Jornal GGN – O discurso da presidente brasileira Dilma Rousseff na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas na manhã desta terça-feira (24) foi um dos assuntos mais comentados pelos jornais internacionais nesta quarta-feira (25). A declaração de que a espionagem norte-americana é uma “violação aos direitos humanos” e um ataque à soberania do Estado ganhou destaque em publicações de todo o mundo.
O inglês The Guardian classificou a fala de Dilma como “contundente” e explica como a executiva expôs este “embaraço diplomático” para o mundo com “raiva”. O The New York Times citou o embate entre Dilma e Obama com muita discrição, dando mais destaque à questão do Irã, que dominou a apresentação do líder de Estado norte-americano na ONU.
O britânico Financial Times analisou os prós e contras do que chamou de “ataque” aos Estados Unidos, já na abertura do congresso internacional. Alguns analistas políticos brasileiros entrevistados falaram da importância de Dilma manter sua postura firme contra a “invasão virtual”, mas também expôs as dificuldades que o Brasil, como país emergente, pode enfrentar a médio prazo declarando guerra aos americanos e exigindo um pedido de desculpas – sem levar em conta os coirmãos Brics (China, Índia, África do Sul e Russia), que também podem ter sofrido com a espionagem americana.
Parte do discurso da presidente Dilma, aliás, foi citado discretamente pelo jornal China Daily, que não apresentou análises e apenas retratou os pontos altos da reunião em Nova York. Também sem muito destaque aparente, o The Wall Street Journal usou o “terrorismo” como mote do artigo: “A Presidente do Brasil afirma que terror não é justificativa para espionagens”. Já o Washington Post disponibilizou em seu portal de notícias um trecho do pronunciamento de Dilma em vídeo com o título: “Dilma explode encontro na ONU com caso de espionagem eletrônica”.
O espanhol El País, no entanto, destacou em capa o discurso explosivo de Dilma e também sua outra missão na ONU, que seria convencer investidores de que o Brasil é um lugar seguro para seus projetos. Também na matéria, o “pacto” entre Dilma e Cristina Kirchner para pressionar as Nações Unidas em relação à proposta de um código internacional de conduta nas redes, já que, para a presidente vizinha, o caso da espionagem americana afeta não só a dignidade brasileira, como também a de todos os países latino-americanos.
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Recebe apoio dos independentes, Ong e do campo em direitos humanos e direitos civis. Encontra resistência nos partidos e conservadores americanos. Importante mesmo que errados na dinâmica americana leva-se a união do país para política e o popular para o bem estar do estado. Diria assim; a América não tem um grande irmão mais tem um grande pai. Este departamento de segurança já existia antes do Obama e no caso brasileiro também vem antes mesmo do pt no governo. Em minha opinião a independência seria a construção do caminho curto e brasileiro próprio e então seríamos espionado e vigiado por nos mesmo. Rindo.