A vergonhosa ação false flag dos militares chilenos colocando fogo na igreja, por Rogério Maestri

Como fiquei encafifado com a ideia fui procurar notícias sobre o ocorrido e supreendentemente as minhas suspeitas ficaram plenamente confirmadas.

A vergonhosa ação false flag dos militares chilenos colocando fogo na igreja

por Rogério Maestri

Uma das duas igrejas incendiadas no Chile no dia 18 de outubro deste ano foi a Igreja de San Francisco de Borja, essa igreja era tradicionalmente utilizada em solenidades da Polícia Militar chilena (Carabineros), a Igreja era considerada um templo institucional dos policiais militares chilenos e durante os tumultos de comemoração de um ano da rebelião do povo chileno contra o governo conservador de Sebastian Piñera surpreendentemente ENCAPUZADOS colocaram fogo na Igreja.

No dia posterior ao acontecimento pensei escrever um texto chamando atenção que o evento parecia uma operação “false flag” que é como se chama operações militares utilizadas para incriminar o inimigo fazendo atos vergonhosos em termos militares. Como fiquei encafifado com a ideia fui procurar notícias sobre o ocorrido e supreendentemente as minhas suspeitas ficaram plenamente confirmadas.

Não muito divulgado pela imprensa, um dos quatros incendiários presos pelos carabineiros era o CABO DA MARINHA CHILENA, Ernesto Osorio, que pertencia a Base Aeronaval de Concón. A confirmação do delito é claramente atribuída ao cabo que foi já no dia 20, dois dias depois do evento, expulso das forças armadas chilenas. Como era de se esperar foi emitida uma nota:

“Fue notificado de su ‘Baja de la Institución’ a contar del día de hoy, por el grave incumplimiento de la normativa vigente en nuestra reglamentación, al haber participado directamente en actos que se apartan de la disciplina militar, no reflejan los principios y valores que nos guían, y afectan gravemente el prestigio institucional”.

Também era de se esperar a negativa de envolvimento das forças armadas no incidente foi divulgada pelo ministro da defesa, Mario Desbordes, que em entrevista na rádio ADN declarou que não foi uma ação ilegal do seu ministério:

“La Armada desde le momento uno entregó todos los antecedentes. Descarto que se trate de alguien que haya estado realizando labores de inteligencia, que haya estado infiltrado” e que

“que era del área de inteligencia, eso es falso, es mentir descaradamente. El funcionario es un mecánico de aviación de Concón que estaba en su día de franco, no es un infiltrado, no se le infiltró en acciones de inteligencia de ningún estilo. Habrá que determinar si fue en una acción pacífica que esta al filo, y si estuvo en alguna cuestión violenta, se trata de un cabo, no es un soldado conscripto, es un funcionario de planta y eso es lo duro para la institución en este caso”.

Em resumo, o que é evidente que um cabo da Marinha Chilena foi preso tocando fogo na Igreja que era institucionalmente ligada a Polícia Militar chilena e que se por acaso o ministro da defesa dissesse que foi uma ação de infiltrados numa operação “false flag” provavelmente haveriam sérios conflitos armados entre as poderosas forças dos carabineiros contra as forças armadas, ou seja, com sérias chances de derrubada do governo Piñeda.

Redação

5 Comentários

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  1. Militares sempre fizeram isso. Atos de provocação, sabotagem, terrorismo, mentiras sem fim. Em minha opinião os maiores terroristas sempre foram os militares. Antes da decretação do AI-5, no final dos anos 60, houve vários atentados a bomba. Foram todos atribuídos à esquerda e aos “subversivos” de esquerda. Foram os militares que fizeram isso para justificar o recrudecimento da ditadoura. No episódio do RioCentro, uma bomba que eles queriam explodir no evento explodiu no carro, matando um sargento. Eles sempre estiveram por detrás de atentados e outros atos violentos para acusar a esquerda e os movimentos sociais em geral. Sempre houve terroristas no meio militar. É só estudar a história brasileira. O terrorismo militar é bem documentado. Sugiro um livro: “Memórias de uma guerra suja”, de Cláudio Guerra. É um ex-delegado de polícia que participou de atos terroristas contra a oposição de esquerda.

  2. É lamentável, preocupante, que as forças armadas dos países latinos americanos, salvo honrosas exceções, não tenham evoluído com o mundo. É pena que continuam servindo de capachos para os interesses americanos no nosso continente.

  3. Nassif: se seguida a tradição dos fardados do CondomínioLatinoAmericano (o Chile é só mais um Quintal), esse Cabo será o próximo PresidenteChileno. A única diferença é que lá os chefes dos baderneiros correram por “expulsar” o meliante. Ou seja, tapar o sol com peneira, tipo RioCentro. Aqui, além de brindes e medalhas, o posto de Capitão foi acrescentado às benesses. E é bom a IgrejaRomana se precavê, que suas CatedraisMetropolitanas estarão correndo maior risco, levando em conta a sede de “vingança” dos Avivados. A de Brasilia, por ter sido projetada por um Kummunista, parece estará encabeçando a lista. Viva os da Caserna em Pindorama, que, com bala e baioneta, têm sempre razão…

    1. J., se acontecer aqui, não vai ser um cabo não, vai ser crente da assembléia de deus a incendiar as igrejas católicas “em nome de jesus” e “contra a idolatria”

  4. Com raríssimas exceções, só servem para isso: rasgar a constituição, dr golpe de estado, ocupar o país, subjugar o povo e garantir os privilégios da casa-grande.

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