Crise Política: A revolta pela ordem da Oposição de Direita

Enviado por Antonio Ateu

https://www.youtube.com/watch?v=ebzEbjflXkM]

https://www.youtube.com/watch?v=DFKNg5AdKEI]

do Blog da Convergência

A revolta a favor da ordem: a ofensiva da Oposição de Direita

Felipe Demier

Após os atos do dia 15 de março, o governo tentará, por meio de seus intelectuais, blogs e afins, inflar a ameaça reacionária de modo a conseguir a adesão da verdadeira esquerda e dos movimentos sociais independentes. A ultraesquerda sectária, por sua vez, tentará minimizar a ofensiva reacionária sob o argumento de que ela é uma pura invenção governista. Para os marxistas, entretanto, a verdade é a verdade. Reconhecer a força da direita não significa defender o governo e o Partido dos Trabalhadores, cuja política é, em última instância, responsável pela desfavorável correlação de forças ao movimento de massas. As intenções políticas, por mais justas que sejam, não podem determinar a análise concreta da atual situação concreta. Encontrar as raízes explicativas tanto do modelo petista de gestão do capitalismo periférico brasileiro, exitoso entre 2003-2013, como de seu atual fracasso e do crescimento exponencial das forças da Oposição de Direita se constitui em tarefas incontornáveis para os que pretendem encarar as agudas lutas sociais que se avizinham.

 A primeira delas vem sendo executada por intelectuais marxistas há alguns anos (Chico de Oliveira, Carlos Nelson Coutinho, Alvaro Bianchi, Ruy Braga, Valério Arcary, André Singer, Virgínia Fontes, José Paulo Netto etc.),[1] e talvez ainda demore mais alguns outros para oferecer novos resultados, confirmar (ou não) hipótese e aventar outras. Já a segunda daquelas tarefas começa a ser alinhavada por alguns intérpretes ligados aos movimentos sociais (Guilherme Boulos, por exemplo)[2] e gradativamente vem ganhando espaço na agenda investigativa da intelectualidade crítica (em autores como os já citados Braga e Bianchi, e outros como Marcelo Badaró Mattos e Daniela Mussi).[3] Tendo como foco os reacionários atos do último dia 15, buscaremos lançar, a nível hipotético, alguns eixos que possam contribuir nesta segunda tarefa, isto é, que possam ajudar na compreensão da derrocada petista e, especificamente, do ingurgitamento das forças reacionárias de oposição ao governo contrarreformista de Dilma Roussef.

As manifestações do dia 15 de março tiveram sua origem organizativa nas redes sociais, por meio de pequenos grupos de direita (ou “nova direita”, segundo propôs Valério Arcary em recente texto neste blog)[4] e extrema-direita, cujos discursos contra o governo tiveram como mote o combate ao “comunismo”, ao “bolivarianismo” e – claro, sempre ela – “à corrupção”, antiga consigna sempre atrativa aos estratos médios de jaez conservador. Muitos de seus organizadores anelavam o impeachment da Presidente ou mesmo um golpe militar. Contudo, nas últimas semanas que antecederam aos atos, em especial nos dias imediatamente anteriores àqueles, a Oposição de Direita, ou melhor, seu núcleo duro tradicional, o Partido da Social Democracia Brasileira e seus aliados midiáticos, encampou as convocatórias, amplificando-as. Desde então, a Oposição de Direita tradicional, dirigida pelos tucanos, obteve uma hegemonia, ainda que não plena, no processo mobilizatório, conseguindo amainar o teor reacionário dos atos, que passaram a ter como divisas centrais o “Fora PT” e o “fim da corrupção” etc. As manifestações do fim de semana passado podem ser descritas, portanto, como manifestações lideradas pela Oposição de Direita. Foram convocadas por ela, organizadas por ela, e dirigidas programaticamente por ela, a ala hard do neoliberalismo brasileiro e polo direito do regime democrático-blindado do país. Sob sua égide, ainda que com relativa autonomia, marcharam diversos grupos reacionários exóticos e toda uma vasta fauna proveniente dos estratos médios conservadores semiletrados[5] que, mesmo durante o fastígio do petismo no poder, tiveram suas consciências formatadas por pseudointelectuais de direita (Arnaldo Jabor, Marco Antonio Villa, Nelson Motta, Diogo Mainardi e consortes), os quais, conquanto ignorados nos ambientes científicos, gozam, na qualidade de “especialistas”, de vultoso espaço nos mass media.[6]

 A análise do caráter da crise política atual deve escapar de interpretações dualistas de fundo economicista, as quais tomam os embates políticos entre governo e Oposição de Direita como expressões “superestruturais” de uma contenda entre distintos setores da burguesia brasileira. Essa perspectiva, desde quando aventada por setores ligados ao PT e ao Partido Comunista do Brasil quando do episódio do “mensalão”, em 2005, esbarrava na política econômica adotada pelo próprio governo petista, coordenada por Palocci e Henrique Meirelles. Antes, nas eleições de 2002, alguns escribas do futuro governo haviam apostado na ideia de que a chapa Lula-José Alencar expressaria uma aliança entre os setores populares organizados e uma ala “desenvolvimentista” da nossa burguesia, como que numa realização tardia do velho desejo dos stalinistas e cepalinos brasileiros (não só brasileiros, é verdade, para sermos justos com os nossos). Contudo, a prática superavitária, os altíssimos lucros obtidos pelos banqueiros, o total apoio do Departamento de Estado norte-americano ao governo brasileiro, entre outros aspectos presentes desde o iniciar do primeiro mandato de Lula, tornaram impossível que a perspectiva que procurava explicar a crise política de 2005-2006 como um conflito interburguês (ataque dos setores imperialistas e reacionários – rentistas – da burguesia contra os setores “progressistas” da mesma, então supostamente aliados aos segmentos populares”) encontrasse algum lastro na realidade. Sob os governos Dilma, em especial depois da nomeação de Joaquim Levy para o Ministério da Economia (com sua política de ajustes e austeridade), tal viés interpretativo chega a beirar o ridículo.

 A crise política, que se agrava a cada dia, é de natureza eminentemente política. Longe ser um pleonasmo tautológico, tal assertiva simplesmente afirma que não há, a nosso ver, uma disputa política entre frações da burguesia pelas diretrizes do governo, e muito menos pelo poder de Estado. A crise política atual é, para usarmos um léxico althusseriano/poulantziano, uma crise politicamente sobredeterminada. Trata-se, na verdade, de uma disputa entre dois partidos pela representação política do mesmo bloco burguês hegemônico, capitaneado pelo rentismo e suas alianças com os industriais e o agronegócio. Digladiam-se dois monstruosos aparelhos partidários, representantes das mesmas frações do capital internacional e nacional, pelo direito de administrar, para a classe dominante brasileira, o seu Estado. Estes dois partidos disputam quem irá seguir pagando a dívida externa, concentrando renda, freando a reforma agrária, esfacelando os serviços públicos essenciais e retirando direitos sociais universais para garantir a taxa de lucro das grandes corporações financeiras, industriais e do agronegócio. De um lado, um partido tradicional da burguesia brasileira, o PSDB, que caiu no gosto desta precisamente porquanto cumpriu com maestria a função de esmagar politicamente a classe trabalhadora na década de 1990 e realizar o ajuste neoliberal-privatista no país. Por uma mentalidade de armarinho, ou talvez por mero sadismo, não se dispôs a gastar quase nada do volumoso fundo público nacional com os que vivem (ou tentam viver) do seu trabalho, deixando-os a deus-dará – ainda que esse deus seja o deus-mercado. De outro, um partido nascido das lutas operárias que, convertido em partido da ordem e dotado de prestígio entre os movimentos sociais organizados, cumpriu religiosamente os ditames do mesmo mercado, mas que, por estratégia de dominação social num país com índices obscenos de desemprego, diminuiu este, aumentou a formalização do trabalho e o crédito para o mercado consumidor, ampliou significativamente a distribuição de migalhas via bolsa-família e abriu concursos públicos, buscando, com tais medidas, conquistar também um alargamento de sua base social-eleitoral. Do ponto de vista do próprio capital, não há, racionalmente, melhor forma de gestão da ordem capitalista contrarreformista.

Adotando tal estratégia, o PT converteu-se em uma eficiente máquina partidária capaz de gerir o capitalismo brasileiro melhor, e mais seguramente, do que as próprias representações políticas tradicionais da burguesia brasileira, e, por isso, se mostrou, até o presente momento, extremamente bem sucedido no jogo eleitoral – e isso talvez ajude a entender a postura cada vez mais udenista da Oposição de Direita; tal como Eliomar Baleeiro, em 1950, e Lacerda, em 1954 e 1964, as lideranças tucanas e seus candidatos derrotados parecem perceber que o caminho eleitoral é mais propício ao “populismo” da “esquerda”, e passam a flertar – por enquanto só flertar – com soluções jurídicas de teor golpista. A verdade é que, entre 2003-2013, o PT conseguiu, por meio da coadunação de contrarreformas, redução do desemprego, aumento do consumo popular e políticas sociais compensatórias, garantir o sono tranquilo da burguesia brasileira. Os chefes petistas deram um golpe de mestre nos partidos políticos que essa mesma burguesia criara. Agradando economicamente a classe dominante brasileira, o petismo a minou politicamente, fazendo do PSDB, entre 2003 e 2013, uma oposição sem programa e sem sentido. Brincando com as palavras de Marx, pode-se dizer que foi triste o partido que, na oposição, viu o seu programa ser implementado pelo adversário.

Ocorre que, de pelo menos um ano pra cá, os índices econômicos começaram a cair abruptamente, o desemprego aumentou e a inflação começou a corroer fortemente o poder de compra dos trabalhadores (que nunca foi alto, mas era significativo para os padrões nacionais das últimas décadas, sobretudo em função dos créditos consignados) e dos setores médios, estrangulados, assim como os assalariados, pela alta carga tributária do país, profundamente regressiva (na medida em que poupa o patrimônio e taxa em demasia o consumo – bens, serviços).[7] Com o cobertor curto, o governo petista optou por aquecer o peito do capital e descobrir os pés do trabalho. Passou a vigorar nas grandes cidades um profundo “mal estar”, pra lembrarmos aqui da antiga expressão de Virgínio Santa Rosa.[8] O descontentamento social vem crescendo celeremente nos últimos dois anos. O alto custo de vida, o caos nos serviços públicos, e nos transportes em particular, tornou a vida praticamente insuportável para a maior parte da população, que iniciou vertiginosamente uma ruptura com o petismo no poder. Diante disso, até mesmo a capacidade do PT de domesticar os movimentos sociais e aplicar os ajustes tornou-se menor, diminuindo, por conseguinte, sua serventia política ao capital.

Esse novo contexto fez renascer das cinzas a Oposição de Direita, com destaque para sua direção tucana, o que pôde ser percebido pelos resultados da última eleição presidencial. Confiante, a Oposição de Direita pôde reconquistar o amor de parcela significativa da “massa da burguesia” brasileira,[9] a qual, seduzida por orgias financeiras, havia resignadamente aceitado o PT à frente do seu Estado. Novamente enamorada com os tucanos, grande parte da burguesia brasileira pôde, rapidamente, abdicar do sexo sem amor que fazia com o petismo durante aproximadamente dez anos (ainda que os chefes petistas sempre alimentassem o desejo de contrair matrimônio estável), e destilar contra o partido de Lula e Dilma todo o seu ódio contido, um ódio, na verdade, muito mais explicado em função do que o PT já foi um dia do que propriamente pelo que ele é hoje. Vertebrado subjetivamente pelos editoriais jornalísticos, o burguês comum, tomado isoladamente, com sua mentalidade tacanha e mesquinha, não é capaz de uma visão política estratégica para sua classe, e não se reconhece na figura de um administrador de “esquerda” do capitalismo, que outrora empunhava bandeiras vermelhas e defendia greves. O burguês ordinário porta-se, assim, com os chefes petistas, tal qual um nobre o faz com um arrivista plebeu que cativou o coração de sua bela filha: não havendo opção, o galante pode até ser aceito na casa, mas não é da família e, na primeira crise conjugal, há que ser posto pra fora de onde nunca deveria ter entrado. Por mais que tenha prestado enormes serviços à burguesia brasileira, o PT não é um lídimo filho dela e, do mesmo modo que uma empregada doméstica pode até jantar na mesa da sala mas não deve dar pitacos nas temáticas encetadas na refeição, Lula, Dirceu, Genoíno, Dilma e Cia. não deveriam ter ousado mostrar aos políticos da classe dominante como realmente se defende os interesses desta. Empolgado como um novato, o petismo talvez tenha ido longe demais nos seus planos de governar para a nossa oligárquica burguesia, profundamente ingrata.

 O último dia 15 foi a prova cabal de que a Oposição de Direita partiu para a ofensiva, cujo objetivo, à primeira vista, parece ser o de desgastar ao máximo o governo até as próximas eleições, para finalmente derrotá-lo sem dó e piedade. Nessa ofensiva, a Oposição de Direita apresenta como alternativa um programa econômico para o país que não é senão uma versão mais radicalizada do próprio programa econômico petista, o qual, por sua vez, é, com leves mudanças, o antigo programa da Oposição de Direita quando era situação. Parafraseando Lacan, poder-se-ia dizer que o programa de todos eles, petistas e tucanos, é o programa do Outro, isto é, do capital. Do ponto de vista dos trabalhadores, faz-se necessária, urgentemente, a construção de um terceiro campo, que combata o governo e a Oposição de Direita. Somente uma frente única de lutas, que agrupe os partidos socialistas, movimentos sociais e ativistas independentes, pode retirar a Oposição de Esquerda da marginalidade social e oferecer uma alternativa à esquerda para a crise política, econômica e social do país. Nesta frente única, o oportunismo parlamentarista, que subordina a dinâmica das lutas aos calendários e cálculos eleitorais, e o esquerdismo sectário, que corrói as alianças por um denuncismo despropositado, são erros simétricos a serem evitados por aqueles que acreditam que é possível vencer, antes que seja tarde.


[1] Ver, entre outras obras, OLIVEIRA, F. “Hegemonia às avessas. Decifra-me ou te devoro” in BRAGA, R. e RIZEK, Cibele (orgs). Hegemonia às avessas. São Paulo: Boitempo, 2010; COUTINHO, C.N. “A hegemonia da pequena política” in OLIVEIRA, F. e BRAGA, R. e RIZEK, Cibele (orgs). Hegemonia às avessas. São Paulo: Boitempo, 2010; BRAGA, Ruy. “Movimentos sociais na Era Lula”. Cult, n 148 (http://bit.ly/1MMMlnv); BIANCHI, A. “Ornitorrincos com PHD”. Blog Convergência, 7 mar. 2014 (http://bit.ly/1F8f5pC); ARCARY, V. Um reformismo quase sem reformas. Uma crítica marxista do governo lula em defesa da revolução brasileira. São Paulo: Sundermann, 2011; SINGER, A. Os sentidos do lulismo. Reforma gradual e pacto conservador. São Paulo: Companhia das Letras, 2012; FONTES, Virgínia. O Brasil e o capital-imperialismo: Teoria e História. Rio de Janeiro: EPSJV/Fio Cruz, 2010; e  NETTO, José Paulo. “Uma face contemporânea da barbárie”. Comunicação apresentada no III Encontro Internacional Civilização ou barbárie. Serpa, outubro/novembro de 2010.

[2] BOULOS, G. “Onda conservadora”. Folha de S. Paulo, 9 out. 2014.

[3]  Ver, por exemplo, MATTOS, Marcelo Badaró. “As eleições brasileiras de 2014 e os dilemas da esquerda socialista no segundo turno”. PSTU, 14 out. 2014. (http://www.pstu.org.br/node/21084), o artigo de BIACHI, A. e MUSSI, Daniela. “É o fim de um ciclo político no Brasil”. Blog Convergência, 10 fev. 2014 (http://bit.ly/1rCbogx) o recém-lançado livro de BRAGA, Ruy. A pulsão plebeia. São Paulo: Alameda, 2015.

[4] ARCARY, V. “Três perguntas e três respostas breves sobre um domingo triste”. Blog Convergência, 17 mar. 2015 (http://bit.ly/195noEy).

[5] Analisados aqui neste blog em BIANCHI, A. “A burguesia de mentira e as vaias à Dilma”. Blog Convergência, 13 jun. 2014 (http://bit.ly/1HxSr8j) e BRAGA, R. “O feitiço do camarote”. Blog Convergência, 11 nov. 2013 (http://bit.ly/18KESpM).

[6] Ver MELO, Demian. “A direita ganha as ruas”: o Banana’s Party em perspective histórica”. Blog Convergência, 15 mar. 2015 (http://bit.ly/1CwCTS6).

[7 BERHING, Elaine e BOSCHETTI, Ivanete. Política social: fundamentos e história. 9ª edição. São Paulo: Cortez, 2001, p. 164-166.

[8 SANTA ROSA, Virgínio. O sentido do tenentismo. Rio de Janeiro: Schmidt Editor, 1932 (?)

[9 A expressão foi utilizada utilizado por Marx para se referir ao grosso da burguesia, em oposição à sua representação político-parlamentar (a “massa da burguesia”/ ou “massa extraparlamentar da burguesia”) (MARX, K. O 18 brumário de Luís Bonaparte. 4ª edição. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1978, p. 99)

 

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Redação

9 Comentários

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  1. Sei não… estes nóias se
    Sei não… estes nóias se parecem mais com índios do século XVI do que com brasileiros do século XXI. Eles ignoram a unidade territorial do Brasil, discriminam eleitores do Norte e Nordeste, descumprem uma decisão válida do TSE, desdenham a soberania do povo que elegeu Dilma Rousseff, pior, e aceitam presentes de colonos brancos de olhos azuis do Hemisfério Norte para dar a eles as riquezas do litoral de Pindorama. Se forem despedaçados na boca do canhão à moda do século XVI só direi uma coisa: small loss! Ha, ha, ha…

  2. será que foi organizada mesmo

    será que foi organizada mesmo nas redes sociais ou sua organização partiu do mundo real? em sampa, por exemplo, foi algo bem organizado, diga-se de passagem. não foi uma turma que se encontra no virtual para fazer algo no shopping: tinha carro de som, as ruas foram fechadas, o metro teve a catraca liberada, policia militar garantindo a ordem e segurança dos manifestantes…. esse povo virtual sabe se organizar e tanto..o virtual é o duto por onde a informação corre. agorra para fechar a rua, ter carro de som, ter policia, ter metro tem que correr atrás…

  3. 01 – A ofensiva da oposição

    01 – A ofensiva da oposição de direita não começou em 15 de março.  Eles vinham aglutinando forças desde o iníco do primeiro mandato de Dilma e começaram a brotar nas manifestações de 2013 e de lá pra cá só intensificaram essa ofensiva.

    02 – O erro do PT na política foi duplo. Enquanto governo não politizou suas ações em favor dos milhões de favorecidos, aguardando apenas reconhecimento. Enquanto partido não preenche,  esse vazio deixado por seu governo. Perdeu o protagonismo e o papel dirigente, isto é, instalado no leme, olhou para nada ver e foi surpreendido pela circuntâncias.

    03 – O clico de 12 anos do governo do PT f oi muito virtuoso. Não dá pra dizer agora, nesse novo ciclo, se não será. Analisar a econômia de um País de forma imediatista falsea as conclusões.

    04 – Não dá pra falar em descontrole inflacionário, uma vez que os dados indicam que o governo Dilma teve menor taxa média de inflação nos últimos 16 anos (8 de FHC e 8 de Lula)

    05 – Não dá pra falar em perdas do poder aquisitivo, uma vez que os dados indicam que houve aumento e  valorização dos salários públicos e privados, com as respectivas reposições , no mínimo.

    06 – Não da pra falar em caos no serviço público transformando a exceção em regra. Quem usa, por exemplo o SUS, conforme pesquisa, a maioria, o avalia muito bem.

    07 – O aumento do desemprego deve-se mais a ação política dos agentes públicos da oposição de direita em torno da Petrobras, na chamada Operação Lava-Jato.

    08 – Pelo que se depreende do texto, o autor é trotskista. Tinha que ser, para formular essa terceira via contra o governo e a oposição de direita (tudo colocado no mesmo balaio).

    09 – Por mais justa que seja a linha e a ação política, deve-se, antes de tudo, sob pena de derrota, observar a correlação de forças. Nesse momento a mesma é favorável a oposição de direita.

    10 – Uma terceira via, nesse momento, só fortaleciria ainda mais oposição de direita, que, sem dúvida, a utilizaria, contra o PT como seu braço auxiliar (vide comportamento do PSOL em épocas anteriores no Congresso Nacional).

    11 – O momento é de aglutinação da forças progressistas, democráticas e de esquerda em torno do PT e seu governo, a fim de barrar a sanha golpista e anti-democrática da oposição de direita.

     

  4. A Crise Política e o Egoísmo Humano
    1. As situações de improbidade administrativa, descritas na matéria, constante do item 13, abaixo, segundo a qual “Dos 92 prefeitos do Estado do Rio, 70% deles são alvo de investigação na Justiça”, são a regra no Estado do RJ. 2. Contudo, essa falência, moral, não eh culpa, apenas, de políticos e partidos políticos. 3. A sociedade, local, nos municípios, tem sua parcela de responsabilidade. 4. Por que muitos sabem das falcatruas e nada fazem, por que esperam sua oportunidade de, também, tirar vantagens, pessoais, nos negócios com o setor público, ou não melindrar o relacionamento com os políticos locais, para não ser perseguido em seus interesses. 5. Em assim sendo, as populações municipais contribuem para o alastramento da praga da corrupção, que está vindo a tona, por causa da crise econômica e financeira, internas e externas. 6. Só que desta vez temos um ingrediente novo.  7. O povo nunca ligou para combater a corrupção, por que não há motivos para se mobilizar enquanto se tem emprego, renda e relativa zona de conforto, social e material. 8. A partir do momento em que o cidadão comum perde o emprego, a renda e a zona de conforto, social e material, a corrupção passa a ser algo concreto pelo qual agora, de fato, se tem motivos para lutar, juntamente com milhões de outros prejudicados, que também saíram da zona de conforto material. 9. O problema eh que, talvez, os políticos e partidos políticos, continuem com seus velhos paradigmas, achando que, com discursos, vazios, desconectados da realidade econômica e financeira dos cidadãos e de suas famílias, conseguirão manter a situação anterior, como sempre fizeram, para que, de fato, nada mude, e continuem “mamando na teta”, em prejuízo daqueles que estavam dormindo, mas, em breve, irão acordar do sono profundo do egoísmo que até então conduziu os destinos do Brasil e dos demais países do mundo. 10. Será que nos demais municípios do Brasil, em outros Estados, a situação de disseminação da corrupção e de improbidades administrativas eh diferente dos municípios localizados no Estado do Rio de Janeiro? 11. Se enganam aqueles que pensam que as mudanças pelas quais o Brasil precisa passar, no curto prazo, para resolver seus problemas, se restringe a trocar uma Presidenta, mudando da “esquerda”, para a “direita”, já que o que está podre e caindo eh o MODELO CIVILIZATORIO, BASEADO NO EGOÍSMO HUMANO, que está naufragando em todos os países do mundo. 12. Pela atual fraqueza econômica e financeira, brasileira, os efeitos do egoísmo humano, embutido no funcionamento da sociedade brasileira, se farão sentir quase que imediatamente, sobre toda a população brasileira, em breve. 13. Início “Dos 92 prefeitos do Estado do Rio, 70% deles são alvo de investigação na JustiçaImprobidade administrativa é a principal acusação.” “Treze administradores já foram cassados, mas estão recorrendo”. Link – http://m.oglobo.globo.com/rio/dos-92-prefeitos-do-estado-do-rio-70-deles-sao-alvo-de-investigacao-na-justica-15666462 Fim 

  5. Uma questão de ordem Antonio

    Uma questão de ordem Antonio Ateu como dizem no congresso.

    A midia e um instrumento de engenharia social com o objetivo de alterar os comportamentos sociais.

    A Carta Capital e a esquerda fazem o mesmo.

    Que moral é essa que critica os outros e replica os mesmos.

    Os protestos do dia 15 de março já modificaram a politica,  A politica brasileira já não é a mesma do dia 14 de março.

    E é só o começo.

     

    1. uma questao de ordem antonio

      Voltamos para antigamente,com intelectuais repelentes e suas reuniões que decide coisa alguma para lugar nenhum.Teremos mais do mesmo. Os praticos.Os ‘fazedores” estao escondidos,de mutuca,enquanto os midiotas de amarelo saem as ruas para reivindicar uma surra aplicada pelos militares se estivessem no podet até hoje.são tao ignorantes/alienados/idiotizados que nao sabem que militar proibe manifestaçao na porrada/tortura/mordaças.Vem bater ni mim to facim,como dizia a camiseta para crainças daquele midiota da tv,eleitor Aeciano.Daqui 2/3 meses Dilma estara navegando em justos indices de aprovaçao.Pesquisa somente é boa e funciona apenas ontem.Moral e carater são permanentes/inabalaveis.

  6. O ”Novo” vem ae…

     

    Partido Novo, de ideias liberais, quer tirar sindicatos e partidos das ruas

     

    ”Se você acha que o PSDB está por trás das manifestações do último domingo, está errado. Caso acredite que a mídia organizou os protestos, vai por mim que não é por aí; apesar da Veja ter deixado explícito o desejo de impeachment, e a Globo ter deixado implícito, cobrindo e exaltando os protestos desde cedo no domingo.

    Enganam-se aqueles que acreditam que o PSDB usa a mídia, pelo contrário, a mídia usa o PSDB nos últimos 20 anos. Mas a mídia é assim não por obra da natureza, ela é instrumento de poder de uma elite econômica. Nesse cenário os tucanos são úteis, já que é o maior partido de oposição ao modelo progressista, mas é descartável, e será nos próximos anos, já que a sigla não é aquilo que o poder econômico sonha.”

    http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/partido-novo-de-ideias-liberais-quer-tirar-sindicatos-e-partidos-das-ruas.html

  7. Advogado de Youssef entrega o

    Advogado de Youssef entrega o jogo: objetivo é Lula

    22 de março de 2015 | 09:10 Autor: Miguel do Rosário

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    Peixe morre pela boca.

    O advogado de Alberto Youssef, o senhor Antonio Figueiredo Basto, não se conteve. Em entrevista à Monica Bergamo, ele entregou o jogo que vem fazendo, junto com a mídia, usando seu próprio cliente, Alberto Youssef, para criar fatos políticos através de vazamentos agendados de acordo com o momento.

    Já tínhamos detectado isso, essa dobradinha esperta entre o senhor Costa e a mídia.

    Por exemplo: por que Youssef depôs somente agora sobre o mensalão de Aécio Neves, uma informação que obteve não por “ouvi dizer”, mas que foi lhe passada diretamente por José Janene, que pagava a propina?

    Por que não fez isso antes das eleições?

    Basto admitiu suas estreitas ligações políticas e ideológicas com a oposição.

    O objetivo é sangrar Dilma até a inviabilização de seu governo, e decapitar Lula, que volta hoje a ser o homem mais perigoso para as oposições, por ser o candidato do PT para 2018.

    Os recados finais de Youssef revelam um homem intolerante e racista, defensor da “elite branca”:

    Basto deu um conselho para a presidente Dilma. Segundo ele, “ela deveria se desvincular imediatamente do PT, porque PT significa atraso e corrupção”.

    O advogado assumiu, ainda, uma postura ideológica contrária à esquerda. “A esquerda não gosta de pobre. Gosta é de sinecura, de empreguismo”, disse ele, que defendeu também os manifestantes do dia 15 de março. “A elite branca toca esse país há mil anos. Ela carrega esse país nas costas sozinha”.

    *

    No Brasil 247.

    ADVOGADO DE YOUSSEF ELOGIA DILMA E AMEAÇA LULA

    Em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, o advogado Antonio Figueiredo Basto, que orienta a delação premiada do doleiro Alberto Youssef, antecipa o que podem ser os próximos passos da Operação Lava Jato; “A Dilma, não. O Beto [Alberto Youssef] sempre diz que ela não está envolvida com corrupção, isenta a Dilma totalmente”, diz ele; sobre Lula, a posição é distinta e Basto sugere que o ex-presidente estaria no topo da cadeia de comando; o advogado, que diz ter votado em Aécio Neves e ser amigo do governador Beto Richa, tem até uma proposta para Dilma; segundo ele, a presidente “deveria se desvincular imediatamente do PT”

    21 DE MARÇO DE 2015 ÀS 20:32

    247 – A colunista Mônica Bergamo publica, na edição dominical da Folha de S. Paulo, uma importante entrevista com o advogado Antonio Figueiredo Basto. Importante porque antecipa quais poderão ser os próximos passos da Operação Lava Jato. E o que ele deixa transparecer é que o alvo é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    “Essa é uma organização criminosa ligada a um projeto de poder. Há alguém por trás disso tudo”, diz o advogado, afirmando que seu cliente seria um “mero operador”.

    Quem seria esse alguém? – pergunta a jornalista.

    “Alguém aqui garantiu isso tudo. Se eu cortar o homem que tá aqui em cima, ou essa mulher, se eu cortar essa cabeça, o resto embaixo some”, disse ele.

    Homem ou mulher? – tenta saber a jornalista.

    “A Dilma, não. O Beto [Alberto Youssef] sempre diz que ela não está envolvida com corrupção, isenta a Dilma totalmente”.

    E Lula?

    Segundo Mônica Bergamo, Figueiredo Basto, que disse ter votado em Aécio Neves (PSDB-MG) e declarou ser amigo do também tucano Beto Richa, desconversou. Novas revelações sobre a Lava Jato, disse ele, serão feitas em novo depoimento, agendado para o dia 30 de março.

    Basto deu ainda um conselho para a presidente Dilma. Segundo ele, “ela deveria se desvincular imediatamente do PT, porque PT significa atraso e corrupção”.

    O advogado assumiu, ainda, uma postura ideológica contrária à esquerda. “A esquerda não gosta de pobre. Gosta é de sinecura, de empreguismo”, disse ele, que defendeu também os manifestantes do dia 15 de março. “A elite branca toca esse país há mil anos. Ela carrega esse país nas costas sozinha”.

    Figueiredo Basto, que orienta os movimentos de Youssef, parece ter uma agenda. E não se trata do impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas sim inviabilizar o PT e a volta de Lula em 2018

    1. Mediocridade galopante.

      Que coisa… o totalitarismo midiático chegou ao extremo. Seu poder de transformar ficção em realidade já produz seus frutos. Podres frutos.

      Nunca na História desse País se viu tamanha quantidade de sujeitos medíocres se pavoneando em um campo que é estritamente político. É a Globo mais uma vez tentando abrir as portas do inferno. Conseguirá?

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