“Lava Jato”: O suicídio político da Netflix no Brasil, por Weden

 
Por Weden

A Netflix não percebeu no que está se metendo. E vai ser tarde demais quando fizer a avaliação do desgaste em sua imagem no Brasil, pela grave intromissão num dos momentos mais dramáticos do país, que viveu recentemente um golpe de estado, e vê solapado a cada dia o estado de direito. A operação Lava Jato, que ganhará versão como série, é parte inerente ao novo contexto.

A perseguição de líderes petistas, e principalmente de Lula, a parcialidade de procuradores e do juiz de província deram suporte à campanha midiática e parlamentar para a derrubada do governo Dilma. Depois disso, quadrilheiros tomaram de assalto a República, para implementar um programa de destruição do precário estado social brasileiro.

O ator Wagner Moura fez bem ao rejeitar o papel do sombrio juiz Sérgio Moro. Atores conscientes de sua importância social devem evitar ao máximo servir de instrumento de heroicização de um dos juízes que ficarão marcados negativamente na história do país. Afinal, trata-se de um personagem cunhado na mídia golpista, mas que terá sua fama rapidamente contestada, quando investigadores sérios puderem, com o recurso do tempo, reconstituir tudo o que aconteceu de irregular, ilícito e abusivo nos porões da Lava Jato.

A cumplicidade de personagens da Lava Jato com o governo golpista está mais que esclarecida. Pela postura de sabotagem contra os acordos de leniência durante o governo Dilma até a complacência atual; pela ocultação de nomes de partidos como o PSDB delatados por empresários; pelas ações tipicamente eleitorais, como no caso Palloci e Mantega, e pelo espetáculo funesto do procurador Dallagnol ao convocar rede nacional para dirigir agressões verbais e achincalhes, sem qualquer prova de crimes, ao ex-presidente como se fosse um cabo eleitoral sem modos.

Do diretor José Padilha não se espera muita coisa. Mas a Netflix é uma empresa que pretende arrebatar bons púbicos no Brasil. Conseguirá audiência de uma facção identificada com a extrema-direita, que destila ódio partidário, além de um usuário leigo e pouco informado. Esquece-se, no entanto, de um público mais crítico e progressista, que aos poucos vinha aderindo à sua “programação”.

Nunca mais perderá o estigma de ter sido a empresa que fantasiou uma operação política; aquela mesma que ajudou a levar à derrocada a jovem democracia do Brasil.

 

 

Redação

76 Comentários

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  1. Concordo mas em tempos

    Concordo mas em tempos bicudos e Bicudo é permitido sonhar um pouco.  E se eles fizessem uma série como House of Cards ? A magistral interpretação do casal, heróis como intérpretes, não deixa dúvida nem a direitistas trumps o quanto sao calhordas. Mas realmente é sonho, se Wagner Moura recusou o papel é porque não dá para confiar no roteiro.

    1. Vai pensando…

      Pelo que li, a série se baseará no livro que o filhinho de Mirian Leitão escreveu pra tecer loas a Moro. Tem até uma foto dos três no lançamento: a mamãe, o filhinho e o herói da coxinhada.

  2. Então vamos encher a caixa

    Então vamos encher a caixa postal deles com protesto,

     

    e é engraçado como as empresas de comunicação são progressistas na terrinha delas e reacionarios por aqui,

    pega a rovista rolling stones, por exemplo, como são reacionarios por aqui, já não bastasse uma revista de musica meter o bedelho em politica, quando o fazem é de uma forma abjeta.

     

     

  3. Acho que os executivos da

    Acho que os executivos da Netflix não entenderam ainda no que estão se metendo. Não conseguirão novos clientes devido a esta série, o perfil dos clientes Netflix (sou um) é completamente diferente e sofrerão muitas críticas.

    E sofrerão muito mais quando o Governo Golpista começar a implementar franquias de Internet e outros artifícios visando proteger a reserva de mercado de Globo, Net e afins.

     

     

  4. 6 parágrafos gastos a

    6 parágrafos gastos a toa–Netflix quer o Brasil, mas sobrevive muito bem obrigado sem ele.–nós precisamos maos dela ( 16 reias, do que ela sem nós)

    Silvio Santos já disse isso e de………graça.

    Assistindo um seriado água com açúcar ( Sex and the City dos anos 90) fiquei sabendo que a colunista da série foi contratada por 4 dólares porpalavra escrita( o normal era dois dólares, em tempos idos)

    Caro Weden :

    Vc ganha quanto por cada palavra escrita ?

    Ontem  no Manhattam Connecion, Lucas Mendes trouxe um desconhecido médico brasileiro mas muito conhecido nos E U A .Em determinado momento Lucas perguntou quanto ficava o implante de cabelo e diss: É ética a minha pergunta?O médico  respondeu que era, mas  ele disse, antiético seria responder.

    Então pergunto pro nobre : Vc ganha por palavra escrita ou é militonto mesmo ?

    E faz tempo…muito tempo…

    1. por que o ataque gratuito ao

      por que o ataque gratuito ao Weden? o amigo não acha que é hora de unir forças, no momento político crítico por que passamos? ou tá trolando o blog?

      1. quando não há resposta

        quando não há resposta coerente, usa-se o terrmo ou gíria denominada de TROLL.

        Petista não tem nem cultura e muito menos criarividade.

        Criatividade , disse eu ?

        Com viseira, como enxergar ?

        Tadinhos.

        1. Eu estava lendo Voltaire..

          E achando cansativo revisitar Cândido. Barulhos de tiro no Rio me fizeram buscar notícia. Não achei. Mas achei um anarquista sério..kkk

          Houvera lido Bakunin, mas ao jeito não vale meia bunda.

      2. Esse aí é o troll mais antigo

        Esse aí é o troll mais antigo que ainda permanece por aqui. Vários já se foram, mas essa praga insiste em ficar. A maioria aqui já nem dá bola pro que ele escreve, olha A narquista e pula. Quem sabe um dia o Nassif ofereça para os assinantes um filtro de comentaristas? Nos pouparia de lermos imbecilidades.

    2. Evolui, Anarquista!

      Anarquista, um cara que assiste Manhattan Connection (ou GloboNews) não pode questionar nem debochar de ninguém…

      No melhor (ou pior) dos casos, esse seu relato só faz um retrato caricato e infeliz de quem influencia em suas opiniões.

  5. Ucrânia & Síria

    Caro,

    Se você observar que a Netflix produziu documentários alinhados à política externa dos EUA na Ucrânia e na Síria (Capacetes brancos, por exemplo, é um filme simpático à equipe de resgate da Al-Qaeda, que na Síria joga no time dos EUA), não vai achar estranho o seu interesse na Lavajato, muito pelo contrário.

  6. É estranho uma empresa como

    É estranho uma empresa como Netflix que fez o excelente documentário Making a Murderer se envolva em um projeto tão partidária e fantasioso baseado em um livro de um repórter filho da Miriam Leitão. 

  7. O erro maior está no timing

    O tema é rico e poderia até ser explorado por um viés crítico do sistema, não é esta a intenção. Se houvesse bom senso, deveriam esperar pelo menos cinco anos para iniciar um projeto como este. Parece que o objetivo é justamente amplificar a aura de heróis das divas curitibanas. Quem estaria promovendo e se beneficiando de tantos holofotes em cima dos bravos e puros moçoilos?

  8. O erro maior está no timing

    O tema é rico e poderia até ser explorado por um viés crítico do sistema, não é esta a intenção. Se houvesse bom senso, deveriam esperar pelo menos cinco anos para iniciar um projeto como este. Parece que o objetivo é justamente amplificar a aura de heróis das divas curitibanas. Quem estaria promovendo e se beneficiando de tantos holofotes em cima dos bravos e puros moçoilos?

  9. Nassif;
    Para mim não é

    Nassif;

    Para mim não é nenhuma surpresa o alinhamento da netflix.

    Existe um documentário excluisvo com o fhc.

    Certamente cancelarei e farei propaganda contra.

    Genaro

  10. Por tão absurda a proposta,

    Por tão absurda a proposta, deve ter atores absurdos à altura do absurdo juiz interiorano. Sugiro Alexandre Frota ou Tiririca, mas pode ser também Susana Vieira travestida de juiz. Vieira seria demais, hein? Quanta verdade dramática!

  11. O poder econômico está sempre do mesmo lado

    O poder econômico está sempre do mesmo lado… não importa qual seja a roupagem da empresa.

    Quando a Netflix surgiu foi comemorada como a empresa que venceria o monopólio da Globo… o sonho durou pouco. Já estão alinhados com aquilo que há de pior no Brasil… provavelmente se tornarão a nova Globo.

    Quando surgiu a internet: “Agora a velha mídia vai ruir!!!” Anos depois vemos a velha mídia dominando as redes sociais, manipulando os debates, censurando fóruns, perseguindo blogueiros livres…

    O Uber também surgiu como empresa libertadora… era só a nova cara da prisão…

    E assim segue… anos após anos… as pessoas conscientes depositando seu fiapo de esperança em alguma nova empresa ou tecnologia que vai mudar o “status quo”… e elas só surgem para reforçar o mesmo.

    Depositem as esperanças no weakleaks, piratebay, blackblocks… só quando a coisa é combatida pelos poderosos é que ela realmente é uma ameaça… de resto… todos serão cooptados.

  12. E a Rede Globo

    Pela sua lógica a Globo não teria mais audiência a muito tempo.

    Mas não é isso que acontece, se ela tem problemas, esses não estão ligados a consiência do telespectador, mas sim a Record (com o $ da Universal) e o crescmento da internet.

     

    Infelizmente a netflix vai ter muita audiência, e vai ajudar a santificar Moro, não adianta praguejar e gritar.

     

    Temos que parar de ser quixotescos, desde o começo o consórcio Lava Jato/mídia só tinha um propósito, acabar com a esquerda. E muita gente perdeu tempo discutindo como os golpistas fariam para parar a Lava Jato, não fariam, nem farão nada, eles são aliados.

     

    Graças a Deus a resistência ainda existe entre artistas e intelectuais como Wagner Moura, que ficará gravado como herói quando se discutir, daqui a décadas, com anistia aos golpistas, o que realmente aconteceu.

     

    Então deixarão a esquerda amenizar a crise social, que estará beirando o insuportável e já prepararão um novo golpe.

  13. Perfeita a análise, inclusive

    Perfeita a análise, inclusive a sanha lava-jatista do Netflix é sem dúvida incentivada pelo Departamento de Estado norte-americano, com o objetivo de conquistar o pré-sal pelo menos preço possível.

  14. Padilha é um coxinha americanófilo

    A segunda temporada de Narcos foi horrível.  Padilha, com seu dramalhão novelesco e clichês de heróis policiais americanos me encheram o saco.

    A opinião de Wagner Moura pesa muito para mim.

    Se fizer isto, a Netflix estará patenteando a sua conexão com o Departamento de Estado americano.

    Cancelarei minha assinatura e farei campanha de boicote, se tentarem emplacar mais uma xaropada manipulatória nesse país já golpeado e governado por um cartel de barões salafrários.

  15. Uma sugestão pro José
    Uma sugestão pro José Padilha/Netfix: “Banestado”. Esse já acabou, lavrado e engavetado.Seria interessante um documentário mostrando como isso foi possível…

     

  16. Lembrei do artigo do advogado do Lula sobre essa série

    Impagável

     

    Por Cristiano Zanin Martins* Em O Globo Ficção não pode se sobrepor à realidade Caso o seriado de Padilha dependa da ‘cabeça de Lula’ para fazer sucesso, vai viver um problema. O mais fácil será ir atrás de outro personagem que se curve à sua realidade particular O cineasta José Padilha, que, segundo a imprensa, acabou de fechar um contrato com a norte-americana Netflix para a elaboração de seriado baseado na Operação Lava-Jato, defendeu nas páginas de O GLOBO (“A cabeça do Lula”), edição de 18/04/2016, haver “evidências irrefutáveis” contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva capazes de justificar sua prisão e condenação pelo juiz Sérgio Moro. Talvez esse seja o enredo que o cineasta sonhe para dar maior atratividade ao seriado já comercializado no exterior. A ficção querendo nortear a realidade. É sintomático, todavia, que Padilha, assim como agentes estatais que manifestam o mesmo pensamento desejoso em relação ao ex-presidente, não consigam indicar as “evidências” que poderiam justificar Lula ser processado, condenado e preso. E o motivo é simples: elas não existem. Já foram levantadas inúmeras hipóteses, desacompanhadas de fatos. Mesmo após a implementação arbitrária e ilegal de diversas medidas invasivas — tais como busca e apreensão, condução coercitiva e interceptação telefônica —, nenhuma prova foi colhida que pudesse macular a honra e a imagem de Lula.  Vale dizer, nem mesmo com a devassa realizada de forma reprovável pelo Estado, não foi possível identificar nada que pudesse dar sustentação a qualquer acusação lançada em direção do ex-presidente Lula. Normalmente, as autoridades usam o direito penal do fato, segundo o qual, a partir de algo concreto, que pode configurar um crime, é feita uma investigação para apurar o autor do ilícito. Em relação a Lula foi adotado o direito penal do autor. Escolhida a pessoa passa-se a buscar um fato que possa incriminá-la. Essa metodologia é ilegal e atenta contra o Estado Democrático de Direito. Não deixa de ser importante registrar que nenhuma pessoa pode receber tratamento desrespeitoso ou de autor de ilícito penal sem que haja decisão condenatória transitada em julgado. É o princípio constitucional da presunção de inocência que deve nortear a conduta de todos no país, cidadãos e autoridades. A realidade — que a ficção de Padilha e os desejos de algumas autoridades não conseguiram alterar — é que Lula não é indiciado, não é réu e muito menos condenado em nenhuma ação penal. E não há qualquer elemento concreto que possa colocá-lo em qualquer dessas situações. Caso o seriado de Padilha dependa da “cabeça de Lula” para fazer sucesso, vai viver um problema. O mais fácil será ir atrás de outro personagem que possa se curvar à sua realidade particular. Nenhum interesse estrangeiro — das telas ou de outra natureza — será capaz de mudar o roteiro já estabelecido pelos fatos. No mundo real, a despeito das vicissitudes enfrentadas nos últimos tempos, o Brasil possui uma Constituição Federal com um amplo rol de garantias e um Poder Judiciário independente e capaz de assegurar o cumprimento dessas garantias e frear arbitrariedades que, vez ou outra, são cometidas por alguns agentes estatais ávidos pelo protagonismo midiático e que muito apreciariam se tornar um novo “capitão Nascimento”. Cristiano Zanin Martins é advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

  17. Não sei sei se por preguiça,

    Não sei sei se por preguiça, mas temos a maldita mania de achar que tomar atitude contra grandes corporações não adianta nada,tava lendo esses dias sobre como a Dinamarca conseguiu  reduzir significativamente o desperdício de comida ,impregnando essa idéia na sociedade durante anos,não do dia pra noite,acabaram por forçar supermercados a venderem legumes por unidade,e até a Nestlé a diminuir as porções.

  18. A anatomia de um golpe

    Esse seriado nada mais será que mais um capítulo em tentar normalizar e, até mesmo, legitimar o golpe. Serviu pra mostrar como funciona a Netflix, e um de seus objetivos. Nada mais é do que outra revistinha com o Moro, herói do Brazil, na capa.

    Perdeu assinantes, mas vai fidelizar os coxinhas desinformados.

  19. A NetFlix é muito ativa nas

    A NetFlix é muito ativa nas redes sociais, principalmente Facebook, então vai lá e opine.

    P.S.: não demora muito e eles fazem um filme sobre o Lula. Ganham no “vendido e no comprado” ehehehe!

  20. Creio que a maioria dos

    Creio que a maioria dos assinantes do Netflix é coxinha, mas há também muitas pessoas conscientes e questionadoras que usam o site como fonte principal de entretenimento justamente por boicotar a mídia tradicional. Será essa parcela de clientes que eles perderão, e não hesitarei sequer por um instante em cancelar minha assinatura caso esse disparate se concretize. 

    1. Errado.
      A maioria dos

      Errado.

      A maioria dos assinantes assistem ( pode congelar e gravar )com 16 reais do que a net ( com menos opções que varia de 130  a 300 reais,) e sem recursos.

      Netfix é revolucionária,

      Net ainda vive nas cavernas.

      E atenção :

      Netflix é apolítica.Net vive de politicagem.–sem política nem existiria.

      Vcs é que querem colocá- la.aonde ela não quer e não está.

      Well…well …well …

      partindo de petistas, nada me surpreende.

       

  21. Discordo totalmente do texto.

    Discordo totalmente do texto. A Netflix vai se indispor com um público progressista? Quem? Os 16% que votaram no Haddad? Vai reduzir 1% da sua receita.

  22. Cuidado, Padilha! Cuidado,

    Cuidado, Padilha! Cuidado, Netflix! Assim como Cerqueira Leite lembrou a Moro de Savonarola, a turma agora está lembrando do Dom e Ravel (“Eu te amo, meu Brasil”). É que estes todos acabaram desprezados e esquecidos.

    Golpes, por mais que durem, serão sempre efêmeros…

  23. Não sou assinante

    Mas quem é, manifeste seu desagrado.. É melhor do que nada. Era só o que faltava. Daqui a pouco vão fazer uma serie com os “herois” da ditadura baixando o cacete nos estudantes.

  24. Bobagem Weden…

    Não haverá desgaste da imagem. Um filme ou seriado a mais não fará a cabeça de ninguém. Assim como não fez “O filho do Brasil” que a midia tentou de todas as formas boicotar. Como vc bem disse, não irá influenciar em nada a não ser atiçar as fantasias masturbatórias dos aulicos midiotas do juiz justicieriro.

    Os americanos fazem a sua propaganda ideológica mundo afora pela quantidade, pelo martelamento constante, pela massacre propagandistica, pelo marketing. Foi assim historicamente com a Hollywood e a Disney, e será, se for o caso, com a Netflix. É o sistema classico do Império de colonizar as mentes

    Mas a Netflix já fez excelentes produções de variados espectros (seja ideologico, religiosos, cultural, etc) Cito um como exemplo, o documentário de Chomsky “Requiem for American Dream”, e há outros com certeza. Veja isto mais como um produto da industria de entretenimento dentro do padrão americano dessa industria.

    PS: Não assino Netflix, mas na internet encontram-se as suas produções facilmente, a escolha da sua preferência.

  25. “O JUDEU ETERNO”-MORO E

    “O JUDEU ETERNO”-MORO E LULA

    O filme documentário (1940) de propaganda (nazista) contra os judeus afirmava que 82% do judeus (do mundo todo) pertenciam à “organizações criminosas” (17:46) e que os judeus viviam em grupos destrutivos como os ratos (16:17). O filme propaganda tem uma duração de  1:05:25.

    O Direito Penal Alemão, à época, foi levado ao Direito Penal do Autor e em sua vertente do Direito Penal do Inimigo: pouco importa a ação criminosa, o que o agente fez, o que importa é a pessoa do agente, o ser (inferior) que é, quem ele é, a que grupo (seletivamente estigmatizadot) pertence…

    Moro tem que o PT e seus aliados constituiram uma “organização criminosa” e que seu chefe é o Lula.

    Moro aplica o Direito Penal do Autor, na sua vertente do Direito Penal do Inimigo. Não há prova robusta e direta da existência da organização criminosa, dos atos constitutivos dessa organização criminosa e, até mesmo, da real culpabilidade penal dos supostos membros da organização criminosa imaginada e sempre afirmada por ele nas sentença.

    Esse movimento iniciado no julgamento da Ação Penal 470 teve na figura de Barbosa (com “vistas grossas, benoplácito, desconhecimento ou má-fé de seus colegas pares) o seu arauto e ganhou força na chamada República de Curitiba.

    Por fim, três verdades jurídicas.  Três lembretes. (1) O Direito Penal limita a violência do Estado; (2) Juiz não combate o crime, julga; e (3) o Juiz é imparcial em relação às partes (máxime o Juiz Criminal sempre e sempre, absoluta e completamente, imparcial em relação à acusação).

    Notas:

    1. Filme-documentário. Legendas:

    – (16:17- 17:37) “Paralelo a esta peregrinação judia pelo mundo, temos a imigração de um incansável animal: o rato. Os ratos têm sido parasitas da humanidade desde o nosso surgimento (…) onde quer que os ratos apareçam, levam destruição à terra, destruindo mercadorias e alimentos, espalhando pragas e doenças, cólera, disenteria, lepra e febre tifoide (…) eles são espertos, covardes e cruéis (…) representam os elementos de dissimulação e destruição subterrânea entre os animais, da mesma maneira que os judeus fazem na humanidade”…

    – (17:47-18:07) em 1932 os judeus representavam “82% das organizações criminosas internacionais”…

    2. Edmond MEZGER: Lei dos Delinquente Perigoso (1933); Custódia de Segurança introduzida no CP alemão (1934); estudos e projeto à Lei aos Estranhos da Comunidade (1943) que previa a seleção eugênica (castração e esterilização) do criminoso e de quem tivesse tendência ao crime, a prisão indeterminada dos “inimigos do regime”,  a neutralização (até mesmo com a eliminação física, ou seja, a morte) – sob o fundamento da defesa social – de grupos (selecionados) como daqueles cuja personalidade e forma de vida os impedia de cumprir as exigências mínimas da sociedade, os delinqüentes, os de vida desregrada, de refratários ao trabalho, etc…

    3. Sentenças (de Moro) – longas, cansativas e repetitivas – metodologicamente elaboradas para defesa de posição e tese previamente tomadas, precedidas da construção e  maquiamento mediático da figura de “autoridade na matéria”, não se limitando à exposição da razão de decidir, busca conduzir e cooptar a adesão e o livre convencimento de quem as lê…

    4. Existência de  programas computacionais modernos, em que se valendo de poucos toques de teclado, é possível a busca e classificação seletiva de dados  referenciais, quanto maior for a relação legítima ou não entre os agentes pesquisados, e a  montagem fácil e consecutiva de mega-processos investigativos e judiciais quase que instantaneamente.

  26. O Padilha e a Netflix

    O Padilha e a Netflix continuarão propangadeando Tio Sam, o mesmo papel feito pelo Walt Disney em priscas eras. Para se ter uma idéia clara desta estratégia é só assistir “Narcos” (Netflix) e “El Patron del Mal” (TV da Colômbia), e verificar a diferença de abordagens. No Narcos o Padilha endeusa os agentes da DEA e a conspiração constante na embaixada ianque em Bogotá.

  27. Entrem em contato com a Netflix

    Entrem em contato com a central de atendimento da Netflix. Eu fiz isso agora, inclusive falei com o atendimento em inglês. Narrei o absurdo da Netflix neste momento entrar com uma série a aprofundar a situação do golpe que se encontra o Brasil, e que nunca irão recuperar a boa imagem com os brasileiros. Além disso, eu (como muitos outros, imagino) pretendo cancelar a minha conta assim que essa série sair no ar. Isso seria digno de Rede Globo, fico impressionado que planejem fazer isso, um desserviço para a democracia brasileira. Pedi que essa informação fosse levada para pessoas às quais tal posição fosse relevante. A maioria do país não é a favor do golpe, esta é apenas a impressão causada pela mídia (um prédio inteiro quieto, apenas uma paneleira maluca, e eles focavam nela, como se fosse o país todo, e por aí vai). Eles devem sentir no bolso, sim.

  28. Já estou em busca de alternativa

    se não encontrar quando houver o lançamento proponho o boicote de um mes, mas só quando eles lançarem para caracterizar como protesto! e divulgar muito com direiro a hastag e tudo 

  29. não cancelarei de jeito nenhum

    Fico realmente assustada com tão grande repercussão isso gerou,recebemos informações distorcidas a todo momento nas redes sociais, e especialmente pela Globo que temos manipulaçoes de todas as formas em especial Política e querem boicotar a maior empresa de streaming por isso,e detalhe sendo que os maiores precursores deste boicote é a Dilma,me desculpem mas nesta eu não entro.

    Netflix tem documentários,séries e filmes incriveis com grandes conteúdos.Acho que o povo brasileiro precisa ser mais crítico em suas escolhas,e saber filtrar o que é bom ,e quando houver assuntos realmente relevantes por favor façam algo ,use essa crítica este ano de política,analisem melhor os candidatos e seus passados,pois a lava jato não foi história,foi fato.e aí isto vai ficar no esquecimento e dar enfase a filme que na sinopse está escrita baseada em fatos reais?

    sabe as pessoas precisam mudar a forma que enxergam as coisas,nosso país realmente precisa de muitas coisas e que estamos deixando passar despercebidos.

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