Por Kennedy Alencar
Wagner pode ser “solução Palocci” na Fazenda
Diante da iminência da saída de Joaquim Levy do governo, surgiu ontem um desenho político que poderia levar o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, para a pasta da Fazenda a chamada “solução Palocci”. Para o lugar de Wagner, seria deslocada a presidente da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior.
Cresceu a velocidade da possibilidade de saída de Levy do governo. O ministro da Fazenda deu ontem entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo” que é uma mistura de balanço e discurso de despedida. Esse discurso pode ser repetido em um café da manhã hoje com jornalistas para a confraternização de fim de ano.
Levy foi fritado pela própria presidente da República. Ele cometeu erros, mas a presidente Dilma Rousseff permitiu o enfraquecimento do ministro da Fazenda, o que foi um erro grave, e deixou que ele continuasse no cargo quando já estava inviabilizado, o que é outro equívoco que custa caro ao país.
De certa forma, Levy é vítima da falta de competência e do excesso de interferência da presidente na área econômica. Nos últimos dias, os jornais apontaram vários nomes como cotados. Exemplos: os economistas Marcos Lisboa e Otavio Canuto, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Armando Monteiro Neto.
O ex-presidente Lula continua achando que a melhor opção seria o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. Economistas do PT tentam vetar nomes mais liberais, como Marcos Lisboa, e defendem o “desenvolvimentista” Nelson Barbosa. Dilma disse em reunião reservada ontem que ainda não tinha escolhido o sucessor de Levy. Havia uma especulação sobre colocar Tombini na Fazenda, mas reforçando oficialmente o poder de Barbosa. Tombini, que nunca disse não a Dilma, lida com uma inflação de 10% ao ano e juros na Lua.
Nas últimas horas, apareceu essa “solução Palocci”. Quando ganhou em 2002 e precisava conquistar credibilidade fiscal, o então presidente eleito Lula escolheu o médico e deputado federal Antonio Palocci Filho para a Fazenda. Palocci tinha proximidade com o presidente, era da ala moderada do PT, possuía experiência administrativa como prefeito e montou uma equipe competente, na qual Marcos Lisboa era secretário de Política Econômica.
No atual governo, Jaques Wagner tem perfil semelhante ao de Palocci. Com trânsito no empresariado e no Congresso, Jaques Wagner poderia comandar um plano fiscal de longo prazo e uma série de propostas de reformas legislativas, como a da Previdência.
A escolha de Jaques Wagner não pareceria um abdicação de poder de Dilma, como soaria no caso de Meirelles ou Lisboa. Levaria o ministro mais forte do governo para a área que demanda a principal solução. Com Miriam Belchior na Casa Civil, a pasta teria caráter mais administrativo.
O arranjo Wagner-Belchior parece ser uma solução boa, mas nunca se deve subestimar a capacidade de errar deste governo, sobretudo quando ganha um pequeno fôlego, como conquistou ontem com uma vitória no STF (Supremo Tribunal Federal).
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Armando Monteiro
Armando Monteiro
Dilma quer
Dilma quer Tombini???
Realmente, na próxima onda golpista será difícil resistir mais uma vez.
Não adianta mudar ministros,
Não adianta mudar ministros, se a palavra final, como o próprio texto elenca, é de Dilma. O bicho pega quando ela resolve brincar de economista com um país inteiro.
Graças a Deus Levy caiu!!!!
Graças a Deus Levy caiu!!!! Mas com a habitual demora de Dilma, a um prejuízo de 5% do PIB, estouro da dívida pública e arrocho do funcionalismo federal.
Agora será que finalmente Dilma vai começar a governar, ou será que o PSDB e Temer continuarão governando o pais?
O funcionalismo federal
O funcionalismo federal precisa ficar no mínimo cinco anos sem reajuste, para poder chegar a um valor mais próximo do justo.
Kennedy é muito bem informado!
Kennedy Alencar é tão bem informado que parece não conseguir enxergar a floresta de cima.
Levy, assim como Palocci lá atrás, foi o Homem do ajuste.
Quem escuta aos discursos de Dilma cansou de ouvir em retomada do crescimento. Levy não tem esse perfil, seria substituído se de fato Dilma pretendia retomar o crescimento, o gasto público, etc.
Levy vê ajuste como ideologia, Dilma parece vê-lo como uma técnica.
“Pequeno fôlego” meuzovo, Kennedy!
Em 2 dias teve povão na rua, aborto do impeachment no STF, Renan esculachando Temer, Picciani peitando Cunha, aprovação do Bolsa Família integral e da volta da CPMF em 2016.
Fora o rola-bosta da Veja escondendo Azeredo e o Gilmar batendo porta.
E mais, na quarta alegria
E mais, na quarta alegria total do PIG.
Com explosão de fogos, muitas vivas, saudações calorosas entre os colunistas pigais, coxinhas em êxtase com orgasmos múltiplos, com o voto do relator Fachin, que de uma certa maneira, seguia a linha do Cunha.
Na quinta por volta das 17hs, tentativa de suicídio coletivo nas áreas pigais e afins.
Silêncio sepulcral, ficaram em estado de choque, como se um grave acidente tivesse acontecido.Não disseram uma palavra.
O tio rei e o Merval foram os que sentiram mais. O tio rei foi além, disse categoricamente: O único voto que foi dado baseado na constituição foi o do Gilmar Mendes.
Muitos ainda estão de recuperando hoje, da trombada que levaram da carreta do STF.
Não é uma maravilha ver o sofrimento dessa gente !!!
É
É
um ministro cuja principal
um ministro cuja principal característica seja a de convencer a todos de que agora vai…
não é pouco….
Esse Kennedy parece mesmo ser
Esse Kennedy parece mesmo ser mais um “pena comprada” dos bancos. Quem ele acha que engana?
Levy foi o Palocci de DIlma,
Levy foi o Palocci de DIlma, quem vier para seu lugar terá que ter um perfil diferente. Terá que ter visão para comandar uma recuperação econômica.
2018
Se Lula não for o candidato presidencial em 18, meu voto é de Jaques Wagner.