O ressurgimento do neonazismo na Ucrânia negado pela mídia

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por Jns

A ofensiva de propaganda política está em andamento na mídia para negar o envolvimento de fascistas no golpe apoiado pelos EUA na Ucrânia ou apresentar o seu papel como um detalhe marginal e insignificante.

Em um obsceno encobrimento o New York Times, por exemplo, afirmou que “a alegação de Putin em torno da ameaça imediata para os ucranianos russos está vazia”, ​​enquanto o britânico The Guardian descarta a ameaça como uma “fantasia”, afirmando que os eventos na Criméia foram uma tentativa de “impedir ataques por grupos fascistas revolucionários”, acrescentando que “a mídia do mundo ainda não viu ou ouviu falar de tais forças”.

A realidade é que, pela primeira vez desde 1945, um partido pró-nazista declaradamente antissemita, controla postos chaves fundamentais do poder do Estado em uma capital europeia, sob a chancela dos EUA e o imperialismo o europeu. O não eleito governo ucraniano, liderado por Arseniy Yatsenyuk, pelo nomeado pelos EUA, inclui nada menos que seis ministros do partido fascista Svoboda.

Menos de um ano atrás, o Congresso Judaico Mundial pediu que o Svoboda fosse banido, mas o fundador do partido e líder Oleh Tyahnybok, que falou repetidamente de sua determinação de esmagar a “máfia russo-judaico que controla a Ucrânia”, foi homenageado por autoridades dos Estados Unidos e da União Europeia quando preparavam golpe do mês passado.

A despeito de John Demjanjuk ser o cúmplice no assassinato de cerca de 30 mil pessoas no campo de concentração nazista de Sobibor, Tyahnybok o chamou de herói em 2010.  Yuriy Mykhalchyshyn, o vice de Tyahnybok, fundou Centro de Pesquisa Política para produzir e difundir conhecimentos e estratégias sobre assuntos vitais de ordem política, econômica ou científica que foi batizado de Joseph Goebbels.

O Svoboda foi a principal força política nos protestos da praça Maidan que derrubou o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich. Em troca do fornecimento de tropas de choque para o golpe, o Svoboda ganhou o controle dos principais ministérios da Ucrânia.

O cofundador do Svoboda Andriy Parubiy atuou como “comandante de segurança” nos protestos, dirigindo ataques pelo Setor Direito- que é uma aliança de fascistas e radicais nacionalistas de direita, incluindo os paramilitares da Ukrainian National Assembly-Ukrainian National Self Defense (UNA-UNSO). Vestidos com uniformes inspirados na Waffen SS de Hitler, os seus membros se orgulham de terem combatido na Rússia, na Chechênia, Geórgia e Afeganistão.

Parubiy é agora o secretário da Segurança Nacional e Conselho de Defesa, supervisionando o Ministério da Defesa e as Forças Armadas. Dmytro Yarosh, líder do Setor Direito, é o seu vice.

O vice-primeiro-ministro Oleksandr Sych é outra figura de destaque do Svoboda, como são Oleh Makhnitsky (Procurador Geral), Serhiy Kvit (Ministro da Educação), Andriy Makhnyk (Ministro da Ecologia) e Ihor Shvaiko (Ministro da Agricultura).

Outras autoridades supostamente ligadas a UNA-UNSO são Dmytro Bulatov (Ministro da Juventude e Desportos) e a ‘jornalista ativista’ Tetyana Chernovol, que foi nomeada presidente da Comissão Anticorrupção do Governo.

O grande herói do Svoboda e da UNA-UNSO é o colaborador nazista Stepan Bandera, o líder do Exército Insurgente Ucraniano (OUN), que ajudou os nazistas nos horríveis massacres da população judaica na segunda guerra mundial.

Em 2010, o fórum oficial do Svoboda postou uma declaração: “Para criar uma Ucrânia verdadeiramente ucraniana nas cidades do Leste e do Sul, teremos de cancelar o parlamentarismo, proibir todos os partidos políticos, nacionalizar a indústria como um todo e todos os meios de comunicação, proibir a importação de qualquer literatura da Rússia para a Ucrânia … substituir completamente os líderes do serviço público, da gestão da educação, militar (especialmente no Leste), liquidar fisicamente todos os intelectuais e todos os ucranofóbicos de língua russa (rápido, um tiro sem julgamento – registrando ucranofóbicos de pode ser apontado aqui por qualquer membro do Svoboda) e executar todos os membros dos partidos políticos antiucranianos …”

Um dos primeiros atos do novo governo foi abolir os direitos das minorias para quem fala a língua russa. Medidas também estão em andamento para derrubar a lei que proíbe “desculpar os crimes do fascismo”.

Nos últimos dias, representantes do Setor Direito estavam ocupados atacando judeus, cristãos ortodoxos russos e outras figuras legais. Dois vídeos do YouTube mostram um dos líderes do Setor Direito, Aleksandr Muzychko, descrevendo o seu credo e como lutar contra “comunistas, judeus e russos enquanto o sangue corre em minhas veias”, atacando, fisicamente, um procurador regional em Rovno e ​​ e ameaçando os membros do parlamento regional de Rovno com a exibição de uma arma que ele brandia – uma Kalashnikov – exigindo: “Quem quer tirar-me a metralhadora? Quem quer tirar a minha arma? Quem quer tirar as minhas facas? Atrevam-se vocês!”

Os EUA e a burguesia europeia, juntamente com os seus lacaios da mídia, estão bem ciente desses fatos.

Suas tentativas de retratar a extrema direita como uma minoria marginalizada que surgiu da noite para o dia são igualmente falsas. Existem inúmeros documentos acadêmicos que detalham o papel e a importância da extrema-direita na Ucrânia que remontam décadas. Eles também ilustram como, após o ressurgimento, na sequência da dissolução da União Soviética e da restauração do capitalismo, a extrema-direita ganhou proeminência e a sua ascendência foi preparada ideologicamente ao longo de muitos anos. A ascensão da extrema direita acelerou acentuadamente após a “Revolução Laranja”, orquestrada pelo Ocidente em 2004.

Per Anders Rudling (Antissemitismo organizado na Ucrânia contemporânea: Estrutura, Influência e Ideologia , 2006), cita o papel crítico desempenhado pela Academia Inter-Regional de Recursos Humanos (MAUP), uma universidade privada fundada em 1989 que “opera uma bem conectada rede política que atinge o topo da sociedade ucraniana”.

Em 2008, o Departamento de Estado dos EUA listou a MAUP como “uma das instituições antissemitas mais persistentes na Europa Oriental”. Rudling afirma que a MAUP tem “educado funcionários do governo, diplomatas e administradores mais do que qualquer outra universidade” na Ucrânia.

A especialidade da MAUP é produzir propaganda de extrema-direita disfarçada de pesquisa acadêmica retratando o bolchevismo e a Revolução de Outubro como as criações do “judaísmo internacional”. Nesta base, ela afirma que os crimes da ditadura stalinista contra os povos da Ucrânia eram parte da mesma “conspiração judaica”.

Em junho de 2005, os participantes na Conferência Ampla do Quarto Mundo organizado pela MAUP incluiu David Duke, ex-líder da Ku Klux Klan, e o embaixador e ex-nacionalista da extrema ucraniana para o Canadá, Levko Lukianenko.

Lukianenko apresentou um documento argumentando que a fome de 1932-1933, em que milhões de ucranianos morreram, foi obra de um satânico governo judaico. Os delegados na conferência clamaram pela deportação de todos os judeus da Ucrânia.

Na época, Lukianenko era aliado de duas principais figuras da Revolução Laranja, Viktor Yushchenko e Yulia Tymoshenko. Os dois foram apoiados por Washington e potências europeias, como parte de uma campanha para conquistar a presidência da Ucrânia contra o pró-russo Viktor Yanukovych, deposto durante os protestos da praça Maidan.

Em janeiro de 2005, Yushchenko substituiu Yanukovich como presidente da Ucrânia. Ele ocupava, no momento, o Conselho de Administração da MAUP. Lukianenko fazia parte do bloco político de Tymoshenko. Apenas algumas semanas antes da conferência da MAUP, em Junho de 2005, Yushchenko declarou que Lukianenko é um “Herói da Ucrânia”.

No final de 2005, a MAUP realizou uma conferência sob o título “Os Judeus: Revolução Bolchevique de 1917, a Fonte do Terrorismo Vermelho e a Fome da Ucrânia.” Não é por nada não que nota Per Anders Rudling: “Na esteira da Revolução Laranja, a Ucrânia tem testemunhado um crescimento substancial no antissemitismo organizado.”

Tão grande era o cheiro da reação fascista que, em julho do mesmo ano, acadêmicos ucranianos lançaram um apelo para os líderes da Revolução Laranja se dissociassem da “postura xenófoba” da MAUP. “Gostaríamos de pedir aos altos funcionários do governo que avaliassem o custo destas campanhas antissemitas em larga escala que estão sendo travadas. Temos nós uma ‘quinta coluna’ que deseja trazer conflitos étnicos e políticas estrangeiras em nosso território?”

O objetivo desta ‘quinta coluna’ era envenenar o clima ideológico para promover uma reação, sob o patrocínio de oligarcas que aspiram disputar o controle dos recursos da Ucrânia, pressionados por potências imperialistas para seguir a frente com os seus planos para dominar a Ucrânia, a fim de isolar e, finalmente, colonizar a Rússia.

Este é o registro real das forças reacionárias que são cúmplices das potências imperialistas na tomada Ucrânia, e em nome de quem eles estão dispostos a mergulhar a Europa e, de fato, o mundo inteiro, em uma, eventual, Terceira Guerra Mundial.

***

O fascismo é caracterizado por uma reação contra o movimento democrático que surgiu graças à Revolução Francesa, assim como pela furiosa oposição às concepções liberais e socialistas.

Apesar de muitas vezes serem vistos como sinônimos, o fascismo e nazismo têm diferenças. O nazismo é frequentemente contemplado como uma forma de fascismo, mas o movimento nazista identificou uma raça superior (raça ariana), e tentou eliminar outras raças, para criar a prosperidade para o Estado.

A semelhança entre estes dois regimes é que obtiveram grande popularidade entre os elementos da classe operária, porque criavam medidas de apoio para eles; medidas que, várias vezes, não se concretizavam.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

40 Comentários

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  1. Texto quase apócrifo e sem fontes referenciadas

    “JNS” não é autoria digna de credibilidade. E o texto é sem fontes referenciadas para se fazer uma análise crítica das afirmações.

    De resto, o texto quase apócrifo omite o apoio da comunidade judaica ao novo Governo de Kiev.

    Por que essa omissão??

    O autor “JNS”, seja lá quem for, nega o apoio da comunidade judaica ao movimento da praça Maidan?

    1. FONTE

      Foi informada quando do envio do texto:

      Global Research | Julie Hyland | 6 Março 2014

      Como pode ser checado em:

      https://jornalggn.com.br/noticia/fora-de-pauta-197#comment-287742

      ***

      SOBRE O MESMO TEMA

      Enviado por Demarchi em 17/04/2014

      Rápido avanço da ultradireita leva judeus a deixar a Europa

      https://jornalggn.com.br/fora-pauta/rapido-avanco-da-ultradireita-leva-judeus-a-deixar-a-europa

      ***

      Enviado no dia 15/04/2014

      O chefe na CIA na Ucrânia

      https://jornalggn.com.br/noticia/o-chefe-na-cia-na-ucrania

      ***

      SVOBODA

        

      O logotipo antigo – runa Wolfsangel – um símbolo comum das organizações neonazistas da Europa, foi também o símbolo dos ‘Patriotas da Ucrânia’, a organização paramilitar associada ao Svoboda até 2004.

      O honrado Stepan Bandera

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      OS ESTÁDIOS DO ÓDIO

      user posted image

      BBC Panorama – Stadiums of Hate – Euro 2012

      O documentário revela as evidências chocantes da violência racista e o anti-semitismo no futebol polonês e ucraniano e pergunta se a UEFA, a organizadora do torneio, deveria ter escolhido os dois países para sediar o prestigiado evento.

      O repórter Chris Rogers testemunha um grupo de torcedores asiáticos sendo atacados durante uma partida da Premier League na Ucrânia e registra cantos antissemitas nos jogos na Polônia. 

      Com acesso exclusivo a um grupo de extrema direita na Ucrânia, que recruta e treina hooligans para atacar estrangeiros, o programa Panorama da BBC pergunta: “Quão seguro é para equipe de futebol viajar e os seus torcedores acompanharem as suas equipes durantes as partidas do futebol europeu?”

      ***

      No vídeo, uma mulher com uma criança no colo ataca verbalmente outra mulher de cor que viaja em pé no mesmo ônibus.

      [video:http://www.dailymotion.com/video/xrhwps_bbc-panorama-stadiums-of-hate-euro-2012_sport%5D

      1. Mas é uma matéria atrás da outra

        insistindo em montagens de propaganda sem comprovação factual de perigos. É tudo autorreferenciado em um círculo restrito.

        O discurso de alguns integrantes do governo ucraniano é horrível, mas é discurso (como em tantos países europeus) que não leva a consequência nenhuma a não ser para os próprios. São esses integrantes que perdem com isso, haja vista a pouca popularidade de seus candidatos. 

        E citar eventos de 2012, como na Eurocopa e o ataque a LGBTs? ora, isso foi com a condescendência do governo Yanukovich, que nada fez em contra (ao contrário, um ministro deste atribuiu a medo de direitos LGBTs como uma das razões para a Ucrânia abandonar a associação comercial com UE…)

        Mas aonde se quer chegar com essas demonizações? Qual o objetivo, atrair simpatia da opinião pública internacional para a Rússia?

        Fica parecendo um trabalho coordenado para tentar justificar eventual invasão da Rússia em porções do leste ucraniano, o que se aproximaria dos eventos nos Sudetos nos anos 1930. O que, dado todo esse esforço em querer alcunhar o governo ucraniano de neonazista, seria, no mínimo, um contrasenso.

        Mesmo supondo que alguém considere melhor para a economia ucraniana uma associação à Rússia, isso deveria ser deixado para a discussão política que levará às eleições de 25 de maio. Mas, se movimentos separatistas são insuflados pela Rússia agora é sinal de que os resultados eleitorais previstos serão mais pró-Ocidente do que Putin desejaria. Será que ele precisa criar situações agora antes que tais resultados surjam?

        Está muito nonsense se fazer tanta propaganda pró-Rússia e anti-novo governo da Ucrânia. Até porque ninguém célebre (pelo menos intelectuais conhecidos) defende o desmembramento da Ucrânia ou o cancelamento das eleições de 25/05,

        Qual a motivação, então, por trás disso tudo?

        Bom, seja lá o que for não dará certo, é questão da tempo para as pessoas perceberem.

         

  2. Confusão ideológica de brasileiro desinformado

    O texto quase apócrifo acima enxerga o cenário ucraniano como uma briga entre os neonazistas antissemitas que supostamente tomaram o poder contra os neobolcheviques de Putin.

    Hahahahahahahahahaha

    Piada isso aê! Sabe de nada, inocente!

  3. Olha só o tamanho do apoio judaico aos nacionalistas ucranianos

    http://www.elministerio.org.mx/blog/2014/04/kolomoysky-recompensa-prorrusos/

    Banqueiro judeu, oligarca dono do Privatbank, ofereceu recompensa de 10 mil dólares por um “Moska” (termo desrespeitoso que se refere aos russos).

    Quem está com a razão? O banqueiro foi forçado a publicar o anúncio? O anúncio é falso?

    Vaí lá, explica isso aí! Explica porra nenhuma. Sabe de nada…

    Quando nêgo fala do antissemitismo dos nacionalistas ucranianos e contrapõe isso ao “esquerdismo vermelho” de Putin, a gente logo sabe o nível da visao que ele tem do cenário político ucraniano. Lixo!!

    Putin pode ser tudo, menos comunista ou solidário a isso. Putin é totalmente conservador.

    Criar o contraponto entre neonazistas ucranianos e os que são pró-Putin, da forma que eu vejo, é pura sandice.

    1. Os principais financiadores

      Os principais financiadores do nazismo para que este chegasse ao poder na Alemanha por meio de um golpe de estado também eram banqueiros judeus. E tal fato, tal como agora, não pode ser atribuído a desconhecimento, posto que o antissemitismo sempre fez parte indisfarçada do progama do Partido Nacional-Socialista.

      Um banqueiro que oferece 10 mil por um russo provavelmente venderia a própria mãe se achasse o preço justo ou o próprio povo se lhe garantisse algum benefício.

      1. Movimento político plural, que açambarca vários interesses

        Isso apenas mostra que o movimento que tomou o Governo de Kiev não se restringe a neonazismo. Existem outros interesses que são apoiados pela comunidade judaica, que aderiu fortemente ao movimento.

        Querer restringir o Governo de Kiev aos neonazistas ucranianos é propaganda política também.

        Acima de tudo, é tosco querer contrapor o neonazismo que eventualmente existe no Governo de Kiev a um eventual progressismo de Putin.

        Esse progressismo simplesmente não existe, de nenhuma forma que se analise a questão.

        Se Putin não é antissemita, como muitos dos nacionalistas ucranianos que tomaram o poder (algo inegável), ele está muito longe de ter um perfil de esquerda.

        Os leitores desse blog vendem essa ideia errada para as pessoas.

        PS: É falsa a afirmação de que um banqueiro judeu ucraniano que oferece recompensa por um russo venderia a própria mãe. Uma coisa não sustenta a outra. O gesto não significa apoiar neonazismo ou ser contra interesses judaicos, necessariamente. Ele só não quer que os russos comandem a Ucrânia. Essa é a única coisa que se pode extrair do gesto.

        1. Quem está considerando o

          Quem está considerando o Puttin um progressista “de esquerda” é você. Não vejo ninguém colocando-o nesses termos. Você está confundindo a richa de Moscou com o ocidente e o apoio a uma política pró-ativa de defesa dos interesses estratégicos da Rússia com alinhamento ideológico. Podemos aplaudir Obama por pressionar por maior liberdade às mulheres no islã, mas isso não significa apoiar toda e qualquer ação norte-americana. Como a prisão de Guantânamo, por exemplo.

          Pelo menos você admite a influência neonazista no novo governo golpista da Ucrânia, apesar de substimar sua influência, erro que os demais apoiadores desse caminho também estão cometendo.

  4. Ora, ora! Neonazista sempre

    Ora, ora! Neonazista sempre defenderá neonazista. Afinal, a mídia sempre foi nazista. Eles gostam de ver seus telespectadores seguindo-a como soldados (classe média analfabeta política) defendendo os grandes interesses dela, máfia midiática. Eles, donos da mídia, sabem que essa classe sempre será o seu rebanho.

  5. Putin, ex agente da repressiva KGB, não é santo!!!

    Esquecer que Putin, ex agente da KGB soviética, manipulou o governo da Rússia para que, mesmo quando não era presidente, pudesse ditar os rumos da politica de seu país por meio de um “presidente” testa de ferro, é não conhecdr a história recente desse país que, um dia, já foi a maior esperança de revolução socialista do planeta. No entanto, a antiga União Soviética, sucumbiu sob a corrupção e violência ditatorial do próprio partido comunista. E por conta de quando ,ainda, União Soviética anexou, por meio de violência, grande parte dos países à sua volta a atual Rússia está longe de ser o berço da dmocracia ou de respeito a direitos humanos. Putin, ex agente da policia de repressão da União Soviética, KGB, não está sendo “bonzinho”, ao contrário, ele está apenas querendo aumentar a área de influência politica    e economica de seu governo. Do mesmo modo, que os EUA e Europa. Não há santos ou heróis nessa história. Ingenuidade ou burrice pensar o contrário.

    E falar em partido “nazista” na Ucrânia é esquecer como a antiga União soviética tratava suas antigas “colônias” e, sobretudo, o enorme “respeito” que se tinha pelas diferentes etnicas de seu império. Ou melhor é só ver como negros, gays e outra minorias,  são tratados na Rússia atual.  Ou melhor, é só querer ver – e se verá – como a Rússia atual, a exemplo da antiga União Soviética, é racista e xenofóbica.

    Dizer que a Ucrânia é governada por “nazistas” e esquecer que a Rússia é governada por um antigo agente, talvez até torturador, da KGB – polícia repressora da antiga União Soviética.

  6. ucrania devastada pela nato, com link

    quinta-feira, 17 de abril de 2014

    Pepe Escobar: “Ucrânia e o grande tabuleiro de xadrez”

     17/4/2014, [*] Pepe Escobar, Asia Times Online − The Roving Eye “Ukraine and the grand chessboard” Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu   Jennifer Psaki, Porta-Voz do Depto. de Estado dos EUAO Departamento de Estado dos EUA, pela porta-voz Jennifer Psaki, disse que notícias de que o diretor da CIA John Brennan teria dito aos mudadores-de-regimes em Kiev que “conduzissem operações táticas” – ou alguma “ofensiva antiterrorista” – no leste da Ucrânia são “completamente falsas”. Significa que as notícias são verdadeiras. Brennan já transmitiu a ordem de marcha. No momento em que escrevo, a campanha “antiterroristas” – com seu simpático toquinho de retórica à Dábliu – já degenerou em farsa.   Agora, combinem essa notícia com o Secretário-Geral da OTAN, o cão-de-caça Retriever danês, Anders Fogh Rasmussen, a latir sobre o reforço militar ao longo da fronteira leste da OTAN: “Teremos mais aviões no ar, mais navios na água e mais prontidão em terra”.   Aí está. Bem-vindos à doutrina da guerra pós-moderna dos Dois Patetas.   Paguem ou morram congelados   Vitaly KlitschkoPara todos os propósitos práticos, a Ucrânia está falida. A consistente posição do Kremlin ao longo dos três últimos meses foi encorajar a União Europeia a encontrar solução para a terrível situação econômica da Ucrânia. Bruxelas fez coisa nenhuma; apostou tudo na “mudança de regime” que beneficiaria o fantoche-campeão-de-boxe & preferido da Alemanha, Vitaly Klitschko, também conhecido como “Klitsch, o boxer”.   A “mudança-de-regime” aconteceu, mas do tipo orquestrado pelo Khaganato dos Nulands – uma célula neoconservadora dentro do Departamento de Estado − e sua Secretária-Assistente de Estado para Assuntos Europeus e Asiáticos, Victoria Nuland. E agora a opção presidencial é entre – e como não seria? – dois fantoches dos EUA, o fantoche-bilionário-do-chocolate, Petro Poroshenko e a “ex-Primeira-Ministra da Ucrânia, ex-condenada e possível presidente, “Santa Yulia” Timoshenko. E a União Europeia ficou com a conta a pagar (impagável). É onde entra o Fundo Monetário Internacional, FMI – com um iminente, repugnante “ajuste estrutural” que mandará os ucranianos direto ao inferno, para buraco ainda mais infernal do que o que já conhecem e com o qual estão habituados.   Mais uma vez, contra toda a histeria propagada pelo “Ministério da Verdade” dos EUA e seus franqueados na imprensa-empresa ocidental, o Kremlin não precisa “invadir” Ucrânia alguma. Se a Gazprom não receber o que lhe é devido, os russos só terão de fechar a torneira do braço ucraniano do Gasodutosão. Kiev será forçada a usar pelo menos uma parte do gás destinado a alguns países da União Europeia, ou os próprios ucranianos ficarão sem combustível para manterem-se vivos – as pessoas e as indústrias. E a União Europeia – cuja “política de energia” é, sobretudo, uma piada – lá estará, enredada em mais uma dificuldade autoinfligida.    Principais gasodutos atualmente em operação na UcrâniaA União Europeia continuará a caminhar a passos largos para situação perene de perde-perde, se Bruxelas não falar com Moscou, com seriedade. Só há uma explicação para por que já não está falando: pressão linha-dura-duríssima por Washington, montada mediante a OTAN.   Mais uma vez, como contragolpe, contra a atual histeria – a União Europeia ainda é cliente top da Gazprom, com 61% do total do gás exportado. É uma relação complexa, baseada na interdependência. A capitalização do Ramo Norte, do Ramo Azul e do ainda a ser completado Ramo Sul inclui companhias alemãs, holandesas, francesas e italianas.   Assim sendo, sim, a Gazprom precisa do mercado da União Europeia. Mas só até certo ponto, se se considera o meganegócio de entrega de gás siberiano à China, que será assinado muito provavelmente em maio, em Pequim, (vídeo a seguir, em inglês) quando o presidente da Rússia visitará o presidente Xi Jinping.       Jogando areia na engrenagem [1]   Mês passado, enquanto o torturante sub-show estava em andamento na Ucrânia, o presidente Xi andava pela Europa fechando negócios e promovendo outro braço da Nova Rota da Seda, direto até a Alemanha.   Em ambiente não Hobbesiano e não doente, uma Ucrânia neutra só teria a ganhar se se posicionasse como um entroncamento privilegiado entre a União Europeia e a proposta União Eurasiana – além de se converter em nó crucial de distribuição na ofensiva chinesa da Nova Rota da Seda. Em vez disso, os “mudadores-de-regime” do governo de Kiev estão apostando tudo na “associação” à União Europeia (que jamais acontecerá) e deixando-se converter em base avançada para a OTAN (que é o objetivo do Pentágono).   Se se pensa num mercado comum de Lisboa a Vladivostok – ao qual visam ambas, Moscou e Pequim – ele seria também magnífica solução para a União Europeia.   Nesse contexto de possibilidades, o desastre na Ucrânia é realmente um pau, uma trava metida na roda, um saco de areia jogado na engrenagem, uma cratera rasgada no meio da estrada. E areia na engrenagem, trava na roda, cratera cavada no meio da estrada que, crucialmente, só geram vantagem para um único ator: o governo dos EUA.   O governo Obama já pode – pode, talvez; ninguém garante – ter percebido que o governo dos EUA perdeu a batalha pelo controle do Oleogasodutostão da Ásia para a Europa, apesar de todos os esforços do regime de Dick Cheney. O que os especialistas em energia chamam de “Grade Asiática de Segurança Energética” está crescendo – como seus milhares de conexões para a Europa.   Assim, só restou ao governo de Obama jogar areia na engrenagem, meter uma trava, um calço, na roda desse processo – o que se vê ser feito agora – tentando ainda impedir a plena integração econômica da Eurásia.   Oleogasodutos projetados que integrarão completamente a Eurasia
    (clique na imagem para aumentar)Pode-se facilmente ver que o governo Obama está cada vez mais obcecadamente preocupado com a crescente dependência da União Europeia, que não vive sem o gás russo. Daí se inventou o plano grandioso de posicionar o gás de xisto norte-americano na União Europeia, como alternativa à Gazprom. Ainda que se assuma que possa acontecer, demorará pelo menos uma década – sem garantia de sucesso. Na verdade, a alternativa real seria o gás iraniano – depois de um acordo nuclear amplo e o fim das sanções ocidentais (esse pacote, o que não surpreende ninguém, está sendo sabotado em massa por diferentes facções ativas dentro do governo dos EUA).   Para começar, os EUA não podem exportar gás de xisto para países com os quais não tenha assinado algum acordo de livre comércio. É “problema” que poderia ser solucionado, em boa parte, pelo acordo chamado “Parceria Trans-Atlântica” [orig. Trans-Atlantic Partnership (TAP)] negociado secretamente entre Washington e Bruxelas (sobre isso, ver 16/4/2014, redecastorphoto, Pepe Escobar, “Pé na estrada pelo sul do OTANistão”, Asia Times Online, traduzido [NTs]).   Em paralelo, o governo Obama continua a usar táticas de “dividir para governar”, com o objetivo de assustar atores menores, inventando o fantasma de uma China maléfica, militarista, tentando reforçar o “pivô para a Ásia” que só engatinha e não consegue pôr-se em pé. Todo o jogo volta sempre ao que o Dr. Zbig Brzezinski conceitualizou nos idos de 1997, em seu The Grand Chessboard – e cantou, até os mínimos detalhes, para seu discípulo Obama: os EUA no comando de toda a Eurásia.   Mas o Kremlin não se deixará arrastar para um sorvedouro militar. É justo dizer que Putin identificou o Grande Quadro no tabuleiro inteiro, o que significa ampliar a parceria estratégica Rússia-China, que é tão crucial quanto a sinergia energia-manufatura com a Europa; e, sobretudo, o medo avassalador que sentem as elites financeiras norte-americanas, do processo inevitável, em andamento, conduzido pelos BRICS (e que já se expande para o Grupo dos 20, G-20, grupo chave) – para deixar para trás o petrodólar.   Presidentes dos BRICS (esq. p/ dir) (Brasil, Índia, Rússia, China, África do Sul) Em resumo, tudo isso sugere que o petrodólar será progressivamente superado, ao mesmo tempo em que ascende uma cesta de moedas como moeda de reserva no sistema internacional. Os BRICS já trabalham na construção de sua alternativa ao FMI e ao Banco Mundial, investindo num pool de moedas de reserva e no Banco BRICS de desenvolvimento.   Enquanto o esforço tentativo de construir uma nova ordem mundial agita-se tentando nascer em todos os pontos do Sul Global, a OTAN-Robocop sonha com mais guerras. 
      Nota dos tradutores   [1] Orig. Spanner in the Works. A expressão pode ser traduzida, por aproximação, por “areia (jogada) na engrenagem”/”um pau metido na roda”. Resgatamos um pouco desse significado em “o desastre na Ucrânia é realmente um pau, uma trava metida numa engrenagem”, mesmo sabendo que nessa tradução perde-se um traço de “ação grotescamente ridícula”. A expressão dá nome também a uma equipe de comediantes ingleses que oferecem kits de comédias-eventos que se “misturam” a eventos reais, causando grande confusão (pressupõe-se que a confusão que eles criam divirtam os convidados). O modo como trabalham misturados a garçons de uma festa está bem descrito em: Comedy Waiters. Em Spanners in the Works há boa exposição de como trabalham, por exemplo, misturados aos seguranças que revistam convidados que chegam para um evento). Contatos. Aqui fica a anotação, para resgatar um pouco do traço de ‘’palhaçada’’ [no sentido pejorativo] da mesma expressão. ____________________   [*] Pepe Escobar (1954) é jornalista, brasileiro, vive em São Paulo, Hong Kong e Paris, mas publica exclusivamente em inglês. Mantém coluna (The Roving Eye) no Asia Times Online; é também analista de política do blog Tom Dispatch e correspondente/ articulista das redes Russia Today, The Real News Network Televison e Al-Jazeera. Seus artigos podem ser lidos, traduzidos para o português pelo Coletivo de Tradutores da Vila Vudu e João Aroldo, no blog redecastorphoto. Livros: − Globalistan: How the Globalized World is Dissolving into Liquid War, Nimble Books, 2007. − Red Zone Blues: A Snapshot of Baghdad During the Surge,  Nimble Books, 2007. − Obama Does Globalistan, Nimble Books, 2009.

    Postado por Castor Filho às 18:16:00

    1. Wow!

      Pepe Escobar, que costumava ser jornalista cultural na Folha de São Paulo e na extinta revista de cultura pop chamada Bizz, nos anos 80, na linha Counter Punch: tells the facts, names the names!

      As coisas ficam muito melhores quando são ditas com todas as letras!

      Perto dessa competente matéria de Pepe Escobar, essa conversinha fiada de neonazismo é um lixo!

       

      1. Pepe Escobar e o neonazismo de euromaidan.

        “na sequência, levou aos protestos na Praça Maidan, a um putsch apoiado pelos EUA apesar de recheado de atores fascistas e neonazistas”
         
         Fonte: http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2014/03/pepe-escobar-uniao-europeia-nao-anexara.html
         

          “… o que ninguém explica à engambelada opinião pública é que esses fascistas-neonazistas que chegaram ao poder mediante golpe, jamais permitirão que se façam eleições verdadeiras na Ucrânia; afinal, é praticamente certo que, se houver eleições, eles serão varridos do mapa”.
         
         Fonte: http://guerrilheirodoentardecer.blogspot.com.br/2014/03/pepe-escobar-finlandizacao-pode-ser.html
         
         
         “Na Ucrânia, o ocidente apoiou um putsch inconstitucional contra governo eleito, perpetrado, dentre outros, por gangues armadas de fascistas neonazistas (dos partidos Svoboda e Setor Direita [Pravy Sektor]) instrumentalizados pela inteligência dos EUA”.

        Fonte: http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2014/03/pepe-escobar-o-novo-grande-jogo-de.html
         

        “Ela baseava-se em instrumentalizar uma coalizão de neonazistas e fascistas, pintada com verniz de banqueiro (o primeiro ministro Arseniy Yatsenyuk)”.
         
        Fonte: http://www.institutojoaogoulart.org.br/noticia.php?id=10699

         
         “E ninguém lá, no Beltway, dá bola para o fato de que, agora, os “protestos” já estão sendo comandados pelo Pravy Sektor (Setor da Direita) – uma repugnante coleção de fascistas, fanáticos de torcidas organizadas, ultranacionalistas e todos os tipos de neonazistas os mais variados”
         
        Fonte: http://www.pcdob.org.br/noticia.php?id_noticia=236044&id_secao=9

         

        De fato, para ficar apenas nesses cinco textos, Pepe Escobar chama os atores políticos na Ucrânia pelos seus nomes: fascistas, neonazistas, coalizão de neonazistas e fascistas, repugnante coleção de fascistas, etc; todos os adjetivos muito bem aplicados.

        O argolinha “admira” Pepe Escobar sem ler seus textos; é coisa de nerd bundão, quer aparecer com leituras que não faz.

         

  7. Até 25/05

    Vai ficar essa propaganda desenvolvida pela inteligência russa.

    Aí, quem sabe, a gente venha a descubrir para quê exatamente ela serve.

      1. Se você acha que criticar propaganda falseadora

        é defesa do nazismo, bom, pode ficar com suas crenças.

        Eu acredito mais no Coelho da Páscoa que em você.

  8. Esquadrões da Morte

    Kiev decide contratar mercenários estrangeiros para domar insurgentes no leste da Ucrânia

    ITAR-TASS | Willy Loman | 25 Março 2014

    “O diretor da CIA, foi enviado para Kiev para lançar uma campanha de repressão militar no leste da Ucrânia e no sul, onde está a maior parte dos antigos territórios russos que foram estupidamente ligados à Ucrânia nos primeiros anos do regime soviético”, disse o ex-secretário assistente do Tesouro dos EUA Paul Craig Roberts à RIA Novosti nesta terça-feira.

    “Os esquadrões da morte são usados ​​rotineiramente quando táticas militares tradicionais não conseguem suprimir a oposição política, como é o caso no leste da Ucrânia.” – Kurt Nimmo

    Autoridades ucranianas pretendem atrair companhia militar privada Greystone limitada dos EUA para suprimir os protestos da população de maioria de língua russa no leste do país.

    De acordo com o Serviço de Segurança da Ucrânia, mercenários serão envolvidos em pesquisa política e proteção da segurança do Estado devido à incapacidade das agências ucranianas na aplicação da lei para coibir os líderes e ativistas do movimento pró-Rússia de forma independente. 

    Esta iniciativa foi apresentada pelos oligarcas Ihor Kolomoyskyi, coproprietário do PrivatBank da Ucrânia um e Serhiy Taruta, chefe do sindicato industrial de Donbass, uma bacia de carvão no leste da Ucrânia, uma vez que estes magnatas foram nomeados governadores da região Dnepropetrovsk, na região central da Ucrânia e região de Donetsk na Ucrânia oriental, respectivamente.

    Uma fonte do Serviço de Segurança da Ucrânia, que participou de recente reunião extraordinária presidida pelo presidente interino nomeado pelo parlamento, Oleksandr Turchynov, relatou sobre este fato.

    “Turchynov acredita que as agências de aplicação da lei em regiões orientais não podem resolver a questão do movimento pró-russo e, por isso, eles decidiram contratar mercenários estrangeiros”, disse o oficial de segurança. “Nos debates sobre o plano de ação proposto por Kolomoyskyi ‘não há pretensão de reinventar a bicicleta (…)”.

    O serviço de segurança Greystone é registrado nas ilhas de Barbados do Caribe. 

    A empresa recruta pessoas de diferentes países através de sua subsidiária Satelles Solutions Inc.

    Ela promete aos seus clientes fornecer “os melhores militares do mundo para cumprir as tarefas em qualquer parte do mundo até operações de grande escala.”

    A companhia militar privada Greystone Limited, de raízes britânicas, foi criada há 47 anos, por veteranos dos comandos ingleses do Special Air Service – SAS como uma organização basicamente composta por mercenários em 1967.

    A empresa foi registrada como WatchGuard International e chamou a atenção para si mesma depois do fracasso na primeira operação em larga escala: um atentado contra a vida do líder líbio Muammar Gaddafi em 1971.

    Mais tarde, a organização realizou a segunda operação contando com comandos formados por aposentados dos US Navy SEALs, durante a guerra dos EUA no Iraque em 2003-2011, quando grandes empresas utilizaram, ativamente, os serviços da Greystone. 

    Agora a Greystone Limited é um dos ramos de um grande império mercenário dos Estados Unidos que muda os nomes constantemente.

    A Greystone Limited era conhecida como Blackwater até 2009, quando mudou o nome para Xe Services and Academy e agora,o nome foi, novamente alterado para  US Training Center.

    Os assassinatos, tiros em manifestantes e o contrabando de armas implicava má fama por todos os lados no Oriente Médio, Ásia, África e agora a Ucrânia é o seu próximo alvo.

    Não há informação exata sobre o volume do mercado de serviços militares privados, que é estimado em cerca de US $ 200 bilhões anualmente. 

    Altos funcionários norte-americanos – do Departamento de Estado dos EUA Bureau de Contraterrorismo, Centro de Contraterrorismo da CIA e os serviços de inteligência dos Estados Unidos – sempre ocuparam postos-chaves no império dos soldados da fortuna.

    1. EM comandados pela CIA

      O histórico e lendário envolvimento da CIA com os Esquadrões da Morte é relatado pelo seu ex-oficial Ralph McGehee.

      McGehee jogou futebol na Universidade de Notre Dame

      Comandos mercenários foram contratados e geridos pela CIA em El Salvador, Guatemala, na era pré-sandinista na Nicarágua, na Europa (Operação Gladio), Haiti, Angola, Bolívia, Chile, Egito, Vietnã (Programa Phoenix), Timor Leste, Honduras, Indonésia, Iraque, Geórgia e muitos outros países.

       Os esquadrões da morte são usados ​​rotineiramente quando táticas militares tradicionais não conseguem suprimir a oposição política, como é o caso no leste da Ucrânia.

      As informações sobre as operações dos esquadrões da morte que foram apoiados pela CIA, foram obtidas dos arquivos CIABASE, com detalhes sobre as  observações preliminares que foram  preparadas pela CIA para facilitar as ações dos esquadrões da morte.

      CLIQUE SOBRE O NOME DO PAÍS PARA VER OS RELATÓRIOS:

       

        Angola  

        Bolívia  

        Brasil  

        Camboja  

        América Central  

        Chile  

        Columbia  

        Costa Rica  

        Cuba  

        República Dominicana  

        Europa Oriental  

        Timor Leste  

        Egito  

        El Salvador  

        Europa  

        Georgia  

        Alemanha  

        Grécia  

        Guatemala  

        Haiti  

        Honduras  

        Indonésia  

        Irã  

        Iraque  

        Israel  

        Itália  

        América Latina  

        México  

        Nicarágua  

        Noruega  

        Panamá  

        Paraguai  

        Filipinas  

        Porto Rico  

        Rússia  

        África do Sul  

        Ámérica do Sul  

        Síria  

        Tailândia  

        Turquia  

        Uruguai  

        URSS  

        Vietnã  

       

       

      A CIA montou a ANSESAL e outras redes de terror em El Salvador, Guatemala (ANSEGAT) e a organização paramilitar pré-sandinista na Nicarágua (ANSENIC). 

      A CIA criou, estruturou e treinou a polícia secreta na Coréia do Sul, Irã, Chile e Uruguai e em outros lugares criou organizações responsáveis ​​por incontáveis de milhares de torturas, desaparecimentos e mortes. Spark, 4/1985, pp 2-4

      A CIA patrocinou as atividades esquadrões da morte de forma de sumária desde 1953 até 1994. 

      A CIA admitiu que o  tenente-general Raoul Cedras e outros altos funcionários “estavam em sua folha de pagamento e estão ajudando a organizar a repressão violenta no Haiti”.

      Luis Moreno, um funcionário do Departamento de Estado, se gabou ter ajudado o Exército colombiano a criar um banco de dados de subversivos, terroristas e traficantes de drogas.

      Gunther Wagner

      O seu superior na supervisão do INS para o sudeste dos EUA, é Gunther Wagner, um ex-soldado nazista e membro chave do extinto Departamento de Segurança Pública (OPS), um projeto de apoio aos contrainsurgentes e terroristas em dezenas de países. 

      Gunther Wagner trabalhou no Vietnã como parte da Operação Phoenix e na Nicarágua, onde ajudou a treinar Guarda Nacional – o artigo também detalha massacres na Indonésia. [Haiti Information, 4/23/1994, pp. 3,4 ]

      O pessoal da CIA solicitou transferências 1960-7 em protesto contra agente da CIA Nestor Sanchez de trabalhar tão estreitamente com os esquadrões da morte. [Marshall, J., Scott P.D., and Hunter, J. (1987). The Iran-Contra Connection, p. 294]

      CIA. 1994. Mary McGrory op-ed, “Clinton’s CIA Chance.” Excoriates CIA over Aldrich Ames, support for right-wing killers in El Salvador, Nicaraguan Contras and Haiti’s FRAPH and Cedras. Washington Post, 10/16/1994, C1,2

      As informações são Ralph McGehee, um ex-oficial da CIA que criticou publicamente a agência e criou os arquivos CIABASE na Internet há anos, expondo as atividades da CIA usando fontes de domínio público.

      A sinopse de ‘Deadly Deceits’ de Ralph McGehee pode ser encontrada em:

      http://www.ahealedplanet.net/mcgehee.htm#synopsis

      Sobre RALPH MCGEHEE:

      http://www.ahealedplanet.net/mcgehee.htm

      Sobre o ANSESAL:

      http://www.historyisaweapon.com/defcon1/nairnelsalvadorbtds.html

      AS INFORMAÇÕES DO POST FORAM PUBLICADAS EM:

      http://www.serendipity.li/cia/death_squads1.htm

  9. Neonazistas.

    Todos sabem que o Putin é um tipo de ditador. Todo mundo sabe que a democracia nos Estados Unidos é só para Americanos, o resto do mundo que se dane, vide o financiamento de ditaduras feito pelos americanos hoje e sempre. Agora, vamos aceitar um governo com influência Nazista? O texto é corretíssimo nesse aspecto. Se judeos Ucranianos aceitam, problema deles. Isso é um erro histórico. A história tem dessas coisas, um negro no comando dos Estados Unidos apoiando nazistas na Ucrãnia. O que Murtin Luther King diria disso?

    1. Exatamente o que eu acho,

      Exatamente o que eu acho, Franklin. E aproveito e lanço uma charada para nosso amigo Gunter.

      Sabe o que o Putin e o novo governo nazi-facista da Ucrânia tem em comum? Isso mesmo, a homofobia

      1. Antes fosse só isso…

        Tudo indica que o que Putin defende está muito mais à direita do que os que os nacionalistas ucranianos defendem, tirando talvez os focos neonazistas.

        Putin defende a Tradição, valores religiosos, conservadores, patriarcado, valores machistas, anti-gays, etc.

        É um czar esclarecido dos tempos modernos, um supremacista russo defensor do paneslavismo.

        As ideias dele são profundamente anti-liberais, enxerga o liberalismo ocidental como inimigo e discursa favoravelmente a eventuais relativizações e/ou flexibilizações dos direitos humanos. Rematados ignorantes e analfabetos políticos como Almerdinha nada sabem sobre tais questões.

        Ele, o idiota Almeida, aka Almerdinha, em sua mais profunda ignorância, acha que Putin é “melhor” do que os nacionalistas ucranianos, que ele resume a “neonazistas” e “fascistas”, porque ele seria mais à esquerda ou qualquer outra coisa nessa linha que esse imbecil considera ser real para apoiar Putin.

        Muito do que Putin defende tem relações com o totalitarismo, apesar de não defender abertamente ideias nazistas.

        Porém, muitas vezes isso é apenas uma questão terminológica. A política de fundo conservador, de ultra-direita, está lá, para qualquer um lúcido enxergar.

        Todos sabem que comunistas e nazistas, por exemplo, estão no mesmo espectro político totalitário, anti-liberal, anti-individual. Isso é sabido e consabido em ciência política. O liberais austríacos tinham muita razão no que diziam sobre isso (não concordo que comunismo e nazismo sejam a mesma coisa, mas existem pontos em comuns, isso é óbvio)

        1. Eu não concordo em se referir ao colega Almeida nesses termos

          Apesar do mesmo já ter sido muito e injustamente agressivo comigo neste blog, considero ainda que ele é em geral com boas intenções (vide discussões sobre Povos Indígenas) e pode estar apenas envolvido numa propaganda de fanatismo. Um dia deverá acordar para a realidade.

          No demais, concordo. O regime atual russo é o mais próximo do fascismo que se pode notar hoje em dia.

          Mas a torcida anti-americana não gosta que se fale disso, paciência.

          De qualquer modo, eu acredito mais em Coelho da Páscoa que em em qualquer site terminado em .ru.

           

          1. Acordar para a realidade na

            Acordar para a realidade na qual você vive, onde referendos e plebiscitos são uma ameaça à Democracia enquanto os nazistas do Slovoboda são sua melhor expressão.

             

        2. E é melhor que os

          E é melhor que os nacionalistas ucranianos mesmo, naquela região o Nazismo ainda é muito popular porque na 2ª guerra muitos ucranianos aplaudiram Hitler pois enxergavam nele uma maneira de se livrar do Stalin.

          Porém se esquecem da superioridade racial ariana propagada pelo Nazismo e por causa disso muitos ucranianos não-judeus também foram vitimados pelo genocídio hitlerista.

          O excesso de liberdade individual é péssimo, estamos criando uma sociedade de egoístas e pessoas que preferem a solidão do que a convivência humana. Tirando a América Latina, o ocidente é hoje uma muito decadente, a guerra colonial na Líbia simboliza tudo isso.

          Também sou crítico do Stalinismo, assim como o Facismo e o Neoliberalismo.

          1. Mas como você concilia

            “excesso de liberdade individual” tido como péssimo com crítca a stalinismo e fascismo?

            Como determina o tamanho ideal para a liberdade?

            E, se o mundo ocidental é decadente e a América Latina não, porque o fluxo migratório ainda é na direção dos países desenvolvidos?

            x-x-x-x-x-x-x-x-x

            Mas voltando à Europa Oriental. Do que se pretende salvar o Mundo com toda essa propaganda pró-Rússia e anti-Ucrânia?

            Será interessante daqui uns anos voltar a estes posts.

          2. Salvar o mundo do “direito”

            Salvar o mundo do “direito” dos EUA em derrubar governos e instalar fascistas no poder, como eles já fizeram muitas vezes na história.

            Procure desligar o Globo News por alguns minutos, quem sabe isso possa te ajudar um pouquinho.

            E manda um abraço pra seus amigões nazistas do Sovoboda.

        3. A crítica de Putin a Pós-modernidade é muito bem vinda:

          Não significa que eu seja contrário aos direitos dos LGBTs (com certeza esses neonazistas ucranianos são muito mais homofóbicos) e não morro de amores pela religião (praticamente não frequento a Igreja).

          Reconheço que Angela Merkel é a maior liderança política do 1º mundo, muito melhor que seus parceiros de direita. Obama e os líderes progressistas europeus não dá uma Dilma.

      2. Oi Juliano.

        Você quer dizer Putin e o governo Yanukovich, pró-Rússia, da Ucrânia, né?

        http://www.jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/que-nao-se-manipule-com-o-medo-da-homofobia

        Se a homofobia e o antissemitismo do novo governo ucraniano irão aflorar, apesar deste novo governo ser dependente da UE, EUA e, indiretamente, de mídia pró-LGBTs e pró-Israel, isso ainda ninguém sabe. Na Hungria até agora não aconteceu nada de especial.

        O que se sabe é que, como o regime russo tem legislação marcadamente homofóbica (caso único em países que se autodenominam democracias com mais de US$ 20 mil de renda/habitante), como os efeitos de propaganda com o episódio Snowden já se esgotaram, como sua economia está estagnada e sem diversificação, como seu PIB é apenas 1/7 do de cada uma das superpotências econômicas (EUA, UE, China), como sua liberdade de imprensa aparece nas últimas colocações do relatório do Reporteres sem Fronteiras, como seu regime tributário é dos mais regressivos (e menos ‘progressista’, portanto, do Mundo), como se nota que se usa de propaganda falseadora a torto e a direito na questão da Ucrânia (e como ninguém se convenceu de tal propaganda), como a Rússia não conseguiu apoio diplomático nem de China, nem de Irã e menos ainda de Bielorússia e Cazaquistão, como o tal do Projeto Eurasiano ‘já era’, como as populações no Leste Ucraniano não saíram às ruas para apoiar maciçamente os ocupantes de prédios, como não será de se estranhar se a Europa buscar diminuir sua dependência energética de parceiro que não pode ser tido como confiável, como é implícito para o establishment ocidental que a anexação da Crimeia favorece tanto as eleições futuras na Ucrânia como o uso disso em propaganda (desta vez pró-Ocidente e bem sucedida), como não há um único acadêmico ou intelectual (digamos, sérios, Tea Party e Frente Nacional da França não contam) fora da Rússia elogiando essas aventuras…

        …Enfim, como a Rússia não é modelo de sucesso para nada, a não ser no uso de manipulação de nacionalismo para fins eleitorais, parece que só sobrou como justificativa para a “torcida” esperar que o governo da Ucrânia se manifeste ainda pior. É a torcida atrás de um cadáver russófilo (mas, pelo visto, se for um cadáver gay ou judeu serve.)

        E não sou eu que vou desejar boa sorte nisso, que torcida do quanto pior melhor não é minha praia.

        E assim terminou essa estória toda. Longa Vida para o Czar!

        http://www.jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/a-russia-podera-seguir-os-passos-da-ucrania

         

  10. A Rússia não vai permitir a

    A Rússia não vai permitir a replicação de uma República de Honduras ( 90 mortes por 100.000 mil habitantes – guerra civil ou colonial ? )  em suas fronteiras … se o fizer estará adiando a “solução final” …

  11. O acordo fechado esta semana

    O acordo fechado esta semana do Ocidente com Moscou para garantir a sua não-interferência na repressão aos novos focos separatistas (convenientemente chamados de “terroristas” pela propaganda oficial) significa que o país tem até uma chance de evitar a guerra civil ao custo de muitos cidadãos ucranianos presos, mas como garantir as eleições de maio nesses focos insurgentes? E como garantir a campanha dos vários candidatos, tanto pró-ocidente quanto pró-rússia, que circulariam por todo o país? E, ainda, como garantir as próprias eleições e seu resultado se este desagradar os atuais golpistas… digo, mandatários?

    1. Separatistas exigem o referendo

      E se recusam a acabar com a ocupação, apesar do acordo de Genebra

      Não há nenhum sinal de grupos pró-russos retirando de prefeituras e praças da cidade no leste da Ucrânia, apesar do acordo para aliviar crise.

      Em uma barricada, Vladimir Pakhomovich, um ex-mineiro, disse: “Nós não somos Moscou ou Kiev. Não recebemos ordens. Estamos aqui apenas para defender o nosso povo. Até chegarmos um a referendo, não temos a intenção de ir embora…”

      Pakhomovich disse que estava ciente do acordo feito em Genebra, mas disse que não se sentia em dívida com ministro da Rússia, Sergei Lavrov, ou com o presidente, Vladimir Putin: “Estamos preparados para ignorar Lavrov. Porque devemos ouvi-lo?” disse ele.

      [video:http://youtu.be/f8EeVFQNC_A%5D

      [http://www.theguardian.com/world/2014/apr/18/ukraine-separatists-occupation-geneva-agreement]

       

  12. O Vietnã Revisitado

    “Ensinam mentiras às nossas crianças em nossas escolas.”

    O bem contra o mau é o argumento para as mentes ignorantes.

    Quando os norte-vietnamitas entraram em Saigon, os soldados sul-vietnamitas retiraram os seus uniformes em um striptease em massa, jogando fora os seus equipamentos de combate e botas pelas ruas.

       uniformes foram deixados nas ruas

    O mapa do Vietnã, uniformes e botas abandonados nas ruas após o fim da guerra

    Três divisões do exército sul-vietnamita, que protegiam Saigon, se desfizeram e os soldados voltaram para as suas aldeias, descartando os uniformes do exército no local.

    O coronel Hackworth diz que as tropas norte-vietnamitas eram compostas pelos soldados mais motivados que ele já tinha visto.

    “Eles foram bem conduzidos e tinham um monte de fogo no corpo. Eram totalmente dedicados e não estavam lutando pelo comunismo”, acrescenta.

    “Eles estavam lutando pela independência, como fizeram os norte-americanos, em 1776, quando lutaram contra os britânicos. Eles queriam o seu país livre de qualquer opressão estrangeira.”

    O presidente Nguyen Van Thieu pode ter comandado o quarto maior exército do mundo, mas era cheio de ganância e incompetência.

    O coronel David Hackworth, o oficial de combate EUA mais condecorado no Vietnã, diz que muitos dos generais sul-vietnamitas que conhecia estavam na guerra pela mesma coisa.

    “Os norte-americanos foram tão burros que estavam despejando dinheiro em carrinhos de mão e os oficiais [vietnamitas] simplesmente agarravam e negociavam após o início da guerra.” 

    “As crianças aprendem que os EUA lutaram a guerra do Vietnã contra a ‘ameaça comunista’ contra ‘nós’. É de se admirar que muitos não compreendam a verdade sobre o Iraque?” – John Pilger, New Statesman, 2005.

    Um helicóptero   Um ataque de napalm no Vietnã

    Um helicóptero em ação e um ataque de napalm  no Vietnã

    O trabalho de controle

    Como é que pensamos em sociedades que se dizem livres? 

    Por que jornalistas famosos são tão ansiosos, agindo quase como um reflexo, para minimizar a culpabilidade de um primeiro-ministro que compartilha a responsabilidade pelo ataque não provocado a um povo indefeso, para obter ganhos residuais para a sua terra, matando pelo menos 100.000 pessoas, a maioria civis , depois de ter procurado justificar este crime épico com mentiras demonstráveis? 

    O que fez o correspondente da BBC Mark Mardell descrever a invasão do Iraque como “uma demonstração”? 

    Por que as emissoras nunca associaram o Estado britânico ou americano ao terrorismo? 

    “Por que esses comunicadores privilegiados, com acesso ilimitado aos fatos, são alinhados para não verificar, não descrever e deixar passar despercebida uma eleição realizada sob uma ocupação brutal, cinicamente manipulada e ilegítima,  apontada com o objetivo primário de ser ‘livre, justa e democrática’?” – esta citação pertence a Helen Boaden, diretor da BBC News. 

    Já que ela e outros não fazem a leitura da história; ou sabem qual é ou optam por não saber, estão sujeitos a amnésia e omissão que produzem uma visão de mundo  visto apenas através de um espelho moral one-way. 

    Não há nenhuma sugestão de conspiração neste espelho unidirecional que assegura que a maioria da humanidade é considerada em termos de sua utilidade para “nós” de acordo com a sua conveniência ou dispensabilidade, a sua dignidade ou indignidade.

    A noção de “bons” curdos no Iraque e “maus” curdos no Turquia exemplifica isso, imprimindo a infalível suposição é que “nós”, do oeste dominante, temos padrões morais superiores a “deles”.

    Um dos “seus” ditadores (muitas vezes um ex cliente nosso, como Saddam Hussein) mata milhares de pessoas e é declarado um monstro, um segundo Hitler. 

    Quando um de nossos líderes faz o mesmo ele é visto, na pior das hipóteses, como Blair, em termos shakespearianos. 

    Aqueles que matam as pessoas com carros-bomba são “terroristas”; aqueles que matam muito mais pessoas com bombas de fragmentação são os ocupantes nobres de um “pântano” que amnésia histórica pode espalhar rapidamente. 

    Apenas dez anos depois da guerra do Vietnã, uma pesquisa de opinião nos Estados Unidos descobriu que um terço dos americanos não conseguia se lembrar qual lado o seu governo havia apoiado. 

    Isso demonstrou o poder insidioso da propaganda dominante, de que a guerra era essencialmente um conflito do “bom vietnamita” contra  o “mau vietnamita”, e que os norte-americanos se “envolveram para levar a democracia para o povo do sul do Vietnã” confrontados pela ” ameaça comunista “. 

    Êxodo do Vietnã Central   menino de refugiados   A disputa na embaixada dos EUA

    Os refugiados e soldados, uma criança refugiada pendurada em barco e a disputa na embaixada dos EUA

    Tal suposição falsa e desonesta permeou a cobertura da mídia, com honrosas exceções. 

    A verdade é que a mais longa guerra do século 20 foi uma guerra travada pela América contra o Vietnã, do norte e do sul, contra comunistas e não comunistas.

    Foi uma invasão não provocada às vidas das pessoas em sua pátria, assim como ocorreu na invasão do Iraque. 

    A amnesia garante que, enquanto as relativamente poucas mortes dos invasores sejam constantemente reconhecidas, as mortes de até cinco milhões de vietnamitas são relegadas ao esquecimento.

    As raízes dessa “cultura popular”, especialmente nos filmes de Hollywood, podem decidir o que e quão pouco nos lembraremos. 

    A educação seletiva em tenra idade realiza a mesma tarefa. 

    Recebi um guia GCSE revisado que é amplamente utilizado sobre a história do Vietnã e a Guerra Fria no mundo moderno que é ensinada aos adolescentes de 14 a 16 anos em nossas escolas. 

    É chocante com o guia apresenta a sua compreensão de um período crucial na história, que deve influenciar a forma como fazem sentido as notícias de hoje sobre o Iraque e em outros lugares.

    Ele diz que, sob o Acordo de Genebra 1954, “o Vietnã foi dividido entre o norte comunista e o sul democrático”, despachando a verdade em uma frase.

    A declaração final da conferência de Genebra dividiu o Vietnã “temporariamente” até as eleições nacionais livres que foram realizadas em 26 de julho de 1956.

    Havia pouca dúvida de que Ho Chi Minh venceria e formaria o primeiro governo democraticamente eleito do Vietnã. 

    Certamente, o presidente Eisenhower não tinha dúvidas disso: “Eu nunca falei com uma pessoa experiente em assuntos indo-chineses”, escreveu ele, “que não concordava que 80 por cento da população teria votado no comunista Ho Chi Minh como seu líder”.

    Não só os Estados Unidos se recusou a permitir que a ONU acompanhase as eleições acordadas dois anos depois, como ficou evidente que “o regime democrático” do sul era uma invenção americana. 

    Um dos inventores da trama, o oficial da CIA Ralph McGehee, descreveu no seu livro magistral ‘Enganos Mortais’ como um mandarim expatriado brutalmente, Ngo Dinh Diem, foi importado de Nova Jersey para ser “presidente” e um governo falso foi colocado no lugar.

    “A CIA escreveu que ela “foi condenada a sustentar essa ilusão pela propaganda [colocada na mídia].”

    As eleições foram organizadas e saudadas no ocidente como “livres e justas”, com autoridades americanas fabricando “um 83 por cento de comparecimento às urnas, apesar do terror vietcong”. 

    O guia GCSE não faz alusão a nada disso, nem que “os terroristas”, a quem os americanos chamavam de vietcongs, também foram defender sua terra natal no sul vietnamita contra a invasão americana e cuja resistência era apoiada pela população. 

    Tanques esmagar através dos portões do palácio   bandeira   Multidões comemoram no tanque

    Tanques entram os jardins do palácio, um soldado triunfante e outros celebrando a ‘libertação’ de Saigon

    Para o Vietnã, leia-se Iraque, o tom desta estratégia foi concebida a partir do ponto de vista do “nós”. 

    Não há sentido que existia um movimento de libertação nacional no Vietnã, apenas representando “uma ameaça comunista”, como disseminava a propaganda  americana. Ela não poderia revelar que os  EUA ‘tinham pavor que muitos outros países poderiam se tornar comunistas e fortalecer a URSS’ e não queria ficar em menor número e em desvantagem, mas estavam apenas ‘determinados a manter o Vietnã do Sul livre de comunista’, segundo declarações do presidente Lyndon Johnson”. 

    Isso precede rapidamente para a Ofensiva do Tet, de 1968, que “terminou na perda de milhares de vidas – estimada em torno de 14.000 em 1969 – a maioria composta por jovens americanos.

    “Não há menção de milhões de vidas vietnamitas também perdidas na ofensiva, quando ‘uma campanha de bombardeio’ apenas começou.”

    Não há nenhuma menção de maior tonelagem de bombas lançadas na história da guerra, de uma estratégia militar que foi deliberadamente concebida para forçar milhões de pessoas a abandonar as suas casas sob o flagelo de produtos químicos utilizados de uma forma que mudou profundamente o meio ambiente e a ordem genética, deixando uma terra outrora abundante em ruínas. 

    O guia GCSE é de uma editora privada, mas o seu preconceito e omissões refletem a dos currículos oficiais, tais como os programas adotados em Oxford e Cambridge, cuja seção sobre a Guerra Fria refere-se à União Soviética como agente do “expansionismo” e “disseminador do comunismo”.

    Não há uma palavra sobre a voracidade da “propagação” da América. 

    Créditos:

    O ótimo texto de Brian Barron pode ser conferido em:

    http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/716609.stm

    Uma de suas “questões-chave” é: “Como efetivamente s EUA pode conter a propagação do comunismo?” 

    O bem contra o mau é o argumento para as mentes ignorantes. 

    “Ufa, você pode aprender muito mais aqui …” dizem os autores da revisão do guia.

  13. ‘O BRICS é a chave para o mundo multipolar’

    Putin, em uma entrevista à agência de notícias ITAR-TASS, também afirmou:

    “Há uma série de fatores no trabalho de longo prazo para alcançarmos o sucesso do BRICS. Nas duas últimas décadas, as economias do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul têm estado na liderança do crescimento econômico global.”

    [Getty Images]

    Presidente Putin diz que o BRICS irá estabelecer estratégias conjuntas para as crises internacionais [Getty Images]

    Em 2012, a taxa média de crescimento do PIB no grupo ascendeu a 4 por cento, enquanto que para o G7 este índice foi estimado em 0,7 por cento.

    Além disso, o PIB dos países do BRICS derivado da moeda de paridade do poder aquisitivo nacional é atualmente mais de 27 por cento do PIB mundial e sua participação continua a aumentar.

    “Nossos países não aceitam a política de poder ou violação da soberania dos outros países. Compartilhamos abordagens para as questões internacionais urgentes, incluindo a crise da Síria, a situação em torno do Irã e a liquidaçãodo Oriente Médio”, disse Putin.

    “Os membros do BRICS defendem a criação de um sistema mais justo e equilibrado das relações econômicas globais. Os mercados emergentes estão interessados ​​em crescimento econômico sustentável, a longo prazo, em todo o mundo e nas reformas da arquitetura financeira e econômica para torná-lo mais eficiente “, disse o presidente.

    Putin afirmou que a Rússia tomou a iniciativa para formar o BRICS e ocupou uma cadeira na primeira cúpula realizada em Ecaterimburgo, em 2009.

    O BRICS contribuiu com US $ 75 bilhões para o fundo de resgate da Zona Euro do FMI.

    Mais: http://thebricspost.com/brics-key-to-multipolar-world-putin/#.U1LkTVVdWTI

  14. Os comentários nesse tópico

    Os comentários nesse tópico são inacreditáveis!

    Putin é um ditador porque defende a realização de referendos e a legitimidade do presidente democraticamente eleito, deposto por um golpe de Estado promovido com violência pelos nazistas do Slovoboda. Já assistimso vídeos e mais vídeos desses fascistas espancando jornalistas, fechando rádios e agredindo opositores no parlamento, mas fascistóides enrustidos como o Gunter insistem em dizer que isso tudo não passa de propaganda russa, claro, os jornais pró-EUA não mentem nunca, todos sabem disso.

    Por outro lado, os EUA, com sua “Fuck the EU diplomacy”, são os grandes heróis, que só querem levar à Democracia, como sempre fizeram em outros lugares do mundo, aliando-se a fundamentalistas islâmicos, ditadores latino-americanos e agora aos fascistões do Slovoboda.

  15. Proponho uma vaquinha para

    Proponho uma vaquinha para pagar uma passagem para o Gunter ir pedir o apoio de seus heróis do Slovoboda à causa LGBT. Se ele voltar, ele poderá nos contar como tudo não passa de propaganda russa, e os fascistões do Slovoboda são todos gente boa, com valores progressistas e humanitários.

    Quem topa?

  16. Voz da Russia?
    Telesur? 
    Nada

    Voz da Russia?

    Telesur? 

    Nada como estar bem doutrinado, ops, informado. 

    A aposta da esquerda contra o ocidente é a Russia, “pátria mãe” dos socialistas latino americanos, saudosistas da ditadura soviética.

    “Ditadura nunca mais” deste que não seja socialista.

    O Islã é outra aposta furada da esquerda para substituir o cristianismo ate a revolução obter vitória.

    As crianças estão brincando com fogo, e criança que brinca com fogo faz xixi na cama, e morrre num Gulag.

     

     

     

     

    1. Instituto Mises, antro de

      Instituto Mises, antro de racistas, Instituto Millenium, antro de reacionários, alguns do lugares de onde Aliança tira suas maravilhosas ideias, como:

      1) OS NEGROS SÃO GENETICAMENTE MENOS INTELIGENTES QUE OS BRANCOS

      2) HOMOSEXUAIS, AMBIENTALISTAS E DEMOCRATAS DEVEM SER FISICAMENTE REMOVIDOS DA SOCIEDADE LIBERAL

      Só pra ficar em duas das principais ideias que orientam a vidinha do Aliança.

  17. Nada a ver

    O nacionalismo na Ucrãnia nasceu por conta da vontade dos Ucrânianos de se defenderem da opressão da Rússia, que invadiu a Criméia e ameaça invadir outras regiões. O Nazismo, ou melhor, Socialismo nacionalista, não tem nada a ver, o que a Ucrânia menos quer é ideologia de esquerda.

    A direita na Ucrânia é patriota, e o nacionalismo pretende defender o território nacional, e instalar os vaores de direita, como mais democracia constitucional, mais honestidade, mais liberalismo, mais liberdade individual, liberdade de expressão, imitação de abusos do poder.

    O Yanukovich desviava 40% do PIB da Ucrania, esse socialista merece ser preso.

  18. O mais inacreditável nesse

    O mais inacreditável nesse tópico é a retórica mofada da Guerra fria utilizada pelos defensores dos nazistões do Svoboda. O mesmo fantasma russo utilizado para defender o governo fascista do Svoboda, instalado por meio de um golpe de Estado, era utilizado para defender Pinochet, a ditadura brasileira, argentina, etc., todos regimes de exceção que buscavam “salvar” esses países do comunismo soviético.

    A questão da Ucrânia é muito simples: os EUA têm o direito de desestabilizar governos democraticamente eleitos, derrubá-los e colocar fascistas em seu lugar?

    Pessoas como o Gunter acham que sim, ao memso tempo em que se escondem atrás dessa retórica vazia da guerra fria.

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