Wilson Ferreira
Wilson Roberto Vieira Ferreira - Mestre em Comunição Contemporânea (Análises em Imagem e Som) pela Universidade Anhembi Morumbi.Doutorando em Meios e Processos Audiovisuais na ECA/USP. Jornalista e professor na Universidade Anhembi Morumbi nas áreas de Estudos da Semiótica e Comunicação Visual. Pesquisador e escritor, autor de verbetes no "Dicionário de Comunicação" pela editora Paulus, e dos livros "O Caos Semiótico" e "Cinegnose" pela Editora Livrus.
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O atentado ao “Charlie Hebdo” foi um filme mal produzido?

Como em todos eventos agudos que envolvem a interminável “guerra contra o terrorismo”, muitos analistas apontam inconsistências, ambiguidades e lacunas na cobertura midiática ao atentado contra o jornal Charlie Hebdo em Paris.  São tantas que parece que estamos diante de um roteiro de um filme mal produzido: uma ação militar profissionalmente cirúrgica feita por jovens que esquecem um cartão de identidade no carro da fuga. Coincidências e conveniências para muitos lados (e até para a grande mídia brasileira) envolvem a chacina dos jornalistas e cartunistas franceses, gerando uma espiral de especulações e conspirações. Será que alcançamos o estágio mais avançado do terrorismo, o “meta-terrorismo”? O relato midiaticamente ambíguo de um atentado pode se tornar tão letal quanto o próprio atentado.

Como diria a personagem Church Lady (feita pelo comediante Dana Carvey no programa Saturday Night Live, sempre preocupada com as conspirações satânicas por trás das coincidências): “How Con-VEEN-ient!” (“Tão conVEEEniente!”).

Numa primeira análise, o ataque terrorista (alguns afirmam que foi na verdade uma ação militar pela precisão) ao jornal satírico francês Charlie Hebdo em Paris, que vitimou 12 pessoas entre eles cartunistas, editores e colunistas do veículo francês, tem se revelado bem conveniente para três personagens do atual cenário internacional e, de quebra, para o senso de oportunismo da grande mídia brasileira:

(a) Para o politicamente desgastado presidente da França François Hollande – 85% dos franceses declaram que Hollande não deveria se candidatar à reeleição e 50% o acusam de não cumprir promessas da campanha, segundo o Instituto Francês de Opinião Pública. Com a economia estagnada e falando para a mídia em “pacto de responsabilidade” onde cada um teria sua cota de sacrifício (aumento de taxação e redução dos custos dos trabalhos), Hollande  acenava com “união” para uma “França forte”. Medo e infelicidade são importantes ingredientes para a unificação diante de um suposto inimigo externo. O 11 de setembro nos EUA provou isso.

(b) Para o fascismo europeu – com dezenas de milhares indo às ruas das capitais europeias desde o ano passado no movimento chamado Pegida (sigla em alemão para Europeus Patriotas Contra a Islamização do Ocidente), isso sem falar no crescimento eleitoral da extrema-direita de Marine Le-Pen na França, o atentado dá forças à xenofobia alimentada pela crise econômica continental. O atentado cairia midiaticamente como uma luva pois representaria um ataque àquilo que supostamente distinguiria o Ocidente do “obscurantismo” islâmico: a liberdade de expressão.

(c)  Para os EUA – Enquanto em Paris os supostos terroristas faziam uma chacina na redação do Charlie Hebdo, um carro bomba explodia em frente à Academia de Polícia no centro de Saná, capital do Iêmen, resultando em 37 mortos. Informou-se que o braço jihadista da Al-Qaeda do Iêmen reivindicou a autoria. Quase ao mesmo tempo em Paris, os terroristas encapuçados gritavam na rua para todos que pudessem ouvir: “Digam para a imprensa que somos da rede Al-Qaeda do Iêmen”.

Por que agora o Iêmen? O que agora o mundo (ou os EUA) querem com esse país pobre fronteiriço da Arábia Saudita? Leia esse trecho do documento “A Agenda Secreta do Iêmen: por trás dos cenários da Al-Qaeda, o gargalo estratégico do petróleo” de 2010 do Centre of Research on Globalization (CRG): 

“A importância estratégica da região entre o Iêmen e a Somália torna o ponto de interesse geopolítico. Lá está o estreito de  Bab el-Mandeb, um dos sete pontos que os EUA consideram gargalos para o transporte de petróleo – um gargalo entre o cabo da África e Oriente Médio, e uma ligação estratégica entre o Mar do Mediterrâneo e o Oceano Índico”.

O impactante atentado de uma suposta ramificação da Al-Qaeda no Iêmen seria um pretexto perfeito para a militarização da águas em torno de Bab el-Mandeb pelos EUA ou OTAN. Os EUA buscam o controle desses gargalos críticos no mundo. Essa região seria estratégica em um futuro próximo pela possibilidade de controle do petróleo para a China, União Europeia ou qualquer região que se oponha à política norte-americana.

(d)  Para a grande mídia brasileira – diante do fantasma da regulamentação midiática através da possibilidade da implementação Lei dos Meios, oportunisticamente colunistas brasileiros dão o ponta pé inicial na transformação do atentado em combustível para sua agenda. Diogo Mainardi e Felipe Moura Brasil, por exemplo, tentam associar a tragédia de Paris a uma onda ofensiva contra a liberdade de imprensa do qual faria parte “os ataques petistas”.

E ainda, a inacreditável “jornalista” Rachel Sherazade, em comentário na Rádio Jovem Pan, comparou a revista Veja ao Charlie Hebdo. Para ela, o veículo estaria autalmente sendo vítima não do radicalismo islâmico, mas do “radicalismo de esquerda”.

Um filme mal produzido?

Daniel Boorstin: a simulação 

domina a vida pública

O historiador norte-americano Daniel Boorstin, talvez o primeiro pesquisador a compreender o papel da simulação como elemento dominante da cultura, chamou a atenção da “era do artifício” atual onde a vida pública estaria sendo dominada pelos “pseudo-eventos”: fatos deliberadamente planejados e roteirizados para serem “noticiáveis”, ganhando a atenção da opinião pública – e isso Boorstin escreveu em 1963 no seu livro The Image – a guide of pseudo-events in America.

Para Boorstin, um dos critérios para podermos diferenciar um pseudo-evento de um “evento produzido por Deus” é a sua “ambiguidade” em relação à realidade subjacente. Enquanto diante de um evento real (terremotos, enchentes, desastres aéreos) o interesse está em saber o que aconteceu e as consequências, no pseudo-evento há uma ambiguidade presente através de inconsistências, detalhes inverossímeis e conveniências ou coincidências que tornam o evento noticiável. O pseudo-evento obedece o timing dos ritmo midiático da transmissão das notícias.

Somado ao timing e conveniência a múltiplos interesses que o atentado veio aparentemente de forma involuntária atender, acrescenta-se uma narrativa com diversas ambiguidades. Um roteirista de cinema experiente condenaria a produção como um filme mal produzido. Vamos analisar sete das inúmeras ambiguidades que analistas e teóricos da conspiração estão discutindo:

(a) Apesar da proximidade do Centro de Paris, as ruas próximas ao atentado estavam vazias. O  atentado ocorreu  no primeiro dia dos “Soldes” (temporada de liquidação de inverno dos saldos do Natal que ocorre de 7 de janeiro a 17 de fevereiro), caracterizado pelo frenesi de turistas, grande movimentação de carros. O Citroën dos terroristas estava parado no meio da rua. Particularmente nesses dias de “Soldes” você não consegue ficar parado sem, em questão de segundos, formar-se uma fila de carros;

(b) A suposta execução de um policial numa calçada de concreto foi um ato arriscado para o terrorista: ninguém atira numa superfície de concreto, a não ser que queira ser morto por um ricochete;

(c) Problemas com o “figurino” dos policiais: intrigante é que os policiais anti-terroristas não estavam com capacetes e máscaras. Aparecem no vídeo com boné e roupa casual;

 

Wilson Ferreira

Wilson Roberto Vieira Ferreira - Mestre em Comunição Contemporânea (Análises em Imagem e Som) pela Universidade Anhembi Morumbi.Doutorando em Meios e Processos Audiovisuais na ECA/USP. Jornalista e professor na Universidade Anhembi Morumbi nas áreas de Estudos da Semiótica e Comunicação Visual. Pesquisador e escritor, autor de verbetes no "Dicionário de Comunicação" pela editora Paulus, e dos livros "O Caos Semiótico" e "Cinegnose" pela Editora Livrus.

34 Comentários

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  1. Numa ação meticulosamente

    Numa ação meticulosamente planejada, como um terrorista esquece sua identidade num carro?

              É óbvio, evidente demais, que foi de propósito.

                 Com qual intenção?

                   Declarou depois: ”’Quero morrer como mártir’– e mártir precisa de nome.

                      E morreu mesmo,

  2. É tão absurda a versão da

    É tão absurda a versão da mídia e o que nos espanta  é que não há ninguém para rebater essa tragédia que se tornou a subinteligência dos informativos em geral. E quando há, há imediato corte da fala daquele que ainda pensa e discorda da versão primitiva e tão fraca do acontecimento. Foi uma execução tão banal e terrível quanto os inúmeros crimes encomendados que nos cercam em qualquer lugar do mundo. Para que haja justiça e as mortes não tenham sido em vão, apostamos que essa farsa (mais uma) seja desfeita tão friamente quanto esse ato calculado. Estamos todos no mesmo barco, a burrice e ganância dos centros do poder econômico e a tentativa de mais um avanço geopolítico está virando um pesadelo pior do que a ameaça de uma 3a. Guerra Mundial. Para a humanidade inteira.

  3. sincronismo para viver

    O Wilson segue sua cruzada incansável em busca de sincronismos que expliquem nossa vida caótica. È claro que Aécio Neves e Diogo Mainardi vão colocar a culpa no PT, Obama na Al- qaeda, Le pen no imigrantes islâmicos, para os judeus a culpa é dos palestinos ,e por aí vai. Nada de novo sob o sol. O fato mesquinho, desumano e apequenador é que estes dois ou três desmiolados deram sangue novo para este circulo vicioso que não nos leva a lugar algum.    

  4. Queima de Arquivo

    E, para completar esse enredo mal escrito, fizeram a “queima de arquivo”.

    Eu — sinceramente — não quero acreditar nessa teoria conspiratória, mas as mensagens de ódio que estou lendo me lembram os textos de incitação à guerra que li nos livros escolares.

    Nos capítulos de História sobre a Segunda Guerra Mundial. A mesma verborragia, a mesma lógica doentia e implacável, tudo de novo!

    Eterno retorno, escrito por Nietzsche:

    “E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: “Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência – e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez, e tu com ela, poeirinha da poeira!”. Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderías: “Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!” Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: “Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?” pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?”

    1. Tempos estranhos

      Compartilho algumas das suas inquietações, já tenho pensado nisso há tempos. Morei na Europa, quando estudei por lá há quase trinta anos, conheci um pouco a xenofobia, mas lembro que nada era tão grave e violento assim. O agravamento é em parte causado pelos extremismos insuflados pelos Tea parties da vida, pelos jihadistas de todos os lados, e todos os tipos de escalada que vemos são inquietantes mesmo, se analisamos em perspectiva. Muitas semelhanças com a década de trinta e suas loucuras.

  5. Ideologia em vídeo

    No pensamento de Guilherme de Occam, a explicação mais simples para o fenômeno era, via das dúvidas, a melhor.

    Fanatismo religioso + manipulação ideológica + incapacidade de se vigiar tudo todo o tempo = terrorismo

  6. Aliança entre neofascistas e ‘jihadistas’?

    O jihadismo do Estado IslÂmico e da Al-queda tem suas raízes no nazismo e não na religião mulçumana. Nos impérios mulçumanos da Idade Média todas as religiões conviviam pacificamente, sem perseguições e fanatismos. Os judeus estavem em melhor condiççao no califado mulçumano do que na Europa medieval. O Jihadismo foi uma ideologia de combate criada na década de 1930 por Hassan al-Banna (fundador da irmandade mulçumana) e Amin al-Husseine o grande Mufti (lider religioso de Jerusalem). Ambos colaboraram com o nazismo e tiveram apoio de Hitler. Recrutaram adeptos para a Wafen-SS nazistas na bosnia mulçumana, mesclaram a ideologia da Jihad com a do Nazismo(O livro de hitler foi trazido pela irmandade mulçumana com a palavra jihad no título).

    Há videos dos adpetos  do Estado Islâmico pretando lealdade ao califa fazendo a saudação nazista. O nazi norueguês responsável pelos atentados em 2011, pregou em carta na prisão uma aliança entre nazis e jihadistas (Jihad Watch, 1 de dezembro de 2014). Na segunda feira, dois dias antes do atentado em Paris, 18.000 marcharam com o PEGIDA em uma manifestação anti-imigrantes em Dresden na Alemanha. Hoje o único país grande economica e politicamente em que a extrema direita tem chances reais de chegar ao poder é a França com a frente nacional de Marine Le Pain.

    Seria tudo isso uma coincidência, dados os antencentes históricos? Não teria sido essa operação planejada por um acordo entre os dois grupos? é uma hipótese no mínimo plausível.

    Ah, e o que o Brasil tem a ver com isso? esqueçam a obsessão com o tal do PIG. Lembrem-se do ex-comandante do BOPE, ex-comadante do Batalhão de choque da PM-rj e ex-membro da segurança pessoal do secretário de segurança do RJ que foi pego em um forúm com outros oficiais da PM RJ fazendo apologia ao nazismo.

    1. Amin Al – Husayni

       Ou, o Grande- Mufti de Jerusalem ( na hierarquia teocratica muçulmana, sunita, somente inferior ao “Guardião dos locais sagrados – Meca e Medina – titulo atual do Rei saudita ).

        Mas acho mais “bonito” o titulo dado em alemão, por Himmler e Ribbentrop, de: Der Grossemufti Von Jerusalem”.

        Após fugir de Jerusalem (1941)estabeleceu-se com escritório, frequencia de radio aberta em arabe, nas instalações do RSHA em Berlim, onde tambem instruiu e supervisionou traduções coranicas falsas, interpretações de haddiths, para justificar o nazismo, e Adolph Hitler, como uma parte da “jihad”.

         Amin-Al-Husayni, com grande interesse nos Balcãs, auxiliou a H. Himmler, na montagem, recrutamento, instrução religiosa – salafista, visando a “limpar” de judeus, católicos romanos, ortodoxos e comunistas, as regiões hj. compreendidas, entre a Albania e a Croácia, sendo “patrono” religioso e “Gruppenführer”, das sanguinárias 13a e 21a Waffen-SS GerbitsjagërDivisionen.

         Amin-Al-Husayni, um criminoso de guerra, genocida, candidato a forca pelos russos e iugoslavos, nazista e islamico, foi salvo, nunca processado, pelos ingleses – ficou preso no Cairo por poucos meses – e pór condicionantes politico estratégicas, até religiosas, foi reconduzido, pelos ingleses, a seu posto de origem, em Jerusalem.

  7. Financiamento

    Pode também não ser nada disto. Desde a ocupação do Afeganistão grupelhos islamicos radicais vêm sendo financiados. Primeiro foi a Alqaeda do Bin Laden, resultou nos ataques nos Eua o 11 de setembro, mas a maior vítima tem sido o Paquistão, o recente atentado matando dezenas de jovens nos dá bem a dimensão do feito de 30 anos atrás.

    Depois disto, só para citar os mais recentes, tivemos a queda de Gaddafi, e a viltual desintegração da Líbia com os movimentos islâmicos radicais espalhando-se por todo o norte da Africa. Não satisfeitos os líderes dos países desenvolvidos resolveram financiar e armar grupos islâmicos para derrubar o ditador Sírio. Financiaram uma Al nursa, franquia da Al qaeda sem qualquer pudor, e o ISLN, que veio a formar o Califado IS que desestabiliza o Iraque.

    Então surpreende que alguns europeus, treinados em chacinas e decapitações, voltem e hajam de forma violenta? O problema é só que a conta não está indo para o bolso de quem é o responsável por todo este caos. O problema é saber  quem realmente está controlando quem.

  8. Absurdo

    A narrativa do autor soa mais absurda que as histórias desconexas que estão sendo contadas pela mídia. Achar que o governo francês permitiu que supostos terroristas mataram jornalistas para ganhar dividendos políticos é o cúmulo da teoria conspiratória.

  9. Nassif,
    Eu venho lendo os

    Nassif,

    Eu venho lendo os seus posts por mais de 10 anos, me considero uma pessoa de esquerda, mas racional (sou cientista profissional e como ce pode ver nao moro no Brasil faz mais de 10 anos (por iss a falta total de acentos no texto)).

    Eu nunca escrevi na minha vida um comentario em nenhum site. A unica vez que postei alguma coisa no meu Facebook que nao era de trabalho foi a gosacao da capa da veja que eu achei muito engracado e para mim era absurdo as afirmacoes sem provas.

    Eu geralmente nao tenho tempo e paciencia para discutir com pessoas que nao se atem aos fatos e que sao irracionais (isso vem provavelmente da minha profissao que me faz provar cada palavra que eu penso ou falo durante 24/7).

    Minha navegacao na internet por lazer se resume a 4 sites que eu vejo quando quero descancao um pouco. Eles sao: http://www.xkcd.com, http://www.phdcomics.com, http://www.guardian.co.uk e o seu.

    Essa introducao toda e para dizer que pela primeira vez eu me senti profundamente ofendido por esse texto, que nao tem prova nehuma do que ta falando. Ele no fim das contas e super desrespeitoso com a vitimas e todo mundo que acha que ideias dever ser livres. 

    O fato e que esses cartunistas sempre fizeram graca com tudo quanto religiao e nao somente com muculmanos (como ta saindo um monte aqui fora).

    Eu nao vou entrar na discussao sobre fundamentalismo/racismo (como eu disse me enerva profundamente discutir qualquer assunto que nao seja baseado em fatos reais e nao no achometro).

    No fim das contas o que eu queria dizer e que eu nao entendi como voce pode dar aval a esse tipo de texto sem prova nenhuma e com as vitimas sendo eles journalistas/chargistas e nem foram enterrados ainda.

     

    1. Sr. cientista-mirim

      Os textos do WilsonGnose são metafóricos. Ele se utiliza de figuras de linguagem, de cruzamentos de imagens e raciocínios, para sugerir apenas que a miserável morte de 12 pessoas na França não foram um ato de terrorismo (algo organizado). Foi sim uma miserável chacina (esta talvez perpretada por fanáticos religiosos), como aquelas que acontecem diariamente aqui no Brasil (estas perpretadas por criminosos “civis”). Mas o status quo político da direita dos EUA e Europa aproveitam-se e querem fazer parecer que existe uma “ameaça maior” (é o meta-terrorismo). Todas as minhas condolências as famílias e às vítimas dessa (mais uma) tragédia. Mas o texto do WilsonGnose é profundamente interessante.

  10. DAS PLAUSIBILIDADES INVEROSSÍMEIS

    Desde o 9/11, adquire crescente verossimilhança a hipótese de que adentramos a era do pós-meta-terrorismo. E as inconsistências dos roteiros realmente potencializam os efeitos do que o autor gosta de denominar como ‘bombas semióticas’. Ademais, resulta irretocável a conclusão de que a exploração midiática de relatos ambíguos constitui armamento letal, ainda mais devastador quando trata de possíveis factóides.

  11. Tem que ser dito:The Wilson

    Tem que ser dito:

    The Wilson  Ferreira venda a mãe na esquina e entrega pelo Fedex.

    Abominável o mundo desse rapaz.

     

  12. Penso, logo existo ou Se pensar logo desisto?

    Na linha do autor do texto, aposto milhões que se a gente passar o vídeo do ataque ao Charlie Hebdo de trás pra frente teremos a prova cabal de que Paul McCartney realmente morreu quando disseram que ele morreu.

  13. Atira sim

      Que o jornalismo é ruim, é fato, mas o pior é que certas “analises” são bem piores, tipo:

       – Suposta execução do policial, o “ricochete”:  Ninguem “atira” – dispara, nem é “bala” – é projetil ( cartucho tambem é errado, significa anterior ao disparo – estojo + projetil= cartucho ), portanto um pouco de fisica/balistica/corpo humano, é interessante, pois naquela distancia de disparo, mesmo com o alvo apoiado em superficie de concreto, ocorre o seguinte: a) o AKS 74/47 em 5,56mm, 1600 joules / 750 m por segundo, a curta distancia ( – 0,30 mts), perde pouca velocidade quando impacto, jamais atravessaria e ricochetearia uma “cabeça” ( mais de 80% do cerebro é agua ), o “choque hidrostático”, arrebenta o projetil ( a energia se dispersa, tanto pelo choque, quanto pelo apoio – concreto -, caso fosse uma superficie “mole” de apoio, a saida do projetil, seria em “partes”).

        – Policiais anti-terror, com roupas comuns, e armas “curtas” ( HKs): Doutrina francesa anti-terror, como a britanica, alemã,belga e holandesa : A maioria, com menos de 35 anos – aparencia de menos idade – rapazes e moças bem comuns, barbudos, cabeludos (as) – pessoas de aparencia e atitudes perfeitamente comuns, mas muito bem treinadas, alguns podem até recitar o Corão sem erros, muitos são filhos de magrebinos, falam até o “arabe-afrancesado” ( periférico de Paris/Toulouse/Nice ). MAS:

            São da DGSI/SDAT, o serviço de segurança interna frances e sua subdivisão anti-terrorista, ou alguns que participaram das ações de hj., na coordenação, são da equipe especial da DGSI, o RAID ou “Delta”, uma parte da GIGN, ou como falamos “Djins” ( arabe: anjos), que são os da “ação executiva” ( no portugues: os que matam) – Estas pessoas, agregadas a estas organizações de segurança, por doutrina operacional, e ordem, NUNCA circulam uniformizados. 

  14. E não seria conveniente

    E não seria conveniente também para uma maior “integração” (= subordinação) dos serviços de segurança franceses aos “primos” americanos? Não nos esqueçamos que De Gaulle e Chirac, apesar de conservadores (=direita/centro direita, conforme o gosto) não gostavam de americanos e ingleses… mas a jovem oficialidade francesa pode pensar diferente…li alguma coisa num blog do “liberation” destinado a questões militares…

    Enfim, quantos “Jean Charles” mais?

    E como dizia o outro, “Lliberdade, liberdade, quantos crimes são cometidos em teu nome!”…

  15. Faz sentido sim

    Esse assasinato foi  muito conveniente para alguns. Hollande tem o seu 11 de setembro para desviar o foco de seu proprio fracasso politico. Os fascistas/ racistas europeus se proveitam para  validar de seu racismo perante a opinião publica. Os Estados Unidos se apresentam como “policia” e unicos capazres de e salvar o mundo.  A  velha midia no Brasil se eproveita para se colocar como martir contra a regulação do setor. Também achei estranho aquela rua deserta em plena quarta feira. Pior ainda é um dos assassinos  deixar o documento no banco do carro. Mas o Wilson não teve coragem  de ir até o fim e colocar quem relamente esta por tras desses assassinatos tão convenientes para alguns.  Ação autonoma de amadores desmiolados e sanguinarios? Ação de profissionais pagos? E nesse caso, pagos por quem? Ação de grupos extremistas dentro ou fora da França? Um detalhe passou despercebido. Os assassinos são mesmos da Al Qeeda do Iemen, ou foram pagos para parecer que eram, dando pretexto para os Estados Unidos atacarem aquela região??E, neste caso, pagos por quem?? Faz sentido sim … 

  16. A pergunta que deveria ter

    A pergunta que deveria ter sido feita há muito tempo é  a seguinte: até quando a opinião pública  do mundo todo vai continuar engolindo  essas estorinhas  de terrorismo planejada pelas próprias” vítimas ” que com apoio da mídia que  sabemos muito bem quem são os propietários se encarregam de enfiar pela goela abaixo do mundo todo como verdade inquestionável???????. Se essa revista e seus cartunistas tiverssem um mínimo de respeito pela opção religiosa dos ” terroristas” é bem provável que nada teria acontecido.O que que esta acontecendo na terra da LIBERDADE, FRATERNIDADE E IGUALDADE???.  Na faixa de gaza morrem dúzias de palestinos por  hora assassinados por Israel e EUA  , e não vemos tanta comoção… sera que a vida deles vale menos que a dos franceses????  

  17. Especialistas!

    Comentário de um especialista:

    A suposta execução de um policial numa calçada de concreto foi um ato arriscado para o terrorista: ninguém atira numa superfície de concreto, a não ser que queira ser morto por um ricochete;

    Esse daí não quer manipular a opinião pública, não. Ele entende mesmo do que está falando.

     

  18. “A suposta execução …”

    Como contar isto para parentes e amigos que estão chorando sua ausência? Então a cena de sua morte, mostrada em todo o mundo, carece de realidade, é uma “suposição” onde ele está “representando”, quando pede misericórdia aos algozes? O autor podia ir dormir sem escrever isto; não é apenas uma zombaria com a memória do policial, ele está a zombar da inteligência de todos seus leitores.

    1. Concordo plenamente

      Nessa o Wilson extrapolou a imaginação. Tudo pode ser contrariado nesse artigo…Falta de pessoas…quem iria ficar na rua ouvindo o som das AKs…Vídeos amadores mostram grupos de pessoas se escondendo…Tiro na calçada…fala sério, é uma AK 47 colega, ela atravessa concreto…Veja os vídeos das execuções dos massacres no siri Lanka e entederá…Supostos “terroristas” e suposta morte do polícial…Fala sério. 

      Agora, não posso deixar de concordar com o oportunismo, isso sim acontece e vai continuar. A exemplo da Raquel, bravejando que a revista Veja é “independente”..kkkkkkk, “independente” é fod…O que aconteceria com a revista Veja com a edição criminosa antes das eleições num país que realmente combate a impunidade?

      EUA e petróleo, claro, até no Brasil tivemos nossos emails vigiados por eles, emails da Petrobras e da própria Presidenta. Qualquer chance deles entrarem, não tenho dúvida que eles aproveitariam.

      Agora isso não é um filme mau produzido, isso é real, assim como o oportunismo. 

       

  19. A alienação da grande massa e

    A alienação da grande massa e sua ‘divinização’ da cultura imperialista americana não permitem que se ”enxerguem” detalhes pequenos porém muito significantes sobre o ocorrido.

    No vídeo do policial executado pode-se notar com muita precisão que o tiro fo NA calçada ( mostra-se o impacto no chão ) e não na cabeça do policial ) aos 0:13 segundos – é nítido.

    Mais um estereótipo foi criado com sucesso, há muito tempo, de que todo árabe ou muçulmano tem que obrigatoriamente ser terrorista ou que apoiam o terror. A islamização da Europa é um fato que não pode mais ser detido, o governo alemão declarou que dentro de pelo menos 50 anos a Alemanha será um estado muçulmano, por causa da taxa de natalidade do europeu que tem apenas um filho por casal, em média, e os muçulmanos pelo menos 8 filhos por casal .  Armas químicas de Saddan… 11 de setembro… é muito caroço pra pouco angu e escolher vilões hoje em dia é facílimo, é de conveniência mesmo. Não que não o sejam, mas a paranóia americana já dominou o mundo muito mais que qualquer epidemia de qualquer tipo de doença . Chamem de ”teoria da conspiração” ou do que for, ela tem se mostrado verdadeira em muitos casos.

  20. Tá na cara, é tudo mentira!

    Tá na cara, é tudo mentira! Farsa pura! Muito obrigado por ter postado este texto, muito conciso este texto! É muito fácil para a maioria da população ridicularizar o assunto conspiração política, pois as pessoas são muito religiosas e covardes no íntimo si mesmas! Grato mais uma vez!

  21. Artigo péssimo!

    Caros, 

    Este texto é absolutamente frágil.

    O que houve na França foi uma falha dos servições de informações.

    Seria importante o autor saber os diferentes grupamentos policiais na França, por exemplo, entre a Police Nationale, a Gendarmerie, o GIGN, o RAID, etc.

    E o argumento do Kalachnikov (AK 47)…. Fala sério!!!

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