Para FMI, fórmula econômica latinoamericana perdeu fôlego

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Do Estadão conteúdo

O diretor do Departamento de Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Alejandro Werner, alerta que a América Latina dificilmente conseguirá crescer próximo do nível máximo de sua capacidade de produção no médio e longo prazos, como aconteceu nos últimos dez anos, a menos que consiga atrair mais investimentos e acelerar a taxa de produtividade.

 

Ao final da reunião anual do FMI e do Banco Mundial, este domingo em Washington, Werner afirmou que “Os países da região estão utilizando quase toda a capacidade de produção, os termos de troca não parecem que vão continuar melhorando e as taxas de juros na região não devem continuar caindo, aliás, o mais provável é que voltem a subir”. Nos últimos dez anos, segundo o diretor, as economias latino-americanas cresceram, em média, 4% ao ano.

 

“Assim, olhando para o futuro, a expansão dessas economias não se dará no mesmo ritmo acelerado dos últimos anos, a menos que os países da região comecem a criar fontes de crescimento da produtividade ou que passem a investir mais e a um ritmo mais acelerado para aumentar o estoque de capital”, explicou. E o investimento em infraestrutura é fundamental, acrescentou o executivo do Fundo.

 

Werner acredita que, no curto e médio prazos, o cenário mais provável para as economias latino-americanos é de estabilidade, sem as surpresas positivas em termos de crescimento que se verificaram nos últimos anos. O fundo projeta um crescimento para a América Latina de 3,4% neste ano e de 3,9% em 2014. Para Werner, as economias da América Latina se encontram numa boa posição, com uma atividade econômica ainda considerada saudável.

 

O FMI não vê maiores vulnerabilidades, afirma o executivo. Segundo ele todas estão operando num nível de produção próximo da capacidade máxima, com quase pleno emprego e governos que, na média, se encontram numa posição satisfatória das suas contas fiscais. 

 

Para Werner, a preocupação compartilhada por vários líderes presentes nos eventos foi a emergência de novos riscos, em especial o excesso de liquidez injetada por países desenvolvidos nas economias latino-americanas.

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Lourdes Nassif

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