Jornal GGN – A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) quer abrir sua infraestrutura para os sistemas estaduais e para a iniciativa privada. A proposta faz parte de um plano articulado com o Ministério da Agricultura para solucionar, de uma vez por todas, os problemas do setor.
“Se queremos resolver os problemas do Brasil na agricultura, nós precisamos integrar a pesquisa pública, a indústria, a produção, o fomento e o mercado”, disse Elísio Contini, pesquisador da Secretaria de Inteligência da Embrapa. “Nós temos laboratórios multiuso que queremos abrir para maximizar resultados. Nossa proposta é compartilhar estruturas e competências, reduzindo redundâncias”, afirmou.
Contini esteve presente no 63º Fórum de Debates Brasilianas.org.
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Entre as dificuldades que o setor ainda enfrenta, ele mencionou o Greening de citros, a doença mais destrutiva para as lavouras de laranja. “É uma cadeia de US$ 10 bilhões. Nós temos que resolver essa questão”.
Ela também se lembrou da ferrugem na soja, “que dá um prejuízo de US$ 1,7 bilhões”. E não deixou de mencionar, na pecuária, a febre aftosa, carrapato e vaca louca.
“Nós estamos preocupados em resolver grandes problemas. Greening, por exemplo, temos que ter 10, 15 projetos. Para ferrugem da soja podemos ter 50 projetos em diferentes áreas e tentar resolver”.
De acordo com Contini, o Brasil produz de 7 a 10% dos trabalhos acadêmicos do mundo. Além de aumentar a produção científica, o país precisa ser capaz de captar o conhecimento gerado no exterior e transforma-lo em sistemas de produção para a agricultura brasileira. Além disso, preciso fortalecer a cooperação institucional no ambiente internacional.
“Se nós produzimos 10% do conhecimento, naturalmente 90% nós temos que pegar no exterior. Nós temos um sistema de laboratórios no exterior. Temos laboratórios nos Estados Unidos, na Europa e no sul da Ásia. Porque são os três grandes eixos de geração de conhecimento. Se nós queremos a agricultura do Brasil competitiva nos próximos cinco, dez, 20 anos, nós temos que estar presentes nesses centros de conhecimento”, explicou Elísio Contini.
Por fim, ele lembrou que o país precisa se adaptar à velocidade da mudança tecnológica. “A transformação na tecnologia é extraordinariamente mais rápida do q1ue na sociedade, nos negócios e na política. Para acompanhar esse mundo nós precisamos nos antecipar e planejar. Mais do que reagir. Na Embrapa nós temos o Agropensa, que tem o objetivo de ver os sinais do mundo e transformar isso em estudos e análises dirigidos para macroestratégias. É disso que nós precisamos: atuação permanente de grupos pensantes”.
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Se for para o setor privado
Se for para o setor privado seguir diretrizes da Agrobiologia, que a EMBRAPA vem desenvolvendo há décadas! Tá certo!
https://www.embrapa.br/agrobiologia/busca-de-projetos/-/projeto/busca/Jos%C3%A9%20Esp%C3%ADndola?
Isso antigamente não era
Isso antigamente não era privatização?
Tulio, isso acontecerá em
Tulio, isso acontecerá em breve mesmo com as universidades. Depois procure pelo pl 2177. Estava pra ir ao Senado e, até onde ouvi, as universidades estavam fazendo lobby para que ele fosse aprovado.
http://anprotec.org.br/site/2015/07/camara-aprova-pl-217711/