Jornal GGN – Em meio a maior crise política de mais de uma década, a Bolívia comprova em estatísticas que a renúncia de Evo Morales foi fruto da pressão opositora que hoje governa temporariamente o país. As escolhas dos bolivianos ainda são pela permanência do partido do líder indígena Evo Morales.
Do Movimento ao Socialismo (MAS), o dirigente da Federação de Cocaleiros do Trópico de Cochabamba, Andrónico Rodríguez, lidera a preferência da Bolívia para as eleições convocadas para 2020, ainda sem data definida. Rodríguez está no topo das intenções de voto, com 23%, um mês após a crise política que forçou a renúncia do mandatário no país.
A pesquisa foi divulgada na noite deste domingo (22) pelo jornal boliviano Pagina Siete. De acordo com o levantamento feito pelo instituto Mercados e Amostras, a pedido do jornal, Andrónico Rodríguez obteve um aumento de 7 pontos percentuais desde a última pesquisa, realizada em novembro, quando já estava a frente de Carlos Mesa, o ex-presidente centrista que se apresenta como a oposição.
O líder da aliança Comunidade Cidadana (CC) que disputou as últimas eleições contra Morales, Mesa aparece com 21% das intenções dos entrevistados. No último dia 18 de dezembro, Mesa afirmou que o processo eleitoral “não terminou”. “Estamos na metade do caminho e devemos continuar, eu vou ser candidato. A base do nosso funcionamento, da nossa proposta é um programa com as modificações que o atual contexto impõe”, disse.
Rodríguez recebeu o amplo apoio da região de Cochabamba, reduto histórico político do MAS, partido de Evo. “Agora, mais do que nunca, devemos seguir os passos dos nossos pais e fazer algo que nos ensinou nosso companheiro presidente [Evo Morales], de maneira irredutível: temos que desapegar de todo o interesse pessoal ou grupal. A unidade é o símbolo das grandes vitórias”, disse.
O ex-presidente da República pelo MAS, Morales ainda não se viu completamente convencido da aposta por Andrónico, a quem considera “muito jovem para ser candidato à Presidência”. Por outro lado, os índices obtidos pelo dirigente já respaldam a confiança da população em manter o partido no comando da Bolívia.
As duas figuras de pressão pela renúncia de Morales, Luis Fernando Camacho e Marco Antonio Pumari, aparecem sem respaldo popular: com 13% e 10% das intenções, respectivamente, sofrendo uma queda desde o último mês, de 3 e 6 pontos percentuais.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da Bolívia ainda não definiu data para os novos comícios.
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O Presidente da Bolívia é Evo Morales.
Esse é o ponto.
É uma situação inusitada: Até foi reconhecido sua vitória pelo tribunal eleitoral.
Mas não pode tomar posse.
Ele não assinou renúncia; fugiu simplesmente do país e está fora na Argentina.
A mulher que assumiu o governo, nem o parlamento aprovou.
Tudo que assina não tem base jurídica; é tudo papel nulo.
E nem precisava fazer pesquisa eleitoral; já foi feita; as urnas elegeram Evo.