Aldo Fornazieri
Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.
[email protected]

A crise, os generais, os exércitos e os cenários, por Aldo Fornazieri

A crise, os generais, os exércitos e os cenários, por Aldo Fornazieri

Preâmbulo

Para usar uma analogia militar para entender a crise atual se pode dizer que o ex-presidente Lula é um general com parte do exército desorganizada e parte em franca deserção. O principal problema dele é que não tem um Estado Maior. Nenhum general vence guerras sem Estado Maior. No governo não há Estado Maior. Há mais de um ano em crise, o governo nunca organizou um comitê de crise. Os ministros da casa não contam. Podem dizer uma coisa ou outra e Dilma faz o que quer. A desorganização é total. O PT não comanda mais nada. A militância não acredita na direção. Também não há um comando estratégico no partido para enfrentar a crise. Não há definições táticas, estratégicas, defesas, forças de ataque, nada.

A oposição é constituída por um grupo de generais e oficiais sem exércitos. Diante desta monumental  crise, a oposição nunca foi capaz de convocar um ato. Sempre foi a reboque de forças alheias. Generais da oposição não são bem vistos pelas tropas que se mobilizam nas ruas. No domingo expulsaram Aécio Neves, Geraldo Alckmin e Marta Suplicy da Avenida Paulista. Já os manifestantes nas ruas se comportam como tropas anárquicas que não querem saber do comando de generais. Parecem querer um ditador. De preferência, Sérgio Fernando Moro, um juiz de primeira instância alçado à condição de juiz universal e salvador da pátria. Agora, acreditar que de grupos como o MBL e assemelhados possa surgir líderes significativos significa acreditar na inviabilidade eterna do Brasil.

O PMDB, por sua vez, se comporta como uma frente de caudilhos mercenários desunidos, mas que só é capaz de se unir para dar o bote final. Se une para o assalto da cidadela do Planalto. Feito o assalto, os caudilhos voltarão às suas divisões tradicionais. O que interessa são cargos, recursos, negociatas, poder. É a política como meio puro, sem causas e sem fins.

As manifestações de domingo complicaram uma saída para a crise. Se não serve Aécio, Temer serve menos ainda. Se vier a assumir, sua cabeça será pedida, assim como a de Renan Calheiros, de Cunha e de outros caciques. Se a Lava Jato parar ante a possibilidade de um novo governo, será sua desmoralização, o fim do juiz herói. A fúria devastadora das massas desordenadas quer uma limpeza completa. Se vier uma eleição para presidente, a chance de um aventureiro ou de um outiser triunfar é muito grande. Essa crise tem sinais de que será prolongada.

Os Cenários Insatisfatórios

Todos os cenários de solução da crise parecem insatisfatórios. Se Dilma continuar, seu governo continuará se arrastando até 2018. Aniquilaria qualquer chance do PT e de Lula. A entrada de Lula neste momento no governo confere-lhe o risco de naufragar em definitivo junto com o próprio governo. Um abraço de afogados. Para o PT, a única tábua de salvação consiste em tentar salvar Lula para 2018. Mas como? Com a renúncia de Dilma? Talvez. Dilma poderia construir uma boa peça política que justificasse a renúncia. Para os prefeitos do PT que concorrem à reeleição e para os futuros candidatos a prefeitos, a renúncia rápida seria a melhor saída. Dar-lhes-ia tempo para se recomporem, o PT passaria à oposição enfrentando um governo marcado pela ilegitimidade e com grave crise econômica e social para enfrentar.

As perspectivas do PT são difíceis e ambíguas. Do ponto de vista das eleições de 2016, a solução mais plausível é a renúncia de Dilma. Do ponto de vista da recomposição das forças sociais, o melhor é enfrentar o processo de impeachment. Haveria lutas, aglutinação de forças, munição para o combate. Mas o encavalamento de processo de impeachment com eleições municipais pode ser devastador para os candidatos petistas.

A oposição não está em situação melhor. Se Temer assumir, terá a marca da ilegitimidade, terá o PT e os movimentos sociais como oposição e as massas pró-impeachement ser-lhes-ão hostis. Terá que adotar medidas duríssimas, circunstância que desencadeará protestos de todo tipo. Temer não é Itamar. Itamar tinha a complacência de todos. Temer não terá a complacência de ninguém. Collor não tinha forças sociais. O PT ainda exerce influência sobre as forças sociais mais organizadas do país. A crise continuará.

Se vierem novas eleições, Aécio Neves deverá ser o candidato do PSDB. Tem várias citações na Lava Jato. Foi chamado de “oportunista”, “bundão” e corrupto na Avenida Paulista. O risco de vencer uma Marina Silva, um Ciro Gomes ou um aventureiro qualquer é grande.

O semipresidencialismo de Renan Calheiros é uma não solução. Que legitimidade teria um Congresso corrupto, com Eduardo Cunha e Renan afundados até o pescoço nas denúncias, de indicar um primeiro-ministro? Um Congresso que tem dezenas de deputados denunciados e 12 senadores investigados. Poderia ser implantado o semipresidencialismo ou semiparlamentarismo sem um referendo popular? Sem um referendo seria visto como um golpe, como uma remissão a 1961.

Uma Crise Complexa

A atual crise é como um jogo de xadrez sendo jogado em quatro tabuleiros. Num dos tabuleiros só jogam o juiz Moro, o Ministério Público, a Polícia Federal e o STF. Este é o jogo do imponderável, do incontrolável. Esses jogadores têm o poder de desorganizar o jogo de todos os outros tabuleiros. É um jogo que atormenta o sono do governo e da oposição, de Lula e de Aécio Neves, de Dilma e de Eduardo Cunha, de Renan Calheiro e de Temer.

O outro tabuleiro é o Congresso. Ali se trava a batalha principal do impeachment. Seja qual for o resultado, o desfecho será dramático. Deixará feridas sangrentas. Os ganhadores de hoje podem ser os perdedores de amanhã. O terceiro tabuleiro é o governo. Quase ninguém mais quer jogar nesse tabuleiro. O PMDB quer sair desse jogo. O PT também. A rigor, o PT não apoia mais o governo. Apoiar um governo significa dar-lhe sustentação no Congresso, apoiar suas políticas. O PT já não está fazendo isto. Dilma é uma jogadora cada vez mais solitária.

O quarto tabuleiro está nas ruas, nos ambientes de trabalho, nas redes sociais. O jogo é emocionante. Movido a paixões e ódios. As massas enfurecidas do impeachment e do combate à corrupção contam com o apoio de decisões politicamente orientadas da Lava Jato. As forças de esquerda tendem a se aglutinar muito mais em torno de Lula do que do governo. Olham mais para o futuro do que para o presente.

As massas, como diria o velho Hegel, aqui sim, o filósofo alemão Hegel dos “Princípios da Filosofia do Direito”, as massas são confusas. Nelas está a verdade e o erro infinito. Defendem o essencial do bem comum, mas quando julgam podem produzir desastres. São facilmente enganadas por demagogos. Podem escrever jornadas glorificantes ou soluções cujos efeitos maléficos perdurem décadas.

Os políticos do governo e da oposição, do PT e do PSDB, deveriam negociar uma saída olhando para o Brasil, tendo como referência o que as massas querem. A saída terá que ser política. E a política requer negociação. Produzir vitoriosos e derrotados neste momento prolongará a crise. Há que se encontrar uma solução tampão para que a democracia se depure no tempo, pelos seus mecanismos legítimos. Mas, neste momento, faltam lideranças, falta bom senso e sobra oportunismo de um lado e desespero de outro.

Aldo Fornazieri – Professor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

Aldo Fornazieri

Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.

49 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Um painel bem real da

    Um painel bem real da situação. Encontra-se o país numa encruzilhada, Apelando para um linguajar menos ortodoxo: está prenhe dos quatro atores apontados no texto, a saber: a oposição política. o governo, o Congresso e as ruas, mas poucos ou ninguém sabe o que sairá do parto.

    Mas há um quinto: aquele que não aparece na ultrassonografia, mas que está lá, camuflado e que também tem chances de ser expelido: o bêbe de Rosemary. 

    1. Solução heterodoxa com apoio matemático

      Este é o grande feito da união da cibenética com a matemática, a eliminação dos intermediários.

      Basta olhar para as agências bancárias de hoje e de 30 anos atrás para se fazer a analogia de como o serviço burocrático e mecânico mudou.

      Os militares, com o apoio das novas tecnologias de ponta e, em especial a inteligência artificial, realmente podem, tomando o poder com um golpe armado, conduzir o país para o que o povo quer, BOA GOVERNANÇA COM ECONOMIA.

      Na outra ponta temos os conspiradores do Governo Mundial e seus tentáculos financeiros que imprimem Dólar.

      Quando as escaramuças cairem, veremos quem tem mais força, mas botinas no solo ainda são essenciais (os robos da Darpa precisam de mais uns 5 anos ainda).

      De qualquer forma a cama está posta para a Tirania Invisível, quem deitará…. tcham …tcham ….tcham

       

      1. A pergunta que não quer

        A pergunta que não quer calar: Quem será o tirano que ainda não veio? Será que seu reinado conseguirá contar 500 milhões de súditos? Ou serão bem menos?

  2. Em 490, Ambrósio, bispo de

    Em 490, Ambrósio, bispo de Milão, submeteu o imperador romano Teodósio à mais profunda humilhação, diante de toda a cidade. Ele próprio um ex-senador, Ambrósio, 16 anos antes percebeu que a fonte do poder não estava mais no dinheiro, nas legiões, e muito menos no Senado, o S.P.Q.R; e sim… na religião. No domínio da opinião. Seguindo a sua linha, seu fiel discípulo, Santo Agostinho formatou os pilares básicos da Igreja Católica, dando-lhe, finalmente, coerência, em que pese tão frágil, porque baseada no desconhecido: O Reino dos Céus, ou A CIDADE DE DEUS.

    “A fúria devastadora das massas desordenadas quer uma limpeza completa.”

    Nada! Tudo boi de manada! Se o Departamento de Estado (americano) MANDAR, os irmãos Marinho coordenarão uma reação, uma espantosa recuperação, até da própria Dilma, que deixaria a popularidade auferida por Churchill na Grã-Bretanha, durante a Segunda Guerra um nada.

    Estamos sob a perfeita ditadura huxleyana; reconheça-se, brilhantemente coordenada pelo Instituto Milleniun. De fato, vem sendo assim já há bastante tempo; porém, só agora é que as coisas tornam-se mais coordenadas e mais nítidas: a política mudou dos palanques tradicionais, parlatórios e gabinetes para as redações.

    O resto? É resto.

  3. A solução passa pelo STF

    ter a coragem de parar com a palhaçada que virou essa Lava Jato e reorganizer esse judiciário , porque cada vez que a situação está começando a tomar um rumo ou pelo menos diminuindo as ânimos mais exaltados ela vem e coloca fogo novamente , como ocorreu antes dessa manifestação.

    Com um judiciário que parece que participa ativamente do golpe , sem condições mesmo.

  4. sem dilma, é golpe.
    é

    sem dilma, é golpe.

    é derrogar a lei…

    abolir o difeito de defesa…

    ou todos se unem pelo bem do país ou restará uma solução fora da lei…

    solução aventureira que, ninguém, mesmo analistas políticos

    com experiencia, sabem no que vai dar…

  5. Tá certo. Pelo que mostra o

    Tá certo. Pelo que mostra o Professor, não diz, mas a única saída mesmo é deixar Dilma tentar suavizar a crise. Não há crime para envolvê-la; não há apoios interno e internacional suficientes para golpes de força (projeto sem viabilidade econômica e política); as Forças Armadas, hoje mais controladas politicamente,  não irão entrar nessa bola dividida, deixando-se ser uutilizada para fazer o papel sujo como foi em 1963/1964; e Dilma diz que não renuncia e mostra não  estar disposta a se matar. Na força e na Lei pelo visto não dá. Para tudo serenar, basta o Supremo Tribunal Federal avocar a Lava Jato, e não ficar escondendo-se atrás do juíz Ségio Moro, aceitando tudo que vem do Ministério Público. Ou seja, desmontar o instrumento da desestabilização e desmoralização de todos os envolvidos, inclusive o STF. Isso não quer dizer que não se deva continuar a apurar a corrupção, apenas que passará a ser realizada dentro dos limites da Lei e da Constituição. Já que esse processo está em curso, quem sobreviver, que se apresente em 2018 para enfrentar muito provavelmente Lula. É o que sobra de racional. Os demais caminhos podem levar a uma crise mais severa e duradoura, até a uma guerra civil, porque é uma tremenda ingenuidade política pensar que se pode reverter os ganhos sociais da população obtidos nesses últimos doze anos sem resistências, cujos beneficiários, basta olhar os vídeos das manifestações, sua coloração e modo de vestir, não estão nas ruas e são a imensa maioria do povo, os conhecidos ppp.Muita gente pode estar fazendo as contas erradas.

  6. Moro é o Collor do século

    Moro é o Collor do século XXI

     

    O caçador de corruptos, apoiado pela mídia, na verdade é o Collor do século XXI. Collor caçava marajás, Moro caça corruptos, também na época apoiado pela mesma mídia manipuladora.

    O irônico de tudo isto é que, no século XX, Moro com seus proventos de R$77.000,00 seria considerado um Marajá, e no século XXI, Collor é considerado corrupto.

     Viva a mídia, que competência na avaliação do nível de discernimento político do seu curral eleitoral.

    Triste eleitorado que tem um Bolsonaro como herói. E pede ser tutelado pelos militares, pois reconhece sua menoridade política, sua incapacidade de gerir como povo livre o seu país

  7. Amnésia

    Milhões estão sofrendo e outros milhões sofrerão mais, não importa qual seja o desfecho dessa crise politica. O que o povo não pode esquecer é os caminhos que nos levaram a esta crise: corrupção da classe politica e empresarial; mentiras e venda de ilusões dos que queriam se perpetuar no poder; um congresso vendido e aético.

  8. Amnésia

    Milhões estão sofrendo e outros milhões sofrerão mais, não importa qual seja o desfecho dessa crise politica. O que o povo não pode esquecer é os caminhos que nos levaram a esta crise: corrupção da classe politica e empresarial; mentiras e venda de ilusões dos que queriam se perpetuar no poder; um congresso vendido e aético.

  9. Renúncia

    Como um partido que concorre às eleições pode pedir votos se quando estava no poder renunciou?

    O eleitor raciocinará da seguinte forma: se na hora em que mais precisei deste partido para defender minha classe social ele foge da luta, por que irei depositar minha confiança nele de novo?

     

    1. Jânio Quadros renunciou à

      Jânio Quadros renunciou à Presidência da República em 1961, o que colaborou para jogar o país em uma ditadura de vinte e um anos, e mesmo assim o povo de São Paulo (sempre São Paulo) o elegeu prefeito em 1985.

      Percebeu como o seu pensamento é relativo ?

  10. Da até um desânimo, ver essa

    Da até um desânimo, ver essa massa manipulada ir às ruas pedindo a saída da Dilma como se isso fosse resolver os problemas do Brasil de forma mágica.

    1. A cor certa

      Pior ainda é ver aqueles que se apegam a Bolsonaro ou Moro.

      Aliás, falando de Moro, por onde anda o Joaquim Barbosa? Não era ele o Batman do judiciário que iria mudar o País?

      Ah! sim… É que Moro tem a cor certa.

  11.  Caro Nassif, à despeito

     Caro Nassif, à despeito dessa teia de intrigas que alimenta o poder central e satélites, talvez soluções simples restaurem as possibilidades de normalização institucional. Faça de um limão uma limonada: se um partido ameaça desligar-se do executivo, antecipe-se e desligue-o. Forme um governo compacto, sem amarras de oportunismo partidário e fale grosso com o judiciário, pois quando a política entra por uma porta dum tribumal a justiça sai pela outra.

  12. A crise, os generais…

    Talvez eu esteja errado mas os militares de hoje são bem diferente dos de 64. Os tempos são outros. Acho que se enganam os que pedem a volta dos militares achando que ele vai perseguir o PT e as esquerdas. Acredito que eles, militares, ainda continuam tendo o patriotismo como um alto valor a ser defendido (por isso EUA e Europa não vão apoiar golpe militar).

    Se eles vierem a tomar alguma atitude a direita do psdb vai estar na mira. Tenho a convicção de que eles não aceitaram bem a privataria feita por FHC. A venda da Vale e de outras estatais, por preços vis, foi um crime de lesa-pátria e os militares com certeza não ficaram contentes. Vão defender seu legado e os traidores Serra e FHC vão pagar por isso.

    Não acredito que Bolsonaro tenha o apoio irrestrito dos generais, talvez nem apoio ele tenha realmente.

    Fui em raras manifestações nesses últimos 20 anos. Vou na do dia 18/03. No bom sentido: “vamos partir pra cima!”

  13. Também tenho pensado como

    Também tenho pensado como Aldo. Dilma renuciando agora sairia por baixo apenas no presente, mas ajudaria muito a baixar as tensões. Aí, PT que sabe melhor que ninguém fazer oposição, iria ter o trunfo na mão para refazer uma trilha, e dessa feita com mais força. Seria mudar o quadro e o jogo. Os perdedores de agora sairiam vitoriosos, e vice-versa. 

  14. Excelente trabalho de analise

    Excelente trabalho de analise dentro do padrão militar. De fato, as manifestações só complicaram o roteiro e a multidão nunca foi boa estrategista de saidas racionais para crises. Multidões deram suporte aos fascismos de todos os momentos.

    O grande aglutinador das manifestações foi a crise economica e os manifestantes não relacionam a crise à propria Lava Jato que elogiam com sua destruição de empresas, a conexão de causa e efeito não chega aos manifestantes.

    Pedem a limpeza geral e vassoura varre tambem os empregos deles.

    O professor Fornazieri fez um raio X muito preciso deste complicado momento de nossa Historia.

     

    1. Exaustão

      Há uma situação de exaustão geral que exige o fim de toda crise. Por isso o avanço da OLJ contra Lula. Se eles continuassem por dois, três meses, o país não aguentaria mais. A oposição vacilante e irresponsável também precisa de um desenlace rápido para manter sua credibilidade. Muita gente, até que foi beneficiada pelo ciclo petista e que teria muito a perder com a reversão de algumas políticas, prefere uma derrota agora, do que uma guerra de exaustão.

      E o Brasil não possui mecanismos de resolução das crises com rapidez. Só quando há uma forte coordenação e um consenso político, como no parlamentarismo em 61 e a queda de Collor. Ford perdoou Nixon, tomou uma paulada na eleição legislativa mas quase derrotou Carter, dois anos depois. Indira Gandhi estava na iminência de sair do poder por um golpe judiciário, governou com medidas de exceção, perdeu a eleição seguinte, mas logo voltou ao poder.

  15. Este artigo do Aldo

    Este artigo do Aldo Fornazieri é ‘mais do mesmo’. É um texto que repete a mesma argumentação que vem sendo usada por ele e outros ditos ‘intelectuais esquerdistas’. A técnica ‘uma no cravo, outra na ferradura’ está presente do início ao fim, como podem constatar os leitores. Apenas no último parágrafo o autor faz uso da sensatez que se espera de um cientista social e político, que também é professor.

    Como Aldo Fornaizieri não é e não pode ser chamado de leigo (mesmo em Leis e Direito), considero oportuno citar um trecho do texto escrito por dois ex-procuradores do MPF, um dos quais chegou a exercer a Procuradoria Geral da República (são eles Claudio Lemos Fonteles e Alvaro Augusto Ribeiro Costa), já que assim a crítica se torna ainda mais aguda.

    “Lembre-se, ainda, que não existe a figura equivocadamente chamada de investigado. O que legitimamente se investiga é o fato; não a pessoa. Se para leigos e a mídia pouco informada é compreensível a confusão, isso, porém, é inaceitável para um magistrado ou membro do Ministério Público.”

    O trecho citado faz parte do texto escrito pelos procuradores citados, que foi publicado no blog do jornalista Marcelo Auler e reproduzido aqui no portal GGN.

    1. João

      Eu ia comentar o artigo do Aldo, mas quando vi o seu comentário, vou fazer coro com sua argumentação.

      Pelo visto, tanto você como eu, estamos cansados do mesmo lugar comum desses “intelectuais” opinando.

      São repetitivos ao extremo. Não aguento mais.

      Solução? Nenhuma. Talvez seja pretensão buscar de alguém de fora do governo, a solução. Mas sugestões, sim, e é o que não tenho visto.

      Acabei de comentar no viomundo, o mesmo, mesmissimo assunto.

      Não dá mais gente.

      Tem uma posição do PHA que eu concordo.

      O PMDB vai para o impitim (como ele diz), porque a Lava Jato vai pegar o Renan, Cunha, Jucá… todos atolados até o pescoço., para acabar com o Moro e a Lava Jato.

      Se isso ocorrer (ai que está a minha dúvida), fecha o Congresso por falta de senadores e deputados.

      Nessa situação acho que Dilma ficaria a cavaleiro.

      O que eu acho interessante é que essa operação guarda similaridade com a Satiagraha, antes do bisonho Gilmar Mendes enterrar ela, o delegado Protógenes dizia sobre o disco rígido (um deles) – o mais importante apreendido no apartamento do Daniel Dantas, foi para os EUA, para decodificá-lo, voltou sem notícia nenhuma se decodificaram, e foi parar debaixo das bundas da Ellen Grace, e ninguém mais teve notícia – que se for revelado o seu conteúdo, para a República.

      O detalhe é que aquela operação era exclusivamente sobre o período FHC. Por isso acabaram com ela, e o pior, o STF condenou o Protógenes por, pricipalmente vazar informações para imprensa, e o seu mandato como deputado cassado.

      A roubalheira da Lava Jato que não ocorreu só no governo do PT, mas como o PT que está no governo, está sendo usada para acabar com a República, acabando com o PT e com o Brasil.

      A Satiagraha abafaram.

      A Lava Jato vai de vento em popa.

      Eu sou otimista, porque disponho a arregaçar as minhas mangas e ir para o que der e vier.

      Parado não vou ficar.

  16. Só um reparo.
    Por que “um

    Só um reparo.

    Por que “um Ciro Gomes”?

    Ele pode até ter fama de ser intempestivo, mas, daí a chamá-lo de aventureiro não é um pouco demais?

  17. A analise é bem precisa. A

    A analise é bem precisa. A verdade é que não se vê saída política para crise. As manifestações de ontem com certeza mostraram a disposição e capacidade de mobilização da classe média e alta anti-política, a que quer um salvador da pátria de fora dos partidos. Ou um que é de partido mas é mais da caserna nazi-facilsta, o Bolsonaro.

    De fato essa direita reverteu a tendência dos atos irem minguando. Mas na verdade diante de tudo que tem acontecido, “delação” do Delcídio, “prisões” do Lula, é natural que essas pessoas se realimentassem de suas indignações moralistas o suficiente para voltar às ruas.

    Mas o perfil continua o mesmo. A rigor me parece que aquele cara que foi ao protesto de março de 2015 tinha se desanimado achando que tudo “vai acabar em pizza”, o Cunha que ia comandar o impeachment se ferrou. Daí ficou na poltrona. Agora acredita que a coisa vai, pela força do Moro. E sem nenhum político.

    Aí é que entra o fator novo. Nas manifestações do ano passado, o Aécio era o candidato da multidão, agora foi escorraçado. A essa altura o alto comando do PSDB deve estar se reunindo para analisar essa nova conjuntura. Devem estar assustados 

    1. Coalizão heterogênea

      E a coalizão do impeachment é muito heterogênea. O PSDB só sobrevive em São Paulo pelo antipetismo. Atraiu as viúvas do malufismo e colheu três vitórias seguidas no primeiro turno a nível estadual. Se aparecer um outsider que passe seriedade que um Skaf não possui, eles perdem.

      O PSDB ao manter uma relação incestuosa com o Cunha, bancando pautas bombas e suas manobras, ao ser citado em delações da Lava Jato, ao se envolver no Merendão, sem contar a guerra civil que estão envolvidos em São Paulo perdeu o domínio das ruas. Aí, os heróis do público da paulista são bizarros. Bolsonaro, um oportunista político que ao ver seu eleitorado de viúvas da ditadura morrer foi se envolver em um sem-número de polêmicas e grosserias. Moro que não diz a quem veio a não ser abusar da prisão preventiva e não encaminhar nada relacionado ao PSDB.

      Mas em Brasília, um público mais de classe média e classe alta, de funcionários públicos, sem os valores de classe média, exaltou o Bolsonaro, por seu discurso de “lei e ordem”. No entanto, eles escorraçaram o Malafaia que é visto como um pastor tomador de dinheiro.

  18. Os Cenários

    1 – Um sujeito tem problemas financeiros, vai morar numa invasão, numa área de risco. Chove, desaba tudo.

    Culpa do MERCADO FINANCEIRO? – Não! A culpa é do governo!

    2 – Um empresário tem seus negócios prejudicados pela instabilidades do mercado.

    Culpa do MERCADO FINANCEIRO? – Não! A culpa é do governo!

    3 – Sujeito aposta em ações que no final acabam virando pó.

    Culpa do MERCADO FINANCEIRO? – Não! A culpa é do governo!

    Dizer que “É a economia estúpido!” É o mais próximo que se aproximam do mais astuto armador.

    O MERCADO FINANCEIRO assiste a tudo e de camarote.

    Ontem não vi brancos ou negros, vi um povo que perdeu dinheiro, foi mal nos negócios.

  19. Essa sacada foi ótima: “o

    Essa sacada foi ótima: “o bebê de Rosemary”

    Não vou revelar para não estragar o mistério.

    Bobagem minha, todo mundo sabe quem é.

  20. A dobradinha Serra/Renam está

    A dobradinha Serra/Renam está querendo agora impor o parlamentarismo e assim prosseguir com impeachment de Dilma, que ainda não foi descartado. Já imaginaram? Serra como 1o ministro?! Tudo cópia esfarrapada do golpe de 1964. Fizeram no dia 13, não só por ser a identidade do partido de Lula e Dilma, mas é o 31 invertido. A farsa vai virar tragédia pela inversão dos números? Do golpe apressadinho?  Como dizem alguns sábios, a ordem dos fatores não altera o produto.

  21. Timing

    Sim é preciso timing. Guerra de informações cada vez menos impactante, pois com muito mais possibilidade de se apresentar a verdade factual – a internet está aí para mostrar isso.

    O fator Presidenta, pois não se trata de um caçador de marajás, nem um topete num desfile de escola de samba, ou um sociólogo com complexo de realeza, trata-se de uma mulher presidindo uma democracia de um país machista, uma eventual renúncia teria um peso gigantesco nesse sentido. 

    A falta da maioria: o governo já no final do 1º Mandato de Dilma não tinha maioria do parlamento, a ordem era portanto não pautar nada de importante para o país. Hoje o que temos é um parlamento em sua maioria fragmentado, coalhado de lobistas, e o governo deixou de ser de coalizão para ser de conveniência, o que em muitos casos sequer é possível afirmar se há maioria contra ou a favor, embora muito mais contra do que a favor, afinal nada é tão ruim que não possa piorar. Murphy ou seria Hegel?

    Como a política não se move no vácuo, lá fora temos um imenso evento internacional se aproximando, em seguida eleições para prefeitos e vereadores, ainda o abril vermelho para temperar no curto prazo. E no curtíssimo a aparente guerra de torcidas, pastoril ou gincana de quermesse, duas manifestações, 18 e 31 em que os movimentos sociais organizados ou não vão defender a bandeira da democracia. Se vai ter mais gente e mais povo, não importa, pois não vai passar na TV nem vai merecer catracas liberadas. A diferença é que existe um líder e mais do que isso, um valor a ser protegido que é a democracia. E na turma do quanto pior melhor ou daqueles que dizem lutar contra a corrupção, que poderíamos trocar para luta contra a maldade ou qualquer vício humano, falta um líder que não seja inflável nem inflado e um propósito, além do timing, claro. Fácil, não?

  22. essa hipótese levantada pelo

    essa hipótese levantada pelo diogo referente ao bebê de rosemary 

    é antológcia porque é simbólica,,,

    por isso permite uma série de análises decorrentes, sem ser autoritário…

    expande a coisa para o nível das artes, das ciencias humanas, as quais,

    por não serem exatas, são  abrangentes, menos efemeras do que até a  análise política….

    e remete aos monstrinhos e a demomizações que impregnam o ambiente ultimamente…

    pode remeter inclusive à loucura de certas pessoas que tem o perfil do

    charles manson, o doido quie surgiu em função do filme do polanski-sharon tate….

    não é pouco…

    coisa de louco…

    ó delírio sem dúvida é um dos ingredientes do golpe.

     

  23. Disputa de narrativas

    A correlação de forças legalistas x golpistas depende muito da disputa de narrativas, o “cidadão de bem”, a maioria silenciosa, as pessoas que não militam em nenhum partido vão atras de quem grita mais alto, da narrativa predominante.

    Já a militância de esquerda, apesar de procurar variar suas fontes de informação, acaba absorvendo, assumindo, vestindo a carapuça de parte da narrativa golpista, nessa linha hoje parece se endossar um consenso sem análise crítica e sem reflexão estratégica, a de que Dilma não tem mais condições de governar e que alguma coisa tem que acontecer, que dentro da normalidade institucional não dá pra ir até 2018, ora, não é isso que Dilma e Lula tentam passar para a população. O trágico é que muitos intelectuais e formadores de opinião da esquerda preferem dar mais credibilidade ao discurso golpista do que ao discurso das proprias lideranças da esquerda.  

  24. Não é o PT que tem
    Não é o PT que tem capital,mas Lula.O capital que Lula possui dentro e fora do pais é imensamente maior que o PT.Ao confundir ou fundir Lula e PT o articulista comete um erro crucial que é importante para analisarmos o quadro politico.Se não houvesse o fator Lula,o circo montado para a tentaiva de prisão dele certamente haveria um numero bem menor de pessoas as ruas dia 18.Mas esta fracassada operação ( ainda não toda esclarecida) ascendeu não so a militancia,mas movimentos sociais que ja vinham com certo desanimo o governo Dilma,ate setores legalistas e progressistas que tambem ja não nutriam mais simpatias ao governo e o partido tambem levantaram vozes ao abuso contra o ex presidente.Este acrescimo do fator Lula pode ou não gerar surpresas dia 18 e mudar o cenario politico.

  25. A solução é impensável, mas plausível como a ação de um liquidif

    icador…

    “Confrontos de rua entre o exército amarelo e o vermelho, até que o verde, o azul, o branco, o cinza e o cáqui entrem em ação como um liquidificador fazendo um sumo dos beligerantes, dando-lhe uma coloração de multi-matizes como é a natureza de nossa etnia. ” 

    A saída é via congresso, mas um congresso desmoralizado poderá apontar uma saída?

    A saída é via judiciário, mas uma justiça partidarizada poderá definir uma saída?

    A saída é via executivo, mas um executivo paralisado e sem forças poderá definir uma saída?

    Aqui ninguém fala em possibilidade de uma mini guerra civil?

    Com a característica dos movimentos em explícita radicalização de luta de classes, não haveria essa possibilidade?

    Só o liquidificador de uma guerra civil para fixar um novo paradigma nas relações sociais do Brasil.

     

     

     

  26. A saída está no dia 18

    A responsabilidade é grande. Ou se coloca muita, mas muita gente mesmo nas ruas dia 18, com direito a um bis ainda maior no NÃO VAI TER GOLPE de 31/03, ou pede pra sair.

    31 de março, aniversário do golpe que querem reviver, tem que ter mais gente na rua que ontem e ponto final. Mas por favor, que não se caia na besteira de xingar e jogar tinta nos velhinhos do Clube Militar.

    Tem que ficar cabalmente demonstrado que o golpe sairá muito caro. Foi ameaçando ir às ruas que Lula se salvou em 2005. O medo do confronto nas ruas intimida os golpistas e mantém a situação política num impasse cujos efeitos econômicos os financiadores do golpe já estão prestes a não mais aguentar.

    O empresariado ficou com medo em 2005 e não estava numa situação tão ruim quanto agora.

    Vamos às ruas!

  27. Mas vai ficar essa palhaçada?

    Mas vai ficar essa palhaçada de destituir presidente a cada crise?

    Assim não tem democracia que resista. Não tem país que resista.

    Vamos então ao caos social?

    A saída democrática em casos assim é o presidente formar um governo de coalisão incluindo setores da oposição no governo e negociando uma pauta econômica comum. Os assuntos polêmicos ficam em suspenso até as eleições e forma-se um denominador comum para tocar o País.

    Mas com uma oposição irresponsável e golpista como a que temos isso fica impossível. Eles não vencem pelas urnas e jogam no caos para tentar beliscar uma oportunidade. Só que jogam o País no abismo. Irresponsáveis que são, não se importam com isso. O que iomperta para eles é controlar o erário para meter a mão. E para isso contam com uma mídia que é uma verdadeira máfia. Máfia mesmo, vive de chantagens já que o negócio legal que lhes serve de fachada não dá lucro, é mantido exclusivamente por ser o grande instrumento de chantagem.

    Só que agora eles devem estar com as calças todas borradas pois a massa anencéfala que eles incitaram lhes saiu do controle e está rapidamente gravitando para o fascismo em um processo já visto na Alemanha nazista e outras malfadadas plagas. Nem isso lhes daria algum senso de responsabilidade. O borrão nas calças é porque viram a multidão se virando contra eles. E sem a classe média midiotizada sob o arreio eles não são nada.

    Há um altíssimo risco da instalação de uma ditadura sanguinária como em 64. E como em 64 os operadores do golpe vão passar aquela rasteira nos políticos irresponsáveis (e incompetentes) da oposição. Só que desta vez vai ter resistência feroz. E o País vai para a guerra.

    Os culpados dessa situação. FHC, Aécio, Alckmin e asseclas da mídia em geral vão ficar escondidos debaixo da cama, tremendo de medo e esperando uma bracha para exercer seu infindável oportunismo. Quem vai aguentar a bronca de defender a democracia e a liberdade vai ser o povo.

    1. Ruy, o grande problema que

      Ruy, o grande problema que vejo é que Dilma não toma decisões, nem de negociação, nem de enfrentamento.

      Da forma como está, mesmo que ela escape do impedimento, o seu Governo será refém da lava jato até 2018 e o País vai sangrar cada vez mais, ano a ano.

      Não estou vendo alternativas.

      O principal problema do Páis, no momento, é enfrentar a república judicial que está querendo ganhar poder, ou seja, MP, PF e judiciário. Nenhum País se desenvolve, cresce, distribui renda, ou melhora, tendo esse pessoal como protagonista.

      Essa é a guerra a ser jogada agora. Independente do Presidente que assumir ou Dilma continuando.

      Mas esperar que Dilma entenda isso acho um pouco demais.

       

  28. Caro Alexandre. O que colocas

    Caro Alexandre. O que colocas é pertinente para se entender, inclusive, partes do drama político que estamos vivendo, pois não sou tolinho de não acreditar que ferramentas de busca e de envio de mensagens da internet não estejam a serviço das agências de inteligência do Império. Há uma guerra surda sendo travada no mundo, aliás o Papa que é um chefe de estado já nos alertou sobre isto. Entretanto, somos um feixe de seis mentes e a que domina agora é a mente do corpo, ou das paixões-Nietzsche-e não me sinto muito apto a discutir ciência.

    Como esse debate é apaixonante, vou colocar alguns pitacos e sair fora:

    – Roger Penrose escreveu um livro sobre o assunto: A Nova Mente do Rei, Ed. campus (The New Empero’s Mind, no original em inglês). Neste ele começa contestando o fato de que máquinas de Turing (sequenciais), que mesmo infinitas porém ainda contáveis não seriam capazes de computar a vastidão dos irracionais não algoritmizáveis, estes pequena fração daqueles. Paul Davies, cosmólogo britânico famoso, também escreveu um livro sobre o assunto: A Mente de Deus, onde nos apresenta a infinidade do contínuo como sendo vedada ao conhecimento humano.

    – Apelar para os sistemas quânticos confinados que estamos explorando hoje, não me parece que vá ajudar muito: seu espaço de Hilbert é ainda contável. Irá, com certeza, baratear as operações, como preconiza o autor que você cita, mas não vai ajudar muito na capacidade  computacional suprainteligente.

    – A nanotecnologia toca nas mesmas raízes que nossa biologia, só que talvez mais rápido. Será que para manter a integridade dos dados não irá requerer um grau de redundância que diminuirá a potencial velocidade? Eu costumo dizer que a biologia é a nanotecnologia da natureza. Não vejo absolutamente como se poderia tocar no contínuo, e, pior ainda, penetrar no mundo das formas, dos processos verdadeiramente estocásticos. É por esta razão, que racionalmente, tenho que admitir a existência de um “designer”. Como sequer concebo evolução perfeitamente estocástica, não posso ver como faríamos, ou melhor, far-se-ia algo melhor que a criação.

    – Penrose, em seu novo livro: The Road to Reality, nos mostra claramente no cap.16 que não existem, em nosso Universo, coisas com infinidade maior que o contínuo. Presumo que é por esta razão que os cosmólogos atuais se refugiaram na ideia do multiverso, para tentar salvar a evolução puramente darwiniana.

    – Por último. Ideias de coisas que atigem o infinito são muito legais em teorias baseadas em equações diferenciais lineares. No mundo linear tudo é possível, mas na realidade sempre existe uma não-linearidade que limita os processos. Não se impressione muito com a singularidade infinita dos buracos negros. Eles são essenciais na teoria da relatividade geral, conforme, Penrose, Hawking e Ellis, mas quem disse que a TGR é a versão final da descrição da gravitação. Nenhum estudioso da área acha isso.

     

  29. “A desorganização é total. O

    “A desorganização é total. O PT não comanda mais nada. A militância não acredita na direção.”

    Quando digo que direita e esquerda usam às vezes o mesmo discurso …

  30. “A desorganização é total. O

    “A desorganização é total. O PT não comanda mais nada. A militância não acredita na direção.”

    Quando digo que direita e esquerda usam às vezes o mesmo discurso …

  31. Surpresas

     Algo me diz que Moro para continuar terá que avançar em Aécio, e se assm o fizer terá que avançar sobre outros e sobre outros até que não sobre muito de todos os partidos. Se bobear avançará até em cima de Marina, pois ao final formará uma chapa com Alvaro Dias. O senador que depois de tanta proeminência , se recolheu ao silêncio e ao seu estado do Paraná.

     

    1. sabe que numa dessas isso aí

      sabe que numa dessas isso aí pode ser uma possibilidade real…

      acho que inclusive o dias é um dos mentores infames de tudo que se refira a lava-jato….

      e seu suplente de senador é o empresário joel malucelli,

      dono da cbn curitiba,,aquela rádio que ajudou a expandir aquelas mentiras

      da capa de veja sobre lula e dilma às vésperas das eleições….

      e pior… expandiu as postagens de agentes da pf no facenook criticando dilma e lula…

      e noticiou o dia inteiro o fato  do doleiro youssef ter ido para o hospital,

      insinuando que poderia ter sido ferido-morto por um petista, me parece…

  32. Excelente artigo

    Concordo com tudo no artigo. Artigo Excelente.

    como tenho dito há anos, a solução de melhor bom senso teria sido a renúncia de Dilma. Manter algo que não está dando certo, e aliás está tendo péssimos resultados, tanto de crescimento de PIB, quanto de aumento de desemprego, apenas em nome da “democracia” dos “54 milhões de votos” e de outras formalidades sem sentido, é de uma estupidez colossal. Em primeiro lugar, vem o bem estar do país e do povo, o emprego, mesmo que se precise renunciar, ou quebrar regras. Se mantido o curso atual, com Dilma “comandando” tudo, teríamos mais três anos de queda gigante no PIB, e desemprego explodindo na estratosfera. Mas enfim, Dilma não vai renunciar.

    A segunda melhor alternativa, seria mesmo Lula assumir a casa civil. As chances dele e do governo Dilma passaram agora de nenhuma, para quase nada. Eles o deixarão com algum tempo, não muito para que apresente resultados, arrume esta bagunça, corte as asas republicanistas da Lava Jato, Ministério Público e Polícia Federal, que afinal foi ele mesmo que deu liberdades excessivas. Como vai fazer isto, ninguém imagina, pois a mídia estará no calcanhar de Lula, e ele vai se tornar um alvo em campo aberto. A mídia lutará com unhas e dentes para que o Procurador Geral da República não perca os super poderes que Lula lhe concedeu. Se Lula não conseguir, obviamente, vão derrubá-lo até por que cargo de Ministro não é derrubado apenas pelo Supremo, até o Presidente da Camara pode demití-lo, como fez com Cid Gomes.

    Sem banir o republicanismo do país, o PIB não sairá desta espiral de depressão econômica.Como Lula vai recolocar o gênio de volta na garrafa, cortar as listas tríplices,  é que é o grande enigma, se é que vai conseguir isto. Lula primeiro teria de admitir que errou feio ao dar liberdade demais às polícias e ao judiciário. Teria de admitir que seu republicanismo é a origem de toda a crise. Será que terá humildade e grandeza para admitir isto, renegando a sua teimosia?

    E tem mais, nenhuma vitória será de longo prazo sem desabilitar a midia direitista. A rigor, só um regime que concentrasse todos os poderes no Presidente da República, como acontece no México, ou como fez Chaves, teria chances. Na América Latina, liberdade em excesso nas instituições políticas sempre terminam em abuso e golpe, o continente só funciona debaixo de disciplina rigorosa.

    Ou seja, as chances de Lula e do governo petista são mínimas, mas existem.

     

     

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador