Entre o céu e a terra, com Marcia Tiburi

Sugestão de Vânia

Poxa… Falar o quê?

Assista, ouça e escute bem antes de comentar.

Redação

20 Comentários

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    1. Sim, ela é muito habilidosa em dialogar.

      Por outro lado, é absolutamente firme em suas ideias e convicções sobre as – e em favor das –  lutas feministas.

  1. No fundo, no fundo, os homens

    No fundo, no fundo, os homens tem maior medo de admiitir: A MULHER DETERMINA O FUTURO HOMEM !

    Quem determinou o que tu és hoje, chapa, foi uma mulher. Sua mãe, sua avó, sua tia, sua esposa, sua filha.

    Daí o medo de admitir claramente: QUEM MANDA SÃO AS MULHERES!

    Papo de sociedade machista é a maneira de escamotear a milenar verdade.

    Dão licença, que vou levar um lero com madame para não ir ao supermercado hoje.

  2. até certo ponto: não faz a crítica de deuses

    Professora de Universidade Presbiteriana (pós), M. Tiburi não faz uma abordagem radical, chega a religiões, toca vagamente em deus e em transcedência,  sim, mas isso, p. ex., um Padre, um Llama progresista também faz, não a deuses, ou a um Deus. Tem seu público (e é bom e importante que tenha voz e seja ouvida e lida), mas minhas limitações impedem que  eu faça parte de seu público.

    1. não é “apenas” neste ponto que não sou seu público

      não é “apenas” neste ponto que não sou seu público. ” Por que não?” ( pergunto ao estilo da palestrante – e aqui não é um plágio. –  Por quê ? ). Pra não ficarmos em afirmativas dissimuladas em hipóteses, estas e aquelas como novos dogmas e novos tabus: não seria isso o que um filósofo mais desejaria. Por exemplo, questiono sua possibilidade de amizade, amizade mesmo,  entre pais e fihos.   – E você?

      1. Não sei se respondo ou a pessoa que postou, mas a fala dela

        teria que ser decupada e irmos debatendo certos aspectos, aos poucos.

        A visão, histórico-filosófica de Tiburi é corretíssima. Outro aspecto é que não se apresenta dogmática, não segura bandeiras panfletárias, sugere o diálogo, a discussão. Sobre conceitos como casamento, amor, Deus e outros relcionados, acho-os muito adequados. Ficariam mais adequados ainda se seguidos de exemplos, pois tirariam certo (pouco), mas certo filosofismo do discurso. Ainda que ela o seja pouco.

        Pais e filhos podem sim ser amigos; não com aquela amizade que amigos têm com amigos mesmo. Há um aspecto de hierarquia- tempo de vida, experiência, responsabilidades etc. inclusive clareados por ela, que demarcam essas distinções (o pai não deve ser o “brother”). Mas há que se ter amizade sim entre pais e filhos, para que não se repitam muitos comportamentos que vi, inclusive, em sessões de terapia, em grupos, quando filhos socavam colchões para “matar” pais já mortos realmente, mas não mortos neles, contudo. 

  3. Eu gostava dela no programa

    Eu gostava dela no programa Saia Justa.

       Depois que ela saiu

       eu saí tbm.

       Um ps válido:

    Mônica Waldvoge  que tbm fazia o mesmo programa , até que era suportável.

      Mas no tal ”entre aspas ” fala mais que os convidados. Ou falava. Porque há tempos não assisto mais,

       Outra surpresa:

    William José Waack ( Globo news painel ) sempre discreto e comedido, tbm está falando mais que os 3 convidados–e interrompe todos eles no meio de seus argumentos.

      Mas nem a soma dos dois e mais TODOS , ganha de Neto , O COMENTARISTA de futebol da Band.

      Esse é campeão das galáxias.

  4. A Igreja de Cristo não se limita à instituição, mesmo assim…

    Ainda não assisti o seu video inteiro e nem o filme que estou colocando aqui, pois soube da história dessa papiza à poucos dias.

    De qualquer forma adianto meu palpite, se essa história de uma mulher ter sido papiza é real ou lenda em plena época das trevas (idade média) , acredito que não faz muita diferença. Se é lenda, adquire um valor maior ainda, pois significa um discurso feminista numa época em que a mulher estava completamente subjugada.

    Pelo que sei, a relação da mulher com religião principalmente religião cristã, sempre foi aquele tipo de relação de amor e ódio. Amor por aquilo que tem a ver com Deus e Ódio naquilo que tem a ver com o pecado humano.

    Maria Madalena foi a primeira APÓSTOLA a anunciar o evangelho ( No grego a palavra Apostellein”Apóstolo” significa aquele que é enviado, mensageiro ou embaixador. Aquele que representa a quem o enviou.), é uma mensagem em potencial. No antigo testamento, também existem histórias de mulheres inteligentes e atuantes. No evangelho, o centro do feminino, Maria assume sua missão num primeiro momento de maneira totalmente independente.

    As mulheres cristãs, dentro e fora da instituição igreja, sempre atuaram em defesa de seus próprios interesses até por causa das próprias filhas.

    Vou ver os filmes e se puder volto para comentar.

    [video:https://youtu.be/CqbMYmbw_J0%5D

     

     

    1. Oi Meire

      Assim que puder vou assistir o filme que você postou.

      Quanto às suas colocações sobre Maria (mãe) e Maria Madalena, a Tiburi comenta sobre essas figuras, argumenta sobre o contexto e com quais pretensões elas foram inseridas na história do catolicismo/cristianismo. De certa forma, responde ou contrapõe às suas pontuações aqui.

      Vale a pena assistir o vídeo todo.

       

       

      1. Acho que não …

        Me expressei mal; quis dizer: “que comentários valiosos, elucidativos”  O post é bom. 

        Foi por isso que você não entendeu o meu comentário e concordou com ele.   Mas tudo bem, é assim mesmo: às vezes, a gente até se engana.

        Palavras …

        1. Palavras?

          Acho que o motivo do meu equívoco na interpretação do seu comentário nem foram as palavras.

          De qualquer forma, eu não poderia imaginar que você estava chamando de excelente debate os 5 ou 6 comentários que tinham aqui até o horário da sua postagem (7h). Uma figura, dois comentários isolados do “anarquista serio” e do “carioca” e uma troca de mensagens entre “nickname” e Odonir. 

          Não posso dizer se o comentário do Meire já havia sido liberado pela moderação às 7h de hoje. Até a uma da madrugada, ainda não estava aqui.

          Cabeças…

          1. Limitações

            Meire acho que ainda não estava não; concordo em parte com o comentário.

            É difícil mesmo imaginar.  Mas em meia dúzia de palavras podemos encontrar uma enciclopédia. Imagina em comentários dessa turma da pesada; só fera, só papo cabeça. E você ainda nem tinha feito suas intervenções.

            Quanto às palavras, elas só enganam quando estamos focados nelas. A “linguagem do corpo” diz bem mais. Mas é preciso estar prestando atenção.  Depois, pouco a pouco, minhas impressões foram se confirmando. Sou bem melhor no silêncio entre as notas musicais do que nos acordes; acabo de descobrir.

            Vaidades …

            Obrigada por comentar.  Bom o teu post.

  5. Ótimo!

    Só agora arrumei um tempinho para assistir e gostei, de modo geral, do que ouvi. Algumas abordagens me fez lembrar de uma entrevista que postei recente em “A Igreja deve deixar de ser obcecada pelo sexo.”, de Gianni Vattimo, que se define como “filósofo, gay e “um cristão crente mais do que nunca” (não necessariamente nessa ordem)”, ele acrescenta também que “se eu não fosse cristão, não seria nem mesmo comunista”. O que Vattimo diz brevemente sobre família e a obsessão da Igreja com o sexo coincide, com algumas passagens da exposição da professora nesse vídeo.

    Embora ache Deus uma ficção, tenho dúvidas que a religiosidade também seja; ainda que não a desenvolva, tendo a achar que a religiosidade é um impulso tão natural, quanto o sexo e o amor, que os humanos desenvolvem com maior ou menor impetuosidade e os levam a erguer “ficções” sobre eles. A religiosidade, o sexo e o amor são sumetidos aos processos sócio históricos, são velhos e antigos, como ela afirma, porque sempre acompanharam a humanidade e, em cada fase histórica, se vestiram sob diferentes aparências ou “ficções”, mas as formas não devem ser confundidas com o conteúdo, que não é nada fictício e sim palpável e verificável em diferentes manifestações da vida humana. Sei que é possível vida com religiosidade zero ou muito baixa, mas, com certeza, a humanidade desintegra com o amor ausente e desaparece sem sexo. As duas construções que ela aponta para nos ajudar a superar o “muito velho, muito antigo, muito ultrapassado” e viver “uma libertação aos padrões”, são elas também “ficções” atreladas ao tempo histórico, a ética e a política, que são norteadas por valores igualmente “fictícios”, frutos do imaginário construído. Essa passagem ficou meio confusa e obscura.

    1. Bem, ela fala sobre muitas coisas…

      Pelo que entendi, o que você achou particularmente controverso foi a questão que ela coloca sobre as ficções. Não só a religiosidade, mas ela também diz que o amor e o sexo são, de certa forma, ficções. Se não me engano, a respeito da religiosidade ela faz uma ressalva, diz que é um outro assunto, que é muito particular e não se aprofunda na religiosidade individual, mas discorre sobre as religiões de modo geral, principalmente as monoteístas. A estas ela chama de ficções. 

      Sobre o amor ser uma ficção, eu concordo. Principalmente o que entendemos por amor romântico. Acredito que esse tipo de amor é, na maioria das vezes, fruto de uma idealização que se faz do outro. E nesse sentido, pode causar muita frustração, posto que “a pessoa” que você supostamente ama não existe, é uma ficção sua. Além disso, e talvez o mais importante, é que o amor romântico foi uma construção que aconteceu em determinado momento histórico. 

      Em relação ao sexo, não sei se entendi bem o que ela quis dizer. Acho que poderíamos dizer que a sexualidade pode ser sim uma ficção. Mas o sexo? Não sei… Esse ponto para mim ficou confuso. 

      Discordo de você quando diz que “(…) viver uma libertação dos padrões são também ficções”. Ter um ou dois padrões possíveis é claramente uma imposição (portanto, ficção. Não é natural, é uma criação). Mas se tudo é permitido, se todo tipo de relacionamento (responsável em relação ao outro) é possível, então cada um desses comportamentos/relacionamentos, tomado em particular, não pode ser considerado uma determinação. Logo, não pode ser uma ficção, mas sim uma escolha individual de acordo com a natureza de cada um.

      1. A fala está na metade do vídeo.

        Mais ou menos a partir dos 25:00, quando ela traduz o que pensa Foucault. Eu não me referi a vivência da libertação de padrões como ficções, eu disse que a ética e a política, os “valores”, também são ficções construídas no tempo, devemos não cair em suas armadilhas e, se queremos de fato uma libertação, tomar cuidado de não construir essa vivência como ficção, escolher com critério os padrões, os “valores”, que vamos substituir, então, questionar a ética e a política em vigor. O amor romântico é obviamente datado, diria que é uma estetização de um dos impulsos que nos torna particularmente humanos. Mas, ausência de amor a gente só encontra na grande maioria dos canalhas, em todo fascista, nos casos mais graves de psicopatia.

        O amor é aquele impulso que nos faz gregários, as vezes o observamos internamente em outros grupos de criaturas gregárias, ou no comportamento dessas criaturas em relação a nós; é mais fácil obter amor de um cão do que dos grupos “humanos” que cito acima. Amizade é o exercício do amor, são palavras de mesma etimologia, assim como a sexualidade é o exercício do sexo, o impulso não deve ser tomado pelo exercício dele, as práticas são construções do nosso imaginário. Aí vai uma provocação: o que seria sexo sem amizade, sem um exercício mínimo de amor? Cartas para a redação.

        1. Fico Feliz

          Almeida,

          ainda agora estava analisando teu primeiro comentário e na sequência este, e fico feliz de ver que minhas conclusões estão alinhadas em alguns aspectos com esta tua intervenção: ou seja, “tenho salvação” e estou em boa cia..

          Não entendo muito de nenhum assunto, temática, área de conhecimento e tal, mas tendo a ser uma anteninha para intenções e esta tua pergunta no final do comentário me soou como uma saudável e oportuna pauta para discussão.

          Vou ficar daqui só observando. Tema bacana este.  Os bambas do Blog já, já vão se voluntariar para desenvolvê-lo. E eu vou só aprendendo.

          Obrigada pelos esclarecimentos e por compartilhar também tua opinião. Vê-se que além de um refinado gosto musical – que beleza tuas contribuições no post da Laura Macedo,  “Adeus” – você também é muito bom com a narrativa.

        2. Vamos lá…

          Sim, eu li há muitos anos dois volumes da “História da sexualidade”, de Foucault. Não me recordo em detalhes e nem sei se eu tinha maturidade para entender com profundidade o que estava lendo. Pra mim, é muito claro o que a Marcia coloca, até porque eu já pensava assim antes de assistir ao vídeo.

          Talvez estejamos levando a discussão para lados diferentes. Eu me refiro aos padrões existentes de modo absoluto até muito pouco tempo (e ainda existentes de maneira mais “suave”). Tenho certeza que é importante se livrar dessas relações pré-formatadas, de procurar suas próprias verdades, seu próprio modo de se realizar no mundo. Acredito que eu consegui fazer isso. Não quero ficar levando para o lado pessoal, mas é difícil não fazê-lo. Por exemplo, eu nunca quis ter filho e também não quis casar. E me sinto bastante realizada como pessoa, sinceramente. Claro que hoje em dia, como sou muito independente, ninguém mais me cobra nada, nem de leve. Até porque eu não dou espaço pra isso mesmo (rsrss). Mas foi difícil ser “diferente” em certos momentos, quando eu era ainda muito jovem. Apesar de ser financeiramente independente desde os 18 anos, as cobranças vinham através de comentários, “bons conselhos”, etc.

          Em relação à ética e à política, claro que são valores que mudam com o tempo. Acredito que o importante é você ter a liberdade (íntima e social) de reconhecer esses valores como autênticos ou não para si. Hoje. Daqui a cem anos, um século, sei lá quanto tempo… não sei. Aí vira uma questão metafísica demais. Tipo: Eu, Vania, se nascesse no século XXX seria outra pessoa. Isso é óbvio. Pra mim, a questão que importa é eu (qualquer pessoa) poder ser hoje o que eu quero ser. Sem ter que obedecer a padrões e comportamentos impostos pela sociedade. Em suma, é importante desconstruir esses poucos padrões vigentes e deixar rolar múltiplas escolhas.

           Sobre o amor, veja bem, eu em nenhum momento neguei a existência de sentimentos. Mas concordo com a Marcia, se a gente para pra pensar.. o que é o amor? Ela mesma pondera que tem muita gente que não ama e faz discursos belíssimos sobre o amor. Claro que existem bons sentimentos, de fraternidade, de compaixão, de solidariedade e mesmo de prazer em estar na companhia de outra(s) pessoa(s). A isso nós comumente chamamos de amor. Já o amor romântico, como você mesmo disse, está datado. Mas ainda é uma armadilha pra muita gente.

          Quanto à sua provocação. “o que seria sexo sem amizade, sem um exercício mínimo de amor?” Comigo não rola, mas tem gente que tem muito prazer fazendo sexo sem qualquer sentimento envolvido. Pelo menos é o que dizem algumas pessoas. Por outro lado, a convivência, a admiração, o carinho, essas coisas do coração (ou seriam coisas da cabeça? – devolvendo a provocação) são importantes sim para um relacionamento sexual mais prazeroso. Esse último, é um ponto de vista pessoal. Quanto aos outros indivíduos, cada um que seja feliz como quiser e puder. 

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