, em que a DEA, órgão policial oficialmente dedicado ao combate às drogas, circula na Colômbia à vontade. Em que parcerias e recursos injetados em forças policiais locais se estendem há anos. Tendo isso em.vista, não é por falta de vigilância, armas e controle que a Colômbia não regula e encerra as suas atividades produtoras de drogas.
Com tudo isso, a Colômbia é a maior plataforma produtora e exportadora mundial de cocaína. Os EUA, como maiores consumidores mundiais de drogas, provavelmente a maior fonte de demanda da droga colombiana.
Os Estados Unidos tornaram a Colômbia praticamente um protetorado militar seu. A Colômbia é vizinha da Venezuela e inimiga declarada, anos a fio, do governo chavobolivariano.
Seria curioso e até hilário, não fossem trágicas, hipócritas e perversas as medidas encampadas agora contra a Venezuela. Um enorme risco de guerra odiosa imperialista paira sobre nuestra América.
O governo imperialista e os grupos e as classes dominantes dos EUA – bancos, complexo militar industrial e petrolífero – são pérfidos, monstruosos. Seguramente, os maiores inimigos da humanidade, diria Che Guevara. O grande Satã, chamaria o Aiatolá Khomeini. Ambos dotados de absoluta razão.
Roberto Bitencourt da Silva – cientista político e historiador.
Redação

3 Comentários

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  1. O avião presidencial brasileiro transporta drogas para abastecer a Europa, entretanto o traficante é o governo da Venezuela.

    Trump tem um quarto da massa cerebral do Kennedy e o quádruplo da musculatura do Bush.

  2. Na minha opinião praticam varios crimes contra a humanidade sem nenhuma reação internacional.
    Mas como o proprio artigo demonstra agem com covardia, pois nao mexem com os paises que possuem capacidade de reagir.
    E terroristas são os outros.

  3. O problema não é a Venezuela em si. O problema é a relação diplomática que a Venezuela mantém com a China e com a Rússia.
    Só que a Venezuela não é o Panamá.

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