Wilson Ferreira
Wilson Roberto Vieira Ferreira - Mestre em Comunição Contemporânea (Análises em Imagem e Som) pela Universidade Anhembi Morumbi.Doutorando em Meios e Processos Audiovisuais na ECA/USP. Jornalista e professor na Universidade Anhembi Morumbi nas áreas de Estudos da Semiótica e Comunicação Visual. Pesquisador e escritor, autor de verbetes no "Dicionário de Comunicação" pela editora Paulus, e dos livros "O Caos Semiótico" e "Cinegnose" pela Editora Livrus.
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A canastrice de Marina Silva e o DNA hollywoodiano, por Wilson Ferreira

Muitas teorias conspiratórias veem a candidata Marina Silva como um “instrumento de Washington”, “a nova direita” etc. Se isso for verdade, não seria tanto pelas teses neoliberais que seu programa de governo defende. Seu DNA não está em Washington, mas em Hollywood. Marina Silva se filia a uma lista de personagens políticos construídos a partir do imaginário coletivo cinematográfico como Hitler e Mussolini (o cinema mudo), Jânio Quadros (Jacques Tati) e Collor de Mello (Gordon Gekko de “Wall Street”). É a “canastrice” na propaganda, noção que a ciência política deveria levar mais à sério: políticos tornam-se verossímeis quando se reconhecem neles elementos de uma certa mitologia pop ou cinematográfica. Mas por que eleitores não percebem o artificialismo das performances exageradas, melodramáticas e esteticamente kitschs, características da canastrice? Talvez porque um século de Hollywood não apenas tenha afetado nossos corações e mentes, mas a própria percepção.

Era 1997. Em plena crise de um escândalo sexual envolvendo o então presidente dos EUA Bill Clinton e uma estagiária da Casa Branca, era lançado o filme Mera Coincidência (Wag The Dog). O Título em português não poderia ter sido mais feliz pela ironia. No filme, um presidente concorrendo à reeleição nos EUA é envolvido em um escândalo sexual. Com a ajuda de um produtor de Hollywood e um relações públicas cria uma guerra fictícia com a Albânia como estratégia de desvio da atenção.

Um suposto vídeo documental (na verdade produzido em estúdio como tática diversionista) é exibido pelas emissoras de TV: vemos uma jovem albanesa com um gatinho branco nos braços fugindo de terroristas estupradores em meio ao fogo cruzado de bombas e incêndios. Tudo muito melodramático, overkitsch, estereotipado e com o appeal e look semelhante às produções medianas de Hollywood e “sitcons” do horário nobre. Apesar disso, jornalistas e a opinião pública mordem a isca do suposto vídeo “vazado” como fosse um vídeo realista.  

“Mera Coincidência”, 1997

A cada eleição é sempre necessário assistirmos novamente a esse filme, não apenas pelo tema da manipulação da opinião pública através da mídia, mas como o filme nos mostra a canastrice como a própria essência da propaganda política: as pessoas parecem sempre acreditar em personagens, cenas ou histórias estereotipadas, mal produzidas e, principalmente, repetitivas e clichês.   Assim como as pessoas acreditaram no personagem da menina-albanesa-indefesa-com-gatinho-no-colo.

Mera Coincidência nos ensinou que a propaganda política é mal produzida e esteticamente brega, mas, mesmo assim, é crível aos eleitores. Por que? Talvez alguns subsídios para uma possível resposta estejam no caso Marina Silva e a forma como a construção da sua personagem aproximou-se dos cânones hollywoodianos, tornando-os reconhecíveis e, portanto, fazendo a candidata verossímel para seus eleitores.   Na propaganda política não existe a realidade, mas apenas a verossimilhança.

Marina Silva, Washington, Hollywood

Em reportagem especial sobre a campanha eleitoral brasileira, o jornal francês L’Humanité Dimanche definiu a candidata Marina Silva como “instrumento de Washington” e “a nova direita brasileira”. E o episódio da visita da candidata aos EUA “em busca de novas parcerias”, como afirmou, em plena reta final da campanha eleitoral apenas reforçou essa teoria conspiratória.

Marina Silva: a “nova direita” com
DNA hollywoodiano?

Mas para esse blog a evidência de que a candidata seria teleguiada pelos EUA não estaria tanto nas teses neoliberais que o seu programa de governo defende – Banco Central independente, recuperação do “tripé econômico” ao custo do sacrifício dos programas sociais para alcançar metas de superávit primário etc.

Para nós, a principal evidência estaria no inconfundível DNA hollywoodiano da construção da personagem Marina Silva: a filha de seringueiros que emergiu da floresta para salvar a Amazônia (ou a “rainforest”, expressão com a qual os americanos costumam se referir à florestas tropicais) e, portanto, todo o planeta. A marca indelével da linguagem midiática da indústria do entretenimento norte-americano estaria na canastrice da sua personagem, que repete o mesmo padrão de uma certa mitologia pop.

Canastrice e a Ciência Política

O poder da canastrice é uma noção que deveria ser levada mais a sério pela ciência política. Walter Benjamin afirmava que a estetização da política era a principal estratégia do fascismo: tanto os astros como os ditadores se dirigiram às massas através do cinema. 

Walter Benjamin: astros e ditadores se dirigiram
às massas através do cinema

“A humanidade preparou-se séculos para Victor Mature e Mickey Rooney”, também disse outro frankfurtiano, Theodor Adorno, sobre o poder hipnótico dos atores canastrões. Astros do cinema mudo como Chaplin, Max Linder, O Gordo e o Magro e os Keystone Cops prepararam o terreno para as performances caricatas dos ditadores do século XX. Exatamente nesse ponto reside a canastrice na política: certamente Hitler e Mussolini se inspiraram nas gags visuais dos gênios do cinema mudo. Mais tarde, de forma overact, exagerada, kitsch e artificial (características da canastrice) trouxeram para a realidade o que viram nas telas. E com trágicas consequências que foram bem além do entretenimento.

Marina Silva é mais um exemplar dessa espécie de hiper-populismo baseado na canastrice política, assim como foi Jânio Quadros (uma versão canastrona de Monsieur Hulot do cineasta francês Jacques Tati) ou Collor de Mello (a reedição canastrona dos yuppies que povoaram as telas do cinema nos anos 1980, como o personagem Gordon Gekko do filme Wall Street, 1987).

A construção de uma personagem

Marina possui o que se chama physique du role para exercer o papel: magra, olhos fundos, levemente arqueada, com um xale sobre a cabeça e olhar vindo de baixo para cima como um contra-plogee no cinema, sugerindo uma estudada humildade e resignação diante da sua suposta predestinação. A humildade humana diante dos misteriosos caminhos de Deus…

Marina Silva tem o “physique du role”  para o papel

Ela é a reedição de toda uma galeria de santos, heróis, salvadores ou sobreviventes enaltecidos pelo inconsciente coletivo midiático: a foto da menina Sharbat na capa da National Geographic, com uma túnica cobrindo a cabeça conferindo um ar beatífico de pureza e resistência; a naturalizada indiana Madre Tereza de Calcutá, beatificada muito tempo antes da Igreja pela mídia…

É a personagem perfeita, porque veio da floresta intocada, pura. Mais uma amostra do DNA midiático norte-americano, chave do novo puritanismo neopentecostal daquele país que criou um fundamentalismo religioso baseado no pensamento ecologicamente correto, como pode ser visto em ação no filme O Mistério da Rua 7 (Vanishing on 7th Street, 2010 – um mix de demônios indígenas, colonização norte-americana e o ideário místico-ecológico da Teoria Gaia – sobre o filme clique aqui).

 

Wilson Ferreira

Wilson Roberto Vieira Ferreira - Mestre em Comunição Contemporânea (Análises em Imagem e Som) pela Universidade Anhembi Morumbi.Doutorando em Meios e Processos Audiovisuais na ECA/USP. Jornalista e professor na Universidade Anhembi Morumbi nas áreas de Estudos da Semiótica e Comunicação Visual. Pesquisador e escritor, autor de verbetes no "Dicionário de Comunicação" pela editora Paulus, e dos livros "O Caos Semiótico" e "Cinegnose" pela Editora Livrus.

36 Comentários

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  1. Já que estamos falando de

    Já que estamos falando de Hollywood, olhando a primeira foto, eu pude facilmente imaginá-la sentada na cestinha de uma bicicleta voadora…

  2. Eu cito “Mera coincidência”

    Eu cito “Mera coincidência” muitas vezes. Adoro a cena em que perguntam ao persongem de Robert de Niro: “Você não quer saber se é verdade?”; ele, então, replica: “Deu na TV?”; “Deu”, responde a moça; “Então é verdade”, conclui De Niro. No mais, quem descobre a realidade que existe por traz da personagem desembarca da canoa furada, como Mark Rufallo. De repente ele descobriu que a Fadinha Verde Avatariana da floresta encantada era, na verdade, uma Malafaia Girl.

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=21643

    E outras coisas aparecem, como os doadores principais da ONG de Marina.

  3. Nassif
    Sabemos que por tras

    Nassif

    Sabemos que por tras destas “figuras” estão os treslocados marqueteiros. Percebo que da ultima eleição para cá (Serra e o Bispo de Santo André),  estamos entrando numa seara fundamentalista que se não for corrigida através da afirmação do estado laico e de reformas do sistema político será literalmente uma guerra as proximas eleições. 

    As reformas tem que ser urgentes. 

  4. A canastrice da mídia na bomba atomica da veja

    A absoluta falta de sustentação lógica de um dos principais factoides da Veja, e de sua repercussão na grande mídia, que ocorrem sem mínima criticidade, causa espécie.

    Esta sendo veiculado, desde o último final de semana que durante a campanha eleitoral da presidente Dilma em 2010, Antonio Palocci teria pedido ajuda a Paulo Roberto Costa para arrecadar 2 milhões de reais, para custear os gastos da campanha, e que este teria repassado tal pedido ao doleiro Youssef. Alerta, entretanto, que não sabe se o tal dinheiro teria sido repassado.

    Convenhamos, esta mesma mídia, que acusa o PT de instrumentalizar a Petrobrás e de ser o culpado pelos desvios, por linhas tortas, nesta tentativa de criminalizar o referido partido, de forma paradoxal, com estas narrativas, o inocenta, ou, no mínimo, demonstra que a farsa montada não resiste nem mesmo a uma análise superficial.

    Explico.

    É logicamente inconcebível que, se fosse o PT que detivesse o controle das ações criminosas de Paulo Costa e de Youssef, que este tivesse pedido dinheiro para a campanha.

    Isso por um singelo motivo, quem detém o controle não pede participação, ao contrário, é quem destina o dinheiro.

    Prosseguindo.

    O montante mencionado corroboraria a não participação do PT, nestes esquemas.

    Neste ponto, este é acusado de ter “pedido” 2 milhões de reais, num anunciado desvio de bilhões de reais.

    Repito novamente, tal ilação afigura-se absurda, pois ofende a lógica.

    Qual a participação de uma organização partidária que seria responsável pelo desvio de bilhões, mas ficaria “pedindo” ajuda para arrecadar  2 milhões, e, ao que consta da reportagem, não levando nada.

    Tal acusação, pela sua total falta de nexo, deveria ter sido descartada de plano, por inverídica, no entanto, foi replicada por diversos veículos da grande mídia. 

  5. Esse perfil canastrão de

    Esse perfil canastrão de Marina sempre me chamou a atenção. De espontânea, ela não tem nada: ensaiou(e o verbo “ensaiar” aqui é bem alocado) muito bem esse personagem com base na matriz ideológica de hollywood. 

    Agora apelando para os “se”: se for para o segundo turno e se realmente o cineasta Fernando Meireles assumir a direção de marketing da campanha dela, aí veremos cada vez mais acentuado o apelo a truques próprios do cinema alienado e alienante da terra do Tio Sam. 

  6. ´Canastrice´ do autor

    bem ao estilo para receber ´estrelinhas´ da platéia desesperada… Mas comparar a extraordinária trajetória de MARINA a de uma ´´má representação´ de um papel político que seu simbolismo representa é uma das mais perfeitas estupidez da falta de melhor argumentação.

    Comparar MARINA a Collor, Jânio, Hitler, Mussolini é uma agressão gratuita ao bom senso até de petistas.

    Discordar de MARINA que prega uma ´nova política´ que ainda não sabemos, nem ela sabe e reconhece com humildade que será uma construção coletiva e permanente, mas que seja diferente e reserva a sociedade civil outro tipo de ativismo, faz parte dos debates políticos.

    Mas quem pode afirma que a atual forma de se fazer política é a melhor? O povo diz que não se sente representado e, portanto, legítimo que uma liderança pense na busca da qualificação dessa representação.

    A cada dia fica claro que mesmo que vença DILMA ao PT não interessa as reformas estruturais que diz pretender pois está fazendo a mais deplorável e suja campanha que não é contra nenhum safado ladrão dos cofres públicos mas contra a pessoa de uma das dignas brasileiras, uma ex-petista.

    1. Não tenho, e não quero, nem

      Não tenho credenciais técnicas para ser procurador do Wilson Ferreira. Contradito esse teu comentário porque o avalio como injusto e falacioso. Injusto porque desde que frequento esse blog jamais percebi no autor qualquer ânimo de se expressar para ganhar “estrelinhas”. Ao contrário, seus textos são geralmente densos, longos e que por consequência devem merecer bem menos aplausos que os de apelos retóricos ou politiqueiros. 

      E a falácia – do espantalho – vem por conta da imputação de que o autor comparou Marina a Collor, Jânio, Hitler e Mussolini. Ou não te deste o trabalho de ler o post com a devida acuidade ou apelas simplesmente para desqualificação do mesmo de forma absolutamente desonesta. 

      O texto remete à construção de personagens tendo como pano de fundo o ânimo ideológico, bem típico de Hollywood, a matriz-mor nesse mister. Isso está claríssimo.

      O que incomoda aos eleitores/militantes da Marina é esse processo inexorável de desnudamento do verdadeiro caráter tanto dela como de sua candidatura. Do apelo a recursos imagéticos e retóricos com vistas a desviar o foco sobre a essência de um discurso, não político, mas ideológico. 

      1. Concordo plenamente com você

        Concordo plenamente com você JB. Também acompanho os textos do Wilson: é um texto bem fundamentado teoricamente e não se sustenta em falácias, até porque elas são insustentáveis do ponto de vista conceitual. Quanto ao comentário que gerou seu post, lembro-me de um postulado de Umberto Eco: ler é reprimir interpretações. Tem gente que está precisando fazer isso mais vezes. 

      2. Concordo com você, JB.

        Concordo com você, JB. Militão, que de cinema não entende nada, a não ser aqueles filmes que passam de segunda-feira à noite na globo, não possui conhecimentos suficientes para criticar Wilson Ferreira, de quem, aliás, sou fã.

      3. Perfeita análise JB,

        Perfeita análise JB, realmente é “inexorável o desnudamento” e o texto é muito bem construido,  nada ofensivo, mas a realidade é que está doendo, nos que não querem ver.  

    2. Canastrice não é uma categoria moral

      Caro Roberto e demais comentaristas

      A canastrice nessa postagem não está sendo tomada como uma categoria moral. Não acusa o texto de uma suposta má-fé de Marina Silva. Como Ciro Gomes já disse em outra oportunidade, a tragédia é que ela fala tudo “com muita decência e honestidade”.

      A canastrice parece ser um papel já pré-estabelecido pelo campo da propaganda política à espera da pessoa certa no lugar certo. A tragédia é que Marina, assim como outros exemplos citados no texto, acredita no próprio papel, assim como a pessoa que posa para uma foto acredita que ela é a própria imagem que simulou de si mesma.

      Abs.

    3. Sofismar, sofisma, sofisticado.

      Militão, você militar a favor de Marina é um direito seu, que todos reconhecemos. Mas termina aí. Querer defender o indefensável, a fadinha do Itaú ou fodinha da floresta, porque ela é foda, quer foder o povo brasileiro com independência do BACEN, revisão da CLT e acordos bilaterais com os Estados Unidos. Acordo bilateral entre Brasil e Estados Unidos é como a hiena enfrentar uma leoa no mano a mano. Vai perder, será dilarecada com uma única patada. Mas quando as hienas se juntam aos montes, têm coragem de enfrentar a leoa e roubar-lhe a carcaça recém-caçada. Diga que você defende que se danem os brasileiros. Mas não se faça de inocente nem de democrata, coisa que você não é. Ponto.

  7. A derrocada de Marina

    Com a perda iminente da eleição, logo no primeiro turno, Maria Osmarina está preparando nova biografia sobre a trajetória de mais essa derrota. Como não lhe sobrará Neca de dinheiro, a venda do livro “Do Seringal Bagaço a um Apartamento com Terraço” poderá ajudá-la a preparar a campanha em 2018, em novo partido, é lógico, depois de deixar o PSB desfigurado e com problemas na justiça eleitoral por conta do aviãozinho fantasma.

  8. A dúvida do balcão de farmácia

    Sabe aquela dúvida que a gente tem no balcão de farmácia diante do genérico e do similiar que nos oferecem…pois é, as socialites de SP estão vivendo este dilema, sabem que Marina e Aécio são iguais mas não sabem o que levar prá casa: Genérico ou sumilar;;..?

    http://mais.uol.com.br/view/e0qbgxid79uv/apos-subida-de-aecio-em-pesquisa-socialites-atacam-voto-util-em-marina-04020D9A3464C0915326?types=A&

  9. A  ” Nova Política”  da

    A  ” Nova Política”  da Marina, a ser construída coletiva e permanentemente com a sociedade, já foi entendida pela maioria dos eleitores como a já   conhecida “Velha Política” e que consiste  na candidata negar hoje o que afirmou ontem.  A  tentativa de forjar uma imagem  de fragilidade, de vítima  de um sistema  , o político, do qual ela se beneficiou desde o Acre,  é  flagrantemente falsa. Não pode aplicar o golpe do ” coitadismo” quem é “amparada” por um banco que deve R$ 18,7 bi ao IR. Não é vítima do sistema político quem recebe R$ 1,6 mi em palestras cujos contratantes não são revelados. Não é vítima do sistema que teve a sua fundação financiada em 83% por uma rica herdeira do banco que deve ao IR.  Ela soube muito bem se aproveitar do sistema para receber R$ 6,8 mi , da Natura e do Itaú. Natura, cujo um dos proprietários também deve R$ 628 mi ao IR.

    Qaunto mais se sabe da Marina mais se conhece da ” Velha Poiítica”  e vê nela um dos seus mais renomados, embora tente renegar, beneficiários. “Marina uma ova” !

  10. Francamente a unica coisa que

    Francamente a unica coisa que levo a serio nesse Post e o fundamentalismo religioso,não so por parte da Marina,mais o Nosso Estado Laico esta se tornando Refen dessas Bancadas neopentecostais.Lamentavel nenhum dos Candidatos a Presidencia da Republica no debate da Record ter se pronunciado rechaçando a Pregação de Violencia do Fidelix.

    Esperava principalmente da Dilma,mas vou levar em consideração que todos devem ter ficados estuperfatos,com o aparelho excretor que e a boca do Fidelix.

    Nem a corajosa Luciana Genro conseguiu rebater a altura aquela aberração.a Socedade tem que responder a altura.

    Não vamos deixar mulheres morrer a mingua devido a abortos clandestinos,não vamos tolerar qualquer tipo de discriminação e volencia  contra  qualquer ser Humanos,que não se encaxe no Modelo facista destas Bancadas.

    1. Eliane.
      Nunca ficaste no

      Eliane.

      Nunca ficaste no famoso “Ah! É?”, ou seja, num momento que alguém diz uma coisa tão estúpida que ninguém sabe o que falar.

      Não vi a cara dos outros candidatos, mas um grande “Ah! É” pousou na cabeça da Luciana. Ela é um moça bem educada, com um pai gentil e mesmo sendo adversário político mantém boas relações com a filha. Pois, devido a isto ela ficou sem reação!

      Tem políticos que reagem rapidamente a este tipo de provocação grosseira, mas são poucos, e no grupo que estava ali, não vejo nenhum com esta capacidade de reação, pois é algo inato e que não se treina, ou se tem ou não se tem.

  11. uma imagem apela aos sentidos

    uma imagem apela aos sentidos antes de SE transformar em 1000 palavras no intelecto. hollywood levou gerações (incluo a minha, claro) da pré a pós graduação numa percepção IMAGÉTICA do american way of life habitado por MOCINHOS BONS e “limpos” e VILÕES MAUS e  “sujos” (é sintomático SUJAR ADVERSÁRIOS, blogueiros ou não).  bondade, maldade, sujeira & limpeza tudo MADE IN USA…enquanto isso nossos nativos, ao meio ambiente integrados, foram dizimados…

  12.  marina usa  palavras que, se

     marina usa  palavras que, se confrontadas com o real, conotam todas os paradoxos e contradições.

    a questão então é a da verossimilhança.

    a grande mídia, como a marina,

    entrou num processo de exacerbação

    da mentira

    e da invenção 

    e da criação de factóides,

    e da ficção,

    que tudo passou a tornar-se

    inverossímel, nuitos já não

    mais acreditam no que a mídia e marina dizem.

    marina bem que tentou mitificar

     vestir uma roupa mitificadora de uma gandhi dos trópicos,mas pelo jeito falhou.

    faltou ensaio.

    mistificou.

    demais.

    de fadinha promissora, virou

    santa do pau oco.

    e parece que o pessoal sacou 

    que sua equipe economica  

    estava mesmo é a fim

    de encher o pau oco

    de dinheiro público em benefício da iniciativa privada.

    a realidade e a verdade, espero,

    vencerão a misitficação e a mentira

    criada e emitida pela grande mídia

    defensora dos intreresses que eu chamaria eufemisticamente

    de hollydianos.

     

     

  13. Vejam só que ironia. 
    Tanto

    Vejam só que ironia. 

    Tanto se leu e ouviu sobre diversas teorias conspiratórias, todas criadas pelo reacionarismo, que teriam levado Lula a se transformar, de simples operário em lider político e depois presidente.

    Todas usando a incapacidade de muitas pessoas de enteder como se pode dar tamanha transformação na vida de uma pessoa ( que não ela mesma ) .

    De novo, o reacionarismo ao novo, aquilo que não se consegue compreender, dá margem para esse tipo de divagação.

    Infelizmente, passam anos, passam décadas, e a grande maioria das pessoas continua sendo o mesmo lixo intelectual que seus ancestrais. Daí, teorias conspiratórias sempre encontrarem terrenos férteis para se desenvolverem.

    O escriba acima é bom no que faz. Deve estar cobrando bem. 

    http://www.livreimprensa.com.br/o-lula-secreto/

    1. Só tem um LULA, o original, primeiro e único. Xô falsificações

         Marina deixou o governo Lula, fato que é de conhecimento público e sufuciciente pra mostrar que Marina não é Lula, ela o abandonou portanto ptem que parar de tentar se passar por ele, assim como fez com Chico Mendes. Lula está vivo, lépido e fagueiro, se precisamos de um Lula vamos buscar o verdadeiro não os farsantes que aparecem de vez em quando.

  14. O que sempre me chamou

    O que sempre me chamou atenção em Marina Silva é a sua falta de dignidade e altivez. Desde o começo de sua vida encarna um papel de vítima e parece estar sempre pedindo algo para alguma instituição, grupo político ou financeiro. E deixa pra trás os grupos de que fez uso sem qualquer crise de consciencia.

    E chegou alto em sua ambição relacionando-se com pessoas poderosas da elite financeira brasileira. Será que chegou ao ápice pessoal com a família Setubal?

  15. Sim, concordo com o autor, Marina é puro simulacro
    A própria candidatura dela nos ensina sobre simulacros e dissimulações, uma vez que envolve a história de uma avião que até agora não se sabe de onde veio, que é o dono, etc. Não que eu esteja acusando-a de ter parte nisso, só estou afirmando que ela chegou com esta carga, com esta significação. A propósito:———–E-Dicionário de Termos Literários: O que é simulacro?————-O miniconto de Cortazar: Subvertendo a Mímese para Criar o Simulacro————Platão e o simulacro: Sentidos possíveis em Deleuze————– Andy Wharol, spin fotógrafo multimídia..: A linguagem do simulacro————–Questões contemporâneas: Representação, simulação, simulacro e imagem na sociedade contemporânea—————-Nascemos todos e vivemos sob o signo do simulacro————–Dialética como ciência suprema e a noção de Simulacro em Platão 

  16. somos todos canastrões de

    somos todos canastrões de carta maior…

    se se selfies célebres na sociedade do espetáculo:

    na celebridade (inclusive política) perde-se autenticidade

    portanto, seu ativista canastrão, trate de botar o mundo político

    no mesmo saco da canastrice irrestrita geral atuante de dilma a marina

    passando a limpo por aécio alckmin skaf serra suplicy, o canastrão honesto…

     

  17. MANIPULAÇÃO MIDIÁTICA FASCISTÓIDE

    Artigo brilhante este em tela. Apresenta uma avaliação ampla e profunda dos elementos que evidenciam o caráter altamente deletério e danoso da farsa caracterizada pela triste candidatura estribada no PSB. A realidade difusa e quase imperceptível da manipulação midiática do poder político, desenvolvida e sofisticada através das técnicas do cinema, é demonstrada com clareza objetiva no excelente texto em apreço.

    Tais esclarecimentos ajudam a desvendar aparentes mistérios da política que, despidos de seu figurino clichê e ilusionista, evidenciam a necessidade de repudiar a falácia manipulada a serviço do fascismo.

    Ademais, cumpre recordar que as tentativas de influenciar os resultados das eleições através da produção sistemática de factóides se mostra evidente também na evidente manipulação do noticiário acerca do pseudo seqüestro ocorrido em Brasília, bem como na promoção de greve bancária a poucos dias do pleito.

    Aliás, merece veemente repúdio a atitude deplorável dos bancários, que deflagraram uma greve por tempo indeterminado a poucos dias da eleição presidencial.

    Tal atitude não denota apenas egoísmo e arrivismo, pois demonstra uma total ausência de civismo e de ética, dado que uma greve às vésperas da eleição deste final de semana assume características de lockout, por favorecer de modo desleal os interesses eleitorais dos banqueiros. Será que toda a categoria dos bancários está a serviço da direita golpista, ou simplesmente a maioria não é capaz de perceber que está servindo de massa de manobra numa abjeta sabotagem contra a democracia.

    É hora da militância coerente cobrar dos bancários uma postura mais ética e menos desleal, com vistas a preservar o funcionamento normal das instituições democráticas, e impedir que o resultado das eleições seja influenciado por um movimento paredista que pode e deve ser realizado num momento mais adequado, inclusive para preservar a simpatia e o apoio da população em geral.

  18. Não é preciso recorrer à

    Não é preciso recorrer à Hollywood, e garotas albanesas com gatinhos, para encontrar a canastrice americana.

    Em 1990, para justificar a invasão do Iraque, Kayirah al Sabah, filha do embaixador do Kuwait em Washington, se faz passar por uma enfermeira e testemunhou no Congresso Americano o massacre de bebês:

    Ela descreve como os soldados iraquianos tomaram de assalto um hospital no Kuwait onde ela trabalhava como voluntária, roubaram incubadoras e mataram, ou deixaram morrer, 312 bebês, que agonizaram no chão da maternidade.

    Era tudo ficção, criada por uma empresa de Relações Públicas americana (de um ex-assessor de Ronald Reagan), assim como muitas outras mentiras que basearam as inúmeras invasões não autorizadas pela ONU.

    O nível de canastrice desses políticos é altíssimo, mas assustador mesmo é o enorme apetite com que a mídia puxa-saco engole todas essas lorotas.

    http://panoramicasocial.blogspot.com.br/2013/09/conheca-farsa-que-levou-os-estados.html#.VCrfixYYCaQ

    http://diplo.org.br/imprima681

  19. O problema de marina: malandro demais vira bicho

       Marina confia demais no seu taco, é uma atriz de primeira, nem pisca ao dizer que não fez o que fez mas nem a melhor das melhores conseguiria fazer o que ela pretende. A retórica tem seu lugar garantido na política mas esta não pode jamais se resumir à isso, o político profissional pode ter suas mandingas pra desviar de uma pergunta espinhosa, uma tática pra agradar grupos diferentes, mas marina exagera, ela é só isso, só embromação, é preciso ter um mote, um conjunto de propostas claras e se apegar à elas deixando a conversa fiada só para assuntos considerados polêmicos.

        A grande pretensão dela é querer ter lábia suficiente para passar por todo um processo eleitoral sem assumir nenhuma posição clara e ainda esconder isso do eleitor, é aí que ela cai do cavalo e acaba mostrando sua maior contradição, a falta de projeto deixa evidente que ela busca exatamente o que mais condena que é poder pelo poder.

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=G3uGM08Qmmc%5D

  20.  
    JB Costater, 30/09/2014 –

     

    JB Costa
    ter, 30/09/2014 – 10:43

    “E a falácia – do espantalho – vem por conta da imputação de que o autor comparou Marina a Collor, Jânio, Hitler e Mussolini. Ou não te deste o trabalho de ler o post com a devida acuidade ou apelas simplesmente para desqualificação do mesmo de forma absolutamente desonesta.”

    “Não tenho credenciais técnicas para ser procurador do Wilson Ferreira. Contradito esse”…

     

    Eu também JB Costa. Concordo de cabo a rabo com teu comentário.
    De fato, o rapaz, ao que me parece não conseguiu ler o texto com a atenção devida. Quiçá, tenha sofrido choque de indignação visual ao verificar que o nome da Santa Maria Osmarina de Calcutá, constava na mesma página de texto, ao lado dos nomes dos senhores:  Mussolini, Hitler, Jânio Quadros, Jacques Tatie, Color de Mello, Gordon Gekko de “Wall Street.” e etcétera e tal.

    Desabotinadamente, nada se pode fazer quando estão em jogo preferências futebolísticas, e ou, religiosas. Sobretudo, as questões de fé. Como sabemos, ai a coisa pega. É como diz o povo, briga pra cachorro grande. Mesmo assim, a santa Osmarina, no Acre, sua terra natal (lá dela), nem entre aos evagélicos a moça não consegue enganar mais ninguém. Até o picareta do malafaia saltou fora da piroga furada.

    Orlando

  21. A politica como bricolage

    Wilson, muito boa sua anlise justapondo Marina e o papel que ela encarna, o qual um dia (nos “longiquos” anos 90 acreditei piamente), de mulher de garra, luta, sertaneja que veio para derrubar esteriotipos. O brasileiro esta acostumado com o ator canastrão de longa data das novelas brasileiras, além dos blockbusters americanos que pululam as telas da Globo. Alguns atores o incarnam conscientemente e inteligentemente (como Paulo Gracindo o fez), mas a maioria não se da conta e leva a sério o papel que representa. 

    Lendo seu artigo, lembrei do livro “Viagem na Irrealidade Coditiana” de Umberto Eco.  Nesse livro, ha varios artigos que nos remete ao presente que vivemos no Brasil : midia, catarses, redes sociais, falso e o real, politica, os atores sociais e as campanhas.

      

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