Argentina cria impasse e quer pagar dívida sob suas leis

Jornal GGN – A Argentina está trabalhando para conquistar uma espécie de troca de dívida, para que permita honrar os passivos reestruturados sob a lei local. A preocupação começou após um revés na justiça dos Estados Unidos – um processo movido por investidores que não aceitaram swaps de dívida em 2005 e 2010, na última segunda-feira (16).

O ministro da Economia, Axel Kicillof, disse que a Argentina adotará medidas para garantir que honrará os compromissos aos detentores de dívida reestruturada. De acordo com a autoridade, ninguém pode impedir o país de honrar os compromissos com os credores e, por isso, querem trocar os termos da dívida para que seja paga na própria Argentina, sob leis locais.
 
Kicillof afirmou também que a decisão da justiça, se aplicada como determinada, pode levar o país a um novo default, uma vez que abre caminho para processos iniciados por outros detentores de bônus no valor de US$ 15 bilhões. Segundo ele, o país deseja normalizar as relações com credores estrangeiros, mas não aceitará “quaisquer condições” para acabar com o impasse sobre a dívida.

 
Após o chamado default de 2001 e 2002 em US$ 100 bilhões, credores de 93% dos bônus da dívida argentina aceitaram as trocas dos papéis, reduzindo para US$ 0,25 a US$ 0,29 cada dólar devido.
 
No entanto, a Suprema Corte norte-americana se recusou a ouvir o recurso do país sobre a tentativa de evitar o pagamento de US$ 1,33 bilhão de dólares a credores de fundos de hedge, conforme decidido uma instância inferior à Justiça norte-americana.
 
A decisão da Justiça dos EUA levou a agência de classificação de risco Standard & Poor’s a rebaixar o rating da Argentina a “CCC-“, ante “CCC+”. A S&P citou maior risco de default na dívida em moeda estrangeira do país.
Redação

8 Comentários

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  1. Pobre Argentina!!! Mas a

    Pobre Argentina!!! Mas a marra continua… quer pagar segundo as próprias leis( será que é com o câmbio 1 Peso = 1 Dólar…kkkkk)

  2. qual o loko varrido que ira

    qual o loko varrido que ira aceitar ter os crterios de sua divida sob jurisdiçao de uma naçao invadida pela demagogia populista bolivariana?

    tem mais é que se ferrar mesmo, para aprender que regras nao podem ser alteradas por que um ridiculo no governo decidiu assim…

  3. Muitos comentaristas do blog

    Muitos comentaristas do blog (inclusive o prezado Nassif) defenderam a moratória, como uma saída positiva. Ninguém toca mais no assunto, mas há alguns anos o PT defendia o não pagamento da dívida externa brasileira. Felizmente Lula teve um lampejo de lucidez e fez a Carta aos Brasileiros, abandonando a ideia. Está aí o resultado de governos populistas e irresponsáveis: a Argentina virou pária internacional; agora que Chávez se foi, ninguém mais compra os títulos argentinos. Algum dos leitores compraria?

  4. O “Pobre …

    … Argentina” e o ” Loko Varrido”, também conhecidos como  Zanca e Leonidas, nem sabem do que estão falando:

     

    A dívida argentina discutida nos tribunais americanos é aquela assinada no tempo dos governos Memen e De La Rua, portanto bem antes dos governos “bolivarinos”.

    1. Entao Ninja mas a divida

      Entao Ninja mas a divida seria analisada sob JURISDIÇAO DO GOVERNO ATUAL e nao do governo Menen ou De La Rua entendeu agora experto?

      rs

  5. http://www.auditoriacidada.org.br

    http://www.auditoriacidada.org.br

    Dívida brasileira precisa urgente de uma ampla auditoria. Há fortes indicios de irregularidades. Cerca de 1 trilhão de reais será pago no ano de 2014 em juros, amortizações e refinanciamento. Corresponde a 47% do orçamento público. Isso é a armadilha da dívida, para que a mesma nunca seja paga. Exemplo: dívida do município de São Paulo em 2000 erá de 11 bilhões de reais. Em 2013 tinha pago um total de 27 bilhões. Portanto, pagou cerca de 16 bilhões a mais e a dívida acabou. Errado. Em 2014 a dívida subiu para 55 bilhões de reais. Essa é a armadilha da dívida. Temos que mudar isso. Cidade de São Paulo não deve mais nada.

    Auditoria cidadã da dívida federal, dos estados e municipíos.

    http://www.auditoriacidada.org.br  para mais informações.

    1. Não tem nada a ver com

      Não tem nada a ver com auditoria. A divida federal é constituida por titulos emitidos, colocados à venda, com juros pré-determiandos, vai auditar o que? No caso das Prefeituras e Estados há de fato uma taxa de juros muito alta, a redução só pode se feita por MP, basta o Executivo enviar ao Congresso e faze-la aprovar, não há nada para AUDITAR, isso é sologan do Brizola, não tem mais nenhum sentido.

  6. O mecanismo de negfociação de

    O mecanismo de negfociação de moratoria tem sérios defeitos e dá margem a aventuras de harpagões rapinantes como esses nojentos fundos abutres. O mecanismo logico é o da aprovação dae uma maioria dos credores que OBRIGUE A TODOS, como nas falencias comerciais.  Não tem sentido 80% concordarem em beneficio do conjunto da solução e meia

    duzia de escroques ficam de fora se armam para extorquir lá na frente. A Argentina tem TODO O DIREITO DE SE DEFENDER, porque deveria privilegiar esses sacanas? O defeito está no momento da negociação da moratoria, ou ela atinge TODOS ou não deveria se feita e QUE TODOS SE FERREM.

    Essa regra de maioria foi aplicada no Plano Brady executado pelo Brasil com inteiro sucesso, acertar com 90% e deixar 10% fora para extorquir lá na frente é um risco inaceitavel. Minha solidariedade com a Argentina, coice nesses caras.

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