A polêmica da importação de feijão

 
Em pleno Plano Cruzado o governo autorizou a importação de feijão pela Conab. Na época denunciei a manobra, que tinha por trás o então marido de Roseane Sarney, Jorge Murad. A jogada envolvia também o IRB (Instituto de Resseguros do Brasil). Na época foi importado um feijão que já tinha se estragado e o IRB teve que bancar a conta do seguro.
 
Os tempos são outros, mas as jogadas costumam respeitar a história.
 
Seria bom que redes sociais e mídia Ministério Público e Polícia federal ficassem de olho nessa operação.
 
Do Estadão
 
Após feijão virar assunto mais comentado no Twitter, Temer libera importação do grão
 
Hashtag #TemerBaixaOPreçoDoFeijão está na lista de assuntos mais comentados na rede social nesta quarta-feira; preço do alimento já subiu quase 40% neste ano
 
O presidente em exercício Michel Temer respondeu aos apelos dos internautas e anunciou, pela sua conta na rede social Twitter, que o governo liberou a importação de feijão de três países vizinhos do Mercosul: Argentina, Paraguai e Bolívia. Em sua postagem, Temer usou a hashtag #TemerBaixaOPreçoDoFeijão, que está entre os assuntos mais comentados desta quarta-­feira. O grão já acumula uma alta de quase 40% no preço em 2016, até maio, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). 

 
E os valores continuam subindo: o IPCA­15, considerado uma prévia da inflação, mostrou uma alta de 16,38% no feijão-­carioca na passagem de maio para junho. A disparada dos preços, que se deve a problemas climáticos, já virou piada nas redes sociais (veja abaixo), com imagens que mostram o grão sendo transportado em carro­forte ou sendo comparado a produtos de luxo. Em 2013, o mesmo aconteceu com o tomate, que era o vilão da inflação à época. 
 
O pedido pela liberação da importação foi feita ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, que participou de reunião com Temer nesta manhã. Em entrevista ao Portal do Planalto, Maggi disse que também está sendo estudada a possibilidade de trazer o produto do México, após a assinatura de um acordo sanitário, e da China.
 
Outra medida que está sendo tomada, afirmou o ministro, é de negociar com grandes redes de supermercado para que busquem o produto onde há maior oferta.
 
“Tenho me envolvido nas negociações com os cerealistas, com os grandes supermercados, para que eles possam fugir do tradicional que se faz no Brasil, e ir diretamente à fonte onde tem esse produto e trazer. E à medida que o produto vai chegando no Brasil, nós temos certeza que o preço cederá à medida em que o mercado for abastecido”, disse Maggi ao Portal do Planalto.
 
Além do feijão, o arroz também está mais caro: a alta é de 4% neste ano. E como esse é o prato típico do brasileiro, os preços mais salgados pesam no orçamento, principalmente da população de baixa renda, já acuada pela recessão e pelo desemprego.
 
De acordo com a auditoria de varejo da GfK, cada família consome cerca de três quilos de feijão por mês. No varejo, o quilo chega a custar hoje até R$ 12, conta o presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda.
 
Clima. O Paraná, que é o principal Estado produtor do feijão, teve quebra de 14% na primeira safra encerrada em março e de 21% na segunda safra, que acaba de ser colhida e que somou 318, 2 mil toneladas. Já a terceira safra está sendo plantada. Mas ela é menor em relação às demais e insuficiente para reverter a alta de preço.
 
Em entrevista ao Estado na semana passada, o engenheiro agrônomo Carlos Alberto Salvador, da Secretaria da Agricultura do Paraná, afirmou que, em maio, o preço médio recebido pelo produtor do Estado pela saca de 60 quilos do feijão em cores foi de R$ 228,21, mais que o dobro do registrado no mesmo mês do ano passado (R$ 106,82). 
 
 
Luis Nassif

10 Comentários

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  1. Quando o tomate subiu muito,

    Quando o tomate subiu muito, não comemos tomate aquie em cas. nionguém ficou doente ou morreu.

    O feijão tá caro? Não comeremos feijão. E sem esta conversa de que é só o que o brasileiro pobre come. Se come muuito feijão sim mas, não só.

     E como faço política dia e noite quando ano passado de uma semana para a outra o morango que minha neta adora e que vem de perto de Fpolis, dobrou de preço de uma semana para a outra , fiquei uns 10 minutos do lado da gondola ( do sacolão que é o hortifruti daqui) falando com a mulherada e argumentando que não havia motivo para tal; Não sei se foi isto mas na outra semana o preço voltou ao normal….

  2.  
    Temos que trabalhar 59

     

    Temos que trabalhar 59 anos, ganhando um salário mínimo, de 880,00 reais, para juntar a quantia gasta por Eduardo Cunha e sua esposa e filha, com cartões de crédito, apenas em dois anos! Melhor com dinheiro derivado da corrupção

  3. É o preço do golpe! Pois os

    É o preço do golpe! Pois os produtores apoiaram a derrubada da Dilma, não foi de graça ! Cadê a preocupação da globo com o preço estratosférico do quilo de feijão a 20,00 reais? 

  4. O feijão é cultivado em grandes áreas. . .

    O feijão é cultivado em grandes áreas nos estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás, no restante do país é cultivado por pequenos produtores, que produzem-no para consumo próprio e vendem o excedente, como dizem os professores de Agronomia: “O feijão é uma hortaliça, que pulou as cercas da horta e virou uma grande cultura”, e como tal é muito sensível às intempéries climáticas, excesso de calor derruba as flores e vagens pequenas, chuvas apodrecem o feijão na roça e frio então nem pensar, e são perseguidos por um grande número de insetos e de doenças. E não adianta estocar feijão para evitar problemas de desabastecimento, quem manda no feijão é a dona de casa, e via de regra elas não gostam de feijão velho. E para piorar as coisas, o comércio mundial é só de feijão preto, só o Brasil tem interesse no feijão de cores (carioquinha, rajadinho, rosinha, roxinho). Talvez uma das soluções para o feijão seria o incentivo à culturas irrigadas de feijão, especialmente na região Centro Oeste, que oferece melhores condições para essa atividade devido ao clima definido do cerrado.

  5. A variação de 60% em média. . .

    A variação de 60% em média para o preço do feijão vale para o feijão preto, já para o carioquinha aqui no noroeste do Paraná a variação média foi de cerca de 100%. foi de R$7,00 para R$14,00 o kg. O feijão embora seja cultivado em grandes áreas, ele também é muito produzido em pequenas áreas, como dizem os professores de Agronomia: “o feijão é uma hortaliça que pulou as cercas da horta e virou grande cultura”, é uma lavoura difícil, excesso de calor aborta as flores, frio sapeca as folhas e queima as vagens, chuvas apodrecem o feijão e se não bastasse é atacado por vários insetos e doenças.

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