Foi um voto de confiança, por Antonio Delfim Netto

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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do Valor

Foi um voto de confiança

Por Antonio Delfim Netto

Com uma população de 203 milhões de habitantes e 143 milhões de eleitores, 113 milhões foram às urnas e 55 milhões (38% dos potenciais eleitores) escolheram a ilustre sra. Dilma Rousseff para conduzir, no período 2015-2018, o esforço coletivo que continuará a construir a sociedade “civilizada” expressa na Constituição de 1988.

A Constituição propõe uma organização social na qual: 1) os cidadãos são absolutamente livres para escolher como querem construir e usufruir suas vidas; 2) existem instituições que incentivam, permanentemente, a geração de crescente igualdade de oportunidades para que, cada vez menos, a vida de cada cidadão dependa do acidente de seu nascimento; e 3) assiste-se aos que, por qualquer motivo, tiveram menor oportunidade e trata-se de capacitá-los para que possam viver suas vidas com dignidade. Essa organização social não se confunde com a organização econômica da sociedade. Uma boa gestão material da economia é apenas condição necessária, mas não suficiente, para a conquista da sociedade “civilizada”.

É preciso reconhecer que não estamos à beira do apocalipse

Por que a proposta da oposição encontrou dificuldades? Na minha opinião, por quatro motivos: 1) porque a discussão centrou-se em temas econômicos abstratos, cujas consequências estão muito distantes dos interesses imediatos dos cidadãos comuns; 2) porque faltou-lhe convicção e “credibilidade” ao afirmar que continuaria a apoiar a política de inclusão social; 3) porque ignorou que o “pífio” aumento da renda foi sentido apenas pelos 40% dos eleitores com renda familiar superior a três salários mínimos, enquanto os outros 60% beneficiaram-se de uma formidável política de transferência de renda e, por último, mas muito importante; 4) porque recebeu solidariedade implícita do significativo contingente eleitoral que preconceituosamente considera “imoral” a bem-sucedida política de inclusão social.

Trata-se de uma assimetria deplorável e intransponível: o governo Dilma perdeu a “credibilidade” junto ao setor produtivo com seu intervencionismo bem-intencionado, sacrificou o equilíbrio fiscal e o crescimento para manter a “credibilidade” da política de inclusão social, o que lhe deu o segundo mandato. A oposição pregou desde o início que era portadora da “credibilidade” do setor produtivo, mas o seu comportamento passado e a falta de convicção presente, recusaram-lhe a “credibilidade” na inclusão social.

A presidente Dilma recebeu um novo voto de confiança que lhe dá a oportunidade de voltar ao seu discurso original de 2011, “produzir mais com menos”, que é sinônimo de produtividade e aumento do crescimento, e dar continuidade à política de inclusão social apoiada na igualdade de oportunidades.

Ainda que a conjuntura externa não tenha sido particularmente favorável, é preciso reconhecer que na área econômica os resultados de 2011-2014 deixam muito a desejar: 1) crescimento médio do PIB per capita de 0,8% ao ano; 2) taxa de inflação média anual de 6,2% e 3) a despeito do baixo crescimento, um déficit acumulado em conta corrente de US$ 270 bilhões.

O gráfico abaixo, que revela o comportamento de um “índice do bem-estar” (que leva em conta o crescimento da renda média real corrigido pelo índice de igualdade), mostra que ele atingiu uma estabilidade que, em breve, poderá mudar o humor do “andar de baixo”, que foi fundamental no resultado da eleição. Isso será um desastre para a “credibilidade” da inclusão social e, certamente, tornará ainda mais difícil o quatriênio 2015-2018.

É preciso reconhecer que não estamos à beira do apocalipse. A taxa de inflação não está “fora de controle”. A política fiscal, em consequência do baixo crescimento, tem tolerado déficits nominais maiores, uma deterioração do superávit primário e leve aumento da relação dívida bruta/PIB. A política cambial tem convivido com um déficit em conta corrente insustentável. Tudo isso é corrigível, sem comoção ou “freio de arrumação” paralisante.

Precisamos é um programa que: 1) reconheça as limitações impostas pela contabilidade nacional; 2) use o sistema de preços na alocação dos fatores de produção e nas escolhas dos consumidores; 3) coordene as políticas fiscal, salarial, monetária e cambial; 4) reconheça que sem uma política industrial realista, o crescimento do PIB não voltará;e que 5) sem o crescimento do PIB nada acontecerá. O Brasil deu um voto de confiança à sra. Dilma Rousseff. Agora é obrigação de todos ajudá-la a honrá-lo.

Antonio Delfim Netto é professor emérito da FEA-USP, ex-ministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento. Escreve às terças-feiras

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

13 Comentários

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  1. A reação da Dilma intimidou a

    A reação da Dilma intimidou a globo…

    Quando chamou de “Golpe” o ataque da veja e reagiu…

    Devia haver um “pacto” entre eles e assim que Veja soltasse a reportagem TODOS iriam atras…

    Por isso a folha falou que a globo “amarelou”…

    A coisa desandou quando em 2 momentos ao vivo, os militantes petistas brindaram o bonner e a globo com bordões amplamente conhecidos e a DIlma em um deles, não pediu silêncio…

    Isso para os simbolistas globais significa “Lei dos Médios”, coisa BANAL PARA AMERICANOS, INGLESES e etc., mas palavrão para os donos da Mídia no Brasil!

    O motivo é simples: para eles O POVO BRASILEIRO É GADO!

    E gado, a gente engorda e usa…

    Os paulistas não os desmentiram…

    Eles não são melhores que mídia estrangeira para ter os privilégios que as outras não têm…

    Mas, os BRASILEIROS, para eles SÃO PIORES que americanos, ingleses e etc., e não merecem o status que os outros povos têm…

    E será preciso que o povo BRASILEIRO tome conhecimento, que para os barões da mídia somos um povo de SEGUNDA CATEGORIA…

     

    1. Até quando um povo de segunda categoria?

      Concordo em princípio com a sua crítica, Marcos Antonio, direi apenas que o brasileiro continuará sendo AINDA um povo de segunda categoria enquanto democracia não passar de uma idéia abstrata nas bocas de muitas pessoas. Enquanto uma parte do povo (justamente a quem mais exalta e venera os valores das sociedades que você citou!), a mais abastada, for para um estádio de futebol em um momento em que todas as câmeras do mundo inteiro se concentram sobre o Brasil para insultar (e da mais forma mais vulgar, a mais injuriosa) a pessoa que, diante do mundo, representa o Brasil (e uma mulher, ainda por cima, o que demonstrou que esse grupo de brasileiros jamais ouviu falar de cavalheirismo na vida dele), a nossa sociedade continuará sendo um povo de segunda categoria.

      A violência de setores sociais de direita para com os eleitores do PT, e em todo o Brasil, assemelhou-se às demonstrações mais intolerantes da História e que jamais imaginer que pudessem se reproduzir no Brasil. O que vi nas ruas de São Paulo no sábado e domingo, 25 e 26 de outubro de 2014, lembrou-me os chamados “pogroms” na Europa dos anos 30, as demonstrações de ódio racial dos camisas pardas do Nacional-Socialismo, e não estou sendo exagerado ao dizê-lo. Por um momento, eu reproduzi a frase de Francelino Pereira: Mas… que país é este ? custava-me crer que eu estivesse no meu país, no Brasil, numa rua de São Paulo, minha cidade. Berlim, 1933. 

      É claro que o ódio contra o PT é apenas o ódio a um símbolo, não se deixem iludir. Tenho certeza que muitos dessa nossa burguesia egoísta apoiaram o Lula quando este reinvidicava o fim da ditadura. Afinal, por um nadinha, por uma denúncia vazia, podia uma pessoa “desaparecer” e ficaria o crime por isso mesmo. Nenhuma classe, com exceção das cúpulas que se beneficiavam diretamente com a ditadura militar (as mesmas de sempre, ligadas às finanças e mídia), desejaria uma ditadura militar eterna para o Brasil. E apoiavam, mais ou menos publicamente, o Lula.

      Logo o ódio dessas classes mais bruguesas não é bem contra o PT em sua essência, mas contra aqueles que estão fazendo “a ralé, o brasileiro até então miserável e serviçal, a mão de obra barata e subserviente” chegarem ao nível de classe média, de ter instrução e de poder comprar o que qualquer um poderia comprar. É contra essa “senzala emergente” que a “Casagrande egoísta” (e burra pois um país sem miséria é um país com menos violência e com mais prosperidade) vomitou (e vomita ainda, em seus estertores) o seu mais negro ódio. O PT é apenas um instrumento (até agora o mais eficaz) para essa tão sonhada transformação social do Brasil. E, quem sabe, para vir a ser um povo de primeira categoria.

  2. Como governar com uma mídia que quer o fim do PT ?
    Pois é! Agora como fazer que a mídia comprometida com os banqueiros e seus próprios interesses não continue a trombetear o fim do mundo quando a bolsa cai, o dólar sobe, anunciar o apocalipse no próximo aumento de 0,0001 na inflação, falar em 300 apagões quando temos energia elétrica suficiente para os próximos anos e outras notícias seletivas que não contribuem com nada, apenas baixam o ânimo e a moral da população.

    Não creio que este grupo midiático vai deixar de querer o FIM do PT como escancarou o Aócio. Por melhor que estejam as coisas vão amplificar qualquer senão, mesmo que de forma mentirosa, e não são capazes de noticiar o absurdo da falta de água em S. Paulo e outras barbeiragens tucanas.

    Difícil, Né!

  3. o delfim deveria  convencer a

    o delfim deveria  convencer a gande mídia de

    que não há mesmo sinais do apocalipse.

    a nação agradeceria.

  4. Como cidadão que sou, afetado

    Como cidadão que sou, afetado pelas políticas públicas, pela economia , educação, etc. Vou dar-me o direito de soltar meus pitacos, rs.

    O mercado externo tende a ficar ainda muito instável com todos os conflitos em andamento, isto dificulta o setor exportador, talvez explique o baixo desempenho atual.

    Tenho a sensação que ainda há espaço para crescimento do mercado interno de bens duráveis e de consumo. O foco na qualificação profissional posta pelo pronatec poderá levar ganhos salariais a uma massa de trabalhadores que o mercado almeja. 

    Gostaria de saber o quanto a crise hídrica no sudeste está afetando os grandes consumidores industriais, se é que está afetando. No campo já vi reportagens a respeito e intervenção do poder público nas torneiras que abastecem a irrigação. E o quanto isso pode representar no crescimento do PIB.

  5. A estória da história

    Esse Brasil é cheio de histórias e “estórias”.

     

     

    Presidência da República
    Casa Civil
    Subchefia para Assuntos Jurídicos

    ATO INSTITUCIONAL Nº 5, DE 13 DE DEZEMBRO DE 1968.

    A. COSTA E SILVA

    Luís Antônio da Gama e Silva
    Augusto Hamann Rademaker Grünewald
    Aurélio de Lyra Tavares
    José de Magalhães Pinto
    Antônio Delfim Netto
    Mário David Andreazza
    Ivo Arzua Pereira
    Tarso Dutra
    Jarbas G. Passarinho
    Márcio de Souza e Mello
    Leonel Miranda
    José Costa Cavalcanti
    Edmundo de Macedo Soares
    Hélio Beltrão
    Afonso A. Lima
    Carlos F. de Simas

    Este texto não substitui o publicado no DOU de 13.12.1968.

     

    Caro autor, com o devido respeito, a presidenta foi reeleita num regime democrático que segue a CR/88.

    Não há falar em VOTO DE CONFIANÇA, mas sim, em sulfrágio universal ( direito de votar e de ser votado) sobretudo, neste último caso, numa senhora, coisa rara nesse brasil de GOLPES empresariais ditatoriais.

    Este país, evidentemente, não é uma “ilha” , mas também não é mais um “quintal”, ou pelo menos, não pretende ser mais um quintal.

    Acho que já está passando  da hora de tratarmos a tal de  ciência econômica,  como FERRAMENTA, isto é,  como um INSTRUMENTO, como um MEIO, e não como um FIM.

    Aliás, por falar em FIM , vale lembrar os   OBJETIVOS fundamentais da REPÚBLICA FEDERATIVA do Brasil:

    Construir uma sociedade livre, justa e solidária;

    Garantir o DESENVOLVIMENTO nacional; ( e não o crescimento do PIB)

    Erradicar a pobreza e a marginalização e REDUZIR AS DESIGUALDADES SOCIAIS E REGIONAIS;

    Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação .

    Sua excelência, a presidenta da república certamente está muito bem informada do compromisso ou melhor  da responsabilidade que tem perante o povo brasileiro com fulcro nos objetivos da  república federativa brasileira.

    Ocorre que uma parte do povo desta  república parece repudiar tais compromissos. Para isso, utilizam a”ciência econômica”  para camuflar “suas escolhas”.  

    Imagino e espero que desta vez  o senhor, como ex-ministro da fazenda, detentor de um  notório conhecimento institucional e econômico do brasil e do mundo, possa, efetivamente, nos ajudar nessa nova “empreitada’. Porém agora, com base na CR/88 e não no AI-5.

     

    Saudações

     

     

     

  6. ” … Isso para os

    ” … Isso para os simbolistas globais significa “Lei dos Médios”, coisa BANAL PARA AMERICANOS, INGLESES e etc., mas palavrão para os donos da Mídia no Brasil… “

     

    Bem acho que o colega explicou a razão pela qual :  ” Aqui ” isso seja considerado palavrão.

    Ao citar Americanos e Ingleses é inevitavel tambem comparar a qualidade da politica, o historico dessas nações no zelo com as instituições e compromissos com a liberdade de expressão,   com os daqui.

    Para então descobrirmos as ” pequenas diferenças ” que não permitem que possamos usar algo assim como exemplo…  

    1. O paradoxo da liberdade

      Sem dúvidas devemos resgatar mesmo a “qualidade da  política, o histórico dessas nações no zelo com as instituições e , sobretudo, o compromisso com a liberdade” ai incluída, a liberdade de expressão, caro Leonidas.

      Para tanto,  com a palavra, John Stuart mill :

      ” O despotismo é uma forma legítima de governo quando se lida com bárbaros, desde que o fim seja o seu progresso e os meios sejam justificados pela sua real consecução. A liberdade, como princípio, não é aplicável em nenhuma situação que anteceda o momento em que os homens se tenham tornado capazes de melhorar através da livre discussão entre iguais. Até então, não haverá nada para eles, salvo a obediência absoluta a um Akbar ou a um Carlos Magno se tiverem a sorte de encontrá-los”.

      Fonte: On Liberty 1858 pag 33 1981 Milano – Guerra do ópio.

      Que tal ninguém menos que Franklin  Delano Roosevelt:

      ” Temos de ser duros com a Alemanha e entendo o povo alemão, e não só os nazis. Temos de castrar o povo alemão ou tratá-lo de modo que já não possa mesmo continuar a reproduzir gente que queira comportar-se como no passado”(…)

      Fonte: J. Bacque, Other Losses p. 21

      Quem sabe com o discurso de posse de Bill Clinton não possamos captar o “compromisso com a liberdade” mencionado:

      “A américa é a mais antiga democracia do mundo. Os índios e os negros continuam a ser uma quantilé negligeable , cuja sorte não intervém em nehum momento para ofuscar o quadro luminoso da democracia americana. Esta tem que continuar a guiar o mundo: a nossa missão é sem prazo.

      Será que precisamos fala da ética protestante para buscar o mais profundo respeito e compromisso daquela potencia mundial ?

      O quem sabe a lei áurea, a cana-de-açucar e a escravidão para alcançar o mais profundo compromisso e zelo com as instituições ( exemplo: escravos) daquelas nações profundamente “desenvolvidas”?

      Quem sabe a nacionalização da  PDVSA  não nos ajuda a explicar tamanho respeito dos EUA  pelas  instituições ao redor do mundo?

       

      Saudações 

       

       

  7. Morrendo de rir com a falta

    Morrendo de rir com a falta de confiança do ‘setor produtivo’; então trabalhador não é do ‘setor produtivo’??? Quem produz não é o trabalhador? Ou são os especuladores do mercado financeiro que são ‘produtivos’???

  8. Nassif,
    para ajudar na

    Nassif,

    para ajudar na análise do artigo Delfim Neto, vão aí abaixo alguns gráficos que mostram o cenário atual e a evolução de alguns fundamentos básicos da economia brasileira nos últimos anos e governos, tais como:

    – desemprego, renda per capita em real  e dólar, dívida pública, inflação e mobilidade social.

    Mais fundamentos e outros dados / gráficos, sua evolução e situação atual, estão disponíveis na seguinte fonte:

    – http://brasilfatosedados.wordpress.com/

     

    Índice de Desemprego Médio - Evolução - 1984 - 2014 Evolução do PIB per capita - BRASIL - 1990 - 2014 - R$ mil - deflacionado - referência - 2011 Evolução do PIB per capita - em dólar - U$ - BRASIL - 1990 - 2014 - ganho ou perda por governo Dívida Líquida Total - interna + externa - Governo - em % do PIB BRASIL - Evolução - 1991 - 2014 - REV A  Inflação Média - Índice IPCA - % - BRASIL - Evolução - 1995 - 2014 Classes econômicas - AB, C, e DE - BRASIL - Evolução percentual (%) - 2003 - 2011 - 2013 - em relação à população total - Rev. C

  9. Operações Psicológicas

    Fico abismado ao ver tanta raiva, tanto rancor e tanto odío apresentado por muitas pessoas quando o assunuto é poítica. Não tem uma reunião social que as pessoas não falem mau do PT.

    As pessoas se esquecem de quanto o país mudou e melhorou de 2003 pra cá e o mais absurdo é que com todos os números apresentados, com todo o baile que o PT deu no PSDB muita gente apresenta o comportamento supracitado. É claro que nada que nada é tão bom que não possa melhorar, para viver num país ideal livre de toda maldade e corrupção, deveríamos nos mudar para a ilha de Utopia proposta por Thomas More, pois é só lá qua tudo funcionará bem. Mas de volta ao mundo real vejo um tipo de governo que trabalha pelo social e não pelo capital e isso não agrada a muita gente. Principalmente gente influente e poderosa. E desta forma com uma imprensa tão vil e com uma espécie de Bib Brother político, com um jeito tendencioso, forma opinião de forma velada e quase imperceptível quando apresenta de forma maçante os poucos erros cometidos. Assim temos um percentual de aproximadamente 15% de eleitores manipuladas pela grande mídia.

    Como nós temos uma memória muito curta nos esquecemos de muitas coisas gravíssimas cometidas pelos tucanos a 12 anos atrás como as privatizações a preço de banana, dinheiro público oferecido aos bancos públicos, aos emprétimos do FMI, caixa dois de campanha, desvios na Sudam, no Sudene e no DNER, mudanças na CLT, mensalão tucano, e mais recentemente ao propinoduto paulista e denúncias de lavagem de dinheiro das privatizações por parentes  de figurões do PSDB. São tantos casos e pouca repercução, é desta forma, com um tipo de lavagem cerebral que vem aumentando tanto o descontentamento com o governo do PT.

    Gosto muito desta forma de governar, pois minha maior idade veio com o primeiro mandato do FHC e por isso acompanhei toda a evolução desde lá, mas só acho que o PT deveria ser mais rígido com militantes envolvidos em Fraudes. Se houvesse esse comportamento no partido, o que a oposição teria pra reclamar?

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