FHC e a arte de se apequenar antes e depois

Perguntam-me dos motivos para a implicância com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

São vários.

O principal é que tinha base de apoio no seu partido, conhecimento, descendia de família de militares que participaram de episódios centrais de formação do país; tinha formação e adesão de parcelas importantes da opinião pública para montar um governo socialdemocrata, que conduzisse reformas mas lançasse as bases de políticas sociais legitimadoras. Tinha tudo, até a assessoria luxuosa da verdadeira estadista que era dona Ruth para lançar as bases do combate à miséria.

Em vez disso, terceirizou a política econômica para os financistas do seu governo, permitiu a manutenção de políticas cambial e monetária ruinosas, mesmo após três graves crises externas. Jamais conseguiu pensar como um verdadeiro estadista. Era deslumbrado com as pompas do poder, mas não com a possibilidade de mudar realidades.

Fora do poder, poderia ter se tornado um desses sábios referenciais dos quais toda Nação necessita, os mais velhos que trabalham para mostrar rumos, para conciliar, para ajudar na construção de consensos.

Pequeno antes, manteve-se pequeno depois.

Seu artigo de hoje, no Estadão (clique aqui), é tão medíocre que merecia ser assinado por Roberto Freire – o único (repito o único!) Senador da República que, em 1999, foi contra o projeto de renda mínima proposto em comum acordo por ACM e Eduardo Suplicy.

É medíocre por ser falsamente esperto, e pela absoluta falta de respeito de FHC pelos fatos e pela sua própria biografia.

Diz o artigo:

“O que fez o PSDB quando as pesquisas eleitorais de 2002 apontavam para a possível vitória do PT?”.

1.     Elevou os juros, mesmo antes das eleições, reduzindo as próprias chances eleitorais.

Coloca como se fosse um ato de desprendimento e não um gesto de desespero, ante os erros colossais cometidos pelo então presidente do Banco Central Armínio Fraga, que jogou a cotação do dólar nas alturas e quase explodiu com a economia brasileira.

Primeiro, Armínio criou o sistema de pagamento eletrônico, que passou a medir de forma muito mais intensa os movimentos de juros intrabanco e as cotações dos títulos do Tesouro. Depois, introduziu o sistema de “marcação a mercado” – pelo qual os fundos tinham que contabilizar diariamente suas cotas pelo valor de negociação dos títulos a cada dia.

Exemplo pequeno:

·       um título vale 100 no momento de resgate; a taxa de juros do mercado está em 10%. Logo o valor presente do título é 90,9. Ou seja, se alguém comprar por 90,9 e levar até o dia do vencimento, receberá os 100.

·       ai a taxa aumenta para 15%.  Imediatamente o valor a mercado do título cairá para 86,8 – para garantir os 15% de juros no vencimento.

Mesmo que os fundos levassem os títulos até o vencimento, para receber os 100, a nova regra obrigava-os a remarcar o valor da cota de acordo com o valor de negociação diária dos títulos.

Finalmente, lançou uma operação desastrosa de vender títulos pré-fixados amarrados a hedge cambial – visando empurrar goela abaixo do mercado os pré-fixados, em uma atitude de um voluntarismo tal que nada fica a dever às medidas de Dilma Rousseff, e muito mais ruinosa.

Os investidores passaram então a comprar o pacote, a ficar com o hedge e a desovar os pré-fixados no mercado. Esses títulos eram uma parcela ínfima do estoque de pré-fixados do mercado. Mas o valor das cotas de todos os papéis dependia das negociações diárias.

Quando os pré-fixados foram desovados no mercado, houve queda de sua cotação e imediatamente todos os fundos que tinham pré-fixado em carteira foram obrigados, pela marcação a mercado, a desvalorizar o valor de sua cota. Da noite para o dia, investidores se deram conta de que havia caído o saldo de suas aplicações nesses fundos.

Foi um pânico generalizado no mercado, que ajudou a fortalecer o falso temor de que, eleito, Lula confiscaria a poupança.

Foi uma barbeiragem tão grande que em muitas cabeças passou a impressão de ter sido intencional, para espalhar o temor nas eleições que se avizinhavam.

As medidas posteriores foram mero paliativo para impedir que a economia explodisse nas mãos de FHC como consequência dessa barbeiragem.

2.     Sustentou mundo afora que não haveria perigo de irresponsabilidade de Lula, pois as leis e cultura haviam mudado.

FHC baseia-se em uma versão falsa de ter conduzido a aproximação de Lula com o governo Bush Jr, versão devidamente desmascarada aqui por pessoas que participaram diretamente das reuniões prévias entre as equipes de Bush e de Lula. O principal homem de FHC em Washington, embaixador Rubens Barbosa, sempre acenou com fantasmas para o Departamento de Estado norte-americano.

3.     Pediu empréstimo ao FMI, com previa anuência dos candidatos.

Mas é óbvio que o FMI só emprestaria com aval do futuro presidente. Não se tratou de concessão, mas de um ato de moratória, quatro anos após o anterior, devido ao fato de adiar a tomada de medidas urgentes para não atrapalhar as eleições – prática que ele aponta em Dilma, em seu artigo.

FHC termina o artigo prevendo tempos duros, de autoritarismo e repressão.

E conclui: “Vejo fantasmas? Pode ser, mas é melhor cuidado do que não lhes dar atenção”.

É por essas e outras que jamais será a figura referencial que poderia ter sido, depois de deixar o poder.

Comprova o pior receio de Sérgio Motta quando, pouco antes de morrer, mandou um bilhete implorando: “Não se apequene”.

Luis Nassif

85 Comentários

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  1. O artigo do ilustre

    O artigo do ilustre ex-presidente, que a cada dia se apequena mais, não vai além de um panfleto eleitoral, escrito para o seu público de convertidos. Não toca, por exemplo, quando fala de economia, da perda de proeminência do Estado de São Paulo no PIB do país. Coincidentemente governado pelo seu partido há quase 20 anos, onde há o maior pessimismo com o governo federal. Interessante, não?

    De corrupção fala genericamente, como sempre. Sem lembrar as investigações que rondam o governo do estado, no qual não prospera nenhum requerimento de CPI.

    De falta d´água, que vai gerar demissões e encolhimento da economia, passou ao largo.

    Esquece um velho ditado – quem tem telhado de vidro não deve atacar pedras no do vizinho.

  2. A assessoria luxuosa que poderia ter sido

    Terminadas as eleições de 1994, estava no Baile do Havaí, na AABB de Araçatuba, com alguns colegas na mesa. O assunto era o próximo governo e as expectativas para 1995. Manifestei meu desalento com FHC, mas uma pálida esperança otimista: “Se ele ouvir ao menos 5% da dona Ruth, há uma chance, ainda que pequena”. Não houve essa chance, pois Antonio Carlos Magalhães e Sérgio Motta (“masturbação sociológica”) trataram de colocar dona Ruth completamente à margem das decisões políticas. FHC, ao invés de apoiar a mulher contra os dois trogloditas, enfiou o rabo entre as pernas. Questão de caráter. 

    1. O pavão FHC

      “Era deslumbrado com as pompas do poder, mas não com a possibilidade de mudar realidades.”

      A frase de Nassif define bem o caráter de FHC. Para ter sua vaidade afagada ele rifaria a própria mãe, quanto mais dona Ruth.

    2. Além de não defender ou

      Além de não defender ou apoiar a mulher, a trocou por uma aventureira, que o fez um cornudo que Nelson Gonzalvez talvez criasse!

  3. Por acaso ele está prevendo a

    Por acaso ele está prevendo a vitória do Aécio quando diz prever tempos duros de autoritarismo e repressão?

  4. Nassif, clap, clap, clap,

    Nassif, clap, clap, clap, clap, clap. Sempre vi no período FHC (incluindo o próprio), um bando de deslumbrados no poder.  Só para acrescentar: quem não recorda que Paulo Renato no Ministério da Educação propunha mensalidades nas universidades públicas? Por que ao invés disso, não implantar uma política de cotas? Essa turma do psdb sempre me pareceu distante da realidade e ainda se perguntam porque continuam em decadência…

  5. Eu destacaria ainda um outro

    Eu destacaria ainda um outro trecho, que me deixou pasmo:

    “As raízes deste quadro se abeberam em vários mananciais: os das dificuldades econômicas, da tragédia das políticas energéticas (vale Prêmio Nobel derrubar ao mesmo tempo o valor de bolsa da Petrobrás e as chances do etanol e ainda encalacrar as empresas de energia elétrica), da confusão administrativa, do pântano das corrupções, e assim por diante. Culpa da presidenta? Não necessariamente.”

     

    Quando o FHC deixou o governo a Petrobrás estava em franca decadência, os usineiros estavam quebrados e havia apagão no Brasil.

    E ele ainda tem coragem de falar de Petrobras, etanol e Energia Elétrica?

    Meu Deus.

    E, talvez ele não saiba, mas a queda do ” valor de bolsa da Petrobras”, não siginifica quase que absolutamente nada.

    Afinal, “valor de bolsa” é completamente inexplicável. Alguém da um espirro na Malásia e a bolsa cai.

    E ele deveria saber muito bem disto.

  6. A grande ilusão!
    FHC, como sua história de vida ilustra, sempre foi pequeno. Quem já votou nele, como eu até o momento em que ele se sentou na cadeira de prefeito sem os votos terem sido contados, apenas se iludiu voluntariamente.

  7. FHC sente falta…

    O que FHC sente mesmo é a falta, muiiita falta dos salões iluminados de além-mares onde outrora recebia loas aos seus discursos sociológico-burguês e o deleite de poder conferir a mega repercussão no Globo, Folha e Estadão do dia seguinte.

    Para quem se preparou a vida toda só para isso, sua condição atual é de um ostracismo muito doloroso, que assim não pode, não dá pra continuar.

  8. primeira pessoa

    Com seus artigos , sempre na primeira pessoa do singular , quer dar uma impressão de lider ,um lider sem liderados ou legado,ele gostaria de falar  por nós ,sem dúvida,as consequências de sua herança maldita influenciam até hoje estrategicamente os governos subsequentes ,como exemplos a oferta de ações da Petrobrás e o desmonte do sistema eletrico e de telecomunicações ao “mercado ” que não se furta de mostrar que a sua mão não é invisivel tentando influenciar o resultado das proximas   eleições

  9. Mais uma vez esse senhor,

    Mais uma vez esse senhor, numa entrevista ele disse que aquilo que mais sentia falta quando no poder era de alguem lhe abrindo as portas e de andar de helicoptero, esperar o que de um governante que pensa ssim. 

  10. O grande Lula explica o pequeno fhc

    Quando me perguntam como o Lula, que tinha tudo paa dar errado, virou este fenômeno politico planetário (e trouxe a surpeendente Dilma á tona), eu respondo que deve ter a mesma explicação de como o fhc, que tinha tudo para dar certo, apequenou-se tanto. Sào coisas da vida.

    Mas ao fhc não se basta ser pequeno, ele tenta ser o maior dos hipócritas para testar equjilibrar as coisas. Ninguem foi mais danoso a este país e ninguem negou tanto a quem dele esperava como este horroroso fhc. Sua atuação de ex-presidente é lastimável. Mas o auxílio desastroso do pig ajudou muito á sua destruição.

  11. FHC apenas seguiu o roteiro

    FHC apenas seguiu o roteiro do PSDB que optou pelo mercado. Armínio não caiu do céu.

    FHC ainda tentou se queixar com Clinton que aproveitou para lhe passar um pito chamando-o de incompetente, irresponsável e desonesto:

    Aos 3:30min. “Governos tem que ter bons sistemas financeiros e honestos”

    Aos 3:45min.  “A verdade é que, em muitos países em desenvolvimento, governos são muito fracos”.      Ao final da frase ele olha em direção à FHC. (3:50min)

    Aos 4:10min.  “Eu estive em São Paulo e Rio, duas das maiores cidades do mundo, dois lugares maravilhosos.  Mas há milhões de crianças lá que não tem nenhum futuro, a menos que suas famílias possam ter uma vida digna.

    [video: https://www.youtube.com/watch?v=MeAOen8vyiQ%5D

  12. É Nassif, esse seu amor mal

    É Nassif, esse seu amor mal resolvido com essa turma do PSDB um dia terá cura.

    “Amar” e não ser correspondido gera frustação.

    E o que é pior, essa turma nem filhote gerou para poder ter esperança no futuro.

    O PSDB acaba com essa geração.

    Mas fazer o que ? Vida que segue !

  13. mais um para o clube


    Um dos meus esportes prediletos também é detonar fhc,e embora as macro razões não faltem, talvez o que me incomode mesmo tenham sido as questões mundanas : 

    1- Foi no governo fhc que muitos amigos e familiares tiveram que mudar de país por falta de emprego.

    2- Foi no governo fhc que familiares aposentados passaram por uma crise que parecia não ter fim.

    3- Foi no governo fhc e Mário Covas que  São Paulo teve o periodo mais autoritário da sua história

    1. O pior não é isso.

      O pior é que foi um governo tão ruim, mas tão ruim (quem viveu aquela época sabe), que qualquer governo hoje acaba sendo melhor (ou menos pior). E aí ninguém pode criticar o governo atual, pois sempre vem alguém lembrar que com FHC era pior. 

  14. Que afirmativa é esta?

    Que afirmativa é esta?

    Nassif,

    Não me parece muito correto que Você, citando uma medida específica do governo FHC, faça uma comparação gratuita e genérica com “medidas de Dilma Rousseff”, que classifica como ruinosas.

    Não deveria citar quais medidas específicas de Dilma Rousseff, para dar validade e capacidade de aferição (por nós outros) à sua assertiva? Ou está querendo dizer que todas as medidas da Presidente foram ruinosas? E, sendo algumas ou todas, não lhe caberia dizer em que e para quem foram ruinosas? Se não, uma tal afirmativa fica parecendo até um ato (político) falho.

    1. Tirou de minha boca!

      Estava com esse trecho assinalado para comentar, mas antes resolvi procurar se alguém já havia comentado. Essa afirmação mineira de Nassif é comum quando critica a oposição.

  15. FHC,talvez, tenha sido sempre

    FHC,talvez, tenha sido sempre uma fraude.De si mesmo.

    Sentar na poltrona   do prefeito que se imaginava  eleito pelo imprevisível  povo de São Paulo era indicação  do que viria   a ser como ocupante temporário  no  assento federal,que o destino  lhe guardou em Brasília.

    Podia ter sido grande, era o que seu currículo apregoava e o marketing partidário e midiático sustentavam.

    Ao contrário de Getúlio ( esse  era o objetivo),começou  a torrar o patrimônio nacional,para pagar dívidas soberanas.

    Que o cidadão comum o faça,com seus próprios bens,são circunstâncias pessoais.

    Porém,fazê-lo,desconhecendo as consequências ,promovendo o enriquecimento de meia dúzia  de “mauricinhos” que sumiram e ficaram impunes ? Perdão, deixaram um laranja  para escandalizar com seu diversionismo a dignidade nacional burguesa: Alberto Cacciola.Colaborararm , a mídia que nunca deixou de ser o que realmente o PIG que sempre foi. E, os linchadores de ocasião, os quais  corre nas veias os fluidos udenistas  que conduziram o país à situações limites.

    Para concluir, tornou-se refém  da maior organização de comunicações da América do Sul,chantageado por um prosaico adultério com jornalista que lhe  empurrou uma falsa paternidade desmacarada  vinte anos depois.Saiu de cena  menor do que  entrara.Sem prestígio, apenas  sustentado pelos cúmplices da farsa  de que foi seu governo.

  16. FHC teve de ficar caladinho

    FHC teve de ficar caladinho sobre a administração da Copa do Mundo pelo governo. Fico imaginando o quanto ele queria escrever sobre os desastres que tinham ocorrido durante a Copa. Como aconteceu o oposto daquilo que ele e os seus abutres previam e torciam, engoliu a seco, com a goela entupida. Para desafogá-lo, alguém deve ter dado um tapa nas costas dele. “São Brás…São Brás…”

    FHC tem de orar muito por intenção de São Brás.

    São Brás é considerado protetor da garganta porque consta que uma mãe aflita jogou-se aos seus pés pedindo que socorresse o filho, que agonizava engasgado com uma espinha de peixe atravessada. O santo rezou, fez o sinal da cruz sobre o menino e este se levantou milagrosa e imediatamente como se nada lhe tivesse acontecido. 

    Naqueles anos de grandes perseguições aos cristãos, muitos eram torturados e mortos na mão dos poderosos pagãos. Brás abandonou o bispado e se protegeu na caverna de uma montanha isolada e mesmo assim, depois de descoberto e capturado, morreu em testemunho de sua fé sob as ordens do imperador Licínio, em 316. 

    1. O plano

      O plano era esse apostaram no fracasso da copa  com a intensificação dos protestos e o” fraco” crescimento da econômia ,a tempestade perfeita,Aécio seria apresentado como o homem da “conciliação”,faltou combinar com os russos . . . 

      1. E com o resto do mundo, que

        E com o resto do mundo, que foi só elogios ao Brasil, contrariando a opinião balizada de todos os piguentos… Assim não pode, assim não dá… 

    2. Matérias

      Cafezá, imagina a quantidade de matérias prontas para serem publicadas caso a copa do mundo tivesse ruído. A quantidade de papel jogado fora deve ter sido gigante…

  17. Penso , logo insisto …

    Penso , logo insisto … talvez , explique o patético esforço intelectual de FHC , na tentativa de influir no incômodo lugar da história que se avizinha perigosamente …

  18. FHC tem muito a ser

    FHC tem muito a ser criticado. Mas não se compara à figura ridícula de Lula, este sim um verdadeiro pavão arrogante. Se formos elencar as asneiras que Lula já disse, o post não terá fim. Quem era mesmo a favor de não pagar a dívida externa? FHC ou Lula? Está aí a Argentina como exemplo de resultado. Já se passaram doze (!!!) anos de governo petista e alguns apoiadores do governo ainda vem falar de herança maldita. Quem foi mesmo contra a Lei de Responsabilidad Fiscal? FHC ou Lula? E ainda mais, depois de eleito, Lula disse que era contra apenas porque era oposição. Ora, faça-me o favor… Quem chama de estadista alguém como Lula, que age pensando tão pequeno, ou é néscio ou simples torcedor…

    Antes de FHC vivíamos aos sobressaltos, especulando se a qualqer momento, na calada da noite, viria alguma medida econômica para virar a situação de pernas para o ar, numa total falta de previsibilidade para os investimentos. FHC foi quem mudou essa situação. A inflação alta, derrubada por FHC (como ministro), representou enorme ganho salarial para todos os brasileiros (nesse ponto o provinciano e mercurial Itamar Franco teve mérito). E Lula chamando o Plano Real de estelionato eleitoral…

    Quanto à marcação de mercado dos fundos de investimento,  pergunto ao Nassif como fazem no exterior. Não é assim também? Quando alguém pede resgate de cotas, não há venda de títulos pelo valor de mercado, que depende da taxa de juros? Se o resgate fosse feito pelo valor de face, os últimos a sair do fundo micavam com os títulos a valor real…

    1. Só vou responder do que sei.

      Só vou responder do que sei. A lei de responsabilidade fiscal foi feita pelo FHC, quase ao final de seu governo e tem o grande mérito de servir perfeitamente aos ditames do neoliberalismo, com Estado mínimo, de preferência ausente. Essa lei, como outras menos famosas, engessam as ações dos gestores de tal maneira, que a pecha de incompetência do serviço público fica plenamente justificada. É uma lei maldosa, que parte do pressuposto que todos são culpados, desonestos e irresponsáveis. Ou estão tramando para ser

      1. Bem isso

        Além de transformar os Prefeitos e Governadores democraticamente eleitos em meros “gerentões”, a tal Lei atravancou ainda mais o Judiciário, abarrotando-o com milhões de execuções fiscais inócuas – muitas delas com valor da causa menor que o custo da petição inicial – que são ajuizadas somente para livrar os “gerentões” das penas nela previstas!

         

         

         

         

      2. Então vou contar algo que

        Então vou contar algo que talvez você não saiba: antes dela os governantes gastavam à tripa forra e o governante seguinte que se arranjasse para pagar os débitos. Não tem nada a ver com estado mínimo, tem a ver com equilíbrio de contas. A Lei engessa as ações dos gestores de uma forma boa, impedindo ações irresponsáveis, tais como vemos na Argentina. Ela não parte de nenhum pressuposto sobre os governantes, apenas limita iniciativas danosas ao equilíbrio financeiro.

        Talvez usando a linguagem de Lula fique mais fácil de entender: quando um pai de família recebe o salário, ele paga a conta do armazém, os crediários e a fatura do cartão; só o que sobrar ele pode comprometer com novos gastos; não pode só ir gastando porque a patroa quer tirar um jogo de cozinha novo nas Casa Bahia e a filha quer trocar de novo de celular. Ele sabe que a alegria vai ser passageira e depois só vem dor de cabeça e cobradores batendo na porta.

         

        1. Esses pronunciamentos foram

          Esses pronunciamentos foram feitos em 2012/13. De lá prá cá o situação agravou-se ainda mais. O estado está às portas da falência e tem as suas próximas quatro ou cinco gestões absolutamente comprometidas e sem a menor possibilidade de novos investimentos. O deputado Sávio Souza Cruz dá uma aulas magnas sobre o “jeitinho demotucano de governar”. 

          O Brasil precisa ser alertado sobre o PERIGO QUE MORA EM MINAS. 

           

          [video:https://www.youtube.com/watch?v=r2zAyOeZvyU%5D

           

          [video:https://www.youtube.com/watch?v=Y_R76FD7fVg%5D

           

          [video:https://www.youtube.com/watch?v=-i4G6442zug%5D

           

           

           

           

    2. É verdade, depois de FHC, ou

      É verdade, depois de FHC, ou melhor de Itamar Franco – o Presidente da República que implantou o Plano Real, acabaram os sobressaltos e veio a estabilidade da pobreza. Eu não esqueço os salários da época e os apertos que passamos quando caiu a hipocrisia da paridade do dólar. Foi uma maravilha!

      Agora, se você quer defender um governo de oito anos apenas por causa da Lei de responsabilidade fiscal, fique à vontade, já que é uma questão de gosto. Sim, porque o Plano real foi na gestão Itamar, então da era FHC só ficou a LRF. para mim, destacaria também as privatizações, o sucateamento das universidades públicas e  a incompetente e subserviente política de relaçòes exteriores.

      Algumas medidas administrativas de gestão do Estado, tomadas por Bresser Pereira no Governo FHC, foram eficientes, mas não suficientes como projeto de Estado, entende? É disso que trata o post, sobre ser estadista. Administrar, até síndico de prédio aprende, mas projetar e realizar um país é para poucos. E FHC não está entre esses poucos. mas não fique triste, porque ele não está sozinho; junto com ele temos Obama, Tony Blair e todos seus descendentes dos quais nem os nomes a gente lembra, Menen e outros gerentes de projetos alheios. Reza a lenda que o estadista da era FHC foi Sérgio Motta.

    1. Tem razão

      Foi em 1999, na quebradeira pós reeleição e valorização do dolar no Plano Real II, Armínio Fraga elevou a taxa de juros aos histórico 45% para conter a evasão de dolares do Brasil. O Brasil tinha quebrado pela segunda vez!

  19. Sim, poderia ser maior, mas está em campanha.

    Olá Nassif,
        
        .
                        “Era deslumbrado com as pompas do poder, mas não com a possibilidade de mudar realidades.”
       .
    Acho uma definição muito clara e concisa. A tática consagrade pelo ex-presidente para se livrar de perguntas inconvenientes durante seu governo, se tornaram memoráveis. Uma expressão irônica, com uma resposta escorragadia, que logo era colocada na primeira página da mídia e assuntos encerrado. Seria um atentado à democracia ter revogado a destituído a comissão para investigar a corrupção no primeiro ato do seu governo ? Seria um atentado à democracia ter ordenado o engavetamento de tantos e tantos processos de investigação contra o seu governo durante sua gestão  ? Seria um atentado à democracia ter governado para poucos (muito poucos!), em detrimento de muitos ?  Enfim, teriamos tantas e tantas perguntas aqui sobre “atentados à democracia” durante o seu governo!
       .
                “É por essas e outras que jamais será a figura reverencial que poderia ter sido, depois de deixar o poder.”
         .
    Nem reverencial e nem referencial. Não foi um governo que se preocupou com o desenvolvimento e a prova disso é o quanto ele investiu na educação (ponto).

    Como ele diz ao final, talvez seja um  “estado de espírito”. Eu, no lugar dele, teria a mesma sensação. Afinal, com todo o apoio da mídia e do capital especulativo internacional que não está nem aí com o populacho, e ainda estar ameaçado de perder no primeiro turno, eu também estaria pessimista e tendo “estados de espírito” catastróficos.

    Não é manipulação do governo, Sr ex-presidente. É o rachaço ao que o Sr prega. É o rechaço à política subserviente do seu partido que atende interesses outros que não o interesses da sociedade brasileira em sua maioria. O PSDB precisa entender isso sob pena de ser riscado da política brasileira para sempre.

     

  20. Será que já está pressentindo

    Será que já está pressentindo a derrota em outubro? Esse tipo de amargura e de ressentimento é típico do fracasso e dos fracassados. .

    Mas há muitas outras coisas a se debitar ao personagem em questão.

    A meu ver, uma das piores coisas do PSDB foi o ataque às universidades federais do Brasil. Nos anos 1990 (governo tucano) as universidades públicas viveram uma crise gravíssima: arrocho salarial, total falta de investimentos, aposentadoria precoce de professores. Falava-se muito em sucateamento. A estratégia do PSDB era essa mesmo: desacreditar, para depois privatizar.

    Isso não pode ser esquecido. Um governo que tinha à frente um professor universitário de renome agiu dessa maneira com as universidades públicas do país. Universidades que sempre foram um espaço fundamental de produção e de difusão do conhecimento, e uma garantia de ascensão social para inúmeras gerações. Por isso mesmo, eu digo NÃO ao PSDB! Eu digo NÃO à destruição das universidades federais brasileiras!

    1. Pois é, os anos 90 foram os

      Pois é, os anos 90 foram os piores para se relembrar, desemprego em alta, preços altos, juros nas alturas… Enquanto isso, aqui em São Paulo, Covas fazia a parte dele em relação às universidades estaduais, FATEC’s e ETE’s, as quais eles também queriam privatizar… Eu era estudante da FATEC e me lembro bem que houve greve de professores e funcionários contra esses planos macabros… Graças a Deus, o desgoverno federal do psdb ruiu e os tucanos se encolheram com relação aos seus planos, mas que ninguém duvide de que se retornarem, voltarão a isso e muito mais… Desses fantasmas, tenho medo!!

  21. Resumido, pronto e mal-acabado.

       O que era um espectro de ceia ,  um banquete ,foi-se acabando , murchando ,desidratando. Até virar uma coxinha.

  22. Já começou pequeno

    Pois é! Mesmo votando em Lula desde sempre, me conformei com a vitória de FHC em 2004, acreditando que seria também uma boa opção, tendo em vista sua história e tudo mais. 

    Mas de cara, me decepcionei: logo apos a vitória, quando se dirigia com a família para uma fazenda sua em Minas, foi flagrado pela PF por excesso de velocidade.

    Para um presidente eleito, que quisesse dar uma de estadista, e mostrar que as leis tem que ser cumpridas, o que foi que FHC fez? Deu um carteiraço, e ficou por isso mesmo….

    Mau começo!

  23. FHC nunca trabalhou para o

    FHC nunca trabalhou para o seu candidato, percorreu o mundo garantindo que Lula manteria todos os seus programas e ainda iria ampliar mais alguns como o social. O ProUni, que FHC começo com alguns trocados, iria encher o bolso da rede provada com bilhões,….  E isso já estava combinado desde de Golbery. Todos esses era para fazer o bolo crescer, Lulapetismo era para repartir isso e iria precisar de uns 100 anos de poder

     

    ==================

    [  “O que fez o PSDB quando as pesquisas eleitorais de 2002 apontavam para a possível vitória do PT?”.

    1.     Elevou os juros, mesmo antes das eleições, reduzindo as próprias chances eleitorais]

  24. Ainda na vertical, ou esqueceu de cair!!!!!!!!!!!!!!!!

    O mais sádico, para não dizer engraçado é que mesmo fora do governo todos estes anos, continua ser referência para os neo-conservadores que insistem em desconstruir Lula e atacar agresssivamente a atual presidente!

    Em outro país, os ex-presidentes se recolhem a suas insignificancias, e se peneteciam de seus erros, quando aqui ao contrário, são ainda lembrados como referência, ainda que os dados registrados em seus governos, tenham sido funestos.

    Mas, eles só existem na medida que os citamos, e aos que os considera exemplos, é porque são tão medíocres com eles!

    Reforçando e atualizando,  o que disse Motta : ” Não se apequene”!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  25. Meu Deus

    pior de tudo é que essa nossa elite cabeça fraca baba quando escuta o “Fracassado Henrique Cardoso” (como tem num comentário acima, gostei) vomitar asneiras sem pé nem cabeça nos jornais ainda diz “esse é o cara que o Brasil precisa”. Para mim é um (pseudo)-intelectual, iludido e medíocre.

    Dona Ruth Cardoso (que Deus a tenha), deve estar dizendo: cala a boca FEFE.

    1. Falta referência filosófica

      O problema da elite direitóide (elite existe em qualquer nicho do conhecimento humano) é a falta de alguém com perfil liberto de amarras fascistas e tendenciosas. As que poderiam ser venderam suas penas para interesses corporativos e financeiros. Ficaram tão viciadas que não conseguem mais produzir ideias que prestem. Ficaram num repeteco igual missa dominical, há 1500 anos lendo a mesma coisa e falando do mesmo jeito. Fossilizaram seus neurônios.

  26. acho que o fhc virou vazio,

    acho que o fhc virou vazio, virou vento.

    não o vento benfazejo, o mal cheiroso,o pum,  aquele criado pelo vina na arca de bnoé:

    O Vento

    não tenho cor

    não tenho forma

    não tenho cheiro

    peso nenhum

    quando sou forte me chamam vento

    quando sou fraco me chamam PUM!

     

  27. Falta de referência

    “… um desses sábios referenciais dos quais toda Nação necessita, os mais velhos que trabalham para mostrar rumos, para conciliar, para ajudar na construção de consensos.”

    Na mosca. A falta de figuras referencias é, talvez, a maior das nossas carências. Não fomos capazes de gerar um desses sábios, que sejam uma espécie de consciência da Nação, ou o que os franceses costuma(va)m chamar de “reserva da República”. O oportunismo política mais rasteiro devora os que poderiam vir a sê-lo.

    Acho que ainda está nas telas o filme italiano “Viva a Liberdade”. É uma comédia política deliciosa. A certa altura de uma encrenca formidável em que a Itália se metia, um dos personagens que se encontra no olho do furacão, sem saber como resolvê-la, vai ter com um desses sábios: um velhote doente, à beira da morte. Que diz a verdade que seus correligionários, preocupados com as eleições, não conseguiem enxergar. Filme imperdível, além de diversão garantida.

    Me fez lembrar, o filme, da célebre história de Sólon. Pisístrato, um oportunista que pretendia tomar o poder, pede à ágora o direito de montar uma espécie de exército pessoal, para alcançar seus fins (era um modo de se chegar ao poder, para quem não sabia). A Assembléia, acovardada, dispõe-se a conceder-lhe. O velho Sólon — octogenário, se bem me lembro –, ao ver ameaçada a liberdade de Atenas, comparece à ágora. Vem “armado” apenas de sua couraça e de seu escudo, deixando em casa a espada, para assim simbolizar que vem apenas, como dizemos nós, armado de cara e coragem. Com isso quer denunciar os fins de Pisístrato, ao querer se impor pela força das armas, e a covardia de seus concidadãos: “sou mais sábio do que os que não compreenderam os maus desígnios de Pisístrato, e mais corajoso do que os que os conhecem e se calam por terem medo”, diz. Os medrosos replicam que Sólon estava louco. E Sólon: “Se sou louco, sabereis dentro em breve, quando a verdade vier a luz.”

    Ó, Sólon, que falta nos fazes!

  28. Com esse outro brilhante

    Com esse outro brilhante artigo, Luis Nassif além de desconstruir detalhadamente o ególatra, reitera o apelo já feito anteriormente por Sergio Motta: Não se apeque! E e o estente ao PIG, onde FHC ainda consegue fazer sucesso segundo PHA e muitos outros. Seria o abraço de agogados?

  29. Histórias que não aparecem à luz do Sol?

    Me lembro de ter lido ou ouvido em entrevista, de que na época da UNE, em alguma greve depois do golpe, de que estudantes iriam distribuir alimentos para ajudar o pessoal em alguma greve. De repente, aparece o Príncipe com uma equipe de TV, ele tira o paletó, arregaça as mangas e começa a pegar o que estava no caminhão das doações, vai distribuindo e a equipe filmando. Logo encerram o momento midiático, recolhem tudo e vão embora. Os que estavam organizando ficaram de boca aberta sem entender o que ocorria. Alguém mais se lembra dessa história pq eu não se mais onde encontrar, pois se ainda existe com testemunha, provaria que ele foi um ator desde o começo, talvez orientado pela CIA  para futuras aparições no senário político.

    1. Isso me lembra a foto de

      Isso me lembra a foto de Aécio e Alckmin, ou melhor, Geraldo, tomando café no boteco… pura demagogia pra parecerem gente do povo. Me engana que eu gosto.

    2. Isso me lembra a foto de

      Isso me lembra a foto de Aécio e Alckmin, ou melhor, Geraldo, tomando café no boteco… pura demagogia pra parecerem gente do povo. Me engana que eu gosto.

    1. Centenas de covardes

      Centenas de covardes agredindo uma Mulher, verbalmente com varios palavrões e um Presidenciavel endossando,é um Otimo exemplo!!

  30. FHC e arte de se apequenar antes de depois

    Olá, meu caro Nassif.

    Quer dizer que o livro “18 dias – Quando Lula e FHC se uniram para conquistar o apoio de Bush” do Matias Sperktor, até o título é indevido? 

    Abraços

    Ciro Bezerra / São Lourenço da Mata – PE

  31. FHC queria “acalmar o mercado”

    Perdi meu tempo lendo o panfleto eleitoral do ex-presidente. Me chamou a atenção ele afirmar que agiu para “acalmar o mercado”. Conclusão, além de ser pequeno, não se negou a ficar de quatro para “acalmar o mercado”, ocupando o maior cargo da democracia brasileira.

    Hoje, o governo brasileiro com reservas próximas de 400 bilhões e o mercado com raiva do governo, por não deixar especularem com a Petrobrás, o ex-presidente FHC continua panfletando de quatro para “acalmar o mercado”!!! (este não levanta as calças nunca mais!). Impressionante, o FHC vive para “agradar o mercado”.

    Por favor, alguém que tenha acesso a este homem, promova uma entrevista com o dito cujo, e a pauta sera apenas para falar das ‘REALIZAÇÕES SOCIAIS DOS OITO ANOS DA ERA FHC”. Sinto falta deste tema, uma vez que quando falam da época do governo deste homem, só lembram de plano real, estabilidade, marcação de mercado…temas do todo poderoso… mercado.

    Um grande amigo meu, umbilicalmente ligado do mercado financeiro (eleitor do PSDB) diz o seguinte sobre as diferenças entre PSDB e PT: o “mercado” prefere o PSDB no poder porque tem a certeza de que vai ganhar mais dinheiro do que estando o PT no comando. O povo é um mero detalhe.

    Conclusão: a questão é de análise de risco. O mercado vai ganhar de qualquer jeito, mas prefere na renda fixa atrelado aos altos juros dos títulos do governo, ao invés de correr risco e aplicar em produção. Morrem de saudades do Armínio Fraga e suas mirabolantes explicações técnicas para manter os jurtos nas alturas.

    Desanima, mas a realidade é esta: quem manda mesmo é o dinheiro.

    Saudações a todos.

  32. “Vejo fantasmas? Pode ser,

    “Vejo fantasmas? Pode ser, mas é melhor cuidado do que não lhes dar atenção”

     

    Esta é uma frase covarde, pois dá credibilidade para um boato, sem afirmar que acredita nele.

    É uma frase que poderíamos esperar ouvir de uma velha fofoqueira, que espalha maledicências acompanhadas de um bordão: “não sei se é verdade, mas é melhor não descuidar”.

     

  33. ideologia

    Ainda tenho um sonho, ver o povo Brasileiro votando por ideologia politica e não neste ou naquele como se fosse clubes esportivos.

  34. O Pequenino Apequenado FHC.

    Eu li o artigo do FHC na Folha. Ridículo, pois tudo que ele escreveu sobre o governo Dilma e o PT, são palavras usadas em seu governo durante os seus dois mandatos, pois todas as descrições negativas de: desemprego, distanciamento das camadas pobres, etc. Ocorreram em seu governo. Para mim esse FHC é um grandessíssimos imbecil de carteirinha, pois só bobo que não enxerga. Mas como o povo brasileiro não é nem um pouco bobo, esse FHC escreveu essas besteiras para os assinantes bobo da Folha.

  35. o nassif baseia o seu

    o nassif baseia o seu comentário no terço final do artigo do FHC; pode ser que o nassif tenha razão. Mas interessante mesmo seria o comentário, parágrafo por parágrafo, dos primeiros dois terços do artigo, onde são relatadas as mazelas do governo da presidenta dilma.

    1.   As mazelas que ele, JUSTO

        As mazelas que ele, JUSTO ELE identifica como tal?

        Depois de FHC, qualquer governo é espetacular. E é só isso que o seu PSDB tem a nos oferecer.

        Eu até torci por uma oposição mais séria, porque não estou exatamente radiante com o governo Dilma, mas se a alternativa é esse pessoal… pfffff

  36. FHC e a arte de se apequenar antes e depois

    Excelente artigo.

    Só faria uma correção quando o Nassif diz “Pequeno antes, manteve-se pequeno depois.”

    O mais apropriado seria “Pequeno antes, menor depois”

  37. Só um dado: como

    Só um dado: como presidente-sociólogo não criou uma única universidade ou centro tecnoloógico. Pequeno ? Nasceu anão !

  38. Não perco mais meu tempo

    Não perco mais meu tempo lendo as bazófias de quem, sentindo se aproximar o crepúsculo da vida, tenta desesperadamente se justificar perante seus patrícios através da depreciação de quem mostrou ser melhor do que ele. 

    Eu VIVI a Era FHC. Sou testemunha do quanto o país sofreu com essa pequenez política dele. Se já era vaidoso, na presidência essa falha de caráter alcançou o paroxismo. Mas tenho dados também objetivos para arguir.

    Como gerente do Banco do Brasil assumi minha primeira agência em julho/1994, exatamente na época do lançamento do Plano Real bancado por Itamar Franco. Um parêntesis antes de continuar: ora, o PT era oposição, a única oposição. Antes desse plano vários tinham gorado e só aumentavam os desajustes na economia. Por que o PT teria que aceitá-lo? Quem poderia entrever que daria certo dessa vez, ou, dito de outra maneira, por que não desconfiar que seria apenas “mais um”? Esse argumento de que o PT não votou no Plano Real é CRETINO porque se reveste como profecia do passado. Fecha parêntesis. 

    Pois bem. Como administrador de agências NUNCA, jamais, nos oito anos dos governos dele houve descontingenciamento de recursos. Até para operações comerciais, ou seja, não subsidiadas, tínhamos amarras orçamentárias. Vivíamos a suplicar recursos na supetintendência estadual. Para inversões, investimentos,  nada. Èramos gerentes apenas para vender títulos de capitalização e seguros. Os empréstimos eram de curtíssimo ou curto prazo. Os juros escorchantes. Milhares de empreendores quebraram no Ceará. Em Fortaleza teve ruas em que todos os comerciantes faliram. 

    Fiz economia em 1997(não terminei). Na Federal do Ceará a grita dos professores era grande. Até giz faltava. Salários? Congelados. A infraestrutura, em ruínas. Até os ventiladores eram quebrados. As BRs aqui do Ceará pareciam a Lua: cheia de buracos. Como viajava muito a serviço, perdi, no mínimo, oito pneus. Enfim, até onde pude assistir, vivemos uma época de paralisias. Para segurar a inflação, apertou-se o câmbio e elevou-se os juros em patamares inauditos. A dívida interna, por consequência, subiu como foguete. 

    O que se tinha à farra era pronunciamento do Malan na TV justificando os arrochos através de um economês em que não faltavam termos como “ex-ante”, “demanda reprimida” e correlatos. 

    Na área externa, total alinhamento com os EUA. Não existia o chamado terceiro mundo na diplomacia FHCeana. Só sabujice a “grande irmão do Norte”. Fizeram até nosso embaixador tirar os sapatos nos aeroportos após o 11/09.

    O que tenho a aprender mesmo com o palavreado do “princípe”. Nada. 

     

    1. Quem viveu, sabe… fiquei

      Quem viveu, sabe… fiquei desempregada 3 anos durante seu governo, mesmo tendo curso superior… era um terror pra arrumar um mísero emprego… psdb, nunca mais! Já basta o que passamos aqui em SP.

  39. FHCfóbicos, em que planeta vocês vivem ???

    Sinto destoar deste côro “ FHCfóbico”, mas chego a me perguntar em que planeta vivem  estes críticos ? Julgar uma figura como FHC como pequeno, apenas por episódios pontuais como os retratados denota uma miopia política, histórica e econômica impar.  Vamos aos fatos e ao contexto: Basta lembrar aqueles tempos, final de 80, início de 90, pós abertura política, instituições destroçadas, inflação galopante, farra fiscal dos estados com emissão de papéis, instituições financeiras em crise e sem transparência, infraestrutura precária, miséria agravada pela inflação, tantos e tantos planos e governos tentando sem sucesso “arrumar a casa” . Coube a FHC, um sociólogo, em 1994 a tarefa de iniciar a arrumação.  Ter combatido  a inflação com o plano real, contribuindo para uma imensa parcela da população sair da miséria absoluta, teria por si só digno de eternização.  Mas de nada valeria o Plano Real se as causas da inflação não fossem combatidas, ou seja o Brasil precisava de reformas. Então foi além, lançou os alicerces institucionais para o Brasil que somos hoje. Só para citar, organizou o sistema financeiro com o PROER, preservando os correntistas e garantindo a estabilidade institucional no país. Promoveu a privatização promovendo a melhora dos serviços e desonerando o Estado de prover investimentos e levantar recursos para o seu verdadeiro papel. Antes uma linha de celular era ativo de declaração de IR ! Implantou a Lei de Responsabilidade Fiscal, saneou os Estados absorvendo as dívidas internas e externas absurdas que que muitos estados tinham contraído. Herdou uma enorme dívida pública, interna e externa. Tentou ampliar as reformas previdenciária e tributária que garantiriam um melhor controle das contas públicas mas foi muitas vezes boicotado por partidos fisiológicos como o PT, PMDB, PP e outros anões políticos. O cenário mundial também não foi o céu de brigadeiro que o sortudo Lula teve nas mãos  e desperdiçou. FHC passou por crises mundiais como a do México (1995), dos Tigres Asiáticos (1997), da Russia (1998), a crise Argentina (2001) e os atentados nos EUA (2001).  Errou sim  com a equivocada adoção da Ancora Cambial, mas em 1999 admitiu o erro e adotou o câmbio flutuante. A desvalorização cambial foi inevitável, mas FHC teve a grandeza de corrigir o rumo. FHC lançou as bases sólidas da Política Econômica vigente até hoje que são as metas de inflação, câmbio flutuante, independência do Bacen e meta de superávit primário, políticas que o governo do PT está destruindo.  Foi no governo FHC que o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano começou a subir, políticas sociais começaram a ser implantadas, mas com parcimônia, de acordo com o caixa da União. O Brasil começou a ser visto pelo mundo com respeito. Pode-se assinalar suspeitas de escândalos aqui ou acolá, erros e desacertos, afinal se ninguém é perfeito, que dirá governos, mas que não chegaram nem aos pés dos da Gestão PT em matéria de corrupção e incompetência. O mérito do conjunto da obra de FHC é incontestável, tanto é que não o fosse, o Governo Lula, que “cuspiu no prato que comeu “ não teria condições mínimas de governabilidade.  Criticar hoje o governo FHC é criticar a construção dos alicerces de uma obra. Este texto é um desabado cansado de ouvir e ler de FHCfóbicos  “pataquadas histéricas”  e sem fundamento a respeito.

    1. FHC

      “Ter combatido  a inflação com o plano real, contribuindo para uma imensa parcela da população sair da miséria absoluta, teria por si só digno de eternização.” Duvido que tenha lido o plano antes da implantação, se leu não entendeu nada (mal sabe a taboada do 7). Simplesmente confiou (como Sarney e Collor) nos economistas de sua equipe.

      “O cenário mundial também não foi o céu de brigadeiro que o sortudo Lula teve nas mãos  e desperdiçou. FHC passou por crises mundiais como a do México (1995), dos Tigres Asiáticos (1997), da Russia (1998), a crise Argentina (2001) e os atentados nos EUA (2001).” O sortudo do Lula pegou a crise de 2008. Se somar as crises do FHC e comparar com a de 2008 não passa das canelas.

      “O Brasil começou a ser visto pelo mundo com respeito. Pode-se assinalar suspeitas de escândalos aqui ou acolá, erros e desacertos, afinal se ninguém é perfeito, que dirá governos, mas que não chegaram nem aos pés dos da Gestão PT em matéria de corrupção e incompetência. O mérito do conjunto da obra de FHC é incontestável, tanto é que não o fosse, o Governo Lula, que “cuspiu no prato que comeu “ não teria condições mínimas de governabilidade.” No período FHC, a corrupção era tratada como “suspeitas de escândalos aqui e acolá” (tucanaram a propina). Incompetência é chegar a 45% de juros, 2 idas ao FMI, desemprego a 20%, etc, etc.

    2. E você, em que país vivia? O

      E você, em que país vivia? O artigo do Nassif é corretíssimo. FHC apequenou-se em todas as ocasiões em que foi realmente exigido. Fez uma administração fraca e medrosa, tirou os sapatos , e outros trajaes, a cada soluço do mercado. Querer comparar as crises internacionais pela quais o governo FHC passou com acrise de 2008 beira a desonestidade intelectual! 

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