As ‘fake news’ e as estratégias de manipulação, por Luis Felipe Miguel

Arte Correio Braziliense

As ‘fake news’ e as estratégias de manipulação

por Luis Felipe Miguel

Agora está bem claro que a estratégia dos novos grupos organizados da direita passa centralmente pela divulgação de “fake news” – eles dependem disso para manter sua militância sempre em pânico e com a faca nos dentes.

É bom não esquecer que o discurso das “fake news” serve para promover os méritos do jornalismo corporativo, que seria o guardião da “verdade”. Mas a manipulação que ele promove incide de forma muito mais grave na construção das representações da realidade, com efeitos muito mais duradouros. A ideologia disseminada pelo jornalismo é “fake news” no atacado, condição necessária para que o MBL e outros instalem seu varejo.

Instituições funcionando de forma republicana é “fake news”. Judiciário imparcial é “fake news”. Rombo da previdência causado por excesso de benefícios é “fake news”. Carga tributária elevada no Brasil é “fake news”. Doutrinação de esquerda nas escolas é “fake news”. Agronegócio como caminho da modernidade é “fake news”. Empreendedorismo é “fake news”. Meritocracia é “fake news”.

Por último, mas também importante: não ter uma expressão em português para “notícias falsas” também é “fake news”.

Luis Felipe Miguel

3 Comentários

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  1. Dilma

    A presidenta abria a boca e já se ouvia um penicazzo infernal. Pedaladora, bradavam.

    Energúmeno tomado por frenesi global xingava de ladra para baixo. Hoje ninguém pede desculpas.

    Temer o presidente ladrão (PHA) do porto de Santos, amigo dos amigos, sócio do Cunha, dessa Poha e Gedel, com militares, globo, STF com tudo, fala m. todo dia em rede nacional e nobody se manifesta.

    É porque não há aquela corrente prá frente e todo Brasil não se deu as mãos. O povo NÃO sabe do roubo continuado! A sócia bandida globo não dá! É só Lula, sem parar. O estrupo que a pátria mãe sofre a cada segundo vem disfarçado de carinho pela Leitão. Entortam tanto o fato que parece ser benção!  

     

  2. Acompanho política, há mais

    Acompanho política, há mais de sessenta anos e posso dizer que, sempre, mas sempre mesmo, as notícias falsas foram armas políticas, seja em época de eleições, ou não. Uma das mais antigas em 1955, a chamada “carta Brandi” divulgada pelo jornalista, direitista e golpista, Carlos Lacerda, atribuída ao deputado argentino Antônio Brandi, peronista, que a teria enviado ao Ministro do Trabalho, João Goulart. Fazia referência a contrabando de armas e à organização de uma república sindicalista no Brasil. Tudo falso. Em 1989, aqui no Brasil, quem não lembra das mentiras assacadas contra Lula, envolvendo sua filha Lurian, que a Globo, a golpista de sempre e entreguista, amplificou enquanto pôde, contribuindo para Lula perder a eleição? Há inúmeros outros exemplos, nesse longo período, e muitos bem recentes como as pedaladas do Governo Dilma, que levou ao impeachment/golpe em 2016. A diferença, hoje, na vigência desse golpe de estado, que ainda não se consolidou de todo e está com dificuldade de, ou disputar a eleição de 2018 com um candidato, não apenas competitivo, mas que seja garantido de ganhar. Neste caso,  o único caminho seria apoiar Lula, ou o poste que este indique, prendam ou não o ex-Presidente. Porque sabem disso, de outra feita, estão tentando construir com as Forças Armadas, também golpista, meios para impedir as eleições que se aproximam, procurando mostrar que o país está com problemas na área da segurança, que impedem a realização do pleito. Caso a alternativa pseudodemocrática de uma eleição controlada não seja mesmo possível, a Segurança Pública foi escolhida (não pelo Governo que está fraco. mas pelas forças golpistas que o mantém) como alternativa para consolidar o golpe, através da ditadura pura e simples, caminho para o quê já fizeram uma intervenção com as três Armas, atuando o Exército no comando  fa Segurança no Rio de Janeiro, que estão eles mesmos dizendo ser o laboratório e, para possibilitar essas ações em outro pontos do país, ou em todo o território Nacional, para tanto está sendo criado o Ministério da Segurança Pública, mas já com ridículo golpista, Raul Jungmann à frente, vindo do Ministério da Defesa. Mais claro não pode ser. Quanto às falsas notícias, a diferença, hoje, prende-se muito às novas tecnologias disponíveis. A falsa notícia passou a ser uma arma diuturna da política, principalmente quem não tem apoio popular. A mídia hegemônica (rede Globo à frente) e chapa branca, no sentido do golpe, é a principal divulgadora de notícias falsas, que são fortemente amplificadas, sem antes nenhuma apuração do fato. Outro modo de manipular a falsa notícia, é esconder a verdadeira notícia, impedindo a informação da população, sobre acontecimentos contrários ao golpe e aos golpistas, ou que favoreçam a oposição. A mídia alternativa de oposição ao Governo na internet tem sido a diferença para outras épocas, embora não decisiva.

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