Temer acredita que Bolsonaro poderá “renovar o Mercosul”

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Da Agência Brasil

O presidente Michel Temer disse não acreditar que os esforços de seu governo para expandir a influência comercial do Mercosul serão perdidos no governo de Jair Bolsonaro. Em conversa com jornalistas em Montevidéu, o presidente disse que as revisões no bloco são constantes e que essas revisões, segundo ele, não são feitas como oposição ao Mercosul.

“Acho que o presidente Bolsonaro poderá promover com sua equipe uma revisão do Mercosul, pleitear essa revisão. Volto a dizer que ela se faz com certa frequência, de modo que não significa oposição ao Mercosul. Quem sabe um apoio ao Mercosul, renová-lo”, disse o presidente em conversa com jornalistas ocorrida hoje (18) durante a 53ª Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados.

Ainda na noite de 28 de outubro, quando a vitória de Jair Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial foi confirmada, o seu futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o Mercosul não seria uma prioridade para o Brasil. Porém, dias depois da declaração de Guedes, Bolsonaro ressaltou que a mudança será para evitar o “viés político” nas negociações.

Abertura a outros blocos

Temer exaltou o avanço em negociações internacionais do bloco. O presidente também disse aos jornalistas que isso se deveu à “abertura completa” do Mercosul, com destaque para a aproximação entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico, bloco formado por México, Chile, Colômbia e Peru.

De acordo com o presidente, essa abertura maior aos diferentes mercados caminhou lado a lado com uma política semelhante adotada pelo Brasil. “A Organização Mundial do Comércio revelou que o Brasil, no ano de 2018, foi o país que mais abriu para facilitação de comércio em todo o mundo. Foi importante para o nosso país e importante para o Mercosul”.

Ontem, em discurso no Palácio do Planalto, Temer declarou ser impossível aplicar qualquer isolacionismo político ou econômico nos dias de hoje. “No fenômeno da globalização, seria impossível qualquer isolacionismo de natureza política, econômica. É por isso que nós temos falado ao longo do tempo do multilateralismo, a ideia da universalização das nossas relações em todos os campos”.
 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

8 Comentários

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      1. E vai

        O sonho de consumo do brasil é uma saida pelo pacífico.

        Alguém, numa dessas reuniões da lojinha, deve ter soprado na orelha do senhor das trevas que pelo mercosul ficaria mais longe. Melhor tentar o merconorte, ao lado dos irmãos em cristo, após uma eventual batalha santa de israel e um rearranjo territorial ainda em estudo.

        Afff!!!

        Claro, posso estar delirando, mas ainda assim, vou aproveitar o ensejo para botar as imagens dos seus indicados vídeos:

        Haja molho pra botar as nossas barbas!

         

        [video:https://youtu.be/EE2q119T1fw%5D

        [video:https://youtu.be/n2RH78nVphk%5D

        [video:https://youtu.be/ENWW7-6J6UQ%5D

         

         

  1. . ..o tempo já comeu os
    . ..o tempo já comeu os neurônios dessa gerontocracia que se acha jovem só pq são amado$$$$$$ por suas jovens esposa$$$$$$$……amei a Marcela matando o Temer de raiva na entrega do submarino do Lula e Dilma: ela Marcela lambia os lábios sedentos e os caras se desmanchavam e o Temer soltava ódio pelos zóio…..bonitinha mas ordinária, pensou com certeza nessa frase de Nelson Rodrigues ou: A vida como ela é, meu caro ……melhor se vc preferisse uma feiosa que nem você: pelo menos paz, menos pesadelos vc teria: e um sexo mais gostoso com certeza: se bem que haja estômago para aguentar um estrupiço desse…..rss

  2. #

    Uma dessas apresentadoras de um desses jornais da tv record e record news disse que a decisão de Bolsonaro de transferir a embaixada para Jerusalém “coloca o Brasil ao lado dos EUA”.

    Acho que ela quis dizer: debaixo das botas.

     

  3. Bolsonaro não vai só renovar

    Bolsonaro não vai só renovar o Mercosul. Com o “poder e a intelectualidade” que tem pode renovar o mundo. Mais primeiro ele tem que aprender a falar. 

    Eu nunca vi nenhum macaco renovando nada. Sem ofensa. É porque eles ainda não dominam a linguagem.

  4. Paulo Guedes quer acabar com

    Paulo Guedes quer acabar com o MECOSUL, o novo governo não tem nenhum interesse em vizinhos, ONU, OEA e outras ONGs de governo mundial, por essa razão Macri não vem à posse e declarou porque, estará de ferias na Patagonia.

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