O gigante acordou, mas o PT segue dormindo, por Lino Bocchini

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Moradores da zona oeste paulistana durante o panelaço de domingo á noite – Reprodução Facebook

da Carta Capital

O gigante acordou, mas o PT segue dormindo

Ao tentar atribuir exclusivamente à “burguesia” o panelaço e, assim, toda a insatisfação contra o governo Dilma, o partido mostra a sua desconexão com a realidade

Lino Bocchini

A reação do Partido dos Trabalhadores ao panelaço promovido por setores da população em cerca de dez capitais brasileiras durante o pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff na noite deste domingo mostra o quanto o partido está descolado da realidade. Mostra, também, o quanto os responsáveis por sua comunicação não conseguem decifrar os tempos atuais e suas novas formas de mobilização, de difusão de ideias e de construção de narrativas – verdadeiras ou não.

“Foi um movimento restrito que não se ampliou como queriam seus organizadores”, analisou o secretário nacional de comunicação do partido, o jornalista José Américo Dias, emtexto publicado no site oficial do partido. “Têm circulado clipes eletrônicos sofisticados nas redes, o que indica a presença e o financiamento de partidos de oposição a essa mobilização”, afirma o vereador por São Paulo. O próprio uso de uma terminologia bastante antiquada – “clipes eletrônicos” – escancara o tamanho do descompasso.

O vice-presidente do partido, Alberto Cantalice, anunciado pelo PT como seu “coordenador de redes sociais”, não ajudou muito. No mesmo texto oficial, classificou as manifestações de domingo à noite como “uma orquestração com viés golpista que parte principalmente dos setores da burguesia e da classe média alta”.

Os vídeos e relatos postados nas redes sociais mostram como, de fato, o panelaço (e as buzinas, gritos e fogos de artifício) foram mais frequentes em bairros ricos das maiores cidades brasileiras. Há, contudo, relatos em bairros paulistanos como Butantã, Santana ou Jardim Marajoara, com população nas quais não é possível aplicar genericamente o rótulo de “burguesia”.

Dilma quase perdeu as eleições nas últimas horas antes do final da votação de 27 de outubro muito por conta de uma fortíssima corrente de whatsapp espalhando boatos como o do assassinato de Alberto Youssef pelo PT – o doleiro está vivo e não sofreu atentando algum. Se a comunicação nacional do partido está nas mãos de alguém que usa o termo “clipes eletrônicos” em tom professoral, como compreender a riqueza, o poder e a complexidade da uma ferramenta como o whatsapp?

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi reeleito no primeiro turno em São Paulo com mais de 12 milhões de votos, saindo-se vitorioso em 644 das 645 cidades paulistas. Eram todos os votos da “burguesia” de que fala o PT? O também tucano Aécio Neves (MG) teve mais de 51 milhões de votos no segundo turno. Só da elite? Se somarmos 100% dos votos de bairros como Leblon (RJ), Savassi (MG), Asa Sul (DF), Moinhos de Vento (RS) e Jardins (SP) não chegamos a 1% deste total. Os moradores destas áreas e seus apoiadores, contudo, são suficientes para transformar o 15 de março em um sucesso – o resultado, lembremos, deve ser medido mais pela repercussão do que pelo momento em si.

O panelaço mobilizou todo o País? Presencialmente não mas, virtualmente, sim. O ocorrido segue como o assunto mais comentado em todas as redes sociais até o fechamento deste texto, quase 24 horas após seu ocorrido. E como não é nenhum segredo, a maioria da imprensa convencional é simpática a movimentos anti-Dilma e anti-PT e tende a amplificá-los.

As manifestações tiveram toques de preconceito e machismo? Sim. Há financiamentos para os grupos articuladores de atos deste tipo? Provavelmente. Há um ódio de classe por conta da origem do PT e de Lula e de políticas sociais como o estatuto da empregada doméstica e os programas de distribuição de renda? Há, e como. Mas o movimento do PT e do governo federal de viver em uma negação da realidade à sua volta não ajuda em nada. Só agrava a percepção de que o partido se tornou anacrônico.

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  • Foram registradas manifestações em cerca de 10 capitais

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

20 Comentários

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    1. troll a pagamento, e que pessimo investimento

      Tá na lista do hsbc? Acho que não, muito bagrinho por lá estar, mas bastante bobo por defender quem nela está.

  1. É impressionante!

    Cada vez mais acho que esse pessoal da comunicação do governo tem que apagar de seus currículos que um dia trabalharam lá.

     

     

     

     

    Os “gênios” do Planalto expõem Dilma e “convocam” panelagem

    10 de março de 2015 | 13:55 Autor: Fernando Brito

    ford

    O episódio das vaias a Presidenta Dilma Rousseff, agora de manhã, no Anhembi, é mais uma trapalhada do grupo de amadores que ela tem ao seu lado no Palácio do Planalto.

    Parece que arrumaram alguém da equipe do ex-presidente americano Gerald Ford, o atrapalhado que ganhou a capa da National Lampoon, uma revista de humor, com essa caricatura histórica.

    Não é possível que as coisas não sejam avaliadas com aquele critério que o Chico Buarque definiu há anos, o “ministério do vai dar m….”

    É obvio que não se está criticando que Dilma compareça a eventos públicos, ao contrário, deve fazê-lo.

    Muito menos que fale, como falou domingo, na TV.

    Muito ao contrário, ela deve fazê-lo e muito mais.

    Mas o que estão fazendo é uma comédia (trágica) de erros de comunicação, de construção de imagem e de oportunidade.

    Não é preciso um tratado de comunicação para mostrar, vejam.

    Dilma passou três meses em isolamento silencioso, com toda a mídia batendo.

    Aí sai a lista de Janot e, de repente, seus maiores algozes do Parlamento – Eduardo Cunha e Renan Calheiros – é que viram vitrine.

    Viravam, porque a fala de domingo e os paneleiros que tiveram todo o tempo necessário para se organizar, como todos que não fossem néscios sabiam que fariam.

    Em fevereiro, escreveu-se aqui que a decisão  “tomada com tanta antecedência, permitindo que a mídia “muy amiga” estimule, nela própria e nas redes sociais, uma expectativa negativa sobre a aparição de Dilma na TV”.

    Bingo dos paneleiros!

    Além da forma errada, o tom errado.

    Numa fala mais curta, o compromisso de apoiar as investigações, a punição de quem quer que fosse e o repúdio aos que a tentaram envolver na história.

    Mas não, uma fala frouxa, que – embora não o fosse e nem haveria razão para sê-lo – soou quase um pedido de desculpas.

    Agora Dilma resolve se expor pessoalmente.

    Tem o direito, mas também o dever de  saber escolher hora e lugar para isso.

    Escolheu São Paulo, pasmem.

    E o Anhembi, em Santana, o bairro paulistano onde o conservadorismo é mais forte, afora as áreas ricas (os velhos como eu lembram das moralistas “Senhoras de Santana”).

    E aí a levam para passar na frente do “cercadinho” das pessoas que estavam sendo impedidas de entrar no pavilhão, certamente muito felizes em estarem impedidas de entrar.

    E ainda com o eco fenomenal do pavilhão a multiplicar o som de 20 ou trinta vaiadores… Perfeito!

    Queriam o quê?

    Ah, sim, produzir mais imagens para serem reproduzidas nos jornais, nas redes e mais tarde, no Jornal Nacional, para ajudar na convocatória para as marchas dos paneleiros de domingo.

    Alguns leitores divergiram de mim quando eu falei do “autismo político” do Governo Dilma.

    Será preciso mais para que se perceba que ele é o seu maior risco?

    Será possível que só haja cegos que não querem ver?

    Ah, e isso inclui os grupos de esquerda que, como sempre fazem, escolhem a estratégia de exigir do Governo confronto quando ele menos tem com o que confrontar.

    Embora tenha tido essa chance e preferido continuar mansinho.

    Estamos atravessando uma crise política, institucional e econômica.

    Perguntem ao Lula ou ao Paulinho da Viola se os velhos marinheiros, em meio ao nevoeiro, não levam o barco devagar.

    1. A presidenta é ofendida em um

      A presidenta é ofendida em um evento e a polícia tucana fica de braços cruzados. Se fosse contra o Alckmin, já teriam descido o cacete

    2. Estratégia estranha

      Estratégia estranha realmente..a não ser..que??!!

      Bem ,um partido que ganhou 4 eleições seguidas

      não entra em “bueiro”..a não ser que queira deixar

      a bola com o adversário e se garantir lá atrás. O PT

      parece que conta com um gol contra da torcida do

      Aécio e dele mesmo.

    3. Como diria um conhecido meu,

      Na área de comunicação esse governo é muito “descompetente”. 

      É um show diário de incompetência. É claro que não basta uma estratégia de comunicação bem-feita para resolver todos os problemas do governo, mas sem ela não existe milagre.

      Tem gente que gosta de apanhar…

    4. O Collor talvez não caísse se

      O Collor talvez não caísse se não cometesse um erro tão ingenuo, como convocar a população para se vestir de verde amarelo e colocar nas janelas bandeiras com essas cores.

      Entregou a arma ao inimigo.

      Muitos se vestiram de preto e outros não tiveram a coragem de se apresentar de verde e amarelo.

      Foi um suicidio politico.

      Espero que os petistas não estejam cometendo o mesmo engano com essa convocação para o dia 13.

      Sera um dia definitivo para o futuro do Brasil

    5. O texto do Lino é fraco e o do Brito é melhor, mas desconfio

       

      Lucinei (terça-feira, 10/03/2015 às 14:24),

      Eu concordo com o texto do Fernando Brito, mas vou ponderar sobre três questões sendo duas pertinentes e uma não.

      Não seria pertinente lembrar aqui, mas lembro assim mesmo que há um texto de Fernando Brito que virou o post “O que realmente está em julgamento na Lava Jato, por Fernando Brito” de quarta-feira, 25/02/2015 às 15:10, aqui no blog de Luis Nassif que foi muito bem desconstruído por José C Brandes em comentário que ele enviou quarta-feira, 25/02/2015 às 17:00, lá para o post. E o José C Brandes que até então me era desconhecido teve outro comentário razoável em que, dadas as circunstâncias, em avaliei como bom. Trata-se de comentário enviado sábado, 28/02/2015 às 11:38, junto ao post “Se Dilma não reagir, haverá movimento pró-Temer” de sábado, 28/02/2015 às 19:10, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele. Só que pelos últimos comentários de José C Brandes, o fato de ele ter desconstruído o post com texto de Fernando Brito depõe mais contra Fernando Brito.

      Então concordo com o texto do Fernando Brito, mas desconfio.

      Passo agora às duas questões pertinentes. A primeira é que eu venho defendendo que a presidente deveria hibernar e só voltar aparecer em 2016. Dai porque eu dei o seguinte título “A presidenta Dilma Rousseff aguarda o carnaval de 2016 chegar” a um comentário que enviei para Luis Nassif domingo, 08/03/2015 às 18:09, junto ao post “Os desafios para Dilma garantir a governabilidade” de sábado, 07/03/2015 às 18:57, de autoria de Luis Nassif.

      A segunda questão pertinente seria lembrar que eu não entendo de marketing. Eu posso avaliar o que é bom ou ruim para mim. Para mim, o bom é que a presidenta Dilma Rousseff hiberne no período em que a economia vai mal e volte a aparecer em 2016 quando a economia estiver se deslanchando.

      Como não sou marqueteiro nem entendo de marketing, imagino se um marqueteiro tão competente que conseguiu eleger uma candidata sem nenhum carisma, a presidenta Dilma Rousseff, esteja nos pregando uma peça. Quem sabe ele não esteja usando uma estratégia que agora pode parecer ruim, mas que lá à frente com tudo gravado não se torne favorável para ela. É um pouco utilizar contra os adversários dela a estratégia não de “O príncipe” de Maquiavel, mas a lição de Antoine de Saint-exupéry em “O pequeno príncipe” expressa na frase “Tu te tornas eternamente responsável por tudo aquilo que cativas”. Assim, lá há frente quando a economia recuperar, ela poderá até vangloriar da força que ela apresentou para superar a avalanche de críticas que lhe fizeram. E está tudo gravado.

      Bem e quanto ao artigo de Lino Bocchini, publicado na revista Carta Capital, com o título “O gigante acordou, mas o PT segue dormindo” e que aqui no blog de Luis Nassif ganhou o direito a post com o título “O gigante acordou, mas o PT segue dormindo, por Lino Bocchini” de terça-feira, 10/03/2015 às 13:39, parece de um petista de carteirinha se se tira o título e a frase final do texto dele e que transcrevo a seguir, embora ele tenha também entremeado em outros trechos do texto a crítica do título e da frase final, mas sempre de modo genérico sem especificação.

      “Mas o movimento do PT e do governo federal de viver em uma negação da realidade à sua volta não ajuda em nada. Só agrava a percepção de que o partido se tornou anacrônico”.

      De certo modo, eu diria que o Lino Bocchini aprendeu a tática de Luis Nassif de atrair admiradores e críticos do governo do PT para aumentar a audiência do blog. Se o PT for a ferradura, Luis Nassif dá uma no cravo, mas em seguida dá na ferradura.

      Pelo título que Lino Bocchini arrumou para o artigo dele, parece que vem mais bomba em cima do PT. A única bomba que cai é a da frase final que é um ricochetear do título acusando o PT de anacrônico. É claro, quem dorme muito quando acorda está anacrônico para o mundo que surge como aconteceu com Rip van Winkle e é claro acontecerá com o PT se o partido dormir. Só que ele não apresenta nenhuma prova de que o PT e o governo federal vivem em uma negação da realidade à sua volta ou que haja na sociedade a percepção de que o partido se tornou anacrônico.

      O que ele quer? Quer ele que o PT cante La Marseillaise: “aux armes, citoyens!”

      A crítica de Lino Bocchini é fácil porque ela aproveita o momento. No momento em que tudo dá errado para o PT, não há muito o que se fazer, ou pelo menos não há ninguém propondo medidas consistentes para serem adotadas, as acusações genéricas sem provas ou específicas sem importância são consideradas como corretas e vem fundamentadas. A realidade, entretanto, é a de acusar o partido de negar a realidade sem mesmo guardar coerência com o que se afirma antes, pois aceita a realidade que o próprio PT divulga. Só que o PT divulga a realidade usando uma terminologia que não é atual e por isso cabem críticas, segundo o Lino Bocchini. Não vejo muita consistência nessa crítica como não tenho visto em muitas críticas que o Luis Nassif tem feito. E por coincidência os dois estão na Carta Capital. É uma crítica que explicada em voz alta ressoaria assim, o PT é um bom partido, mas vocês que são críticos do PT venham nos ler que nós fazemos críticas ao PT também.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 10/03/2015

  2. Estou na casa de minha mama,

    Estou na casa de minha mama, entre Copacabana e Ipanema e nesses setores não ouvi ou houve nem uma colher de cafezinho numa chiaria de expresso. Concordo , mia donns de Sp fez-me fiel relato,que nós setores dos meninos, mimos ou ninos de recado da família Carta houve manifestações de histerias, e vero, que  foram ouvidas até na própria Itália!  Para voces que partem, os meus melhor tchau,

  3. Estou na casa de minha mama,

    Estou na casa de minha mama, entre Copacabana e Ipanema e nesses setores não ouvi ou houve nem uma colher de cafezinho numa chiaria de expresso. Concordo , mia donns de Sp fez-me fiel relato,que nós setores dos meninos, mimos ou ninos de recado da família Carta houve manifestações de histerias, e vero, que  foram ouvidas até na própria Itália!  Para voces que partem, os meus melhor tchau!

  4. Não sei sobre Sp mas em BH…

    Moro em um bairro que nem de periferia é. Tem um quartel da PM e muitos cidadãos conservadores, misturados a artistas e pessoas até mais humildes. Aqui eu nem tomei sequer conhecimento de qualquer panelaço. Só vim a saber disso pelo jornal de extrema direita submisso a Aécio (O Estado de Minas) e por comentários esparsos no bairro Anchieta de alta classe média onde inelizmente estive no dia de ontem. Portanto discordo completamente do autor do texto. Para mim que vejo o Brasil pelas ruas e não pela TV o panelaço não passou de chilique de filhinhos de papai mimados que foram cooptados, doutrinados, motivados e amplificados pela mídia. Mas o grosso de opiniões e depoimentos que ouvi no dia seguinte reduziram o tal “protesto” a uma palhaçada reduzida aos mesmo idiotas raivosos que nunca em sua vida passaram sequer da Savassi e não conhecem nem sua própria cidade, muito menos o Brasil. O Brasil é muito maior que estes menininhos mimados de zona sul que tentam parecer maiores e mais importantes do que são e passam por ridículos ao revelarem a sua própria condição de burros controlados pela mídia. E não adianta quantas faculdades tenham cursado, ou quantos países do mundo que conheçam, esta burguesia medíocre e infantil da zona sul de BH a cada passo dessa histeria coletiva orquestrada pela mídia se revela mais ignorante ainda do que eu imaginava ser. Eles que por seu preconceito extremo já eram cegos ao que acontece além de seus bairros chiques ainda querem se impor como importantes, inteligentes e dominantes, mas de tanta burrice não conseguem ver que estão só cada vez mais queimando seu filme.

    Todos clones de um Lobão psicótico berrando palavrões como se fossem torcedores de futebol e agredindo pessoas como black blocs sem consciência. Tudo porque apesar de se considerarem “os donos da bola” perderam o jogo! Onde estão a mães desses bobocas panelados para lhe darem uma surra no bumbum e cortarem a mesada da semana?? Chega de crianças mimadas querendo parecer importantes! 

  5. Caro Nassif e demais
    Penso

    Caro Nassif e demais

    Penso que o gigante nunca dormiu, o gigante, os menos de 1%, estão vendu que as mudanças sociais avançam e usam a classe média, como recurso contra isso e contra o PT.

    Esse é o choro dos menos de 1% e com classe média medieval.

    Saudações 

     

  6. Comovente. Humildes  senhoras

    Comovente. Humildes  senhoras na laje dos seus barracos  animando a singela festividade  familiar  empregando como instrumentos  de percussão utensílios de suas cozinhas.

  7. O que me está incomodando, é

    O que me está incomodando, é a direção do PT. O que aconteceu com este partido e sua direção por serem tão omissos.

    Vejo um partido inerme , sem ação. Seu presidente sumiu e ninguém sabe ninguém viu.

    Esse trio politico gaucho está perdido com a ajuda do Mercadante.

    O ministério do 2º governo é bem pior e politicamente nem se fala

    Ninguém vem a público rebater essa mídia golpista e seus colonos entreguistas. 

    Dilma, houve mais o Lula, queiram ou não enxerga mais que todos os teus assessores.

    Casa Civil – Mercadante.

    M. da Justiça – Jose Cardoso.

    Não há esperanças de molhorar o quadro político;

     

  8. o meio não é a mensagem é só o meio.

    Bater panelas não é “nova forma de mobilização”, quem estava vivo na década de 1980 e na época da hiperinflação viu isso acontecer. Não havia redes sociais na época. Sinto muito, o meio não é a mensagem é só o meio. Aqueles que não são da ‘burguesia’ podem até estar insatisfeitos, mas não se manifestam com essa facilidade e ‘espontaneidade’.Tem medo de perder o emprego, quando tem um. Tem medo de levar porrada da policia, o que acontece cotidianamente. Seu medo é bem ‘colado’ na realidade. Quando se manifestam fazem em massa, na rua porque se sentem mais protegidos. Acho que o autor é que anda muito no virtual e meio ‘descolado’ da realidade…

  9. De cima para baixo

    Parece-me inegável que os governos federais encabeçados pelo PT promoveram, nos últimos 12 anos, considerável mudança no país, no sentido “de baixo para cima”.  A ascensão social possibilitada pelos programas de acesso a renda, a educação, a crédito, à desoneração do emprego, etc. deixa bem clara essa mudança.

    Essa movimentação ascendente foi percebida por toda a sociedade, e é correto afirmar que a beneficia como um todo, por diversas razões, das quais, para ficar numa só, a mais fácil de entender por todas as camadas sociais é que se trata de uma semente para a redução paulatina da violência, ao menos daquela que tem origem nas profundas discrepâncias sócio-econômicas reinantes por toda a história do Brasil.

    No entanto, desde o início desse processo, nos primeiros anos dos mencionados governos, as classes mais altas vêm externando seu repúdio ao movimento de ascensão social, demonstrando que nossa elite é mesquinha, não quer abrir mão de privilégios, é odiosa, se considera no direito de desrespeitar as leis. Ainda que seja vítima da violência, não está interessada no plantio daquela semente, pois a diminuição das desigualdades sociais poderá vir a ser um dificultador de sua capacidade de contratar empregados domésticos e seguranças particulares de baixo custo, e seus filhos provavelmente não terão à disposição a mão de obra barata dos filhos dos atuais pobres, se estes tiverem direito a receber um salário mínimo maior, puderem cursar uma faculdade ou se tornarem microempreendedores. Ao lado daquela semente plantada pelos governos e pela sociedade que os elegeu, passaram então a plantar a semente do ódio, do desprezo pelas ideias.  E ora, se sempre puderam dirigir bêbados e em excesso de velocidade seus automóveis importados, que fazem questão de adquirir a preços estratosféricos, ainda que nesse ponto sejam vistos como idiotas pelos verdadeiros ricos dos países desenvolvidos, por que raios não poderão pregar também a ruptura democrática rasgando as leis?  Afinal, leis devem ser feitas para os pobres!

    Pois bem, quando para defender-se minimiza um “panelaço”, o governo atual demonstra que não acordou mesmo para o fato de que as sementes malignas, de tanto irrigadas 24 hs. por dia e cuidadosamente adubadas em horário nobre, brotaram e se dissiminam pela sociedade.  Sim, porque, por exemplo, o dentista não percebe mais que seu consultório está mais cheio de gente “diferenciada” colocando aparelhos nos dentes, mas sabe de cor e salteado o teor da reportagem de capa da revista que fica na sala de espera.  E isso já ocorre entre os advogados, que agora podem optar pelo Simples, com os pequenos comerciantes espalhados pelo país.  E no mandato atual está recebendo adubo até do governo, com medidas que começarão a prejudicar essas atividades.  Ou seja, a insatisfação que começou mesquinha no andar de cima já desceu para o andar do meio e começa a ganhar justificativas mais plausíveis.

    Pior ainda é que pessoas do andar de baixo, que passaram 10, 11 anos vendo uma realidade na feira, no supermercado, oposta à que viam na TV, já não estão percebendo tanta diferença assim.

    Portanto, deveria o atual governo parar de proferir discursos menosprezando “panelaços” e passeatas, olhar mais atentamente e sem véu para a realidade e buscar ser mais eficaz, para evitar males maiores.  Mas como fazê-lo, se a mandatária está paralisada como se estivesse em cativeiro e seus assessores parecem ter sido escolhidos pela incompetência?

  10. Gente Chic são as argentinas…

     

    …. levam a empregada para bater a panela… dia 15 mando o meu office-boy para o protesto contra essa gentalha do governo.

     

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