Entenda a crise dos governos de esquerda na América Latina

Explicação pode estar na mudança de paradigma que partidos sofrem ao alcançarem o poder
 
 
Jornal GGN – O que explica o descontentamento da população em relação aos partidos de esquerda na América Latina, se na primeira década desses governos o mundo assistiu a ascensão econômica de milhões de indivíduos dessa região graças à aplicação de políticas sociais em larga escala? Para especialistas entrevistados no programa Brasilianas.org a questão vai além do baixo desempenho econômico atual.
 
Há cerca de uma década e meia o mundo acompanhou os partidos de esquerda tomando os governos na América Latina. A primeira década de trajetória na Venezuela, Brasil, Argentina, Equador, Bolívia e Uruguai resultou na redução da miséria e aumento de políticas de inclusão e do Produto Interno Bruto (PIB). Todos esses governos conseguiram se reeleger e fazer sucessores.
 
Mas algo deu errado nos últimos anos levando a maioria dessas nações a enfrentar crises de cunho político-econômico. Em 2014 a América Latina registrou a menor taxa de crescimento em cinco anos, conforme avaliação da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal). E os países que mais contribuíram para o baixo crescimento foram Brasil, Argentina e Venezuela.
 
Igor Fuser, professor do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC (UFABC) explica que o conjunto de fatores que beneficiaram os primeiros anos desses governos na América Latina se esgotou. Ele lembra que os partidos de esquerda se constituíram em cima de fracassos neoliberais anteriores (por exemplo, Fernando Henrique Cardoso, no Brasil e Domingo Felipe Cavallo, na Argentina). Para ajudar, esses partidos chegaram ao poder durante uma fase de altos preços das commodities, que são os principais produtos de exportação dos países latino-americanos. Com mais recursos financeiros, os governos de esquerda foram capazes de levar adiante investimento em políticas sociais. 
 
“Assim, num primeiro momento, qualquer resultado que [esses governos] apresentassem seria positivo, pelo efeito de contraste do que veio antes”, destacou Fuser. O problema hoje é que já se passaram cerca de uma década e meia e, hoje, temos “uma geração que não viveu o descalabro do neoliberalismo, que foi beneficiada pelas novas políticas, mas que acha que isso é algo natural”. Em suma, os partidos de esquerda que estão no poder se veem agora impossibilitados de apresentar ações com resultados de grande impacto, como nos anos anteriores.
 
O cientista político e colunista do portal Carta Maior, Antônio Lassance, desenvolve a complexa situação lembrando que as elites políticas de cada nação Latino Americana são diferentes, assim como seus partidos políticos. Logo os problemas enfrentados hoje por Cristina Kirchner, por exemplo, decorrem de fatores locais únicos, que não podem ser levados em conta, ao analisar as crises político-sociais da Bolívia ou do Brasil, por exemplo.
 
Entretanto, Lassance aponta que há um grande dilema das esquerdas latino-americanas, podendo ser usado como um elo que liga a perda de credibilidade dos governos que ascenderam com maior apoio popular: o jogo de poder e equilíbrio de forças no sistema presidencialista.
 
“Como em qualquer país, sobretudo em países presidencialistas, a experiência de governo transforma profundamente a organização partidária. Os partidos passam a ser outra coisa a partir do momento em que eles se tornam governo. Passam a empunhar outras bandeiras, passam a não só ser representantes de interesses, mas a ser mediadores de uma série de conflitos entre capital e trabalho, e mesmo entre conflitos de facções de classes, entre as elites de cada país”, completa.
 
Ainda assim, na primeira década de poder, esses governos “inventaram um padrão importante, bem sucedido”, continua Lassance. Não por acaso esses partidos tiveram uma experiência longa. Entretanto esse padrão, explica o professor, expandiu o Estado, retomando um espaço que tinha perdido durante a década anterior (1990), quando os governos foram orientados por preceitos neoliberais, de enxugamento da máquina pública. “Essas experiências de governo de esquerda protagonizaram uma trajetória mais intensa, drástica e rápida de redução das desigualdades. Mas isso chega [hoje] num momento de esgotamento”, afirma Lassance, concordando com o professor Igor Fuser.
 
Lassance pondera que a perda de credibilidade dos partidos de esquerda na América Latina ocorreu pela pressão econômica sobre a classe média. “A classe média arca com o Estado, com essas políticas de distribuição social e com essas expansões que o Estado cumpriu em favor de determinadas classes mais pobres. Então [hoje] a classe média se acha encalacrada, a beira de um dia de fúria, tendo que competir com setores que nunca chegaram próximos dela”, analisa.
 
Outro elo possível de ser identificado entre essas nações, lembrado pelo cientista político da USP, Wagner Tadeu Iglecias, é a similaridade histórica das elites locais que sempre se mantiveram como intermediárias do fluxo de riquezas transferidas para o exterior.
 
“Não dá para a gente analisar o lugar da América Latina no mundo sem ter em conta esse tipo de inserção comercial e econômica que nós temos e o papel que a nossa elite sempre empenhou. Se você olhar, por exemplo, nas recentes reeleições do Evo Morales, na Bolívia, e do Rafael Correa, no Equador, quem foram os contendores deles? No caso da Bolívia um grande industrial e no Equador um grande banqueiro”, observa. É importante destacar que os únicos países que mantiveram a tendência de expansão do crescimento, recebendo, inclusive, elogios da comunidade internacional, são Bolívia e Equador. Ainda assim, essas nações enfrentam embates políticos internos. 
 
Outro grupo social influente, semelhante em todos esses países, lembrou Iglecias, é o que controla a grande imprensa, ou seja, os meios de comunicação de massa. “A grande imprensa familiar tem um comportamento mais ou menos similar em todos esses lugares, de combate a esses governos progressistas que buscam um outro tipo de inserção [social, das classes com menor poder aquisitivo]”, reflete.
 
Esse debate não se esgota por aqui. Acompanhe a seguir a entrevista completa com os especialistas, realizada pelo jornalista Luis Nassif
 
https://www.youtube.com/watch?v=3uahtbH5FmM width:700
 
Redação

53 Comentários

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  1. O mundo gira e a Lusitânia

    O mundo gira e a Lusitânia roda.Tudo é cíclico.Nada é permanente.

      Tudo passa e depois volta novamente.Inclusive a moda- nunca jogue fora uma roupa qie é demodê .porque amanhã será chique.

                 No atual momento é assim:

    REINALDO AZEVEDO

    Trabalhadores sem partido, uni-vos!

    Um amigo, Felipe Nogueira, me sugeriu o tema desta coluna. Há uma nova consciência se formando no país. Ela não sabe direito quais são os pressupostos do PT. Também não tem muito claros os fundamentos do PSDB. Uma coisa é certa: essa turma não é mais refém dessa dualidade que, a seu modo, só interessava aos litigantes, como em “Os Duelistas”, o excelente filme de estreia de Ridley Scott. As personagens de Harvey Keytel e Keith Carradine passam a vida tentando matar um ao outro. Até o dia em que o desequilíbrio acontece, e um deles morre.

    Bem, e aí? Aí o filme acaba em melancolia. Não estou dando spoiler nenhum. Por óbvio, haveria a hora em que um dos dois cometeria um erro. Aconteceu. E o outro pôde experimentar, então, a verdadeira solidão.

    Há um novo lugar na política brasileira que, até agora, não foi ocupado por ninguém. Os milhares, ou milhões, que saíram às ruas no dia 15 de março são órfãos de partido, são órfãos de representação, são órfãos de porta-vozes. A maioria conservadora do país –que excita o tédio e a fúria pretensamente elegantes e inequivocamente persecutórios da revista “Piauí”– não encontra seus representantes na política institucional.

    É crescente o número de pessoas dessa maioria a perceber que os tucanos, por exemplo, continuam, com as exceções de praxe, com medo “do povo que há” porque demasiadamente preocupados “com o povo a haver”. Peessedebistas, em suma, ainda privilegiam em seu discurso uma população, digamos, escoimada de suas supostas impurezas.

    Vários movimentos que se opõem ao atual estado de coisas convocaram um protesto para este domingo, dia 12. Talvez reúna menos gente do que o do dia 15 de março. Superar aquele marco não é relevante. Nenhuma sociedade, a menos que viva uma convulsão pré-revolucionária, se mantém permanentemente na rua contra o “statu quo”.

    O sintoma que interessa ao futuro é outro. Mesmo liderando uma máquina ainda poderosa e organizada, CUT e PT protagonizaram um vexame na terça passada. Nem os companheiros compareceram ao enterro da última quimera de Luiz Inácio Lula da Silva. Quem apostaria, até outro dia, que a prontidão de mulheres e homens comuns, sem o abrigo de bandeiras, superaria a da militância organizada? Mas hoje é assim.

    Os procuradores da velha ordem ainda insistem em ouvir no alarido dessa rua sem pedigree o sotaque daquela dualidade que interessava a oportunistas e picaretas. Acabou. Não há mais. Quando a esquerda financeira da revista chique para botocudo faz pouco caso da direita-sem-banco que produz, bate panelas e se nega a financiar o PT, a gente tem de concluir que algo de efetivamente novo está em curso no país. Para a tristeza dos dinossauros de punhos de renda.

    E essa novidade não depende nem da adesão nem da bênção daqueles que se queriam os donatários da legitimidade das causas. A tão sonhada, pelas esquerdas, “democratização” dos meios de comunicação se realiza na prática e leva à praça a voz dos que trabalham e arrecadam impostos. E isso parece insuportável aos ouvidos dos distributivistas do fruto do trabalho alheio –desde que o spread bancário financie a boa consciência, é claro!

    Tucanos versus petistas? Que coisa velha, santo Deus! Também o PSDB terá de se reinventar, e haverá de ser à direita, se não quiser ser banido, junto com o PT, do universo de referências desses que ora despertam.

    1. Já não chegam as sandices –

      Já não chegam as sandices – para ser educado –  próprias, agora o “cheiroso” vem nos impingir o esgoto dos outros!

    2. É sério, anarquista? Acho que

      É sério, anarquista? Acho que ví apenas partes das manifestações paneleiras, pois o que eu ví foi apenas pessoas querendo a volta “constitucional” dos milicos, ofensas ao cargo de presidente da república, strip teases completos ou parciais.

      Realmente esse povo está desiludido mesmo. Tomara que eles descubram logo o porque disso.

      1. ”pois o que eu ví foi apenas

        ”pois o que eu ví foi apenas pessoas querendo a volta “constitucional” dos milicos”

          Na boa, resspondo: É MENTIRA,.E é uma mentira visual.

             Vc conseguiu enxergar mais de umas 200 pessoas com essa bandeira na av Paulista no dia 15 de março passado?

                 Divida pelos manifestantes e veja o percentual.

                  Falácia não resolve nada.

                     Vamos aos fatos,please.

         

        1. Anarquista,
          Os fatos são

          Anarquista,

          Os fatos são apenas um detalhe. O que importa é vencer a guerra da informação. O perigo é a Internet livre….

      2. Caro Pinto,
        enquanto vc ficar

        Caro Pinto,

        enquanto vc ficar na caverna reproduzindo palavras do Partido vc vai ver apenas o que o Partido quer que vc veja.

        Liberte-se, Pinto, venha para a luz.

         

        1. Quem gosta de luz é mariposa,

          Quem gosta de luz é mariposa, Free Again, digo, Walker, não, pinto. 

          Falar nisso, como é esse ambiente assim tão iluminado, oh Platão depois da gripe?

          1. Caro Costa,
            as mariposas

            Caro Costa,

            as mariposas vivem à noite a procura de luz, basta acender um lampião que elas vem.

            Te chamo à luz em dia claro, a realidade, sob o reino do astro Rei…..sob a Luz dos amantes..

             

             

          2. ”’Quem gosta de luz é

            ”’Quem gosta de luz é mariposa, Free Again, digo, Walker, não, pinto. ”’

              Ou vagalume.

             Abraços!

    1. Os que falam que não ha crise
      Os que falam que não ha crise ou que é apenas a mídia, certamente não perderam seus empregos. Estou aqui no sindicato dos comerciários com cerca de 100,ex colegas para homologação? Como chama isso? Crise? Vai ver que voce chama de Dengue.

  2. Analisando resumidamente

    Analisando resumidamente e de forma simplista reside basicamente nos seguintes motivos:

    1) Difilculdades politicas-financeiras em enfrentar os poderosos grupos econômicos nacionais e internacionais. A “Lei do Mais Forte” ainda tem na direita a sua maior expressão;

    2) Estratégias persistentes e massivas de propaganda negativa contra seus governos por parte da grande imprensa (interna e externa). Fatos negativos amplificados e positivos diminuidos, que começam a resultar, principalmente por causa da economia ;

    3) Difilcudade em impor a agenda (de esquerda) para romper com estruturas estabelecidas, seja por falta de condições politicas, econômicas ou mesmo intelectuais.

    4) Incorporação de vícios do poder;

    5) Acomodação ao desgaste na aposta a longo prazo e da manutenção do poder.

    Em todos os casos estes fatores aumentam ou diminuem conforme características locais

    1. Será?

      Quer dizer que os motivos são sempre alheios e nunca por má gestão , roubo e incompetência. Basta se auto rotular sendo de esquerda que automaticamente ganha selo ISO 9001. 

      O safado 4 dedos teve a faca e o queijo na mão e não fez NADA apenas populismo barato com o dinheiro que na época abundava. Agora que a fonte secou (foi secada pelos ratos) quem vai pagar estas dívidas monstruosas ? Aqueles que realmente trabalham e criam empregos, chamados de burgueses, que carrega o país nas costas para os mvagabundos de esquerda brincar de governar 

  3. Tudo bem, mas é bom lembrar

    Tudo bem, mas é bom lembrar que Rafael Correa, Evo Morales, Bachelet, Tabaré e Dilma foram eleitos ou reeleitos recentemente.

    1. Vadlimir Putin tbm foi

      Vadlimir Putin tbm foi eleito.E quando ”não pode mais concorrer” , ganhou seu boneco e Putin se tornou primeiro ministro.

          Se eleição valesse muita coisa, por que se questiona tanto a presidêncua da C B F ? Ou das Federações?

         Esse troço de dizer que foi eleito é desconhecer totalmente a fúria do povo.

                Uma coisa é vc poder  governar por 8 anos( UMA reeleição de 4 anos) , outra é vc ter um mandato de 700 anos com direito a 700 reeleições como na Venezuela- e ainda prende, sem justa casa, TODOS opositores.

                E na CBF que parece uma disnastia. ? E nas federações que há presidentes há 2 301 anos.?

                Vamos tomar cuidado pra falar a palavra democracia.

                    Há democracias e ”democracias”.

      1. Que eu saiba a direção da CBF

        Que eu saiba a direção da CBF não é eleita pelo voto popular, mas por um colégio eleitoral que nada mais é do que um convescote que inclui presidentes de federações e outros apaniguados.

        Poderia me responder em que aspecto a eleição de Cristina é menos legítima que a de Obama?

        A população da América Latina não aguentava mais governos que nada mais eram do que marionetes do mando norte americano no continente, esses sim enfrentaram a fúria popular e deram início ao ciclo de governos de esquerda.

        1. ”’Poderia me responder em

          ”’Poderia me responder em que aspecto a eleição de Cristina é menos legítima que a de Obama?”

           Claro que respondo: 

           Em nenhum aspecto.

           Mas eu tbm não citei nenhum dos dois.

            E sobre a C B F :”Que eu saiba a direção da CBF não é eleita pelo voto popular, mas por um colégio eleitoral ”

            E Colégio eleitoral é o que? Qualquer coisa ,menos democracia.O que reforça meu argumento que não vivemos num regime democrático pleno.

                  E por último:

                ”’A população da América Latina não aguentava mais governos que nada mais eram do que marionetes do mando norte americano no continente, esses sim enfrentaram a fúria popular e deram início ao ciclo de governos de esquerda.”

                   Digo eu: Governos ou tentativas de esquerda existem no Brasil e na Améroca Latina, muito antes que os E U A soubessem da nossa existência.

    2. Nada a ver. Bachelet é

      Nada a ver. Bachelet é socialista mas preside um pais organizado, civilizado, de economia de mercado, nem se percebe que ela é de origem socialista. Tabaré preside um paraiso fiscal, centro financeiro, colonia de milionarios, não tem nada a ver com bolivarianismo. Morales e Correa tem regimes socializantes MAS com gestão economica racional. Os malucos populistas são apenas a Venezuela e a Argentina.

    3. O Alckymin tambem é

      O Alckymin tambem é dai?

      Eleição tem no Irã e na coreia do norte tambem.

      A existencia de eleições não definem por sí só se um estado é democratico ou mesmo se o governo é bom… 

      1. Quem define se um governo é

        Quem define se um governo é bom ou não é você, os votos da população não significam nada.

        A eleição de Alckymin tem estreita relação com o antipetismo em São Paulo, mas deve ser respeitada como qualquer outra escolha do eleitor.

        Na sua concepção eleições só são legítimas de os eleitos forem governos de direita.

  4. O problema da esquerda é

    O problema da esquerda é misturar a Dilma com uma louca varrida feito a Cristina e um ser absolutamente RIDICULO que atende pelo nome de Nicolas Maduro.

    Os fatos falam por sí, esses tais ( Cristina e Maduro ) são dois boçais, sendo o Maduro ainda mais inutil.

    Ja nao bastasse a receita populista e absolutamente eficaz para propogara miseria atraves do assistencialismo barato, ainda há o agravante da escalada do autoritarismo que é algo inerente a todo regime esquerdista.

    Hoje a Venezuela que tanto gosta de falar em soberania ( para troxa acreditar ) não consegue garantir papel higienico para seus habitantes se limpar quando vão ao banheiro.

    Essa situação ilustra como POUCAS COISAS o resultado pratico de um discurso populista, só há retorica para cativar pelego no sentido de defender um regime falido e incopetente para dizer o minimo.

    O problema da esquerda é o de sempre, vive com a cara enfiada na terra se recusando a admitir o resultado empirico das aplicações de suas ideiais bestializantes sobre o que vem a ser democracia …

    1. não consegue garantir papel higienico para seus habitantes se li

      não consegue garantir papel higiênico para seus habitantes………………..etc…………etc……….

      muda o disco cara…….esse papo já cansou.

  5. O que é esquerda,

    O que é esquerda, afinal?

    Basicamente, é a ação política com o objetivo de implementar um estado totalitário que obtenha o máximo de controle sobre a vida de seus cidadãos, de forma que tudo beneficie os burocratas que tomam conta deste estado.

    Esquerdismo é a crença nessa ação política, e, por consequência, no estado inchado e interventor.

    Socialismo sempre foi, é e será um fracasso economico social e politico.

    Veja a entrevista de Chavez em 1998 e em 2000.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=8zp647hF4QY%5D

    1. “Basicamente, é a ação

      “Basicamente, é a ação política com o objetivo de implementar um estado totalitário que obtenha o máximo de controle sobre a vida de seus cidadãos, de forma que tudo beneficie os burocratas que tomam conta deste estado”

      Nunca li algo tão ridículo assim!

      E ainda usa como sustentação da argumentação um vídeo PRODUZIDO PELOS CANAIS DE TV QUE PATROCINARAM A TENTATIVA DE GOLPE!

      Esperava mais, Oneide!

  6. Crise? Quando não há?

    Sempre a mídia global tem chamado de crise, a qualquer país progressista, em qualquer momento, em qualquer época. O que realmente existe é uma direita global que não dá sossego, não deixa governar, nem deixa o Governo se comunicar diretamente com o povo

  7. A GÊ ENE PÊ

    A GÊ ENE PÊ

    … velhas questões requentadas das esquerdas unidas jamais serão vencidas! desde sempre a se lambuzarem se revelarem deslumbradas nos recônditos (da alma anima) obscuros insanos: os desejos burgueses de lumpemproletariado y lumpemcampesinato, quando então no poder da grana y cartão corporativo sem limite, por cima da carne seca…

    “Durante aquele jantar Luis Miguel, com aquele finíssimo instinto que o caracteriza e o cinismo do qual faz alarde, certamente com o intuito de se proteger e se garantir, prognosticou – a Domingo e a mim – um imediato desengano no caso de vitória dos nossos. “Vocês não amam o poder – dizia Luis Miguel – mas é o poder a única coisa que importa. Vocês são visceralmente homens da oposição, da luta contra o poder e não da luta pelo poder. Hoje vocês estão contra Franco, amanhã estarão contra Carrillo se este vier a encarnar o poder. Comigo dá-se o contrário: sou sempre do lado do poder. Porém não se preocupem; tal como agora, eu posso intervir em favor de vocês junto a meu amigo Camilo Alonso Vega, intervirei amanhã para defendê-los quando Carrillo se tornar amigo meu e quando vocês forem perseguidos.”

    Autobiografia de Federico Sánchez. Jorge Semprún. Trad. Olga Savary. Ed. Paz e Terra, 1984. (edição comprada na bacia das almas… a 1,99 na ótima Livraria MST, no Bixiga).

  8. O terceiro ciclo econômico dos governos do PT

    Quantos aos governos da Argentina e da Venezuela se pode falar em alguns aspectos. Sobre a Venezuela é algo evidente que a doença holandesa do petróleo não foi sequer arranhada, talvez tenha sido até mesmo agravada depois de 1998, quando Chávez venceu a primeira eleição. Isto para não falar no absurdo completo e absoluto de fornecer combustíveis por preços irrisórios, a preços rigorosamente abaixo dos custos mínimos de produção. 

     

    A Argentina não permite o aumento nas contas de energia elétrica há quase 14 anos. Resultado: a conta de energia na Argentina é uma das mais baratas do mundo, algo em tese positivo mas que destrói a capacidade de investimento das empresas, cujos custos são cada vez mais subsidiados pelo Tesouro Nacional. Ou seja, a população paga diretamente uma conta de luz baixíssima e indiretamente, através de tributos diversos, paga cada vez mais pelo adiamento dos reajustes nas tarifas de energia. 

     

    Na Venezuela a queda abrupta no preço do barril do petróleo, iniciada em setembro do ano passado, ajuda a complicar ainda mais a situação (o barril vale hoje menos da metade do que valia em 2008, antes do Crash). O descuido com a inflação é outro ponto a ser discutido nos casos venezuelano e argentino. Na Venezuela a inflação ultrapassa 70 por cento ao ano (uma das maiores do mundo) e na Argentina fechou em 24 por cento no ano passado. E em tempos onde se fala de ”recessão” no Brasil, seria deveras interessante que as pessoas vissem que quem está de fato em recessão, desde o ano passado, é a Argentina e a Venezuela, não o Brasil. 

     

    A estatolatria delirante, algo que denunciei aqui mesmo no blog, quando Dilma intensificou os seus programas de concessões de infraestrutura, cobra o seu preço nos países vizinhos. Não há um único período em toda a história do Brasil, apenas para citar um exemplo, em que se tenha criado mais empresas estatais do que no período da ditadura militar (foram criadas mais de 300 empresas estatais). Os militares golpistas, por acaso, eram comunistas?

     

    No Brasil há 03 ciclos de política econômica nítidos e cristalinos (analisando apenas os governos do PT, a partir de 2003). O primeiro ciclo, a partir de 2003, foi uma continuação, com ajuste fiscal mais severo, do modelo pró-cíclico de FHC. Este primeiro ciclo durou de 2003 até quase o final de 2008. Com o estouro do Crash de 15 de setembro de 2008, o Brasil abandonou o modelo pró-cíclico e adotou uma política econômica anticíclica, que perdurou até o final do ano de 2014. 

     

    A partir de 2015 foi retomada uma política econômica pró-cíclica, que se não matou integralmente a política econômica anterior, reduziu em muito o seu potencial.

     

    E é bom que se diga que não há um único país da face da Terra que faz política anticíclica de forma indefinida, basta ver que os EUA estão a normalizar a sua política monetária e chegaram até mesmo a abandonar por completo o seu quantitative easing (que custou mais de US$ 4 trilhões desde 2008), em outubro do ano passado. 

    1. Contração e recessão

      Diogo, recessão é a queda do Produto Interno Bruto.

      A Argentina, desde 2003 tem crescimento positivo do PIB, inclusive no último ano, em torno de 0,5%. Em 2013, último dado oficial foi de 2,9%.

      Houve contração da economia, mas não recessão.

      Quanto as tarifas de energia, não sei a sua fonte, mas elas tiveram e tem reajustes periódicos normais, inclusive de 41% no último ano. Não tenho a informação se neles estão embutidos algum custo de investimentos.

  9. O problema da crise das


    O problema da crise das esquerdas (qual país onde a esquerda não é crise?) na América Latina é a quantidade de pterodáctilos voando sobre nossas cabeças. 

  10. vixe…….

    ia comentar algo………..

    mas o exercito está quase completo: Oneide, Anarquista e Free Walker……………….vão de retro!!!

  11. O sucesso dos primeiros anos

    O sucesso dos primeiros anos >>>>   boom das comodities

    O fracasso atual >>>> fim do boom das comodities.

     

    simples assim. o resto é blá bla blá de esquerdista…

     

    MA

     

  12. Uma boa maneira de analisar

    Uma boa maneira de analisar os argumentos do post é aquela que descarta um componente para testar o conjunto. Descartemos, pois, a mídia golpista e veremos que sem ela a situação, tanto política quanto econômica, estaria muito melhor. O psdb parece um partido parido pela rede globo, que é sua mãe, mentora e agenciadora. Sem ela, seu filho já teria morrido há tempos e o país estaria três vezes melhor. Notaremos também que a ausência da mídia golpista em nosso experimento faria com que o conjunto, que estava inoculado por seu veneno, ficasse saudável e plenamente confiante num futuro melhor. Perceberemos, enfim, que a doença do Brasil é a mídia golpista, local em os ovos das parasitas são gestados para destruir a saúde do organismo inteiro. 

  13. O “vem pra rua”  foi/é uma

    O “vem pra rua”  foi/é uma cortina de fumaça para que o Congresso liderados por honestíssimos senadores e deputados possam por em pauta e votar, sem maiores problemas, ‘grandes e importantes’ projetos. O da terceirização foi o primeiro. Tem mais. Aguardem. Enquanto isso vá pra rua berrar o fora Dilma.

  14. Cada um ao seu modo, com seu

    Cada um ao seu modo, com seu estilo, com as especificidades cultural, econômica e social de cada país. Podemos discordar de várias ações pontuais, mas o que unifica estes governos é a tentativa de criar políticas públicas para a imensa maioria dos latino-americanos que sempre estiveram excluídos socialmente.

    1. ”’ Podemos discordar de

      ”’ Podemos discordar de várias ações pontuais, mas o que unifica estes governos é a tentativa de criar políticas públicas para a imensa maioria dos latino-americanos que sempre ”

        Digo eu: Erro grosseiro na sua avaliação.”Políticas Públicas” tinham sido criadas pelo governo Lula.O que Dilma está fazendo é destrui-las, pela soberba e sua notável incompetência.—e bota incompetência nisso.

  15. O verdadeiro poder

    Chega a um ponto que se percebe que quem realmente dá as cartas é quem tem o poder econômico. Ou o estado de esquerda promove este crescimento econômico, ou entra em crise. A China, bem ou mal  percebeu isto e está crescendo sem parar. A América Latina tem tentado um caminho utópico sem prioridade econômica nenhuma e está patinando no crescimento de PIB há alguns anos.

    Os melhores Governos de esquerda compreenderam isto, Lula, JK, Vargas. Quem não compreendeu, terminou com popularidade baixa, seja de esquerda, ou de direita.

    Com o crescimento, todas as classes sociais acabam por apoiar o Governo, sem ele, qualquer Governo fica sem argumentos para convencer a sociedade a apoiá-lo.

  16. o pavio do tio Sam

    Eu tenho uma explicão mais simples: a esquerda vai até onde os EUA deixam ou aguentam. Quando eles se sentem ameaçados – e o pavio é curto – eles botam seus cāes de guarda pra trabalhar…

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