Rui Daher
Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor
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Livro mostra o papel dos nutrientes na agricultura tropical, por Rui Daher

Hortaliças

Livro mostra o papel dos nutrientes na agricultura tropical

por Rui Daher

em CartaCapital

Em minha mais recente aparição neste palco capital escrevi sobre segurança alimentar e o papel das centrais de abastecimento nela. Colhi apenas uma centena de compartilhamentos com o pessoal do Mark. Arrependi-me. Bastaria ter começado o texto pelos três últimos parágrafos, onde esclarecia que tal papel só não perdeu relevância devido a duas portarias aprovadas nos governos dos presidentes Lula e Dilma. Teria conquistado benevolência maior da turma de Mark e Marx.

Como este texto voltará a tratar de assunto eminentemente agrícola, visando tecnologias que aumentam a produtividade (produção/área plantada), reduzem o custo das lavouras, para não repetir o erro da semana passada, faço logo uma declaração.

Reconheço equívocos nos governos do Partido dos Trabalhadores (PT), mas desde Getúlio o Brasil teve em Lula o único estadista e solitário presidente a resguardar nossa soberania e melhorar a situação de extrema miséria em que vive alta parcela da população brasileira. Sofre de perseguição do acordo secular de elites, instrumentada pelos Judiciário e mídia, para que não possa voltar ao Poder Executivo.

Mais: sou contra a bancada ruralista, mas entendo e louvo as atividades do agronegócio e da agricultura familiar; acuso ganância de parte da agropecuária ao destruir o meio ambiente com desmatamentos e ignorância quanto a nossos biomas e biodiversidade; clamo justiça, proteção e apoio técnico às populações indígenas e quilombolas para poderem plantar. Enfim, detesto Ronaldo Caiado.

Se quiserem confirmar veracidade no que escrevi acima, voltem aos meus cinco anos de colaboração nesta CartaCapital. Sou, enfim, o que desafetos chamam de esquerdopata. Pois é, desde criancinha.

O assunto é um livro que todos envolvidos com a agricultura deveriam ler, estudar e reconhecer os valores nele intrínsecos. De técnicos agrícolas e agrônomos a produtores rurais, não importando tamanhos e culturas plantadas.

Publicado pela Editora Agronômica Ceres, com sede em Ouro Fino (MG) e centro de distribuição em Piracicaba (SP), onde estive para adquiri-lo, o Manual de Estimulantes Vegetais, subtítulo “nutrientes, biorreguladores, bioestimulantes, bioativadores, fosfitos e biofertilizantes na agricultura tropical”, foi coordenado pelos pesquisadores da ESALQ, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, pertencente à Universidade de São Paulo, USP, e não ao Lulinha (galhofa 1), Paulo Roberto de Camargo e Castro, Márcia Eugênia Amaral Carvalho, Ana Carolina Cabrera Machado Mendes e Bruno Geraldi Angelini.

Galhofa 2: mencionar seus nomes completos fizeram-me andar 128 caracteres no texto. Além de esquerdopata, preguiçoso, dirão os desafetos.

O prefixo “bio”, recorrente nos grupos de produtos estudados, refere-se à presença de vida, organismos vivos, suas estruturas, crescimento, função, reprodução, evolução e distribuição. Origens naturais e não sintéticas.

Descobri-las e fabricá-las têm relação com o ambiente e, entre si, com as biociências e ciências biológicas.

Notinha pessoal, mas essencial: a editora foi criada, em 1954, por jovens agrônomos, entre eles meu amigo e antigo companheiro de trabalho, o saudoso José Peres Romero. Hoje em dia, o responsável por ela é seu filho, também agrônomo, João Carlos. Conheci e durante bons anos convivi com a família. O Zé, esposa e filhos. Cansei de subir morros a percorrer seus extensos e bem cuidados cafezais. Recebi suas visitas e seus conselhos na época em que eu plantava café, em Socorro (SP).

Inesquecível o sabor e a imagem, até hoje vivos na memória, eu e minha mulher bebendo o melhor café de nossas vidas na rústica cozinha da fazenda dos Romero.

Tudo é cultura na vida rural. Do piso de chão dentro das casas até a terra, lá fora, onde microrganismos dão vida às plantações. 

https://www.youtube.com/watch?v=EKA7dNtjFKA]

[video:https://www.youtube.com/watch?v=aKBwce1ajD0

 

 

Rui Daher

Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor

1 Comentário

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  1. Livro….

    Caro sr. avise seus leitores que esta plantação não é um latifúndio do agronegócio. É uma horta. Desafeto? Nunca. Vocês até acreditam no Avião da Democracia Brasileira. O problema é que só admitem que tenha a asa esquerda. Creio que ficaremos rodando no ‘aeroporto’ infinidamente. Quanto à GGN e a liberdade que nos oferece: Muito obrigado. Outras publicações não tiveram a mesma extraordinária visão: constatar que uma das maiores preocupações da Imprensa é informar aos Ignorantes. E tirar sua dúvidas. Um deles pode garantir que GGN faz isto com maestria. Quanto a pouca visibilidade que a Agropecuária ainda tem na mídia, creio que seja estrutural, maior que o próprio assunto. Este assunto e os Profissionais que tratam dele são como a Amazônia. Riqueza Espetacular que este país detém. Uma enorme parcela dos Brasileiros a conhece  e até se interessam. Quando passam por cima rumo à Miami ou NY.  Quanto à Latifúndios, Escravidão, Exploração de Mão de Obra, Degradação Ambiental, Falta de Regulamentação, Invasão de Áreas e Grilagem, sou totalmente a favor das criticas. Vamos falar destes assuntos onde mais impactam diretamente a vida dos Brasileiros e mais influência nociva tem sobre suas vidas: Em ÁREA URBANA. Onde estão em ggn’s ou outros veículos quaisquer, as matérias sobre estes assuntos, com tanta contudência, como quando estão em área rural? Água? Que Água? de Barcarena/PA? De Mariana ou S. Sebastião/MG? (P.S. As Privatarias Tucanas abandonaram há 15 anos a Rod. Raposo Tavares entre Sorocaba e Vargem Grande. Deixaram Pista Simples esperando Duplicação, Pedágios Extorsivos, lombadas, curvas e MORTES. Muito cuidado nas suas viagens à Sorocaba) abs.    

     

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