Juan Arias: Militares no governo é “faca de dois gumes”

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Divulgação/PR
 
Jornal GGN – Juan Arias publicou no El Pais, nesta semana, um artigo avaliando que a presença maciça de militares no governo Bolsonaro é uma faca de dois gumes para ambos os lados.
 
Se fracassar, Bolsonaro corre o risco de ser escanteado e, ao mesmo tempo, as Forças Armadas poderão ver respinguar na instituição a má avaliação do presidente eleito. É um risco para os dois lados.
 
“Para Bolsonaro, a aposta arriscada de militarizar o Governo e o Estado pode ser uma faca de dois gumes. Mas também pode ocorrer o mesmo aos militares. Ao aceitar uma presença tão maciça em um governo saído das urnas, um fracasso comprometeria também sua credibilidade diante da sociedade. Eles sabem, como o Presidente, que neste caso eles também ficariam expostos e em evidência diante da sociedade”, anotou.
 
Arias também registrou que, ironicamente, são os generais que, na visão de alguns analistas, estão garantindo a democracia no País.
 
“(…) os generais presentes no Governo podem significar uma garantia democrática contra os arroubos autoritários de Bolsonaro e seus filhos que parecem querer governar com ele.” Foi o que avaliou Jair Krischke do Movimento de Justiça e Direitos Humanos.
 
Ele frisou ainda a opinião de Leonardo Sakamoto, doutor em Ciências Sociais e Conselheiro da Onu, que assinalou que “boa parte dos militares escolhidos por Bolsonaro parece mais moderada, racional e atenta em seguir a Constituição do que alguns ministros civis”
 
“As duas realidades, a militar e a religiosa, servem por sua vez ao novo Presidente como escudo e garantia contra a mediocridade de sua biografia”, finaliza Arias.
 
Leia a coluna aqui.
 
 
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. E os milicianos?
    E a ligação dos Bozo com os milicianos do Rio sob intervenção militar que só veio à luz depois das eleições?

    E as tuitadas de certo general para manter Lula na cadeia?

    E o decreto da mordaça assinado pelo Mourão?

    Tudo isso é indicativo dos pendores democráticos da milicada?

    Sinceramente, esse Juan Árias é muito fraco. Sempre apoiou a “limpeza” ética da lava-jato e aí por diante.

  2. uma hora o cara se perguntará

    uma hora o cara se perguntará : qual é o sentido de tudo isso?

     

    o tempo comprovará a decadencia de um regime de vioencia que está prestes a cair…

    nenhuma sociedade em sã consciencia aguenta tantas mentiras, tantas fake news, tanta vioencia…

     

  3. Essa matéria
    Fico estarrecido com algumas coisas que leio. Quando é para igualar militares e civis para a reforma da previdência (apesar dos militares não terem quase nenhum direito que os civis têm) aí a imprensa fomenta a ideia e ainda chama o regime de proteção social dos militares de “privilégios”.
    Ao mesmo tempo que dizem que não pode haver distinção entre militares e civis, se mostram incomodados quando militares (ainda que sejam da reserva) assumirem cargos no governo, como qualquer outros cidadãos.

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