Ministra do Equador fala da integração militar na América Latina

Enviado por Cyro

Da Agência Xinhua

Entrevista: Chefe da Defesa do Equador destaca integração militar na América Latina
 
Por Raimundo Urrechaga
 
CARACAS, 19 de junho (Xinhua) – As forças armadas da América Latina estão cada vez mais trabalhando em conjunto para garantir a paz na região e promover a unidade, disse a ministra da Defesa do Equador, Maria Fernanda Espinosa, na quinta-feira.
 
Em entrevista à Xinhua, Espinosa observou que várias forças armadas da região estão interligadas, coordenam seus trabalhos e estão em constantes trocas de informações.
 
“É essencial ter uma parceria estratégica entre nossos presidentes e autoridades de defesa para combater o crime organizado, e promover a paz pública e a segurança na região”, disse ela.

Espinosa, que estava na capital venezuelana Caracas para participar da Segunda Reunião de Ministros da Defesa e Mulheres Líderes, reconheceu que o tráfico de drogas, contrabando de armas e mineração ilegal destroem a segurança na América Latina.
 
No entanto, ela disse, “as nossas forças armadas estão cada vez mais preparadas e unidas para enfrentar estes flagelos”, disse ela.
 
A ministra equatoriana disse que existem vários acordos e políticas de defesa da América Latina para combater ameaças de forma conjunta.
 
Com essa finalidade, os governos da América do Sul terão um mandato para construir uma visão compartilhada para a defesa, através do Conselho de Defesa Sul-Americano da Unasul (União de Nações Sul-Americanas).
 
Questionada sobre os acordos de cooperação de defesa entre o Equador e a Venezuela, Espinosa disse que há um amplo intercâmbio para a formação e preparação de oficiais.
 
“Estamos trabalhando para promover mutuamente as indústrias de defesa, o que é uma questão crítica, e estamos a explorar a cooperação entre institutos de pesquisa de defesa”, disse a ministra.
 
O Equador, o Brasil e a Argentina, por exemplo, estão trabalhando para construir uma aeronave para treinamento básico na América do Sul que será chamada Unasul I.
 
Espinosa pediu à Venezuela para se juntar a este esforço regional.
 
A ministra disse que a reunião em Caracas ofereceu um espaço de reflexão e troca para analisar o papel das mulheres nas forças armadas e gerar uma política pública de igualdade de gênero dentro das forças armadas.
 
Autoridades femininas discutiram o papel das mulheres no serviço militar na construção de uma cultura de paz, um compromisso de chefes de Estado da América Latina após a última cimeira da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC), em Cuba.
 
A igualdade de gênero nas Forças Armadas envolve uma mudança de cultura institucional e que foi o compromisso reafirmado na reunião, disse ela.
 
“É preciso destravar a cultura machista tradicional através de fortes políticas públicas e mecanismos claros que dão o lugar ideal para as mulheres nas forças armadas. As mulheres devem ter as suas próprias oportunidades e possibilidades e é isso que estamos fazendo em nossos países”, disse ela.
Redação

9 Comentários

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  1. Integração de quem com quem?

    Integração de quem com quem? Papo furado e logo para a agencia estatal de noticias da China.

    Porque as forças armadas do Equador não estão no Haiti, deixando toda carga de 10 anos de presença ao Exercito brasileiro?  As Forças Armadas brasileiras não vão se “”integrar”,  seja lá o que isso signifique, com paises bolivarianos.

    1. Integração não significa submissão

      Vejo aqui uma visão maniqueista e xenófoba. O Brasil já esta se integrando com as demais Forças da América do Sul sejam elas as ditas “bolivairanas” que a nossa retrógrada direita tem verdadeiro pavor, seja ela da direita alinhada com os EUA, como Colombia e Chile (este agora com Bachelet deve ficar mais neutro). Basta ver a posição comum que a UNASUL tem apresentado, sem nenhuma voz discordante e até confrontando os EUA e potências ocidentais. 

      O papel do Brasil neste contexto é fundamental e serve de suporte técnico,moral, econômico e tecnológico, com a parceria em diversos projetos comuns (o KC 390, conta com encomendas de diversos destes países, como Chile, Colômbia, Argentina e outros), o projeto do tanque leve conta com o mesmo, projetos de sistemas de vigilância comuns são implementados com todos os vizinhos sem discriminação, Ou seja, o Brasil cumpre o papel agregador e pacificador, unindo até vizinhos discodantes, como Venezuela e Colômbia.

      Na Copa, neste momento, estamso presenciando uma gigantesca integração de Forças, Polícias e Serviços de Inteligência, tanto latino-americanos, como do Brasil com outros países como EUA e UE, exitosa até o momento (mais um legado da Copa).

      1. A cegueira da direita chega a doer!

        Olhando de uma perspectiva absolutamente direitista, mas não maniqueísta, se nos isolarmos desses “perigosos” bolivarianos, se não acharmos um meio de andarmos no mesmo passo, esses “perigosos” não tenderiam a, pelo nosso simples tamanho geográfico, nos temer e se unirem contra nós? Seria melhor deixar que eles procurem apoio e alento diante desse temor em outros braços, da China e da Rússia, por exemplo?

        Melhor que nos vejam – ainda que tornemos a um regime abertamente direitista – como uma espécie de irmão mais velho e forte, meio truculento e grosseiro, de quem discordam em quase tudo, mas em quem SEMPRE podem confiar do que nos vejam como um vizinho imperialista, pronto a dominá-los sob o menor pretexto. Isso empurraria nossos vizinhos a se tornarem uma preocupação militar permanente, consumindo preciosos recursos do Estado que de outro modo poderiam estar a serviço do nosso desenvolvimento econômico.

        Enquanto a Europa – especialmente Inglaterra, França e Alemanha – não compreenderam que, qualquer que fossem suas divergências políticas, o melhor era caminharem juntas, a guerra consumiu recursos e vidas do continente. Foram precisas duas guerras apocalípticas e a submissão a duas potências “externas” para que finalmente compreendessem que, apesar de todas as suas diferenças, era melhor andar juntos.

      2. http://www.army.mil/article/1

        http://www.army.mil/article/124085/Army_South__Brazil_partner_to_discuss_working_dogs_ahead_of_World_Cup__Olympics/

        Os unicos acordos recentes do Exercito Brasileiro são com o Exercito dos EUA. O Brasil tem o mais importante Exercito

        da America Latina, o parceiro natural desde 1942 é o Exercito americano. São tres Exercitos de 1ª linha na America Latina

        Brasil, Chile e Colombia, tem a estrutura, o nivel de Escolas de oficiais, doutrina, bases, experiencia e atualização.

        A doutrina é baseada na aliança e cooperação com os EUA, para mudar uma doutrina leva uma geração e depende de uma logica geopolitica que não foi alterada porque não depende de cada Pais individualmente mas sim do conjunto global de relações internacionais, o Brasil está na liga dos grandes Paises e não no clubinho dos pequenos paises.

    2. Quá quá quá!!!
      O Brasil está

      Quá quá quá!!!

      O Brasil está no Haiti por escolha própria. Escolha humanitária E GEOPOLÍTICA. Claro que alguém que dá pinta de ser apenas um troll direitista não deve lembrar do afã americano em ocupar o Haiti logo depois daquele terremoto trágico, e das soluções autoritárias que eles propunham. O Brasil manobrou diplomaticamente soberbamente na ONU e deslocou a pretensão americana. Depois de escolhido o comando brasileiro, os americanos, vexaminosamente, retiraram suas pretensões E as forças de apoio. Poderiam enviar um ou dois batalhões da Guarda Nacional, composta de voluntários, espécie de milícia estadual, mas nem isso.

      Nosso problema, aqui, é forjar uma aliança política regional em toda sua extensão, que envolva coordenação econômica e militar, como a UE (que se alia na OTAN e em outros órgãos regionais, sem os EUA), que possa ser contra-ponto tanto à aliança EUA-UE, como a que aos poucos se molda entre China e Rússia. A longo prazo, ou a América do Sul toma esse caminho, ou será tragada por esses dois blocos que protagonizarão uma nova Guerra Fria dentro de talvez uma década, se tanto.

      A lógica da direita, nos países periféricos, como os da América Meridional, é estranha ao próprio direitismo: ao invés de buscarem ter um capitalismo pratagonista, que leve seus países a posições de liderança e desenvolvimento, preferem comer as migalhas do banquete euro-americano. Definitivamente, nasceram para serem viralatas endinheirados, ao contrário de seus congeneres sul-coreanos ou japoneses, que, sem deixarem o grande bloco capitalista, não se poupam em distribuir cotoveladas nos ocidentais, quando o assunto é seu próprio enriquecimento.

      Bolivarianos ou o que sejam, são nossa melhor alternativa de aliança, se não pretendermos ser paus-mandados de nossos velhos “amigos” do norte.

      1. http://www.un.org/en/peacekee

        http://www.un.org/en/peacekeeping/missions/minustah/index.shtml

        Voce está delirando. O Brasil está no Haiti por força da Resolução1542 do Conselho de Segurança da ONU, com o voto dos EUA, não por escolha propria. Os EUA não tem o mais REMOTO INTERESSE em ter tropas no Haiti, um dos piores lugares do planeta para ter militares e estão SATISFEITISSIMOS com o esforço do Brasil em ter tropas lá.

        O Haiti não tem nenhum valor estrategico, economico, mineral ou geopolitico, tomar conta do Haiti é só problemas,

        não se tira vantagem alguma, os americanos ja estiveram lá por quatro vezes no Seculo XX e nem querem ouvir falar

        em Haiti.

  2. Assunto complexo

    Concordo em parte com o André, pois as Forças Armadas Brasileiras possuem uma estratégia continental muito própria, devido à Amazônia, Pré – Sal, etc. Além do mais, é verdade a questão do Haiti e de Timor Leste, onde o Brasil assumiu um protagonismo sem muito apoio dos vizinhos. Quanto aos perigos citados pelo Zancheta, também entro numa especulação: Chile ?  preocupações com Peru, Bolívia e Argentina; Peru ? Com o Chile(perdeu território) e Equador(ganhou território); Colômbia? questão com a Venezuela, tem a FARC, cartéis, e a última grande perda já faz muito tempo, foi imposta por Washington, quando T, Roosevelt peitou Bogotá, “bancou” a independência do Panamá e construiu o canal.

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