São Paulo trabalha com cenário de 9 milhões de infectados ou mais

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Os cenários extremos levam em consideração um fator peculiar do Brasil: a existência de favelas

Jornal GGN – Com mais de 600 casos confirmados e 22 mortes por coronavírus nesta segunda (23), o estado de São Paulo trabalha com cenário em que até 60% da população poderá ser infectada. É o que afirma reportagem do El País.

No começo, o coordenador do grupo que assessora os governantes no enfrentamento ao coronavírus, David Uip, estimava um cenário em que de 1% a 10% da população seria contaminada.

Na semana passada, a margem aumentou oficialmente para 20%, o que envolveria 9 milhões de paulistas. Mas El País afirma que, nos bastidores, o cenário projetado é ainda mais extremo, de 60% de contágio.

Os cenários extremos levam em consideração um fator peculiar do Brasil: a existência de favelas dificulta o distanciamento social cobrado da população.

Governo estadual e prefeituras já adotam medidas de mitigação, como fechar estabelecimentos comerciais, igrejas, suspender eventos e jogos. Além disso, investem em hospitais de campanha e vacinação contra influenza.

No plano federal, o Ministério da Saúde anunciou que 27.000 testes de coronavírus enviados aos Estados, e mais 10 milhões serão distribuídos nas próximas semanas. Porém, só será testados quem estiver com sintomas.

Na Coreia do Sul, o teste em massa envolvia não assintomáticos, porque eles são o motor de difusão da doença, justamente por manter o convívio social por não apresentar sintomas. Com essa medida, o País conseguia identificar todos os grupos que precisavam ser isolados.

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. Agora no dia 26 o corona faz aniversário de um mês.
    Até agora com quase 2 mil notificacões e 34 óbitos.
    Estou considerando, felizmente, esses números muito baixos, em que pese a inexatidão dos dados divulgados pelo MS.
    Somente eu tenho este sentimento?
    Vamos chegar nos 30 dias com menos de 2 óbitos por dia.
    Se comparar aos EUA que entraram agora, ou nosso controle está totalmente desmoralizado, especialmente em relação aos óbitos, ou nosso sistema de saúde tem respondido bem ao inicio da guerra.
    Que dizem?
    Seria bom preparar uma matéria sobre esses primeiros 30 dias e como foi esse período nos outros países.

    1. Só complementando meu comentário; A letalidade até agora no Brasil é de 1,3 óbitos dia e a notificação é de 72,7 casos.

    2. Até um pouco antes do pico (arredondado) o crescimento não é linear, mas exponencial.
      Portanto o crescimento ainda deverá acelerar.
      A proporção de mortes pode ser levemente linear (leve aumento para 4,4% no mundo), mas aumentarão pelo crescimento dos casos.
      Entendo que essa estimativa paulista seja do tipo “pior caso”.
      O que continua me impressionando são estes números “milionários” que espero sejam bem menores.
      Já imaginaram se usarmos 60% da população mundial (7,5 bi) e 4,4% disso em mortes?
      Daria catastróficos 330 milhões de mortos!

      1. Temos o fator favelas sim, que poderá turbinar os casos.
        Por outro lado o estado de SP é o mais desenvolvido.
        Se nele tivermos 60%…pobre braZil!…
        Enfim, dedos cruzados!

    3. Obviamente que a contagem está totalmente fora de qualquer padrão. Estão omitindo descaradamente o número de casos de infestação. Só estão testando os que ficarem internados. Os demais, com todos os sintomas estão sendo mandados para casa sem qualquer apuração de infestação. Como disseram por aí – o presidente do Albert Einstein, por exemplo – o número de infectados é de 10 a 15 vezes os números apresentados pelas “otoridades”. Estão jogando o país no pandemônio. Consideremos ainda os 73 cadáveres encontrados na funerária em BH, em que nenhum dos corpos – oficialmente – houvesse sido considerado infectado (fora das anotações e estatísticas), mesmo que tenham morrido de “pneumonia” eou “insuficiência respiratória”. Por isso os números estão baixos, talvez, por orientação desse desgoverno “amandettado”: meu líder e timão, né? Lastimável, porque em qualquer dos próximos dias os casos irão nos afogar…

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