Efeitos políticos de Junho de 2013 começaram a se esgotar, diz Ricardo Mendonça

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil
 
Jornal GGN – O jornalista Ricardo Mendonça publicou no Valor desta sexta (29) um artigo sobre o “fim do padrão Junho de 2013”, no qual argumenta que as mais recentes pesquisas de opinião revelam muito mais do que o cenário inicial da disputa pela presidência em 2018. A análise dos dados divulgados até aqui demonstra que, agora, pouco mais de 4 anos após Junho de 2013, “surgem sinais (…) de esgotamento dos efeitos políticos” resultantes daquelas manifestações.
 
No artigo, Mendonça resgata que Junho de 2013 ficou marcado por “três novidades no campo político: rejeição visceral aos partidos, visível desde as passeatas, com hostilidades contra quem aparecia com bandeira; derrocada da imagem do PT, que mergulhou na sua fase mais depressiva; e o que talvez possa ser chamado de levante conservador, com discursos e exposições em redes sociais de um ideário que alguns imaginavam enterrado, mas, ao que tudo indica, estava só represado no escuro.”
 
O período de manifestações sociais foi sucedido pela “eleição de Cunha à chefia da Câmara, renascimento do Centrão, impeachment, alongamento da crise econômica, vazão da pauta conservadora no Congresso, derrota fragorosa do PT em 2016, triunfo de João Doria e outros outsiders, nacionalização de Bolsonaro, condenação e possível interdição eleitoral de Lula.”
 
“Agora, pouco mais de quatro anos após a atípica eclosão de passeatas, surgem sinais em diferentes pesquisas de opinião de esgotamento dos efeitos políticos iniciais mais notáveis de junho de 2013.”
 
O Datafolha de 29 e 30 de novembro mostrou a liderança de Lula na disputa pelo Planalto, em 2018, “o que já sugere fadiga do padrão pós-junho de 2013.”
 
Além disso, “a rejeição ou indiferença às agremiações”, que chegou a 75% em março de 2015 e dezembro de 2016, começou a cair. “Agora, voltou ao patamar pré-jornadas. Antes dos atos de 2013, 55% dos brasileiros não tinham partido de preferência. Taxa alta, mas compatível com o nível histórico. Agora está de volta abaixo dos 60%. Exatos 57%.”
 
Na esteira da mudança de comportamento, boa parte da sociedade também demonstrou alguma afinidade com pautas de esquerda, a despeito do crescimento do conservadorismo nos últimos anos.
 
Leia mais aqui.
 
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. Se é p/ dar link p/ plataforma fechada, melhor nao dar…

    Seria melhor dar a matéria toda aqui, ou nao dar nada, em vez de dar um gostinho e deixar no ar.

  2. Junho de 2013 não acabou. Vai
    Junho de 2013 não acabou. Vai durar até 2038, enquanto a PEC do Teto estiver em vigor. É ainda sou bonzinho e nem vou exigir recuperação do pré-sal, porque senão nunca acabará.

    O Pré-Sal vai financiar saúde e educação NA NORUEGA.

    Junho de 2013 é um vírus. Morreu porque o hospedeiro morreu. Esse país está completamente MORTO. A direita conseguiu destruir o Brasil em tempo recorde. É o povo só acordou quando o pais já estava destruído. Fizemos tudo para acordar, mas o povo jamais acordaria antes de ser tarde demais

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