Milhares ocupam a Praça do Congresso por Cristina Kirchner

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – Desde as primeiras horas da manhã, compactas colunas de manifestantes começaram a encaminhar-se até o Congresso, com uma forte presença de jovens organizados como os da La Cámpora, Kolina e o Movimento Evita, entre outros grupos.

A presença massiva de jovens, incluindo adolescentes em idade de estudos secundários, contrastou com a marcha de 18 de fevereiro, convocada pelos fiscais, onde a juventude esteve ausente.

Mobilizados pelas avenidas 9 de Julho, Callao e Avenida de Mayo, os jovens avançaram de maneira ordenada ao lado das cercas que foram colocadas nas laterais para impedir a circulação pelas calçadas.

A eles se somaram trabalhadores de sindicatos como Uocra, UOM, Vialidade Nacional, Smata, Suterh e muitos provenientes das províncias de Buenos Aires.

O discurso da Presidenta foi seguido não só pela multidão na praça, já que muitos optaram por ir aos bares e pizzarias, que terminou cheia de televisores estridentes. O dado notável foi uma massiva adesão de famílias fora de organizações sociais e políticas, que marcharam ao lado de seus filhos pequenos.

Os principais slogans que podiam ser vistos em cartazes, camisas, banners e panfletos eram “Cristina somos todos”, “Yankees, nem tentem”, “Este caminho é irreversível”, enquanto em um enorme cartaz colocado sobre um edifício que dava para a praça Hipólito Yrigoyen podia-se ler: “Cúmplices. Papel Imprensa”, com as imagens de Jorge Rafael Videla, Ernestina Herrera de Noble, Héctor Magnetto e Bartolomé Mitre.

Desafiantes e irônicas, um grupo de mulheres seguiu pela avenida de Mayo com camisas pretas e a legenda estampada: “Sim, somos todas eguais” (Sí, somos todas yeguas).

Outro pequeno grupo recebeu aplausos quando, também em suas camisas, exibiram sua resposta política aos setores que questionam as marchas kirchneristas: “O Chori me paga”. Isso porque milhares de pessoas que foram convocadas para o ato e que marcharam mesmo sem participar de organizações, chegaram por seus próprios meios, pagando o ticket do ônibus ou utilizando automóveis particulares.

A Presidenta começou seu discurso enquanto que na praça os manifestantes seguiam com atenção suas palavras e celebraram suas frases mais contundentes, especialmente sobre a renda dos trabalhadores, dos casais, da educação e da saúde.

Também foi festejado o anúncio de que o Estado vai assumir a gestão das estradas de ferro, especialmente quando a Presidente se dirigiu ao deputado Federico Pinedo para lembrar que seu chefe, Mauricio Macri, reivindicou as bandeiras do justicialismo: “Prepare-se Pinedo, porque com esse sobrenome espero que você apoie esta medida”, disse-lhe ela.

Na praça também se escutaram ovações emocionadas quando a Presidenta, em tom enérgico, se referiu ao atentado à AMIA e àqueles que a estão acusando por encobrimento.

O Hino Nacional, que se escutou antes do discurso da Presidenta, foi entoado por milhares de convocados, que acompanharam as estrofes com os dedos em V.

Com informações do Télam

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

12 Comentários

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  1. Eis a grande diferença entre

    Eis a grande diferença entre Cristina e Dilma.

    A presidenta da Argentina reage. Se comunica. Usa o canal público de tv e rádio. Conversa com os mais jovens. 

    Aqui, Dilma não consegue se comunicar. 

    Tem um “menor aprendiz” na minha empresa que me disse que ia ao “Impeachment” da Dilma. Sim, isso mesmo, ele é menor aprendiz, ganha cerca de .1.500 reais por mês, trabalha 6 horas por dia, 4 dias por semana. Ele acabou de entrar na Faculdade através do Fies.

    Evidentemente que dei um esporro no moleque. Expliquei que uma década atrás ele sequer conseguiria um emprego, muito menos poder frequentar uma universidade. 

    Ele entendeu e já desistiu da maluquice. Bastou 5 minutos de conversa.

    Mas há milhares de outros jovens que continuam sem saber das mudanças que aconteceram neste país nos últimos 12 anos. 

    É aí que a grande falha de comunicação do PT e da Dilma provoca os maiores estragos. 

     Não foi por falta de aviso.

    1. o movimento da juventude Cristina e Dilma

      Os esforço dos jovens do La Campora e outros engajamentos de apoio aos Kirchners é admirável. Resistem a pressões enormes da imprensa e da classe media argentina. Lá são acusados de neopeleguismo pra baixo. Pouco atenção se dá aos trabalhos sociais e verdadeiramente engajados desses jovens para com as comunudades carentes. Apoiam Cristina nos piores momentos e talvez sejam, atualmente, a mais tenaz musculatura de apoio e de sustentação social e, porque não,  política,  do movimento kirchenista. Cristina e toda a sua entourage  reconhecem profundamente esses jovens.

      O PT desmerece e desprestigia os esforços dos jovens de seu partido. Nos movimentos de junho e de julho, Rui Falcão tributos a esses pelo enfraquecimento do partido no período.  Culpou-ou de forma rispida, cobrando deles “maiores resultados”, sem, no entanto, fornecer um mínimo de palavras de aconselhamento e de motivação. A capanha da Dilma em 2014 deu um alento, estiveram presente e foram muito exitosos em seus esforços.  No entanto, após as eleições e às pressões direitistas e da midia conservadora contra o governo, pouco se viu das contra-reações dos jovens, salvo o ato de Lula na Petrobras. 

       

       

       

       

      1. Politização

        Não esquecer que os argentinos – modo geral – são muito mais politizados que nós brasileiros.

        Dessa forma não há como comparar aquilo que Cristina faz na Argentina com aquilo que Dilma deveria fazer.

         

  2. LO MISMO DE ACÁ

    Vale à pena dar uma olhada no El Clarin e no La Nacion. Cadê fotos como essas ? Parece que a manifestação está acontecendo no Butão e não em Buenos Aires.

  3. Enquanto houver governos

    Enquanto houver governos populistas e intervencionistas como o de Kirchner, a Argentina não terá perspectiva de progresso. Ninguém investe em país que estigmatiza e repele empresários. Ninguém investe em país cujos cidadãos têm medo de depositar seu dinheiro nos bancos. Milícias como as que lá vemos não são sinal de desenvolvimento, são mera claque e apoio paramilitar ao governo, assim como ocorre na Venezuela.

    1. O burro cego e imundo confunde tudo.
      Vejam a pérola: “Ninguém investe em país……… Milícias, apoio paramilitar ao governo….
      Tu conheces a Colômbia? Seu candidato, o cheirador de cocaína, inclusive queria construir uma hidrelétrica lá. A troco de muita cocaína, presumo eu. Visto os aeroportos clandestinos que contruiu nas propriedades da família, com dinheiro público, soltura de traficantes pelo desembargador por ele escolhido e inermediado por Quêdo, seu primo, além do helicóptero com 450 kg de coca dos Parrellas, amigos, sócios e corregilionários. Pois bem, lá na Colômbia tinha os grupos paramilitares mais atuantes da América Latina. O cego e o mau intencionado, sempre dá uma versão parcial, escondendo a verdade, na esperança de induzir alguns poucos tolos com as suas meias verdades, que também são meias mentiras. Mas como corno, estão dispostos a doarem tudo para os Estados Unidos, inclusive sua mulher e filhas.
      RESISTE ARGENTINA!

  4. não me tragam problemas

    não me tragam problemas internacionais para dentro do nosso país,

    disse cristina no final do seu pronunciamento.

    vi no vídeo postado ontem.

    ela falou isso quando se referia ao caso da amia.

    interesses internacionais imbricados nas questões do oriente médio

    estariam interferindo nesse caso da morte do nisman para

    beneficiar-se de acordos ou não com o irã, etc e tal….

    isso me lembrou da necessidade de ficarmos alertas

    a certas interferencias internacionais no brasil

    exercidas pela grande mídia, principalmente.

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