Com invasão da Cracolândia, Alckmin insiste em demonstrar que São Paulo é o túmulo da política

São Paulo não merece um governante da pequena estatura de Geraldo Alckmin. Não adianta os detratores do estado argumentarem que ambos se merecem. Definitivamente não se merecem.
 
São Paulo é a cidade dos movimentos de saúde mental, a cidade que abriga brasileiros e estrangeiros de todos os lugares, a cidade de movimentos e organizações sociais relevantes, de grupos de opinião modernos, o estado que abriga as melhores consultorias, universidades, institutos de pesquisa, as maiores e melhores empresas, a melhor estrutura de cidades médias, as mais amplas estruturas sindicais, da Fiesp-Ciesp, Fecomercio à CUT.
 
Se o potencial de São Paulo estivesse sob o comando de um Antonio Anastasia, Eduardo Campos, Ciro  Gomes, até de um Sérgio Cabral, de um Fernando Haddad, mudar-se-ia o país a partir daqui.
 
Mas Alckmin pertence a um outro mundo paulista, provinciano, desinformado, atrasado. É filho direto da ignorância e do preconceito. Nao se trata apenas de um conservador: seu caso é de ignorância crassa sobre avanços sociais mínimos.
 
Alckmin não entendeu que o movimento de recuperação da Cracolândia tornou-se suprapartidário; que os gestos de paz trouxeram à tona o melhor do paulistano: a generosidade que abriga brasileiros de todos os lugares, sobrepondo-se ao preconceito ainda existente. O pacto entre prefeitura e governo do Estado enobrecia a ambos.
 
Ontem, quando se anunciou que ele receberia as lideranças do Movimento dos Sem Teto, julgou-se que uma réstia de informação havia penetrado em sua couraça. Poderia emergir dali um novo perfil de governante, aquele que finalmente acordou para os novos tempos.
 
Ledo engano
 
A ação irresponsável de Alckmin não atingiu apenas o prefeito Fernando Haddad. Foi um tiro no estômago dos que ainda apostam que São Paulo é humano. 
 
Alckmin insiste em comprovar que aqui é o túmulo da política.
Luis Nassif

132 Comentários

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  1. FADIGA DE MATERIAL

    ….  mas quem acha diferente se enganou.

    o tucanato, como diz FHC, esta em fadiga de material. acham-se o “must”, retratam ypisis literis a burguesia quatrocentona do cafe.  dao as melhorias ao povo por conta gotas .  

    mas este ano tem  eleiçao.

    1. Eu? E a culpa agora é minha?

      Fadiga de material?

      Você permite que se erga uma coluna ou se coloque uma viga na sua casa com ferro enferrujado e com cimento de quinta?

      O material escolhido é que não presta.

  2. Perfeito

    Nassif post preciso, 

    “A ação irresponsável de Alckmin não atingiu apenas o prefeito Fernando Haddad. Foi um tiro no estômago dos que ainda apostam que São Paulo é humano. “

    O povo paulista não pode aceitar de nehuma forma que desmandos, falcatruas (Alstom/Simens) continuem a se perpetuar por esses desgovernos fascistas

  3. O governo de S.Paulo colabora

    O governo de S.Paulo colabora com peso para sermos a “capital mor” do conservadorismo

    nacional. Pinheirinho,balas de borracha,cracolândia,acordos com PCC, tudo na contra-mão.

    Há de haver mobilização já quanto a cracolândia, ou teremos nas nossas barbas a tão

    sonhada “higienização” via aquela “rapaziada fortinha que engrossou as manifestações

    passadas.Aliás por onde anda o MPL? Trensalão não? Os movimentos sociais,cracolândia

    não?Churrasco na cracolândia já! É hora de abraçar a região , quem tiver medo da moçada

    que abrace a polícia.

     

    1. Muito bem lembrado!

      Onde estão os manifestantes?  Ignoram o Trensalão?  E vão deixar barato essa vergonha de ontem ? E a Máfia dos fiscais? Há algo de muito podre no Reino da Dinamarca! 

  4. Há inteligência em São Paulo, basta esculpi-la.

    Parte importante da responsabilidade por esse estado de coisas deve-se aos habitantes de São Paulo.

    Aqui mesmo que é um espaço democrático se tem a idéia do atraso. Basta você criticar os paulistas pela omissão em relação aos desgovernos dos tucanos que as pedras, paus, tacape e machadinhas são jogados contra você.

    Sem a autocrítica não há evolução. É preciso reconhecer que a culpa maior é do paulista que continua a eleger o atraso, o preconceito, a mesmice.

    Então, que sofra as consequências…

    Pena que ela reflete para todo o Brasil.

    No meu Estado, os cearenses sofreram, mas expulsaram o atraso de lá. Os coronéis já tinham sido expulsos antes. Estamos num processo…

     

    1. Infelizmente tenho que

      Infelizmente tenho que reconhecer que você está com a razão.

      O prolblema maior são as populações do interior de São Paulo que são extremamente conservadoras e ignorantes em termos políticos.

      Pelo andar da carruagem e o jeito desta população pensar e agir, ainda levará tempo para que um governo progressista seja eleito por aqui.

      Enquanto isso, os tucanos fazem a festa e mandam e desmandam no estado, sabotando TODAS as iniciativas de ações mais voltadas para o social.

  5. Comparação de políticos e estados…

    Poxa, o Nassif cita o Anastasia e o Cabral, mas não cita o Cid Gomes e o Requião.

    E o Acre que vem sofrendo grandes transformações desde 1999?

    E o Rio Grande do Sul que desde 2011 foi o que mais cresceu em geração de empregos e a indústria local cresce mais que a indústria nacional?

      1. E os Homer Nassif

        Nassif este pessoal age com as pesquisas nas mãos. Vão prometer mais policia nas ruas, vão dizer que por estatística caíram os crimes, que está construindo mais presídios e os Homers ficarão felizes.

        Infelizmente isto passa por um programa de conscientização de massas. Com 50 anos de idade e a pelo menos 35 anos debatendo com minha família não consegui fazer eles enxergarem a verdade. Sou a ovelha negra da família.

        Assim somos nos aqui. Se nossas vozes sobre este assunto for levada a palanques, usarão os mesmos discursos de 64. E os Homers os acompanharão.

        Nossa mídia é muito hipócrita, nunca promoveram debates sérios sobre o assunto, os poucos que existiram eram baseados em opositores políticos assim já comprometendo o conteúdo do debate na origem.

        Voltando a midia. Eles querem o caos, querem ondas de protestos espalhadas pelo país, assim puxaram cordões de que o país esta ingovernável pela péssima administração e falta de pulso. Se reprimir será condenado do mesmo jeito por impedir manifestações populares. De todo lado o Governo Federal sairá perdendo. Esta briga é muito maior que a cidade de São Paulo. Ela é um projeto de governo. Estão repetindo os mesmo caminhos de 64.

        Existe chamadas para o povo ir as ruas para protestarem contra a ação da policia na cacrolândia. Isto é o que eles querem, não o que queremos!!!

        Não é hora para inocência!!!

        Acabo de ler uma noticia que o Haddad não entrou nesta onda de conflito, polcou Alckmin e elogiou o trabalho da policia militar.

        Sobre este assunto terá que ser assim!

         

        1. Sem desânimo

          Caro André, sem desânimo, pois tenho 72 anos e estou a muito mais tempo a falar para todos que posso e tentar convencê-los de que as coisa são diferentes do que os jornais e TV apresentam. Não convenci multidões, pois o alcance da minha voz é pequeno, porem os que foram convencidos nunca mais retornaram a ignorância anterior. Vale a pena continuar, senão estariamos hoje com um tipo General Castelo Branco, sendo entrevistado pelos “geniais”  Mauricio Loureiro Gama e o Tico Tico, explicando porque a gloriosa de 64 seria boa para os otários que os escutavam. As coisa só estão onde estão porque falamos, falamos, e não desistimos. Passei tanto sufôco em meus empregos por causa disto que vc não imagina. Aí vc vê que as coisa mudaram, pois vc não terá que passar por isto. Valeu eu e outros falarmos muito!

          1. Respeito muito sua sabedoria!

            Julião não estou desanimado, sei que morrerei e não verei o que desejo para a sociedade! É um caminho longo a seguir e não pode haver retrocessos. Plantamos algumas sementes nestes anos de luta, precisamos ver elas vingarem e florecerem para que continuem semeando um futro melhor. Nunca fui ingenuo de achar que com uma canetada resolveria todos os problemas de séculos de abandono social e de segregação social.

            Possuimos ainda uma sociedade muito imatura. Por este motivo ela é manipulada por sentimentos mesquinhos. A famosa lei de Gerson! Aa midia atua constantemente para manter este povo desunido e agrupados em nichos. Ao mesmo tempo incentiva uns contra os outros. Neste aspecto parte de nós mesmo ajudamos, pois a classe media pensa que quando falamos da dominação e manipulação burguesa falamos deles e tomam as dores pelos ricos e oligopólios. O mundo mudou e está mais cruel que nunca. Alguns destes ricos deveria abrir seus olhos, nem eles percebem que serão engolidos por forças de capitais maiores que a deles.

            Olham para o Eike e tirão onda! Não entendem que eles são a bola da vez, e ao mesmo tempo, são culpados de tudo isto!

            Nisto é preciso alguns anos de governos sérios voltado ao bem de todos, para provar que é possível todos sairem ganhando sem que se tente explorar o outro. E neste caminho estamos apenas engatinhando.

            Abs e desejo que tenha ainda mais um século de vida para que possa continuar nesta luta.

             

  6. Em tempo: Geraldo Alckmim ,

    Em tempo: Geraldo Alckmim , que tiro no pé! Não pense que ser jovem

    é ser particpante da “juventude do PSDB.,  vai dançar.

  7. DILA E ADDAD CRIARAM EMPREGOS ATÉ NA CRACOLÂNDIA

    DILMA e HADDAD são bons mesmo, conseguiram criar empregos até na CRACOLÂNDIA do PSDB. Esse é o motivo da birra.

  8. Condicionado por  sua

    Condicionado por  sua  especialidade,anestesiologia,conseguiu feito inigualável na ciência e na política, imobilizar  41milhões de pessoas empregando sua técnica já consagrada: insensibilidade  apática através   da inação operacional. 

  9. O Haiti, o Maranhão e a Cote D’Azur são aqui.

    Prezados e prezadas,

    Um dos problemas da indignação cívica e das reivindicações justas (neste caso uma abordagem diferente do caso da cracolândia) é escapar do controle da idealização dos olhares sobre o território e seus problemas.

    O Governador Alckimin, por óbvio, não é um extra-terrestre que caiu na terra da garoa. Ele é o produto do consenso político da população deste estado, que aceitou seus cacoetes provincianos (aliás, que coisa demodé dividir o mundo em cosmopolitas e provinicianos, parece coisa de coluna social).

    Vejam o trecho proposto pelo Senhor Nassif:

    São Paulo é a cidade dos movimentos de saúde mental, a cidade que abriga brasileiros e estrangeiros de todos os lugares, a cidade de movimentos e organizações sociais relevantes, de grupos de opinião modernos, o estado abriga as melhores consultorias, universidades, institutos de pesquisa, as maiores e melhores empresas, a melhor estrutura de cidades médias, as mais amplas estruturas sindicais, da Fiesp-Ciesp, Fecomercio à CUT.

    Ué, então podemos supor que o conservadorismo atávico, o preconceito racial e social hidrófobo, a partição das cidades em guetos periféricos e centros de urbanismo europeus, as chachinas, o Carandiru, o PCC, O PInheirinho, o pânico sobre rolezinhos, enfim, a violência do trânsito, a reação a tentativa de justiça tributária (IPTU), etc, etc, são acidentes, meras exceções que pulam do meio de um povo capaz, ordeiro, solidário, pesquisador, que geram as melhores soluções, as consultas mais inteligentes, e têm entidades empresariais que se preocupam antes de tudo com o bem estar coletivo, e não com o sucesso negocial de seus pares ou suas visões particulares de mundo?

    E se assim for, imaginemos então que SP tem tais vantagens como um prêmio divino a boa índole dos descendentes dos primeiros bugres da terra, e não como resultado de um processo de acumulação e exploração permanente das assimetrais capitalistas no interior do país, e com alianças com as elites internacionais, e que ao menor sinal de ruptura deste sistema de privilégios regionais, SP põe-se em Marcha com Deus, ou vai às armas como em 32, ou enfim, vai aos tribunais como fez a FIESP?

    Podemos chamar de “acolhimento” o tratamento dispensado a gigantesca leva de “baianos” que aqui chegou para lavar, passar, construir, esfregar, desestupir, abrir portas, dirigir, e toda sorte de trabalhos subalternos que os “amigos paulistanos” enriquecidos não queriam fazer?

    Ou podemos dizer que é “acolhimento” o que acontece com os bolivianos? Será que lhes falta (além do contexto histórico) olhos azuis e algum tipo de “charme” europeu?

    Pois é.

    Por outro lado, a idealização sobre outros governadores é igualmente estranha.

    Sérgio Cabral vai deixar como legado uma ação militarizada e brutal, de ocupação de território (UPP), que depois do sucesso rápido que legitimou a ampliação, chegou onde era previsto: um fracasso por onde quer que se olhe, pelo alto custo humano e material de se manter faixas urbanas ocupadas, e pelo motivo menos óbvio: que não adianta colocar band-aid em hemorragia.

    Não há uma ação de humanização na abordagem com o usuário, e nem uma visão modernizadora do combate ao comércio de drogas.

    Nem no RJ, muito menos em MG da Anastasia ou no Pernambuco de Eduardo Campos.

    Onde quer que se olhe, só há mais do mesmo, e que não difere muito do que Alckimin faz por aqui.

    Vai ver Alckmin está agindo em nome do povo extra-terrestre que representa, ou de algum povo bárbaro de outro estado ou país, quem sabe do Maranhão?

     

    1. Alckimin, Serra, Aécio

      Concordo plenamente!

      O pior de tudo é que o povo paulista e brasileiro, corremos o risco de ter todos os três eleitos nas eleições deste ano.  Caso aconteça, o fascismo triunfará!

  10. Cracolândia

    Perto das faculdades FAAP em Higienópolis e BELAS ARTES e ESPM na Vila Mariana, vemos jovens da “arta crace” se drogando cotidianamente. Nunca vi nenhuma batida policial do DENARC lá.

     

  11. Pindamonha

    Não sei se Alckmin tem algo a ver com a ação de ontem da polícia civil na cracolândia.

    Mas, se o Nassif diz, é porque ele tem a informação.

    Quanto a Alckmin, em muito, ainda não saiu de Pindamonhangaba.

    Pertence a aquele tipi de “pequena aristocracia” de cidade do interior.

    1. Sergio,
      Mesmo que –

      Sergio,

      Mesmo que – hipoteticamente – o Alckmin não tenha nada a ver com a ação de ontem, ele é governador e precisa necessariamente ter o comando de suas polícias ou, no mínimo, saber o que se passa.

      Portanto, ou ele tem a ver diretamente ou é incompetente. Em ambos os casos não está a altura do cargo.

  12. Nassif
     
    Voce coloca Haddad a

    Nassif

     

    Voce coloca Haddad a altura de outros governantes que já demonstraram bom trabalho. Aí voce foi politico, pois Haddad ainda precisa comer muito feijao e demonstrar que tem competencia. Está apenas começando e no mundo da politica ainda é um estagiário.

     

    SDS

    1.   Carlos, esse não é o ponto,

        Carlos, esse não é o ponto, e sim a tacanhice e inoperância, para dizer o mínimo, do governador de São Paulo.

       

        Haddad está apenas estreando na grande arena, isso é certo, mas tem procurado, com todas as limitações existentes e outras impostas, fazer a cidade funcionar melhor, com criatividade e esforço.

      1. As carreiras são processos independentes

        Hoje foi Alckmin quem decepcionou, e feio. E Haddad teve sua mais brilhante ideia (já elogiada em dois artigos da FSP e duas matérias dos jornais da Globo, cabe lembrar.) E corajoso, imagina se Gleisi faria algo assim.

        Mas nas coletivas a imprensa que levaram à saída do MPL das manifs, as falas de Alckmin foram mais convincentes.

        Todos os episódios vão se acumulando nas avaliações das pessoas.

        Eu acho que, no fim, esses episódios são apenas partes do todo e não vão influenciar o voto em outubro.

        Se Alckmin se explicar rapidamente e continuar as operações pactuadas com Haddad sai dessa.

        x-x-x-x-x-x-x-x-x-x

        E todo mundo tem seu dia de tosco, não é mesmo? Em 18 de maio de 2011 Haddad ainda dava entrevistas elogiando o Escola sem Homofobia, dizendo que era um projeto inadiável, elogiado pela Unesco e coisa e tal. Falou que o kit já estava pago e pronto para ser entregue. Passou bem uns dois ou três meses distribuindo releases do projeto para que tanto a Carta Escola (Carta Capital) como a Nova Escola (Ed. Abril) elogiassem o kit.

        Uma semana após, no dia 25 de maio de 2011, esqueceu tudo o que disse, tergiversou falando que haviam sido identificados problemas na produção. Enrolation puro, mais ou menos como Alckmin agora.

        E em nenhum momento comentou que o video usado pelos aliados para desmerecer o programa era o mesmo adotado em SP (onde os ‘aliados’ não questionavam o governo.) Nem comentou que a ong contratada era a mesma contratada um ano antes pela SEE-SP.

        Temos que juntar os cacos de informação disponíveis pelos vários “lados” para conseguir formar uma imagem mais nítida do processo.

        Porque não fazemos um post “Com engavetamento do já pago e antes divulgado Escola sem Homofobia, MEC demonstra o enterro da política”?

          1. O dia em que aparecer um

            O dia em que aparecer um político com números assustadores, crescimento de 20%, indice Gini de 0,99, educação com avanços coreanos do sul e medicina popular de qualidade Einsteinianas, mas recuar um metro em questões de defesa dos direitos homosexuais, o Gunter vai achar uma porcaria.

          2. Só que não.

            Quanto a esse sofisma de que recuo em defesa dos direitos homossexuais pode ser tratado à parte da dignidade de toda uma sociedade, está em comentário para Gilberto.

            Índice de Gini é melhor (menor concentração de renda) quando menor. E, em geral, quando menor o Índice de Gini mais inclusiva e racional é a sociedade. Os países da Europa do Norte.

            E a Coreia concede asilo por perseguição sexual a vítimas africanas.

            Coisa que o ‘progressismo’ nunca fez em país nenhum.

             

          3. O que vc chama de off-topic?

            Eu nunca defendi a política de segurança de Alckmin.

            Só digo que ela não me assusta do mesmo modo que o antissecularimo do governo.

            E nem o PT tem política de segurança melhor. Se tivesse veríamos quadros comparativos nas redes sociais comparando RS com BA, RJ com SP, AL com SE.

            As mulheres que não tentaram aborto clandestino também estão vivas.

            Os adolescentes que não tentaram suicídio após a rejeição das famílias também estão vivos.

            As transsexuais que conseguiram sobreviver a assassinatos na rua por serem das poucas que não enfrentaram preconceito no mercado de trabalho estão vivas.

            As prostitutas que não contraíram DSTs apesar do cancelamento de programas informativos, também estão vivas.

            Os menores que forem colocados em cadeias a partir da redução da maioridade penal estarão todos vivos depois de uns anos?

            Quem não reage e segue o conservadorismo moral está vivo, né? Mesmo que morrendo por dentro.

            [video:http://www.youtube.com/watch?v=8WFb9vwWFMg%5D

        1. Ok..o Alckmin teve dois dias

          Ok..o Alckmin teve dois dias de “tosco, não se esquecer o Pinheirinho é claro, mas

          no fundo ele é legal…né?Errar é humano e não tucano.

           

          1. Não vamos nunca sair disso.

            Haddad teve três anos pra explicar e ainda não fez.

            Mas, como no fundo ele é legal, né?

             

        2. As falas de Alckmin foram

          As falas de Alckmin foram mais convincentes do que as imagens da polícia de Alckmin descendo o cacete até em jornalistas nas manifestações do MPL? Você foi convencido mesmo.

          1. Eu assisti à coletiva de imprensa.

            Podemos recuperar os Youtube disso.

            Podemos recuperar informações sobre como se deu a repressão ao MPL em vários estados.

            Mas vale a pena?

            Não, não vale. Melhor seria se eu deixasse de comentar, não é?

        3. E o MPL hein??? Sumiu…

          O movimento era até bacana, mas sem foco algum.

          Não disseram nada sobre o trensalão, não viram qualidades no IPTU do Haddad:

          – Reajuste justo e progressivo, atingindo as maiores rendas e reduzindo as menores;

          – Importante para frear o alto preço dos imóveis e a especulação imobilária (uma piada quando vejo gente comentando sobre uma possível bolha imobiliária no país e ao mesmo tempo com opiniões contrárias a correção do Haddad;

          – Importante principalmente para congelar a tarifa de ônibus, reinvidicação do MPL;

          O MPL mostrou que seus integrantes são burgueses mimados…

          1. É mesmo uma pena

            Eu apoio totalmente a proposta da PMSP para o IPTU.

            Mas algum problema de comunicação houve, se 80% da população, inclusive muitos favorecidos, ficou contra.

            Agora, um dos maiores advogados contra a revisão do IPTU foi Skaf. O programa da FIESP passar no meio da novela das 9…

            Candidato Skaf, aliás, que é aliado e que ajudará a levar a eleição a 2º turno.

            Especialmente em SP capital, a cidade desse IPTU, onde já está na frente de Alckmin.

            O MPL não tem relação com isso…

             

      2. Andre
         
        Concordo plenamente

        Andre

         

        Concordo plenamente com voce. Foi um absurdo e mesquinharia o que fez Alckmim. Mas sinceramente não acho Haddad isto tudo. A primeira ação que teve na prefeitura vem dos tempos do império (aumentar impostos) e não de um politico jovem que irá trazer o novo. Quanto a corrupção Haddad começou bem, criando a controladoria mas logo,logo, as ações respingaram em seus próprios secretários. Torço por Haddad e  achei a iniciativa na cracolandia uma boa inicitiva,mas como em meu comentário anterior acho que é ainda um iniciante que tem muito a provar.

        1. Recebi hoje meu IPTU

          Recebi e já constatei que  houve um aumento significativo. Com calma, vou verificar pelo do ano passado, para calcular a porcentagem  Mas, está me parecendo, que foi maior do que o pretendido para S.Paulo. E aqui no Rio, não tem essa  de pobres não pagarem IPTU, como pretendia HADDAD.  A grita da mídia em S. Paulo foi tão grande, que até quem deixaria de pagar, aparecia na TV reclamando de aumento do IPTU. Há de se esclarecer esse povo!  Do contrário nada mudará!   

  13. O que tem de gente  no

    O que tem de gente  no twiter  que estavam  perguntando onde estava o pessoal dos direitos humano no caso de Pedrinhas e hoje está defendendo a ação da policia na cracolandia não é brincadiera. Isso se chama OPORTUNISMO.

  14. Um dos problemas de São Paulo


    Um dos problemas de São Paulo é exatamente este. Alckmin é uma figura apática, acredito pior que o sofrível Freury. Nunca poderia deixarmos um estado desse tamanho nas mãos de um incompetente desse naipe. A morte do Mario Covas nos legou essa figura.

  15. Perfeito

    Artigo perfeito Nassif !

    Eu paulista e paulistano habitante do centro da capital concordo e assino embaixo.

    Mantenha esse artigo em evidência no seu blog para que seja visto por milhares.

    É urgente mudar esse tipo de política mesquinha.

    Que venham governadores a altura do cargo, sejam de partidos de esquerda ou direita.

    Que venham pessoas lúcidas e comprometidas.

  16. Proselitismo com os “walking deads”

    “Sáo Paulo sob comando…de um Fernando Haddad?”

    Minha nossa! O que já aconteceu neste 1 ano em São Paulo (favelização da Cracolândia, caos no trânsito com o experimentalismo, tentativa de imposto escorchante contra quem paga a farra) não foi o suficiente?

    1. Comentário.

      Eu era mais feliz com o pastel de feira e as notícias sobre a Avenida Paulista no SPTV. Caos no trânsito sempre teve, a Cracolândia só mudou de lugar (cara, eu ANDO por ali há anos, sei como é). Existe o problema, meu caro, a solução depende de como vc encara a existência dos drogados. E digo mais: não dá para confiar tanto em policial que fica na área de tráfico; os casos de mortes de policiais no ano passado envolvem, sim, policiais que recebiam “semanada” dos traficantes. E o imposto, desculpe, o aumento tinha diferencial de alíquota.

      E tem mais: meteram a mão no teu bolso com o caso no ISS.

      Não sei onde vc quer chegar com isso. Mas parece ser mais fácil jogar a culpa no Haddad do que assumir que se votou errado, em verdadeiros ladrões, nos anos anteriores.

      Deu certo baixar o cacete em usuários no ano passado? Responda, deu? Foi o Haddad que fez isso?

      Se vc acha que meu modo de me contrapor é muito agressivo, eu concordo. Mas parece que está jogando a responsabilidade por aquilo que deve e NÃO deve fazer ao Haddad (ele não é governador do estado) somente para continuar com esse modo obtuso de pensar. Não, Haddad não trouxe problema. Seu modo de pensar é o problema.

      Cheguei à definição do legítimo paulistano: um conservador que traga.

      1. Quem está preocupado com o

        Quem está preocupado com o excesso de volutarismo de Hadda (à la Dilma) não sou eu. É o PT! Até Lula já deu demonstrações disso.

  17. Provinciano, conservador, autoritario.

    Sem rodeios: estamos cansados desse tipo de governante patrimonialista, elitista, conservador, ainda portando a viseira de que drogado é vagabundo, de que o povo merece apenas pão e circo e por ai vai. 

    A unica chance do Alckmin ser reeleito sera através do anti-petismo. Não fosse esse bombardeio sistematico da imprensa contra o PT, o PSDB poderia ja preparar seu epitafio, aqui jaz…

  18. Os drogados de São P aoaulo

    Estava feliz com as providencias da prefeitura de São Paulo em tratar os drogados. Achei que era uma atitude séria , humanista , respeitosa com aqueles que vivem num mundo dissociado da relidade mas vítima dela.E eis que leio as noticias  do Governo paulista  numa ação truculenta e me pergunto como é possivel ser politico e governar apenas para uma minoria elitista que tem direito a tudo e que a tudo pode até mesmo passar por cima das leis para defender privilegios ? onde está sensibilidade social politica de um governante de um país de terceiro mundo , com serios problemas sociais que traduzem uma exclusão violenta , sem direitos aos mais básicos dos fundamentos  da constituição  , como direito a alimentação, moradia , educação e serviços decentes de saude?como pode? se esta exclusão violenta a direitos básicos respinga em toda a sociedade de forma violenta? como pode um governador ser tão insensivel e violento , governar apenas para uma classe social e deixar os que nada usufrem do Estado jogados ao lixo?Quando esta realidade nos moverá para uma atitude séria de não mais consenti que politicos deste tipo, mesmo eleitos por uma parcela segregadora da população possa atuar sempre em beneficio não de todos , mas de uma minoria? chega gente , estou de saco cheio de ler e ouvir e constatar que nosso País com todos esforço do governo será sempre boicotado por uma mídia escrota a servi’co deste tipo de gente, que o judiciario age sempre privilegiando elites  e defendendo seus direitos seculares , condenando aqueles que fazem parte de um governo popular , voltado justamente para os excluidos?quando , quando , quando , quando marcharemos e condenaramos estes elementos nocivos , esta engrena podre , este ódio a pobreza , e estes poderes favoritistas e excludentes em nome de uma minoria predatória ?

  19. São Paulo não merece Alckmin

    São Paulo não merece Alckmin como governador. Isto esteve claro desde meados de 2002, quando ele venceu Genoíno e se reelegeu, ou na eleição contra Lula em 2006.

    Alckmin é um articulador hábil, principalmente diante das Prefeituras de cidades pequenas, possui bom marketing pessoal, uma inserção tremenda no interior por causa deste “bom-mocismo”, e só. Não possui, nem de longe, a característica de grande planejador que se via no igualmente tucano Franco Montoro, o verniz acadêmico do FHC, ou sequer uma boa equipe técnica igual possuía Serra (que, no final das contas, não serviu para nada também).

    Na maior parte das vezes, parece não ter a menor noção do que está fazendo, ou qual o papel de um governador de São Paulo. Governar o Estado é um milhão de vezes mais fácil que governar a capital paulista, e durante todo este tempo que esteve no poder, já deveria ter articulado um planejamento de médio e longo prazo para as regiões metropolitanas, transporte ferroviário intermunicipal , metrô, saneamento, pesquisa e inovação, mas o que se vê é absolutamente nada para mostrar, um zero a esquerda.

    O Estado, que já foi “locomotiva nacional”, perde cada vez mais participação no PIB; a capital, um vexame mundial se comparada com outras metrópoles em termos de malha ferroviária/metroviária; na educação básica e a saúde, um desempenho nada notável em comparação ao resto do país, mesmo tendo muito mais dinheiro que a maioria dos Estados.

    Outro detalhe é que a USP, um dos maiores orgulhos paulistas, nestas duas décadas de PSDB amarga uma posição que envergonha o país no ranking internacional da THE, ficando atrás de diversos países emergentes. Periga ser ultrapassado pela Unicamp.

    Esta operação na cracolândia foi inacreditável. Haddad, ao realizar o programa Braços Abertos, ombreou-se com a vanguarda no que se refere ao enfoque quanto ao tratamento de dependentes químicos. Alckmin, nesta desastrada operação de sua Polícia Militar, não posso dizer nem que se apequenou, pois mais apequenado que já estava depois de uma década no poder é uma coisa muito difícil, quase impossível.

  20. parabens

    Parabens Nassif, um bom texto para reflexão neste final de semana. Que os paulistanos tenha sabedoria este ano, ao escolher seus lideres.

  21. São Paulo moderna

    Dizer que Sérgio Cabral Filho representa a modernidade é de uma ignorância total, não existe governo mais preconceituoso, mais autoritário (nunca se poderia tratar manifestantes como se tratou no Rio em 2013, com polícia espancando manifestantes), isso é modernidade?

    Que essa figura patética fez pela periferia da cidade, pela Baixada Fluminense, ou por São Gonçalo?

    Quem destruiu o sistema público de transporte do grande Rio?

    Quem acabou com programas sociais como o “Jovem pela Paz”, que beneficiava a juventude das favelas cariocas?

    Quem perseguiu os trabalhadores motoristas de Vans para beneficiar os tubarões das empresas de ônibus?

    Me admira um homem como você falar algo que não condiz com sua biografia.

     

     

     

  22. A questão é simples, caro

    A questão é simples, caro Nassif… Haddad trata a Cracolância como caso de Saúde e não de Polícia. Padilha, o candidato do PT para a próxima eleição, vem da Saúde. Logo, na cabeça “diferenciada” do nosso Governador, a Saúde não pode vencer a Polícia. E antes que isso progrida, porrada na Cracolândia e vamos convencer a população que drogado bom é drogado morto. E viva essa droga de Governador…

  23. Antonio Anastasia?

    “Se o potencial de São Paulo estivesse sob o comando de um Antonio Anastasia, Eduardo Campos, Ciro  Gomes, até de um Sérgio Cabral, de um Fernando Haddad, mudar-se-ia o país a partir daqui”.

    Alguém está precisando passar mais tempo nas Minas para saber a quantas realmente anda o Estado….

  24. Modelito Quércia

    Alckmin é uma versão piorada de Orestes Quércia. Alckmin é Quercia 2.1.

    Gente do “interior”, como você.

    Aham!!! Sei…

    Lembranças Daslu.

     

  25. Nassif costuma reclamar do

    Nassif costuma reclamar do baixo nível na política, e neste texto chama o Governador de um Estado de “filho direto da ignorância e do preconceito”.

    Não foram as políticas de Alckmim que foram adjetivadas, mas o próprio Governador.

    Parte de um maniqueísmo em que todos têm que concordar com a política de Haddad para a cracolândia, e quem não o fizer seria contra a recuperação do lugar.

    É necessário entender que há pessoas que entendem que Haddad está equivocado, e que as ações da polícia para prender traficantes não podem ser suspensas, criando um território livre para o tráfico. Que a recuperação do local deve passar por outro tipo de política.

    1. Não se trata de concordar ou

      Não se trata de concordar ou não com Haddad. Todo mundo está sabendo o que está acontecendo por lá. o Denarc deveria pelo menos realizar uma ação coordenada.  Colocou em risco assistentes socias e voluntários que lá estão atuando em mais um esforço de trabalhar com o dependente químico. Tem diversos outros pontos de droga na cidade, todo mundo sabe onde fica, mas o Denarc …  Acho que o pessoal ficou com ciúmes da ação (com participação inclusive da polícia militar) e só quis fazer algo para marcar presença.

  26. independente do que a$piram os conservadores que o apoiam…

    a própria máquina do estado vem funcionando como instrumento político excludente………………

     

    até verbas federais liberadas e direcionadas para obras públicas estão sendo perdidas ou devolvidas, na melhor das hipóteses, por uma quase que total incompatibilidade do sistema local com a maioria dos programas da instituições federais, tanto no tempo de resposta, de pessoal qualificado, como também na aplicação específica

     

    em relação aos outros estados, já podemos dizer que  a máquina parou só para prejudicar o governo federal

     

    se isto é política, só pode ser a de conspiradores que se unem para, com o caos local, preservar o poder com promessas de mudanças e renovações

     

    post muito bom, excelente

  27.  
    Policiais civis de SP são

     

    Policiais civis de SP são suspeitos de comandar tráfico na cracolândia

    A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo investiga se parte do tráfico na região da cracolândia é comandada por dois policiais civis, um deles do departamento criado unicamente para combater esse tipo de crime: o Denarc.

    Ontem, em busca de informações sobre esses policiais, agentes em um carro da Corregedoria da Polícia Civil acompanharam à distância a operação na região.

    A Folha apurou que a prisão desses policiais deve ser acelerada porque a presença desse veículo foi notada, o que pode provocar a fuga dos dois suspeitos.
     

     

    -conversa afiada

    1. Nem há termos de comparação!

      Apesar de grandes defeitos de Cabral, Alckmin está muito aquém de Cabral. Cabral é um passional, capaz de reconhecer um erro e, não tem papas na língua para falar o que pensa, sem ter medo das consequências. Já Alckmin é ardiloso, falso, manipulador e incapaz de assumir qualquer coisa. Sempre se põe covardemente na defesa. Não posso afirmar que tenha dado ordem para o descalabro de ontem. Mas não duvido que sutilmente, o tenha sugerido. Certa vez li um livro sobre um conluio para assassinato de um papa. Quando vejo ou ouço esse governador, lembro dos personagens do livro. Não sei porque!  

  28. SP é um Estado dentro do Estado.

    SP é um Estado dentro do Estado. Suas ditas “autoridades” agem à margem da lei indiscriminadamente, sem preocupação, sem fiscalização, sem imprensa, com o apoio da população alienada, fascista, hipócrita e burra e com a conivência da covardia do governo federal e do PT. Ações como essa, do Pinheirinho, da negação dos escândalos do Metrô que batem à sua porta, da conivência com o crime organizado e com a corrupção institucionalizada são uma afronta, uma cuspida na cara da população brasileira, da democracia e da legalidade dessa ditadurazinha de meia pataca que é o estado de São Paulo. Fico me perguntando até quando a população deste estado falido de convicções éticas e morais vai tolerar e apoiar esse tipo de coisa. Hoje em dia, sem medo de errar, posso afirmar que se um político tucano estuprar um parente de qualquer cidadão paulista sai com o voto dele do mesmo jeito. É simplemente impossível um governo do PT ter êxito por aqui. A gestão é sabotada do primeiro ao último dia de governo, incessantemente, dioturnamente, sem trégua. Tentar se portar de forma republicana e colaboracionista é entregar o outro lado da cara pra bater. Lamento, lamento profundamente ter que conviver com esse tipo de coisa. Considero fortemente a idéia de me mudar daqui, pois não vejo luz no fim do túnel, infelizmente.

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      1. E o petismo é?
        O Denarc não

        E o petismo é?

        O Denarc não precisa ser santo, basta cumprir a lei.

        Democracia é o império da lei, todos são iguais perante a lei.

        1. Política de Lei e Ordem para

          Política de Lei e Ordem para ‘combater’ drogas faliu no mundo há décadas.

          Movimentos de descriminalização, total ou gradual, controle de danos, etc., são as políticas sociais e penais atualmente cogitadas, discutidas e implementadas, com variações de lugar para lugar, ainda havendo muito a ser feito.

          Mas a compreensão de que o modelo anterior gera gastos absurdos e infindáveis mortes, muitas de inocentes em fogo cruzado, sendo que o consumo da droga cresce, é um consenso que, se ainda não é total, há de caminhar para isso.

          Agir de modo contrário é retroceder, gerar mais enfrentamento inócuo, quando todo o gasto de tempo e de dinheiro poderia, e deveria estar em políticas sociais, educacionais, de saúde, saneamento, etc.

          Escolhe-se viver em um mundo de bárbaros, cercado de grades, ou se ter alguma compaixão e percepção do próximo e tratar a questão como efetivamente é, de saúde pública, regulando-se o uso das drogas e seus efeitos, como se faz hoje com cigarro e álcool, mesmo com todas as incongruências ainda existentes.

           

          1. Política de Lei e Ordem para

            Política de Lei e Ordem para ‘ não combater’ drogas deu certo aonde, companheiro?

  29. De carona no Nassif e no Gunter

    Complementando o que foi colocado pelo Nassif e o Gunter (em comentário neste post), levanto um outro fator a considerar. Este fator é a injunção política.  Uma coisa é o que Alckmin e Haddad gostariam de fazer outra, é o que conseguem fazer “apesar”  ou de acordo com sua base de apoio.

    Concordo com a opinião do Nassif à respeito da posição de Alckmin e Haddad. Para mim não existe dúvida sobre a esperança que significa Haddad.  O Gunter naturalmente não. Faz o elogio de Haddad no presente caso para,  em seguida mostrar o seu “dia de tosco”. Com esta afirmação,  seguida de outra, “Se Alckmin se explicar rapidamente e continuar as operações pactuadas com Haddad sai dessa”, iguala o comportamento dos dois. Diria, até com um certa benevolência com Alckmin: Para o Gunter, basta Alckmin se explicar…

    Minha posição, reforçada pelo post do Nassif: Acredito que Alckmin estivesse informado, e de acordo, com a intervenção do Denarc. Os comentários feitos por seus correlegionários através da grande mídia, demonstram que ele agradou plenamente aos que apostam no túmulo da política.

    Fechando o raciocínio,  eu diria que é difícil precisarmos as razões que nos fazem decidir por A ou B. Creio que são razões de ordem específica de uns e em outros, razões de ordem mais geral. Chamo razão específica, a questão da homofobia por exemplo. Ela está contida numa questão de ordem mais geral que é a dos direitos humanos. O Gunter coloca claramente o seu ponto de vista: Prefere optar pela razão específica.  Não afirmo isto querendo diminuir ou desqualificar sua exigência.  Eu o apoio integralmente por considerar que está totalmente de acordo com as exigências que eu faço em relação aos direitos humanos.  A questão portanto é de estratégia,  ou seja, é uma questão eminentemente política. 

    Volto ao início.  Eu, creio que também o Nassif, apostamos no Haddad. Acreditamos que nos casos em que foi obrigado a recuar,  o fez por injunções políticas.  O Gunter,  creio,  escolhe o Alckmin como alguém mais capaz de atender as suas demandas. 

    Cada um de nós tem este direito.  É o exercício da liberdade de escolher e se colocar.  Afinal,  “A liberdade do outro, estende a minha ao infinito”.

    1. Gilberto, você insiste nisso de “razão específica”

      Isso é um sofisma. O direito de LGBTs a ter cidadania PLENAMENTE reconhecida é uma QUESTÃO DE TODOS.

      Você acha bacana que 5% das pessoas tenham menos direitos que os outros, mesmo passados 25 anos da Nova Constituição?

      Você acharia bacana se todas as posições políticas tivessem liberdade de expressão menos uma minoritária? (por exemplo, comunistas e anarquistas)

      Você acharia bacana se todas as posições minoritárias em religião fossem protegidas de discriminação menos alguma? (por exemplo, ateus. Acha OK quando pastores dizem que ateus são coisa do demônio? Ou quando dizem que quem não tem Deus no coração comete crimes?)

      Mas política e religião são opções.

      Sexualidade e raça são intrínsicos.

      Você acharia bacana que todas as raças fossem consideradas iguais pelos adolescentes menos uma? Que tal propagar em escolas que a raça amarela é inferior, provando para isso que os discursos contra essa raça não são criminalizados, ao contrário de todos os outros?

      Que tal protocolar projetos-lei para proibir os casamentos de pessoas de raça amarela?

      Você acha que isso são “Razões específicas”?

      Ou você é mais um daqueles progressistas que:

      Acha que censura a comunistas é repressão; censura a beijo gay, a Parada Gay ou mesmo tentativas de criminalizar a homosexualidade são ‘razão específica’

      Acharia que tentar proibir casamento de ateus (como até é em alguns países) seria um absurdo; falar contra o casamento gay é ‘razão específica’

      Acharia o cancelamento de programas antibullying de racismo em escolas um horror para a humanidade, uma violação da lei 7716/89; questionar o cancelamento de programas antibullying de LGBTs é ‘razão específica’.

      Qualquer outra coisa que você acredite é uma crítica válida a se fazer. No campo dos Direitos Humanos e da Humanidade.

      Mas, quando envolve LGBTs, é ‘razão específica’.

      Só que, se o PT apoiasse causas LGBT, você jamais escreveria o que escreveu…

      x-x-x-x-x-x-x-x-x

      Existe o direito difuso de se viver em uma sociedade não discriminadora, e o governo não dá a mínima para esse direito.

      É direito também de pais, mães, irmãos, avós, tios, filhos, etc não verem seus parentes discriminados.

      Razão específica… Sofisma insustentável, isso sim.

      [video:http://www.youtube.com/watch?v=sYFNfW1-sM8%5D

      Igualdade de direitos civis PRECEDE ideologia. E quem não reconhece isso está errado e pronto. É um Direito Humano negligenciado. O governo federal está errado em fingir que atender uma bancada de 13% é mero ‘jogo político’, o PT está errado em trabalhar contra.

      Já respondi aos sofismas mais conhecidos usados pela situação para tentar defender o indefensável no post a seguir. Agradeço se novos sofismas forem colocados em comentários nele para eu poder depois incorporar ao texto principal:

      http://www.jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/errar-e-humano-persistir-no-erro-e-governismo

      Isso que é feito não é estratégia, posto que prejudica a própria imagem política de quem o faz, é crueldade. E tentar defender retrocessos em direitos humanos alegando direitos humanos é contraditório e passa por cinismo. Quando não é silêncio omisso.

      O PT não é proibido de ser simpatizante, Dilma não é, Padilha não é.

      Assim como Alckmin não é proibido de ser conservador em abordagens anti-drogas. No que não é mais conservador que outros políticos do PT, Haddad foi exceção nessa e recuou no combate a homofobia:

      http://www.jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/as-indignacoes-seletivas-do-progressismo

      Você diz que apoia o que eu falo de Direitos Humanos mas…

      Nunca considera a possibilidade de repudiar o governo por cometer tantos retrocessos em algo muito mais conhecido, básico e vital que a operação ‘Braços Abertos”.

      E você continuará chamando retrocessos em Direitos Humanos e um tratamento pior, com apoio oficial, a milhões de pessoas por conta de sua orientação sexual de “estratégia política”.

      É claro que a lei anti-gay de Putin é estratégia política também, né? Se você finge não saber, o uso de fundamentalismo religioso na política acomete tanto o Tea Party como a ‘esquerda beata’ da América Latina. No Brasil há a soma desses dois últimos numa coligação só.

      Estratégia política…

      Eu concordo com o apoio incondicional aos que padecem pela dependência química. E eu acho que isso faz parte de uma ordem mais ampla de Direitos Humanos. Considero MEU direito viver numa sociedade racional e não mesquinha. E acho sim que Alckmin deve se explicar nisso (e que demore menos que os 3 anos que Haddad está levando para ainda NÃO explicar porque jogou no lixo o que antes elogiava.)

      Só que eu não chamo o direito de 3 a 4 mil dependentes de crack de “razão específica”. Ainda que seja algo bem mais “específico” que 7 ou 8 milhões de eleitores LGBT ou meio milhão de adolescentes LGBT.

      Mas… os suicídios de adolescentes e os assassinatos de transgêneros são razão “mais específica” que as eventuais mortes por crack, não é mesmo?

      Francamente…

       

      1. Sofisma?

        Gunter,

        Sofisma é fazer a ilação que eu concorde “que 5% das pessoas tenham menos direitos que os outros”, com base em uma análise e um conceito (razão específica) que utilizei. Onde eu concordo? Você confunde a análise que fiz de um fato, com concordância.

        DHs. é uma grande área, que trata de vários temas específicos (econômicos, sociais, direitos difusos, etc). Como pode alguém apoiar a política de DHs. e concordar que algum grupo tenha menos direitos que os outros?

        Exatamente como termina a propaganda da ONU:

        LGBT rights are human rights.

         

         

         

         

        1. Mas é o que você faz.

          Você chama direitos LGBTs de “razão específica”, não os aceita como “Human Rights” prioritários e inquestionáveis.

          Não aceita que as posturas do governo de retrocesso nisso sejam criticadas, tenta contrapôr com teorias políticas que tergiversam.

          Note como está lutando para tentar desculpar Haddad do erro dele! (Neste e no outro post) Não tem por onde e só fala, fala, sem mostrar para as pessoas que lêem (que não são apenas eu e governistas) que Haddad fez um acerto. Não tem como. 

          Sabe o que acontece quando sociedades não trabalham a homofobia e ficam só no discurso genérico?

          Podem se tornar ‘tiranias de maioria’ homofóbicas. Como a Rússia, como Nigéria.

          Ao se contrapor as críticas à política errada do governo você está diretamente sancionando a continuidade desse processo. A cada ano mais e mais direitos LGBTs são removidos ou cancelados no Brasil.

          O único avanço que houve em 4 anos, o casamento igualitário, ou não é celebrado pelo governo ou é atacado por seus deputados (como Fonteles)

          Então, pelo menos aceite que o PT errou nisso e que não há modo de se melhorar nisso a não ser que o PT volte atrás.

          O discurso genérico do PT não convence. Pelo menos a mim não convence.

          À maioria dos comentaristas sim, convence, ok.

          E como será a evolução disso? Não importam as opiniões de um aqui e outro ali…

          Você acha que irá convencer mais ou convencer menos as demais pessoas?

           

          1. Qual o tema?

            Neste e no outro post o tema é o Crack.

            Defendi a posição do Haddad no caso, não a do PT. No caso do kit gay, apenas contextualizei a posição do Ministério. 

            E Humans Right, por acaso são DHs.

            E razão específica, usei por se referir a um assunto específico contido nos DHs e não por merecer só o apoio de alguém, ou de algum grupo (excetuando desta forma o meu). Se a formulação do conceito é o problema, posso colocar de outra forma. 

  30. Essa operação maliciosa e

    Essa operação maliciosa e desastrada envolve o DENARC ( polícia civil ), porém há um caso que envolve a PM de São Paulo muito mais grave, pelas suas consequências, que é a chacina de doze pessoas na cidade de Campinas ocorrida há poucos dias, supostamente a chacina teria ocorrida por vingança pela morte de um PM num assalto, os mortos não tinham passagem pela polícia.

     

    O que acontece na segurança pública paulista e sua polícia é inacreditável que aconteça no estado democrático de direito, mas para a mídia violações direitos humanos só interessam e são assunto se ocorrerem no Maranhão.

     

    Gostaria de ver algum comentário do sr, Gunter sobre o ocorrido ontem na cracolândia e recentemente em Campinas, refiro-me a ele, pois em vários de seus posts ele tem dito que o governador é muito progressista no tratamento da questão dos direitos homossexuais, o que me causa profunda estranheza por sabermos o apito conservador que toca o governador, a questão dos direitos homossexuais é na minha opinião uma questão que envolve direitos humanos, então gostaria de ler algum pronunciamento do sr. Gunter sobre a política de direitos humanos do governo Alckymin.

     

  31. PICOLÉ DE CHUCHU

    Não esqueçamos, São Paulo, capital, com Marta, deu um salto rumo ao cosmopolitano e foi sufocada na picuinha, no trololó, dessa gente média, alta e milionária, provinciana até a medula. Fora da ordem, a São Paulo moderna, da semana, da mistura, do avanço, da ousadia, resgata-se em Fernando Haddad que começa a ser sufocado pelas mesmas forças dessa Casa Grande que fez daqui sua cidadela, para tentar continuar sobrevivendo à custa da miséria e da desigualdade, legadas em 502 anos de desgoverno, mesquinhez e incompetência. Não esqueçamos, São Paulo, estado, é hoje governado por um provinciano conhecido como “PICOLÉ DE CHUCHU”. Dizer mais o que?

  32. É dificil de acreditar

    O Alckmin endossou a truculencia da policia agora a pouco. Perdeu-se totalmente a vergonha em causar dor alheia.

     Como São Paulo está precisando de uma mudança. Não acredito que esse senhor ganhe essa eleição.

    Cada dia o Alckmin mostra o seu verdadeiro lado.

    Agora saiu uma nota sobre o MP na era das trevas e agora na era da luz, digo na era do Haddad

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/investigacoes-do-mp-batem-recorde-no-governo-haddad/

    Tem que ter muito saco para aguentar essa gente miudo.

     

  33. Último Bastião

    Não tenho certeza que São Paulo seja mesmo o túmulo da política. Acredito que Nassif, pela sua cultura musical, tenha lembrado aqui do Vinicius de Moraes, o qual falou que São Paulo era o túmulo do samba, há quase exatos 50 anos atrás. Ainda, não tenho aquela imagem tão ruim do Alkmin, como pessoa e político, embora discorde radicalmente das suas ideias. Acredito mesmo que São Paulo é o último bastião (de peso) onde se reagrupam as forças conservadoras e entreguistas do Brasil. São Paulo é a reserva de UTI onde ainda o PIG aplica soro e oxigênio aos tucanos. Ações isoladas em cidades do interior não seriam tão efetivas como a luta no próprio centro de São Paulo, hoje o Kosovo da guerra final entre Brasil brasileiro e o Brazil.

  34. precisa da “inteligência” para fazer aquilo que todo Brasil vê?

    realmente hilário o tom de seriedade e eficiência da moça………………..

     

    taí o sistemão que não me deixa mentir

     

    recusa, trava e detona tudo que é de cunho assistencial

  35. “Jesus era mais para Black Bloc”, diz padre Lancellotti.

     

    “Não existe resposta única para a cracolândia”

     

    Rafael Stedile

    Para padre Julio Lancellotti, ação da prefeitura na região da Luz tem avanços, mas não olha para as necessidades das pessoas

    24/01/2014

    Mariana Desidério

    De São Paulo

    A atual operação promovida pela prefeitura na cracolândia tem sido vista como um avanço em relação à ação deflagrada há dois anos, quando policiais usaram bombas de gás e tiros de borracha para dispersar os dependentes de crack que circulam pela região, no centro de São Paulo. 

    Porém, não é hora para muito otimismo na opinião do padre Julio Lancellotti, coordenador da Pastoral da População de Rua em São Paulo e defensor histórico dos direitos humanos. Segundo ele, também há outro tipo de violência na ação que ocorre agora. “Há sofisticação, mas o resultado que se busca é o mesmo: as ruas da cracolândia limpas”, afirma. 

    Aos 65 anos, além de coordenar a pastoral, Lancellotti é responsável pela paróquia de São Miguel Arcanjo, na região da Mooca.  Nesta entrevista ao Brasil de Fato SP, ele critica a forma como nossa sociedade trata os grupos mais vulneráveis e defende atuações políticas mais enérgicas, inclusive não pacíficas. “Jesus era mais para Black Bloc”, dispara.  Leia a entrevista:  

    Como avalia a operação Braços Abertos, da prefeitura, que está colocando os moradores de rua da cracolândia para viver em hotéis e trabalhar na varrição?
    Ainda não dá para fazer uma avaliação completa. O fundamental é saber como será feito o acompanhamento. Mas algumas coisas chamam a atenção: hotel não é moradia definitiva. Quanto tempo eles vão ficar no hotel? Depois: por que todos têm que trabalhar na varrição? Eu acho que pode ter uma diversificação. 

    Acha que isso acaba padronizando demais?
    Acho que é uma resposta institucional, e, portanto, planejada dentro de um modelo. Não é construída a partir das necessidades das pessoas. A operação pode ter seu aspecto de redução de danos e está tendo agora muita visibilidade. Mas a gente tem que ver como isso vai se dar no cotidiano. Há uma preocupação política de querer se diferenciar de outros. Mas também há um pragmatismo. Pensa-se que tem que ter um resultado. Não se foi à causa das questões, está se trabalhando por enquanto com os efeitos. 

    Essa medida tem sido vista como um avanço em relação àquela tomada dois anos atrás, quando houve forte repressão policial. O que o senhor acha?
    Eu considero que os métodos de controle se sofisticam. Uns são mais trogloditas, outros menos. Acredito que a violência não é só a cassetada, o spray de pimenta, a bomba de gás, a polícia andando atrás. A violência também é simbólica. É violento colocar para trabalhar sem ter direitos trabalhistas, ou ainda não respeitar a subjetividade humana. O que a gente vê é que há uma sofisticação. O resultado que se busca é o mesmo: as ruas da cracolândia limpas.

    Mas qual seria a forma correta de lidar com essa questão?
    O que temos que ter em mente é o seguinte: como a cidade vai ser mais humana e vai cuidar daqueles que são mais vulneráveis? Essa é a questão fundamental. A população de rua não é a única vulnerabilizada da cidade. Também existem os que não têm moradia, os que têm transtornos mentais, as pessoas com necessidades especiais, os idosos. Nossa cidade é um lugar em que tudo é para quem é esperto, para quem tem mais força, mais autonomia. Ela está inserida dentro de um modelo de competição, de premiação por consumo, não é uma cidade voltada para agregar.

    Os idosos não são cuidados na nossa sociedade?
    Outro dia perguntei na igreja: Quem leva o cachorro para passear? Todos levam. E quem leva a vovó para passear? Muito poucos. É mais fácil pegar o cocô do cachorro do que trocar a fralda do vovô. Nós estamos vivendo uma sociedade do individualismo. Aumenta o número das pessoas que vivem sozinhas. As pessoas querem pensar só no seu próprio bem-estar, não o bem-estar do coletivo, o bem-estar dos mais fracos. A grande mudança seria pensar o bem-estar dos mais fracos.

    Qual o cenário dos albergues para a população de rua em São Paulo hoje?
    Em algum momento, os albergues podem ser necessários. Qual o nosso problema? Nós tornamos os albergues a única resposta. A mesma lógica que coloca todo mundo pra ser varredor. A população de rua é bastante heterogênea. Não se pode ter uma mesma resposta para todos. 

    E as condições desses albergues? No final de 2013 houve protesto por causa disso.
    Sim, porque eles estão precarizados, por falta de manutenção, falta capacitação das pessoas que lá trabalham, e porque os albergues não estão seguindo a própria diretriz nacional da política para a população de rua, que prevê que tenham um número reduzido de pessoas, não passando de cem. E hoje nós temos albergues com 200 pessoas que só têm dois chuveiros. 

    Mas querendo ou não é um abrigo para eles, não?
    Nós temos uma ideia muito assim: para o pobre qualquer coisa está bom. Pensamos assim: “Você não tem o que comer, eu estou te dando essa comida aqui. Você está achando ruim por quê? Estou te dando essa calça velha, só está um pouco apertada…” Muitas vezes nós somos uma sociedade que nivela tudo por baixo. 

    Quais soluções deveriam ser pensadas, além dos albergues?
    Nós temos sugerido muito a locação social, que hoje é um programa pequeno, mas ajuda. Hoje, já há legislação no sentido que o programa federal Minha Casa, Minha Vida tenha uma porcentagem para população em situação de rua. Que eles possam ingressar nas políticas habitacionais como pessoas que não têm capacidade de endividamento. 

    Quatro moradores de rua foram presos na manifestação em dezembro contra as condições do albergue. Falou-se que eles eram presos políticos. Por quê?
    Porque lendo o boletim de ocorrência e vendo tudo o que aconteceu com eles, nós percebemos que a motivação não foi técnica. A grande questão é que há uma palavra-chave hoje: manifestação. Esse ano será de grande repressão por causa da Copa. Todas as manifestações serão duramente reprimidas, e essa manifestação das pessoas em situação de rua mostra que há um peso político muito forte nesse sentido. Há uma ideia no poder público de que é preciso coibir qualquer forma de expressão. Nos atos que nós fizemos contra a prisão deles, a quantidade de polícia que nos acompanhou era o triplo da de manifestantes. 

    Quem são as pessoas que vivem na rua na cidade de São Paulo?
    Em São Paulo há o Censo da População em Situação de Rua. Há um perfil de maioria masculina, mas há o aumento de mulheres e famílias na rua. Há muitas pessoas que passaram pela escola. A maior parte é do Sudeste. Como essa população é muito heterogênea, você encontra na rua pessoas com nível universitário, com nível médio. A maior parte é alfabetizada, ou passou pelo mundo do trabalho e viveu com a família, não nasceram na rua. Boa parte está na rua por causa de desavenças familiares, pessoas com problema de transtorno mental e que a família não aguenta mais. Ou pessoas que usam álcool e a família não sabe mais como lidar. Como não há uma assistência, essas pessoas acabam indo para a rua.

    Como a cidade trata essas pessoas?
    É uma população muito estigmatizada e muito associada à criminalidade. De fato há vários egressos do sistema penitenciário na rua, mas nós não podemos lidar com essa intolerância tão grande. Uma pessoa em situação de rua não entra num shopping. Eles são impedidos do convívio social. Mas a pessoa que está na rua tem uma história. Por isso, várias práticas vêm sendo discutidas para garantir que essas pessoas tenham direito ao SUS, a possibilidades de educação, de cultura, de lazer.

    Como o senhor avalia a atuação do novo Papa?  
    O Papa Francisco é um presente, mostrando para nós que a igreja está no meio do mundo, enlameada e suja. Ele mesmo diz: “eu prefiro uma igreja ferida e enlameada do que doente e fechada”. É o caminho para uma igreja sem luxo, uma igreja servidora que caminha no meio do povo, que não tem medo de sentar na rua e partilhar a vida com o povo.

    O papado dele caminha então nessa direção mais humana?
    Sem dúvida. O Papa Francisco está buscando mostrar um caminho muito mais humano, muito mais próximo de Jesus. Jesus não era nenhum moralista, não impunha nada, ele era aquele que queria uma vida mais humana, que as pessoas fossem felizes. Jesus não veio impor uma religião, ele veio salvar e libertar as pessoas de toda a opressão.

    O senhor acha que religião tem a ver com política?
    Jesus foi condenado como preso político, foi executado, condenado à pena de morte. Ele tinha mais a ver com a vida do povo do que com qualquer outra coisa. As coisas são interligadas entre si, não são separadas. Sabe um grupo que eu gosto muito? Os Black Bloc. Eles são muito humanos, são jovens com vontade de lutar, acho impressionante.

    O que acha do uso que eles fazem da violência?
    É uma resposta à violência que está aí. Eles destroem os símbolos do poder. Você acha que eles dão prejuízo para os bancos por quebrar uma agência? Os jovens se expressam de muitas maneiras. Não adianta só combatê-los, é preciso entendê-los. O Papa Francisco disse algo interessante nesse sentido: “Eu não gosto de uma juventude que não se manifesta, apática, amorfa.” É preciso agitar. Jesus era mais para Black Bloc.

     

    1. Diversificar!

      Com menos de 1 mês do programa Braços Abertos o padre já fala que tem que diversificar os serviços?  Questiona o tempo de moradia no hotel?  Nunca questionou o que não era feito!  E eu me questiono:  Não é muito cedo para questionamentos de um programa que está apenas começando?  Não é hora botarmos fé?   

      1. Laurita, Laurita!

        O padre considerou que “Ainda não dá para fazer uma avaliação completa”, antes de levantar, duas questões pertinentes ao programa, a questão da moradia e a sugestão de diversificar atividades.

        Ele é coordenador da Pastoral da População de Rua em São Paulo e considerado um militante histórico dos direitos humanos, ele zela pelos moradores de rua, não se ocupa da claque política; a igreja ainda não criou uma pastoral dos políticos, acho que não pretendem criar, suspeito que considerem essas “ovelhas” eleitas por aí, sem salvação.

        Ele não tem compromisso com este ou aquele governo; discorda tanto da higienização na cassetada, quanto na maciota;  aguarda esperançoso de que a ação da prefeitura não se resuma ao segundo caso.

        No mais, sua entrevista traz reflexões para uma cidade mais humana, lembra de vários grupos vulneráveis dentro do turbilhão mega-urbano, prega por uma economia de cuidados. Critica o ultra-individualismo em respostas como esta:

        “Outro dia perguntei na igreja: Quem leva o cachorro para passear? Todos levam. E quem leva a vovó para passear? Muito poucos. É mais fácil pegar o cocô do cachorro do que trocar a fralda do vovô. Nós estamos vivendo uma sociedade do individualismo. Aumenta o número das pessoas que vivem sozinhas. As pessoas querem pensar só no seu próprio bem-estar, não o bem-estar do coletivo, o bem-estar dos mais fracos. A grande mudança seria pensar o bem-estar dos mais fracos”.

        Você já levou seu cachorro, para passear hoje, Laurita?

         

         

        1. Não, Almeida.

          Não levei porque não tenho cachorro  embora goste deles. Mas em apartamento não acho legal ter cachorros. Quanto à velhinhos, já dei com prazer, atenção para casal de tios doentes e, até a morte, pois não tinham filhos. Fiz o que pude. Só acho que o padre está apressado e deveria dar um crédito ao programa. É cedo para tentar mudanças. Há muitas pessoas bem intencionadas cuidando há meses, desse programa. Começou agora, e, por hora, o que devemos é apoiar, inclusive o padre.    

    2. Desculpe-me padre

      Desculpe-me padre Lancellotti, assim fica parecendo que o senhor se alimenta da miséria daquele povo. Pode não ser o programa perfeito, porém, tem boa intenção e é o melhor que já apareceu, que tal dar uma chance e colaborar com sugestões para quem quer fazer algo de positivo por eles e não só ficar sugerindo pelos jornais? Pra jogar pedras e criticar já tem um monte.

  36. Eu até pensei que o

    Eu até pensei que o governador não sabia da tal operação mas vendo as ultimas declarações dele…; alguem tem que fazer algo pelo centro velho de sp, está abandonado, eu que passei a minha adolescencia como office boy batendo bota em todos os bancos e comendo nos bundinhas de fora e pés sujos fico com o coração partido; o pior prefeito que tivemos o sr zéserra ainda cometeu a atrocidade de asfaltar os calçadões, verdadeiro sacrilégio que todos urbanistas se calaram, acabando de vez com o lugar.

  37. Faltando Cabral em SP????
    Faltando Cabral em SP???? Levem o nosso, por favor!

    Enfim, é lindo ver vocês poetizando sobre a cracolandia. Felizmente nenhum de vocês mora ali perto… queria ver a tolerância se os “noias” se concentrassem na frente da casa de vcs.

    Imagino o cidadão recebendo o carnê de IPTU e olhando pela janela vendo as hordas de cracudos estatizados que praticamente ganharam salvo conduto do Haddad pra eternizar a cracolandia.

  38. Nassif, concordo que Alckmim

    Nassif, concordo que Alckmim faz parte da vanguarda do atraso,  e que Haddad  “foi para o abraço” com sua inicativa, porem devemos levar em conta que esses usuarios se abastecem da droga em plena rua, os traficantes são conhecidos, e o dilema persiste, deixar que pratiquem o trafico livremente (ilegalmente) ou vir com outra iniciativa, onde o “estado” fornece a droga ao usuario junto com um tratamento de desintoxicação. 

  39. Anastasia?

    Nassif, no geral sempre concordo com os seus artigos. Mas sinceramente não sei o que você vê no Anastasia. Segue a cartilha tradicional do PSDB que odeia servidor público. Não sou mineiro e não moro lá, mas tenho amigos que moram e são professores estaduais em MG. Os serviços públicos em MG beiram o colapso, o sucateamento e a falência total, com delegacias de polícia caindo, escolas sem água e professores em greve por meses. Há casos de policiais que precisam pegar “carona” no próprio carro da vítima, para ir até o local do crime, pois as viaturas não rodam, de tão sucateadas e quando rodam, não há combustível. Anastasia é o mais do mesmo dentro do PSDB.

      1. Lacerda é o pior Prefeito que

        Lacerda é o pior Prefeito que já passou por aqui. Pra se ter uma idéia, se tivesse um segundo turno para a Prefeitura de BH entre Lacerda concorrendo pelo PT e o Eduardo Azeredo pelo psdb, eu votaria no segundo, sem pestanejar. 

    1. Maurício, é esta a política

      Maurício, é esta a política do PSDB em MG. Amordaçar a imprensa e passar uma imagem, via mídia nacional, paga com altos valores para enaltecer o Estado. Em SP, pelo menos, há uma caixa de ressonância. Minas está trancafiada entre montanhas. Não há caixa de ressonância. Quem dita as leis é o playboy.

  40. Depois dizem que há pouca

    Depois dizem que há pouca diferença entre o PSDB e o PT.

    Neste caso, apenas observar o que a prefeitura de Haddad vinha fazendo na Cracolândia e o que o PSDB de Alckmin fez.

    As diferenças entre os partidos são enormes.

    1. Não é assim.

      A diferença aí é entre uma pessoa de um partido e uma pessoa de outro partido.

      Alguns políticos petistas fariam o mesmo que Alckmin nesse episódio.

      Imagine Gleisi como governadora.

      1. Pura suposição!!!
        Mas se

        Pura suposição!!!

        Mas se queres realmente notar a diferença, faça a pergunta ao contrário. Quantos do PSDB fariam o mesmo que Haddad?

      1. caro gunter, explicar o que

        caro gunter, explicar o que postou sobre o assassinato/suicídio do adolescente não é responder a provocações. Ou considera?

        1. Considero, Evandro

          Porque eu não postei nada sobre o assassinato/suicidio, apenas indiquei links, um deles o de Wyllys. O da Ministra Ma. do Rosário não fui eu.

          Em nenhum comentário eu defendi a tese do assassinato, nem me preocupei com isso porque eu sei que não faltam martires a LGBTs, já os há aos milhares.

          O que eu comentei nos posts sobre isso é de que a polícia estadual merecia críticas, porque houve 45 casos em um ano que não foram solucionadas.

          E que não só a polícia de SP, mas todas as polícias basileiras.

          Falei que a delegacia para registar casos de homofobia é ‘para inglês ver’. Coloquei um pequeno post de um conhecido (que é ex-PT) criticando e cobrando Alckmin.

          Não há simetria com o caso da cracolândia. É quase o oposto.

          O governo recua em projetos importantes para a redução da violência e os comentaristas tentam defender isso.

          Eu não estou defendendo Alckmin no episódio Cracolândia, estou querendo é que vejam a falta de coerência de defender coisas piores só por partidarismo.

          Afinal, Alckmin não é responsável por não haver lei anti-homofobia no Brasil. Isso foi uma orientação da ministra Ideli, agora em dezembro (numa posição contraditória a uma fala dela em 2009, quando defendia o projeto.)

          Afinal, Alckmin não é responsável por o MEC suspender um projeto (não assumidamente) copiado da SEE-SP.

          E abordar modernamente a questão do crack, ainda que eu apoie, não é sequer uma posição da maioria da sociedade, nem do PT. Porque não cobrar de tantos líderes do PT que se manifestem contra o que aconteceu, não é mesmo? Que tal perguntar a opinião de Gleisi, de Padilha (que quer substituir Alckmin), de Cardozo.

          Então, eu não sei o que eu deveria “explicar” nos outros posts nem sei porque deveria fazê-lo aqui, neste post.

          Repito: eu só estou contando um fato: os comentaristas aqui gostam de falar de Alckmin quando ele erra em DHs, o que é muito correto e apoio.

          Mas fazem a egípcia total quando envolve alguém do PT. Principalmente quando a crítica não é pela ‘esquerda’, pois tais críticas são toleradas por não poderem ser usadas pela mídia ou oposição.

          Mas, críticas pelo ‘centro’, que podem, eventualmente, ser usadas pela oposição, ah… aí é pecado!

          Sendo assim… Será que sou eu quem deve explicações?

           

          1. Gunter, de início digo que

            Gunter, de início digo que respeito sua ‘luta’ pela causa que defende,, ainda que algumas vezes discorde de algumas posições suas sobres as questões partidárias e governamentais.

            Não conheço dados estatísticos sobre homicídios, suicídios ou discriminação em geral contra os homossexuais, lésbicas e transsexuais. Questões evidentemente de DH e que geram sofrimento e dor diariamente a milhares de pessoas.

            Os movimentos de libertação sexual da década de 60 e a viabilidade das pessoas poderem começar a assumir suas sexualidades e opções, até no casamento heterrosexual,  podem ter legitimado o surgimento de mais pessoas com tais escolhas sem que tivessem que ser atacadas por isso ou terem menos prerrogativas ou direitos. Isso me soa uma conquista civilizatória que parece estar numa crescente, mesmo com a resistência conservadora e religiosa, e com várias idas e vindas nesse caminho. Mas a ideia de progressão para essas ‘minorias’ parece meio inevitável desde, como dito, os movimentos de libertação da década de 60. Não sei se vc concordaria.

            Por outro lado, me parece que o extermínio sistemático e a segregação virulenta em guetos (para Loic Wacquant, prisões ao ar livre) de negros e latinos nos EUA, nas Américas Latinas e Central, incluíndo aí nordestinos migrantes ou camadas mais pobres de cada território, se constituiu e se constitui em uma politíca contra o DH tão feroz que talvez possa ser comparada ao próprio nazismo, que teve a prejudicial de não ter o discurso moralista que envolve e pretende legitimar a ‘guerra’ contra as drogas, que não passa de uma ‘guerra’ contra todas essas populações, buscando disfarçar o viés de patente controle social ante a limitação do sistema capitalista, especialmente dentro do espaço dos movimentos neoliberais recentes.

            Diante dessa aparente diferença entre esses grupos de ‘minorias’, ou de ‘desfavorecidos’ da sociedade, não te parece que a causa das drogas pode efetivamente gerar maior comoção, até pq, segundo penso, a questão sexual estaria em progresso civilizatório, ainda que com vários desafios?

            São ambas DH, e, nessa condição, merecem a mesma e idêntica proteção pública, mas o momento histórico talvez não aponte com maior contundência para as drogas do que para a causa homossexual?

            E mais. Se as políticas neoliberais das últimas décadas cooptaram aquela ‘guerra’ às drogas como política de estado, como de fato o fizeram, até que ponto seria razoável eventual aliança partidária ou política com aqueles mesmos movimentos em eventual prol da causa homossexual? Digo isso tratando claramente de Marina Silva e Eduardo Campos, cujas propostas e alianças até agora, até onde sei, têm sido com os neoliberais, daqui e do exterior.

            Neoliberais que, como dito, adotaram e adotam uma verdadeira política de extermínio e virulenta segregação daquelas outras minorias, sem qualquer escrúpulo, por décadas a fio.

            Te faria essas considerações e indagações, reiterando o meu apreço por sua ‘luta’.

          2. Olá Alex

            Não lembro muito de comentários seus, vi só de passagem alguma coisa em outro post hoje sobre guerra às drogas com que concordo bastante.

            São boas as suas questões, é um prazer interagir assim. Para ser mais rápido tentarei responder por parágrafo, ok?

            Gunter, de início digo que respeito sua ‘luta’ pela causa que defende, ainda que algumas vezes discorde de algumas posições suas sobres as questões partidárias e governamentais.

            Obrigado. É uma luta de verdade e diária.

            Não conheço dados estatísticos sobre homicídios, suicídios ou discriminação em geral contra os homossexuais, lésbicas e transsexuais. Questões evidentemente de DH e que geram sofrimento e dor diariamente a milhares de pessoas.

            Há mesmo poucos dados mas as direções são conhecidas. Um ponto importante é sobre crimes de ódio. O sofisma mais corrente para desqualificá-los é quando dizem que todos são vítimas, que 50 mil morrem assim por ano, etc. Só que não é assim. Se LGBTs são 5% da população, provavelmente são 5% da violência em que o agressor não conhece a vítima também (como latrocínios). A essas vítimas é que se adicionam os crimes de ódio onde muito frequentemente se conhece a vítima. E aí o percentual de LGBTs é maior. Afinal, ninguém foi assassinado especificamente por ser da crença religiosa x ou y recentemente. Há crimes raciais assim também, mas os casos noticiados também são poucos.

            Não importa a contabilidade, os danos do preconceito são conhecidos: há muito mais vítimas transexuais que prostitutas entre profissionais do sexo. Pelo menos no noticiário. Pais chegam a tentar matar filhos/as ou encomendam assassinatos de namorados/as deles/as por conta de orientação sexual. Pessoas são ‘caçadas’ nas saídas de casas noturnas. Que diferença fazem os números? É um problema que não acomete heterossexuais (até acomete, quando o criminoso se confunde.)

            O discurso conservador diz que LGBTs procuram mártires. Não é verdade, procuramos que não haja mais. Mártires já há os milhares. Se aceitarmos o levantamento do GGB (e a SDH aceita) em algo como 10 anos houve mais vítimas fatais de crimes de ódio homofóbico do que mortos pela ditadura (de certo modo, uma criminalidade de ódio também, dirigida à uma particularidade das pessoas, a preferência política.)

            Outro ponto é o suicídio de adolescentes. Tem-se como certo que as taxas são muito maiores entre LGBTs pela rejeição contínua. Afinal, além do ‘bullying’ em escola, que outro grupo é discriminado pela própria família? Que outro grupo é expulso de casa por nascer diferente em algo? Que outro grupo ouve continuamente que é ‘errado’?

            Nos EUA fazem levantamento sobre homeless e chegam a circunstância que até 40% são LGBTs em alguns estados (como Utah, o que pode ter relação com um preceito Mórmon que é banir LGBTs do convívio familiar. Mas isso já está mudando.)

            E sem esquecer que o preconceito precariza a vida das pessoas por toda a vida. Estudos de Reino Unido, Canadá e Estados Unidos mostram que LGBTs ganham de 10 a 20% menos que os heterossexuais. É fácil intuir as razões.

            Os movimentos de libertação sexual da década de 60 e a viabilidade das pessoas poderem começar a assumir suas sexualidades e opções, até no casamento heterrosexual,  podem ter legitimado o surgimento de mais pessoas com tais escolhas sem que tivessem que ser atacadas por isso ou terem menos prerrogativas ou direitos. Isso me soa uma conquista civilizatória que parece estar numa crescente, mesmo com a resistência conservadora e religiosa, e com várias idas e vindas nesse caminho. Mas a ideia de progressão para essas ‘minorias’ parece meio inevitável desde, como dito, os movimentos de libertação da década de 60. Não sei se vc concordaria.

            Orientação sexual não é escolha. E assumir é apenas para coisas erradas, melhor nos acostumarmos a usar o verbo declarar. A única escolha que há, portanto, é entre fugir (o que se dá de vários modos) ou declarar-se e enfrentar o preconceito.

            Em geral é raro que haja idas e vindas. Quase sempre são só idas. O caso da Rússia não é regra porque é claro que lá está havendo manipulação política. Nenhum outro país das Américas ou Europa aumentou a perseguição à homossexualidade depois das descriminalizações dos anos 1960.

            Sim, claro que é inevitável. E inclusive foi bom que pôs ‘minoria’ entre aspas. O conflito hoje não é mais entre LGBTs e não-LGBTs. Com o avanço civilizatório tornou-se um conflito entre quem acredita que todos devemos ter direitos iguais e quem não acredita (o que na maioria dos países desenvolvidos é em torno de 50/50, a ignorância russa novamente sendo exceção.)

            Mais para frente a ‘minoria’ será quem defende a cruel ideia de que LGBTs devam ser discriminados e diminuídos em seus direitos. Isso já se vê claramente na mídia: qualquer discurso homofóbico feito por personalidades encontra críticas virais e quase nenhum apoio.

            Por outro lado, me parece que o extermínio sistemático e a segregação virulenta em guetos (para Loic Wacquant, prisões ao ar livre) de negros e latinos nos EUA, nas Américas Latinas e Central, incluíndo aí nordestinos migrantes ou camadas mais pobres de cada território, se constituiu e se constitui em uma politíca contra o DH tão feroz que talvez possa ser comparada ao próprio nazismo, que teve a prejudicial de não ter o discurso moralista que envolve e pretende legitimar a ‘guerra’ contra as drogas, que não passa de uma ‘guerra’ contra todas essas populações, buscando disfarçar o viés de patente controle social ante a limitação do sistema capitalista, especialmente dentro do espaço dos movimentos neoliberais recentes.

            Sim. Pode haver relações entre repressão a minorias raciais e étnicas, ou maiorias vulneráveis e capitalismo. E os mecanismos de reprodução e propaganda de preconceitos são parecidos em muitas situações, com o uso de demonizações, drogas por exemplo.

            Mas LGBTs não são classe social, sequer tem correlação diferente por classe social (como ocorre com grupos étnicos/religiosos), e não há nenhum antagonismo específico entre ser LGBT e capitalismo. Se um dia houve uma tentativa de padronizar pessoas para que nenhum dissenso transparecesse, isso acabou com enorme contingente de casais que passaram a não ter filhos.

            Para as sociedades e sistemas econômicos a orientação sexual não faz mais diferença. O que poderia fazer alguma diferença, se fizer, é não ter filhos. Mas os países onde até 20 ou 30% dos héteros não tem filhos simplesmente passaram a receber imigrantes. Não afeta nada o capitalismo, portanto. Mas afeta o chauvinismo…

            De qualquer modo, a demonização que se faz contra comerciantes de drogas e LGBTs coincide: fala-se em ‘perigos para as famílias’.

            Diante dessa aparente diferença entre esses grupos de ‘minorias’, ou de ‘desfavorecidos’ da sociedade, não te parece que a causa das drogas pode efetivamente gerar maior comoção, até pq, segundo penso, a questão sexual estaria em progresso civilizatório, ainda que com vários desafios?

            Em nenhum lugar do mundo acontece isso. A injustiça histórica contra LGBTs é tão óbvia que o progresso tem sido muito rápido nos últimos 30 anos, principalmente nos últimos 10. É tão claro que é errado discriminar LGBTs que começa a haver corrida para atualizar posições: políticos e religiosos, por exemplo, passam a dizer-se inclusivos, não o contrário. Homofóbicos são percentual cada vez menor da população.

            A questão das drogas ainda está longe dessa conscientização geral sobre o erro cometido.

            São ambas DH, e, nessa condição, merecem a mesma e idêntica proteção pública, mas o momento histórico talvez não aponte com maior contundência para as drogas do que para a causa homossexual?

            A questão LGBT é de DHs diretamente: não tem cabimento negar alguns direitos em função de orientação sexual. É tão óbvio que não dá para não ser contundente.

            A questão das drogas é de DHs apenas do modo transversal que você colocou: mais pobres são mais vitimizados, só que qual o direito que lhes está sendo tirado? Para o incosciente coletivo quem é pequeno traficante está é tirando o direito a segurança da comunidade. Essa é a leitura corrente que fomenta a guerra as drogas.

            E proteção pública é em relação a vítimas de preconceito, com leis específicas para isso e combate a bullying e discriminação até a sociedade não mais diferenciar negativamente pessoas.

            Que proteção pública você imagina para quem é consumidor ou fornecedor na questão de drogas? O que é necessário é racionalidade para minimização de perdas. E reconhecer que a batalha como tem sido travada é perdida. Independentemente de toda a rede de proteção social que deva ser feita. Também deve ser reconhecido, claro, que além de questão de segurança pública é questão de saúde. E, eventualmente, de liberdade individual.

            E mais. Se as políticas neoliberais das últimas décadas cooptaram aquela ‘guerra’ às drogas como política de estado, como de fato o fizeram, até que ponto seria razoável eventual aliança partidária ou política com aqueles mesmos movimentos em eventual prol da causa homossexual? Digo isso tratando claramente de Marina Silva e Eduardo Campos, cujas propostas e alianças até agora, até onde sei, têm sido com os neoliberais, daqui e do exterior.

            Neoliberais que, como dito, adotaram e adotam uma verdadeira política de extermínio e virulenta segregação daquelas outras minorias, sem qualquer escrúpulo, por décadas a fio.

            Nenhuma relação. Causa homossexual não é mais ideologizável (se algum dia já foi), trata-se apenas da correção de um (imenso) erro. É irrelevante a ideologia de um deputado, o necessário é que ele diga: voto sim ao abandono desse erro.

            E se no passado houve associação de discursos entre pensamento econômico conservador e pensamento religioso conservador, hoje isso não é mais regra, é apenas uma situação. Na América Latina atual (Brasil, Venezuela, Equador, El Salvador) é mais a esquerda que apela para discurso conservador moral. Em alguns casos diretamente (como Rafael Correa fazendo discursos contra o casamento igualitário e a adoção por LGBTs) em outros casos passando essa tarefa a partidos de coligação (como no Brasil, onde o PT se aliou ao ‘Tea Party” local.)

            Em relação a drogas será a mesma coisa. Neoliberais podem perceber como qualquer corrente que a batalha às drogas como está sendo travada é uma tolice. O caminho adequado seria como se faz com cigarro. Racionalidade não tem ideologia. Não é bom para o próprio capitalismo que centenas de milhares de jovens sejam presos por isso. Não é mais vantagem fazer esse discurso de demonização contra a maconha para atemorizar populações. Hoje em dia é mais sofisticado o processo: o medo incutido é “a economia não será eficiente e você perderá seu emprego”.

            Sendo assim, como redução de aprisionamento será uma demanda comum, pra que criminalizar o que não causa mal a terceiros? A simples plantação, venda e consumo de maconha não causa dano a terceiros além do usuário (como é no caso do cigarro e álcool, embora álcool provoque acidentes.) Já a proibição causa uma elevação artificial do preço, margens para corrupção de policiais e acumulação de capital para traficantes.

            O que deveria ser condenado pela sociedade, portanto, é o proibicionismo.

            Mas a consicentização sobre a questão de drogas é complicada. Se você está mesmo preocupado vote no PSoL, PV ou PPS para deputado, são os únicos onde há candidatos que propõem a descriminalização.

            Vou mostrar apenas com a questão homossexual como não há implicação necessária com partidos. Há implicações artificiais.

            A causa homossexual é total e absolutamente lógica: trata-se de devolver direitos para uma parcela de quem se lhes extraiu. Parcela essa distribuída roporcionalmente por todas as classes sociais, diga-se.

            Nessas condições, defender causa LGBT é tão lógico e racional que independe de ideologia. É quase como defender que não se discriminem canhotos. 

            Os partidos profissionais e laicos devem agir com a lógica, não com base em preconceitos religiosos. O que levaria quase todos a defender a causa LGBT, certo?

            Se algum não defender, deve ser, racionalmente, eliminado das preferências eleitorais das pessoas (que não são só os 5% de LGBTs, mas todos aqueles que acham um absurdo LGBTs serem discriminados.)

            É a partir daí que as pessoas vão pensar em socialismo ou liberalismo. Ou mesmo políticas de segurança e drogas. Não antes.

            Não devemos escolher um partido por ser ‘simpatizante LGBT’. Devemos perceber que ser ‘antipatizante LGBT’ é irracional e com base no que sobrar, que em sociedades racionais e não-teocráticas é a maioria,  aí sim fazer as escolhas políticas.

            Se o PSB vier a ser simpatizante, só estará fazendo o mínimo básico para parecer racional. E se faz alianças com neoliberais, estará recebendo votos de eleitores que preferem isso.

            Não é proibido a nenhuma força política ser simpatizante. Então surgirão forças social-democratas, forças socialistas, forças social-liberais, etc.

            Como vê, não há problema no médio prazo para causa homossexual. Não há dificuldade nenhuma para um partido neoliberal ser simpatizante, é antes obrigação dele. 

            Problema se houver, é para partidos, de qualquer tendência em economia política, que se posicionem de modo antipatizante a LGBTs.

            Que não o façam e pronto.

             

          3. Gunter
            No mundo há 7 bilhões

            Gunter

            No mundo há 7 bilhões de habitantes, generalizando, 90% disso é discriminador de quaisquer tipo.

            Considero Você um estudioso do assunto, principalmente a homofobia.

            Como mudar isso meu amigo?

            Não é só um problema local, discriminação é geral…….

          4. Eu como picanha, eu como

            Eu como picanha, eu como chuleta, eu vou pro inferno e vou comer até o capeta!!!

             

  41. Se o potencial de São Paulo

    “Se o potencial de São Paulo estivesse sob o comando de um Antonio Anastasia, Eduardo Campos, Ciro  Gomes, até de um Sérgio Cabral, de um Fernando Haddad, mudar-se-ia o país a partir daqui”.

     

    “Até de um Sergio Cabral, de um Fernando Haddad”

    Para o Nassif, Anastasia, Eduardo Campos, Ciro Gomes, estão acima do Haddad, na sua escala de politicos competentes.

    Ou será apena um ato falho ?

  42. Observe que para a esquerda

    Observe que para a esquerda existem lugares onde a lei não deve ser aplicada, mas a real intenção é gerar “crises” .

    A pouco tempo atrás era a USP com  a invasão da reitoria e seu proselitismo pró invasores , agora a bola da vez neste momento é a cracolândia.

    A esquerda adora o criminoso pq ele subverte a sociedade, claro pq esta bem protegida nos condominios fechados e luxuosos.

    Tudo é jogo de cena, é jogo politico , não querem saber de nada o que importa é poder.

    E isso vale promover a criminalidade.

    Quando os protestos aconteceram em 2013 a conversa mudou repentinamente, claro os protestos eram contra eles.

    Enquano isso o cidadão fica mercê da violência sem limites dos bandidos que são protegidos pelo esquerdismo,

     

     

    1. O Aliança cada dia…

      …mais profundo.

      A frase:

      “A esquerda adora o criminoso pq ele subverte a sociedade, claro pq esta bem protegida nos condominios fechados e luxuosos.” 

      é primorosa, enriquece o debate.

  43. E apesar de tudo …

    Alkim continua liderando as pesquisa para reelição para 2014.

    Vai entender paulistas e paulistanos.

    Parecem que gostam de s … ah! deixa prá lá.

  44. Anestesista

    Alkmin não é só Governador. Alckmin é um anestesiologista de ofício. É da área da saúde. É professor. Talvez ele ministre alguma substância entorpecente pra iludir o povo de São Paulo. Aplica doses diárias para inebriar parte da sociedade, pois outra já é naturalmente inebriada. Pro PIG ele é o máximo.

    Um colega que residiu no centro de São Paulo uns 20 anos atrás e achava que a permissão do uso do crack era política de Governo pra o Estado de São Paulo. Fazia parte da política de higienização. Toda noite o rabecão removia uns corpos de moradores de rua, sem antes o agente da madrudaga dar um cutucão no defunto. Mas sabe como é, esse crack agora é mais malhado, esse consumidor atual resiste mais a morrer, aí dá nisso, mortos-vivos perambulantes. Enfim, esse é mais um fracasso do PSDB e das “forças progressitas” na política de higienização de São Paulo. O pobre viciado resiste a morrer.

    O Papa Francisco não deve ter gostado dessa ação do DENARC, não é Dom Odílio? Domingo, na missa, Alckmin vasi se confessar com o padre, papa a hóstia semanal e está tudo bem perante Deus. Mas está na hora de dar um upgrade na penintência dele, pois parece que ele não aprende.

    Enfim, o eleitor de São Paulo parece que gosta disso. Especialmente no interior. Alckmin é o retrato dele. Espero que em 2014 o eleitor não embarque mais nesse trem, mas parece que esse trem ainda fica muito tempo por São Paulo.

  45. Estes dias mesmo estava vendo

    Estes dias mesmo estava vendo a terceira temporada da série americana The Wire que abordava um assunto extremamente parecido. Um chefe de polícia, para diminuir os índices de criminalidade numa região da cidade de Baltimore, criou “informalmente” uma zona livre do tráfico chamada de Hamsterdan (com H mesmo). No começo o intuito era apenas diminuir os crimes na maioria das ruas e concentrá-los em apenas dois blocos de quarteirão, mas depois viu-se a oportunidade das entidades assistenciais de concentrarem seu foco de ação em apenas uma área bem restrita ao invés de perderem a força agindo em bairros inteiros. Algo parecido com o que a prefeitura de SP faz na Cracolândia.

    Ainda que o projeto apresentasse resultados, havia quem defendia a velha tática do confronto direto, principalmente entre os policiais, que se revoltavam em guardar a porteira para a zona livre.

  46. frases

    Se a ação de Haddad na Cracolândia se deu tal como o relatado neste blog, merece todos os aplausos. Quanto a dizer que São Paulo é o túmulo da política, eu me pergunto se Nassif conhece a política em Pindorama.

    Será que esse atavio de barão cafeeiro chamado Alckmin é assim tão diferente do capitão hereditário Sarney e do Cabralzinho , malandro carioca que-nunca-se-dá-mal?

    Que nada. Jogo de cena: a política de Pindorama, Nassif  conhece de cor e salteado.

    Nassif, chefe de torcida, sabe o que as primeiras rodadas  do Brasileirão 2014 passam pelos gramados paulistas .

    O paulistano Toquinho contextualizando a frase famosa:

    “Ele [Vinícius], inclusive, tem uma frase muito polêmica que é “São Paulo é o túmulo do samba.” Isso acompanhou o Vinícius até a morte dele e vai continuar , mesmo depois da morte dele, até alguém se lembrar de Vinícius, essa frase vai se perpetuar. “São Paulo é o túmulo do samba”: por que ele falou isso daí? Não foi por que São Paulo era o túmulo do samba – de uma maneira genérica. Ele foi defender um artista numa buate , e o Johnny Alf tava tocando , e as pessoas tavam conversando muito alto. Então ele falou :”Porra!vamos parar de conversar  e ter respeito por esse artista que tá tocando, que é um grande artista.” E os caras, numa buate, de porre , bebendo e “Ah!não enche o saco, num sei o quê.” E trataram o Vinícius um pouco mal…Aí ele ficou muito bravo com o pessoal, e o cara falou “Aqui é São Paulo”; falou um negócio de São Paulo. E aí ele falou: “Ah!São Paulo é o túmulo do samba.” E tinha um jornalista lá perto, quando houve essa discussão, e pegou só essa frase: Vinícius disse “São Paulo é o túmulo do samba.” Ele tava defendendo o Johnny Alf, mas ele tava numa buate de São Paulo, ele adorava São Paulo. Depois ele falou: “Me arrependi tanto de ter falado isso.”

    http://www.youtube.com/watch?v=gRRhrErMgF4

    Não sei se o jornalista era o Nassif, mas , cá pra nós, o Haddad ainda não é nenhum Johnny Alf.

  47. Se é para apostar em algum

    Se é para apostar em algum desses nomes, eu aposto em Haddad, supera todos os outros citados no texto principalmente em ética e humanidade. Aposto que irá da reeleição na prefeitura para governo de são paulo, humanizando esse estado e então irá para presidencia da república onde a partir da obra de Lula e Dilma administrará a primeira grande potencia humana e afinal cordial

  48. Globo

    Posso estar errado, mas parece que a Globo entendeu o acerto das medidas do Haddad. Vamos aguardar e, também, ver o comportamento das demais folhas e telas.

  49. Não sei qual o pior…
    Ter

    Não sei qual o pior…

    Ter autorizado essa operaçõa sabotando o programa do Haddad…

    Ou…

    Não ter sido informado da tal “operação” e ficar tudo por isso mesmo.

    Ou é um politico mediocre, sabotador e baixo ou assina em baixo no apelido picolé de chuchu…

  50. É só a cereja do bolo…

    Depois daquele massacre do Pinheirinho em SJC alguém ainda tinha dúvidas do tratamento dispensado pelo governador Geraldo Alckmim para com os pobres e desassistidos da sociedade?

    Aquilo ali foi o bôlo, esta ação na Cracolândia é só a cereja do bôlo.

    Da mesma forma que não dá pra acreditar que o prefeito de uma cidade importante quanto São José dos Campos, na época pudesse levar a cabo uma atitude de tal monta sem estar de acordo com o governador do seu estado – uma vez que eram ambos do PSDB e aquele dependia deste para acionar a PM, é impossivel não enxergar o “comando” do governo estadual por detrás da ação do DENARC.

     

  51. Quase!

    Parabéns, Nassif, você quase lavou minha alma com água e sabão. Mas quando vi o elogio ao Anastasia, está claro que ou faz muito tempo que você não vai a Minas, ou pelo menos, faz décadas que não vai a Belo Horizonte. Pergunte aos estudantes da UFMG o que ele acham da duploa Aécio/Anastasia.

  52. ja foi covas, serra, ontem

    ja foi covas, serra, ontem era alckmin

    hoje, fundacao vanzolini, digo, anastasia ou projeto de coronel DUDU CAMPOS

    vamos imaginar sao paulo sendo governado pelo secretario de campos? inovacao pura para mudar o brasil

    20/12/13 05:00 – Nacional

    Secretário de Eduardo Campos culpa mulheres por estupros e é afastado

     

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    Responsável por uma das vitrines da gestão Eduardo Campos (PSB), o secretário de DefesaSocial de Pernambuco deixou o cargo ontem após repercussão de entrevista sobre denúncias de estupros praticados por policiais.

    Indagado pelo “Jornal do Commercio” sobre acusações de violência policial contra mulheres no Recife, Wilson Damázio (que ocupava o cargo desde abril de 2010) disse que “mulher gosta de farda”.

    O jornal ouviu adolescentes que relataram ser obrigadas por PMs a mostrar os seios ou praticar sexo oral durante abordagens de rotina.

    As denúncias recaem também sobre policiais do Patrulha do Bairro, lançado por Campos dentro do programa de redução de homicídios – uma das principais vitrines da gestão do provável candidato à Presidência em 2014.

    Damázio disse ter desistido de colocar câmeras escondidas em veículos policiais para coibir irregularidades porque “agora tudo é garantia e direitos individuais”. E disse que mulheres possuem “fascínio” por policiais.

    “O policial exerce fascínio no dito sexo frágil. Eu não sei por que mulher gosta tanto de farda. (…) Para ela é o máximo tá (sic) dando pra um policial. Dentro da viatura, então, o fetiche vai láem cima, é coisa de doido”, disse.

    Policial federal com mais de 30 anos de carreira, Damázio afirmou ainda que ele próprio era assediado por mulheres quando viajava para o sertão do Estado a trabalho.

    Damázio disse ainda que há desvios de conduta em todo lugar: “Tem (desvio de conduta) na casa da gente, tem um irmão homossexual, tem outro que é ladrão, entendeu? Lógico que homossexualidade não quer dizer bandidagem, mas foge ao padrão de comportamento da família brasileira tradicional”.

    As declarações motivaram repúdio de entidades da sociedade civil e da oposição.

    Nota assinada por 25 entidades, como Associação Brasileira de ONGs (Abong) e Gajop (órgãolocal de direitos humanos), classificou as colocações como “machistas e homofóbicas” e pediu a saída do secretário de Campos.

    Líder da oposição ao governo Campos, o deputado Daniel Coelho (PSDB) cobrou  desculpas: “Uma pérola de puro besteirol e desrespeito”, disse ele sobre a entrevista.

     

  53. sera que minas nao tem

    sera que minas nao tem holofote para projeta para brasil?

    amostra do anastasia ou governo fantasia, por sinal qual relacao do gov de minas com imprensa oposicao mesmo?

    do brasil para minas, se brasil sem fome apoia a agricultura familiar 

    no  minas para brasil, minas sem fome apoia fazenda da familia

    MP denuncia 5 por cocaína no helicóptero dos Perrella

    Aeronave da família do senador Zezé Perrella foi apreendida com 445 quilos de cocaína numa fazenda isolada do interior capixaba

    Justiça decreta bloqueio de bens e quebra de sigilo da família Perrella por contrato sem licitacao governo de minas

    Senador, seu irmão e seu filho são acusados de firmar contratos sem licitação com o governo de Minas que beneficiaria empresa da família

    Eles são acusados de firmarem “contratos, convênios e termos de parceria” sem licitação por meio dos quais a Epamig fornecia uma série de “sementes especiais” para serem plantadas em uma propriedade da Limeira.

    Como o Estado mostrou na edição de domingo (19), as sementes eram fornecidas pela autarquia “sem ônus para o parceiro” e depois a própria Epamig comprava a produção da empresa da família Perrella para que os alimentos – feijão, milho, arroz e sorgo – fossem usados no programa “Minas Sem Fome”.

  54. A parcialidade evidente sem argumentação

    Sempre gostei e respeitei Nassif, mas depois dessa, ele perdeu muito, mas muito mesmo de minha admiração!

    Como alguém que chama o outro de “provinciano” de forma pejorativa pode acusar qualquer pessoa de perconceituosa?
    Como alguém quer cria algo chamado pela impresa de “bolsa crack” e é extremamente criticado por isto pode ser chamado de irresponsável? Como em um governo como o de São Paulo onde há poderes delegados, onde alguns policiais civis que não se reportam sequer ao governo, podem ser exigidos de se reportar à prefeitura? Como não associar o tratamento aos usuários com o combate ao tráfico? Até onde me consta, quem estava no programa De Braços Abertos, não sofreu a truculência da polícia! Será que isto não se torna, ao invés de um tiro no pé, mais um incentivo para os demais usuários procurarem sim o tratamento?

    São perguntas que deveriam ser feitas antes de se escrever uma reportagem que exalta a políticagem e não as atitudes de real responsabilidade do governador. Exalta instituições ligadas à política, exalta até (pasmem) quais políticos podem governar São Paulo melhor que Alckmin por pura suposição! Isto já é a prévia de como será o jogo sujo da política pela disputa do governo paulista!

    Os jornalistas, em certos momentos, deveriam ter alguma parcimônia em suas críticas para não estragar com a lama política ou a cega ideologia coisas boas que acontecem neste país como os programas de Haddad (de braços abertos) e o de Alckmin (Cartão Recomeço) transformando tais em disputas puramente políticas! É realmente vil e nojento ver que a ajuda a quem precisa, aliado ao combate ao tráfico acabam se tornando objeto de disputa pelo governo do estado!
    (não estou dizendo que a polícia agiu de maneira correta… mas o ataque ao governador é desonesto quando feito sem os devidos fundamentos)

    O intuito desta reportagem, em minha opinião, é não outro que não piorar a situação de Alckmin na disputa pelo governo estadual! E olha que eu nem votei nele! Mas me causa horror ver essa completa falta de comprometimento com a verdade e com a imparcialidade jornalística!

    1. REPORTAGEM???

      Amigo, o que você parece não ter percebido é que esse post não é uma reportagem, e sim um comentário, a opinião do jornalista – mas, antes de tudo, cidadão – Luis Nassif.

      E não estou defendendo-o, pq ele o faz magistralmente, quando acha que precisa. 

      E discordo de ponto central da opinão: vivendo em São Paulo há mais de 18 anos, posso dizer: sim, o cidadão paulista merece exatamente este governo que tem. Não foi uma aposta nova, já que o mesmo Alckimin já governou o Estado antes e seu partido e todo o rol de apoiadores estão no governo há mais de 20 anos.

      As entidades citadas pelo Nassif, inclusive, institucionalmente apóiam a situação política estadual, sem nenhum esforço para encontrar uma oposição melhor preparada para gerir o patrimônio tecnológico do Estado. Estão satisfeitos, portanto, com o “xóqui de jestão” aplicado há tanto tempo, que já eletrocutou a paciência. 

       

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