Exército tem a perder colando sua imagem a de Bolsonaro, diz Janio de Freitas

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O colunista Janio de Freitas publica na Folha deste domingo (11) um artigo avaliando que o Exército brasileiro tem a perder colando sua imagem ao governo Bolsonaro. A identificação entre ambos, segundo o jornalista, já foi parcialmente atingida mas isso não significa que seja “autêntica nem legítima”. Seria importante apurar até onde as Forças Armadas iriam pelo presidente eleito, quando as coisas começarem a “desandar”.
 
“Se as coisas desandarem, o importante para antever o seu rumo será desvendar quanto os militares estarão dispostos a empenhar em barragem de proteção a Bolsonaro. O que dependerá da identificação, ou confusão, entre o Exército e o governo conduzido por ex-ocupantes das suas casernas.”
 
“O trabalho para criar essa identificação vem desde a campanha, à qual deu contribuição por certo significativa. Mas sua intensificação pós-resultado eleitoral ganha proporções mais do que inadequadas. Fazer tocar o hino do Exército, por exemplo, no saguão do hotel onde ocorrem as reuniões do círculo de Bolsonaro é abusivo”, apontou Janio.
 
Para o jornalista, “o governo será poder civil. Mesmo os generais reformados que vão para ministérios administrativos estarão em cargos civis, sem diferença do advogado e do político em outro ministério.” 
 
“E, com a forçada identificação, o que o Exército ganha não lhe convém, nem ao país: é o risco de ser identificado com possíveis insucessos de Bolsonaro e seu governo.”
 
Leia a coluna completa aqui.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

10 Comentários

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  1. Não estão ligando pra nada
    Não estão ligando pra nada disso. Eles simplesmente nao querem “agradar petista”, e quem nao gostar, é porque é “petista”.

    O general deu mais uma tuitada falanfo que se o Lula nao fosse preso ou fosse solto, ia ter quartelada.

    Não vao pedir desculpas nem em 50 anos. Teremos mais um governo de ocupaçao. Enquanto isso, os “cavalheiros”…

  2. Aí está a importância da

    Aí está a importância da independência da Corporação. Se se misturar demais com o mundo político pode vir a perder sua força, que tem que ser aplicada em momentos pré-determinado. Já vemos coisa semelhante acontecendo ao Judiciário, de há muito, por sinal. Todos olhando pro umbigo e fazendo caras de paisagem quando o assunto é o povão desassistido, entregue à violência e ao abandono, enquanto organizações mundiais estão no País escandalizadas com depoimentos e pelo que está vendo in loco. 

     

  3. Governo Militar, sim senhor…

    Não adianta tergiversar, usar subterfúgios. A realidade está escancarada.

    A partir de 2019 o Brasil terá novamente um governo militar: um capitão cercado de generais por todo lado. E todo o povo brasileiro será submetido a uma ordem unida com comando hierárquico violento. Como foi mesmo que Bolsonaro disse ? Cadeia ou exílio ? Torturar e matar mais uns 30 mil ?

    Será que os oficiais da Marinha e da Aeronáutica são tão ignorantes quanto esses generais que estão na mídia ?

  4. O que querem mesmo é a boquinha!

    O que querem mesmo é a boquinha!

    Como convivi na idade adulta na época do golpe de 1964 vejo qual é o sonho dos militares nos dias atuais, é assumirem o mesmo protagonismo daquela época que garantiam boquinhas para os mesmos e seus familiares devido simplesmente serem militares da ativa ou da reserva.

    Na geração pós 64 ser militar mesmo na reserva era uma garantia para conseguir posições e empregos para si e para seus familiares, como uma evidência anedótica mais ilustrativa do que científica, quando dava um curso de atualização a uma empresa de economia mista de saneamento ambiental, conheci um profissional que os próprios colegas debochavam na sua frente da sua pouca capacidade técnica mas que possuía um enorme QI político. Ele era um descendente direto de um dos generais presidentes, e devido a isto havia galgado a um cargo numa empresa de economia mista.

    Nos últimos governos do PT e um pouco durante os períodos FHC, ser militar da ativa ou da reserva não garantia nada em termos de influência política para galgar cargos, enganam-se aqueles que submarino atômico, aviões militares de alta performance ou mesmo sistemas de mísseis atraem os militares, afinal nenhuma destas tecnologias dão acesso a empregos em estatais ou na época a empregos públicos para sobrinhos dos coronéis.

    Também no sistema financeiro, durante o período que começa em 1964, a quantidade de empregos bem remunerados e com chances de ótimos “negócios” era uma fonte de status para os militares. Uma profusão de bancos e organizações financeiras eram ocupados pelos próprios militares na reserva ou seus parentes próximos. A maior parte destas faliram por má gestão ou foram vendidas para o capital internacional e com o tempo restou para os militares reformados simplesmente o chazinho das cinco nos clubes militares e o desemprego para seus parentes e apaniguados.

    Enganam-se também aqueles que acham que aumento estratosférico dos soldos será suficiente, pois mesmo ganhando algumas dezenas de milhares de reais, o dinheiro não chega para sustentar alguns filhos, genros e agregados mais próximos.

    É triste imaginar que as armas que os militares possuem e as tropas que eles comandam sejam utilizadas para obrigar a nação a dar poder para os mesmos praticarem uma das mais velhas práticas das elites, o nepotismo. Porém engana-se o brilhante articulista da Folha, Jânio Freitas, que na frase “o governo será poder civil. Mesmo os generais reformados que vão para ministérios administrativos estarão em cargos civis, sem diferença do advogado e do político em outro ministério.” Em achar que os militares ocupando cargos civis se comportarão como os mesmos, pois na realidade o que influencia não é o tipo de cargo, mas sim uma das características da Forças Armadas, é serem ARMADAS.

     

  5. Eles não querem a imagem das

    Eles não querem a imagem das FA  ligadas ao boçal porque acreditam (sabem) que seu governo será um fiasco e depois poderão assumir o governo como salvadores, apoiados pela população. A princípio dá a impressão de que isso não colará mas em se tratando do Brasil de coxinhas, bolsominions e afins é bem provável que dê certo.

  6. Nova Paródia

    “‘Guararapes’ é apenas um retrato na parede. Mas como doi!” — parodiando Carlos Drummond de Andrade

    Nassif: você sabe não é de hoje que defendo a extinção dos verdeolivas. Castelo enaltecia Guararapes. De 1640 até 1850 até concordo. Mas, depois de 1850, que temos senão, salvo raros momentos de exeção, um ninho de conspiração e intrigas políticas partidárias. Hoje, é apenas uma obra pictórica do VictorMeireles. Peça de Museu.

    Nos períodos de exeção, os 400 herois que foram moeda de troca para a construção de VoltaRedonda. Homens que deram a vida lutando contra nazista. Uns 4 a 5 outros, de menor expressão.

    Eletistas e emperdinados, em sua cúpula, seriam melhor aproveitados em outras funções.

    Já o mesmo não se pode imaginar da ForçaAérea, nem da Marinha. Aquela, mais que está, reduzida a um quase nada num mundo altamente especializado em forças embarcadas. Mas os verdeolivas, prá quê? Subir morro, dando tiro em traficantes, para deixarem a parada pra outro grupo? Para dar os tiros que não puderam, quando estavam na República Dominicana?

    Por isto (e mais outras cossitas), extinguiria sumariamente a arma, aproveitando, de capitão pra baixo, o pessoal para compor uma guarda de segurança nacional. Já imaginou a economia para o País?

    E os de patente, mandava pra PraiaVermelha. E de pijama, conspirarem na derrubada de governos democraticamente eleitos. Isto sabem fazer, com maestria.

     

    PS.: e daBala que se guarde. Conta Krieger (editora Don Quixote) que o homem selecionado para suceder Costa e Silva haveria de ser o senador Passarinho, com Médice de vice. Porém, Geisel fez o AltoComando mudar de posição quando lembrou que escolhendo o paraense teriam que “bater continência para um capitão”. O atentado a faca, de grande sucesso, falhou. Mas, quem sabe…

  7. É bom que isso aconteça:

    É bom que isso aconteça: Governo militar. Explico: O judiciário se meteu na política. Deu a merda que deu. E hoje o prestígio desse poder é o prestígio de um cachorro cagando na chuva. Os “evangélicos, junto com os militares(quero dizer, forças armadas) serão os próximos a serem currados, cuspidos e escarrados, para que os saudosistas de 1964, principalmente os saudosistas que não viveram o golpe de 64 saibam que o argumento da força só prevalece por um curto tempo. Persistente mesmo só a Força do Argumento.

  8. A única vantagem do governo Bolsonaro será que no seu……..

    A única vantagem do governo Bolsonaro será que no seu desmonte ele levará junto s Forças Armadas brasileiras.

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