Paul Krugman discorda do Banco Central dos EUA e diz que Brasil não está vulnerável

Sugerido por Marco St.

Do Carta Capital

“O Brasil não está vulnerável”
 
O Nobel Paul Krugman discorda do relatório do Banco Central dos EUA e vê solidez nos dados da economia do País.   
 
por Eduardo Garça
 
O Brasil de hoje não é um caso típico de país vulnerável a ataques especulativos.” Quem afirma é Paul Krugman, Prêmio Nobel de 2008, colunista de CartaCapital e um dos mais brilhantes economistas em atividade. Na terça-feira 18, Krugman fará a abertura, em São Paulo, do Fórum Brasil, evento organizado por esta revista com o objetivo de discutir temas cruciais sobre o futuro do País, da Justiça à infraestrutura. Da capital paulista, o professor de Princeton segue por um tour pela América do Sul. Além de refutar o relatório do Fed, o banco central norte-americano, que incluiu o Brasil entre as economias mais frágeis entre os emergentes, Krugman elogia a reforma do sistema de saúde promovido pelo governo Barack Obama e enxerga um cenário “menos catastrófico” na Europa, à exceção de Portugal. “Quando olho para Lisboa, vejo as marcas de um longo processo de ruína fiscal.”
 
CartaCapital: O anunciado estouro da bolha dos países emergentes, Brasil incluído, faz sentido?
 
Paul Krugman: O caso do Brasil é particularíssimo. O país da era Lula emergiu muito mais forte do que se poderia imaginar. Mas o fluxo de dinheiro desde então foi intenso demais, o real passou por um processo de supervalorização e agora temos uma onda, não exatamente de fuga de capitais, mas de diminuição significativa da entrada de recursos. Mas esta é, em geral, a natureza do investimento maciço em mercados emergentes: busca-se um retorno rápido do investimento, até ocorrer uma queda de confiança, pelas mais variadas e subjetivas razões. Mas esta não é uma crise como aquelas que assolaram os mercados emergentes nas últimas décadas.

 
CC: Não se corre o risco de uma repetição de 1998 ou mesmo 2002 no Brasil?
 
PK: Não, de forma alguma. Não vejo o Brasil de 2014 em meio a um cenário desastroso. No fim dos anos 1990, vivemos o que acreditávamos ser uma crise financeira global. O que, convenhamos, depois de atravessarmos 2008, parece café-pequeno. Mas é importante lembrar que, mesmo quando o Brasil se tornou o próximo alvo da crise e viveu a inevitável desvalorização do real, muitos colegas meus tinham certeza absoluta de que estavam diante de mais uma catástrofe econômica, que não aconteceu. O Brasil passou por um momento difícil, mas provou não ser vulnerável como se imaginava. E, uma década e meia depois, o País é ainda menos vulnerável. Não há um déficit gigantesco em moeda estrangeira, a situação fiscal é aceitável e a inflação não é significativamente alta. O Brasil de hoje não é, definitivamente, um caso típico de país vulnerável a ataques especulativos.
 
CC: Turquia, Indonésia, Índia, África do Sul e Brasil seriam, segundo o Fed, os países emergentes mais vulneráveis à retirada dos estímulos à economia americana. É um equívoco?
 
PK: Insisto que não há, neste momento, assim como nos anos 1990, altos níveis de endividamento do Brasil em moeda estrangeira. Também não há endividamento significativo do setor privado. O Brasil, que mostrou solidez mesmo durante a fuga de capitais de 1999, não deveria ser, neste momento, de forma alguma, classificado como uma economia vulnerável. É preciso levar em conta, obviamente, o fato de o País ter tido a maior valorização de moeda durante o período da crise financeira global. Mas isso é apenas uma prova de que a economia brasileira tem capacidade de navegar nos altos e baixos das flutuações monetárias, com eventuais solavancos. Simplesmente, não consigo concordar com a análise do Fed. Talvez a Turquia seja, dessa lista, a mais próxima do cenário daquela época, mas não há grau de comparação com o Brasil.
 
CC: O senhor já afirmou que considera uma bobagem o termo BRIC, sigla que denomina o bloco composto por Brasil, China, Russia e Índia.
 
PK: BRIC é, para mim, a pior sigla de todo o alfabeto financeiro. O que há em comum entre uma democracia estável como o Brasil, exportadora de matéria-prima, e, de forma menos global, de produtos manufaturados, um estado corrupto como a Rússia, baseado na exportação de energia, e dois universos singulares, únicos, China e Índia? Apenas o fato de serem países continentais. É absolutamente insano do ponto de vista intelectual acreditar que eles podem ser incluídos em um mesmo escaninho. O Brasil sofre duplamente por conta deste tipo de pensamento reducionista. Há uma ideia, errônea, de que o Brasil é apenas mais uma economia latino-americana.
 
CC: Seus colegas Dani Rodrick e Arvind Subramanian escreveram artigo sobre a “narrativa de vitimização” de governos de mercados emergentes, incluído o Brasil, apressados em culpar a política monetária dos Estados Unidos como principal responsável pelas dificuldades enfrentadas. O senhor concorda?
 
PK: Foram os senhores mesmos, brasileiros, que criaram este termo “guerra cambial”. E, francamente, isso é uma bobagem. Não foi a injeção de estímulo na economia que originou o fluxo de capitais para o Brasil, e sim a depressão econômica nas grandes economias do Norte. Mesmo se o Fed acreditasse que a estabilização de economias emergentes era uma de suas tarefas, a mera sugestão de que ele fosse apertar os cintos, naquele momento, vá lá, para prevenir uma exuberância momentânea no Brasil, é, no mínimo, algo muito distante do razoável. Com o aumento progressivo de postos de trabalho e uma diminuição do índice de desemprego, o sentido das injeções do Fed se desfaz no ar.  Há um consenso quanto a isso. É algo absolutamente previsível, não há qualquer surpresa. O que acontece é que os juros estupidamente baixos nos EUA só fazem sentido se você acreditar na necessidade de uma estagnação perpétua, ou em uma depressão longuíssima.
 
CC: Como o senhor avalia a condução da economia brasileira durante o governo Dilma?
 
PK: Eu me preocupo mais com o que Brasília não deveria fazer neste momento. Por exemplo, não deveria reagir com mão muito pesada à desvalorização do real. Quando se pensa em termos monetários, há dois tipos de países. Um deles é a Grã-Bretanha de 1992. Se a moeda se desvaloriza, há aumento imediato de competição e expansão econômica. Outro é a Argentina de 2001, que, muito por conta do tamanho da dívida em moeda estrangeira, vê a desvalorização afetar de forma intensa o setor privado e a economia se contrai. O Brasil de hoje é mais próximo da Grã-Bretanha de 1992. Brasília deve se preocupar um pouco com a possibilidade de crescimento da inflação, mas o maior perigo é o Banco Central apertar demais os cintos em um esforço para proteger o real. No mais, a verdade é que os investidores não têm mais o mesmo entusiasmo de antes em relação ao Brasil. Assim são as marés do mercado.
 
CC: A diminuição do ritmo de crescimento chinês acende o sinal amarelo para a economia brasileira?
 
PK: Sim. Neste ano o Brasil sofreu com uma safra de café muito aquém do esperado, apenas parcialmente compensada pelo aumento do preço do produto. Haverá um inevitável choque de comércio com a desaceleração da China e a diminuição do valor das matérias-primas. Até pouco tempo atrás a onda de comércio era favorável ao Brasil, e nos próximos anos muito provavelmente não o será.
 
CC: Qual a sua opinião sobre a ênfase dada por Brasília ao comércio Sul-Sul e no Mercosul e à decisão de não seguir adiante com a Área de Livre Comércio das Américas?
 
PK: As duas maiores economias da América Latina partiram para caminhos bem diversos, com o México no Nafta e o Brasil no comando do Mercosul. Há uma questão geográfica, tão óbvia quanto determinante, que diminui o real poder de decisão política. O México transformou-se intensamente, não é mais um mero exportador de petróleo, integrou-se de forma decisiva ao sistema de produção americano. Mas o Nafta é apenas uma peça de um quebra-cabeça que inclui uma fronteira extensa e milhares de trabalhadores mexicanos nos Estados Unidos. O Brasil jamais será mais integrado ao sistema americano do que ao da comunidade europeia, por exemplo. Não havia uma oportunidade real para o Brasil neste caso. E a utopia da Alca, se alcançada, jamais se traduziria em um Nafta expandido. O Nafta é mais do que uma iniciativa de comércio sem taxações específicas, é um investimento geopolítico de interdependência entre países fronteiriços.
 
CC: O senhor afirmou que os dois primeiros anos da administração Obama fizeram dele o mais importante presidente dos Estados Unidos desde Ronald Reagan.
 
PK: Reagan foi um presidente importantíssimo, e não sou um fã do que resultou, política e economicamente, de seus oito anos de mandato, mas a dimensão do que foi feito naquele período é inegável. Obama realizou algo extremamente grandioso, a reforma da saúde pública, e um bocado de outras mudanças importantes. Não havia, até o Obamacare, a garantia de atendimento médico à população. O mecanismo criado por Washington é inábil e confuso, mas, politicamente, a opção de um sistema amplo de saúde inexistia. Conseguimos uma reforma que cobrirá, eventualmente, até 95% da população. Foi finalmente estabelecido o princípio de que a saúde dos cidadãos é um direito garantido pelo governo, ideal pelo qual a esquerda lutou nos últimos 70 anos. Quando Obama deixar o governo, essa conquista será politicamente irreversível.
 
CC: O senhor tem criticado a tentativa da direita de apresentar o Obamacare como um assalto ao bolso dos cidadãos comuns. O programa é um novo imposto e um mecanismo de transferência de renda?
 
PK: Sim, o Obamacare é tudo isso. Mas a oposição ao programa vai além de qualquer lógica relacionada às suas consequên-
cias econômicas. Quase todos os estados comandados por republicanos recusaram, durante o processo de implementação do novo plano, o auxílio federal na expansão do Medicaid, o programa de saúde pública voltado para os mais pobres, que nada mais seria do que dinheiro limpo vindo de Washington. São governadores prejudicando sua economia, seu orçamento, apenas com o objetivo de negar o acesso à saúde aos cidadãos menos ricos, uma questão puramente ideológica.
 
CC: O senhor acredita que Obama será um ator político importante em sua sucessão?
 
PK: Não. Hoje o campo de candidatos viáveis no Partido Democrata tem um único nome: Hillary Clinton. Se ela quiser se candidatar, não há disputa. Obama não é um presidente popular, não é amado por seus correligionários. Eles idolatram Bill Clinton, curiosamente, muito mais hoje do que quando ele era presidente.
 
CC: A estratégia democrata para novembro passa pela defesa do aumento do salário mínimo, uma bandeira da esquerda desde 2008. A elevação conduzirá à redução de postos de trabalho, como argumenta a oposição?
 
PK: Ainda que se acredite nos números oferecidos pelo Congressional Budget Office, agência federal do poder legislativo americano, e há enorme margem para interpretação, não é plausível o cenário de desastre econômico pintado pelos republicanos. Enquanto os democratas queriam explicar macroeconomia para o povo, os republicanos ofereceram lógica muito mais simplória, de compreensão imediata: se aperto os cintos, o governo deveria fazer o mesmo. E não é bem assim. A única exceção é justamente no caso do salário mínimo. Todas as pesquisas mostram que o raciocínio da maioria, aqui, é o de que quem trabalha duro deve receber um pouco mais. Não acho que a pregação republicana de que o aumento significará corte de postos de trabalho, uma premissa falsa, será comprada pelos eleitores. Aqui, pela primeira vez em muitos anos, os democratas encontraram uma narrativa apoiada pela maioria absoluta dos americanos.
 
CC: Como o senhor avalia a maneira do governo Obama de lidar com a crise financeira global?
 
PK: A economia seguiu em depressão, o índice de desemprego seguiu alto, a recuperação econômica foi menos forte. Quem sabe em uma década a percepção pública mude, mas o índice de desemprego hoje segue muito maior do que o prometido pela Casa Branca, o que, para muita gente séria, significa, simplesmente, que o estímulo fracassou.
 
CC: Algo muda no Fed com a saída de Ben Bernanke e a entrada de Janet Yellen?
 
PK: Não creio. É mais do mesmo. Talvez Yellen seja menos agressiva. Bernanke, no trato pessoal, é muito mais moderado do que permite supor a sua faceta pública. Ele precisou se mostrar mais duro no comando do Fed para conquistar certo consenso no mercado. E a verdade é que uma mudança significativa na direção do Fed só se justificaria se o cenário fosse muito mais negativo, mas não é o caso. Não vejo espaço para uma mudança no ideal inflacionário ou para uma meta de crescimento maior do PIB. O que veremos é continuidade.
 
CC: O senhor tem sido um crítico constante das políticas de austeridade fiscal. Como vê a situação da Comunidade Europeia neste momento?
 
PK: As políticas de austeridade fiscal alimentaram a depressão econômica. Mas, apesar delas, tivemos duas surpresas favoráveis: a coesão política dos países da Comunidade Europeia e a ação decisiva do Banco Central Europeu. O comprometimento dos países de permanecer na Zona do Euro foi muito mais forte do que eu previ, com manutenção das regras do jogo mesmo com índices de desemprego devastadores de dois dígitos, como os da Espanha. E boa parte dos problemas de liquidez foi reduzida nos últimos dois anos. Portugal ainda vive o pior dos mundos, mas Espanha e Itália já respiram. Os paí-
ses mediterrâneos, lentamente, voltam a se tornar mais competitivos. Até mesmo a Grécia começa a se recuperar, a se reinventar como um polo econômico turístico a preços promocionais. É um tanto quanto deprimente, mas o recomeço se dará com pacotes turísticos às Ilhas Gregas a preços módicos para estrangeiros.
 
CC: O senhor está, então, otimista?
 
PK: Bem, no sentido, novamente, de que o quadro poderia ser muito pior. Hoje, comemora-se a possibilidade de um crescimento de 1,2% do PIB na Zona do Euro, o que é ridículo. Se considerarmos março de 2014, desde 2007 o crescimento econômico da Europa é menor do que o de 1929 a 1936, no auge da Grande Depressão. E o custo humano da atual crise europeia foi imenso. Mas poderia ter sido muito, muito pior. Quem ainda me assusta é Portugal. A partida de jovens trabalhadores para fora do país, para o Brasil inclusive, é ainda mais significativa do que a de décadas atrás. Hoje, quando olho para Lisboa, vejo as marcas de um longo processo de ruína fiscal, me lembra muito a região montanhosa dos Apalaches aqui nos Estados Unidos. Portugal é atualmente a tradução mais exata da armadilha do euro e, no entanto, não vejo um grande movimento de abandono luso da federação europeia. Não vejo no futuro uma sequência de secessões na Comunidade Europeia. Mas não é improvável um cenário de uma Europa Ocidental com baixo crescimento econômico por décadas a fio.
Redação

17 Comentários

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  1. O problema não é a inflação.

    O problema não é a inflação. O problema é a indexação de juros, lucros, aluguéis e dos altos salários (inclusive no setor público). Um juiz já “deu” aumento para policiais federais. Daqui a pouco os juízes disparam o gatilho salarial deles, os fiscais fazem campanha salarial e assim vai. Exatamente quem está de bartriga cheia é quem mais reclama. Ou seja, a proteção do andar de cima empurrando para o resto os custos e as perdas. Alguma inflação, em vez de ser percebida como oportunidade para ajustes sempre protelados, aqui é visto como “pequena gravidez”.

    1. O Juiz não deu aumento para

      O Juiz não deu aumento para policiais, e sim, prolatou uma sentença determinando o reajuste salarial apenas do autor da Ação. O que não minimiza o caráter invasivo de atribuições de outro Poder da República.

      Indexação de juros? O que seria isso? 

      1. Por isso coloquei aspas no

        Por isso coloquei aspas no “deu”.

        Indexação dos juros à taxa média de lucro do capital financeiro; combinam preço. O que é a tal pesquisa focus?

  2. CHORA, TUCANALHA!

    Agora é que Eduardo Campos, Aécio Neves, FHC, os economistas alugados, Miriam Leitão,  Sadenberg, os barões da mídia oligárquica et caterva vão cortar os pulsos. 

  3. Não só discorda do Banco

    Não só discorda do Banco Central. Mas também de Ilan Goldfajn, economista Chefe do Itaú, que em suma estaria servindo de “longa manus” da instituição bancária no Fórum Econômico Mundial.

    Eu acho irônico como a maioria dos brasileiros phd’s em universidades americanas (tal qual Goldfajn) tornam-se porta-vozes da ortodoxia econômica no Brasil, enquanto no próprio States existem vozes dissonantes, igual Krugman.

    Bando de cabeças de planilha, isso é o que são.

  4. brasilsil e FED

    Marco St.,

    Carta Capital entrevista o Nobel Paul Krugman, e parece faz perguntas do tipo “testar hipótese”.

    PJrugman não tem nada de burro nem o rabo preso com ninguém, fala aquilo que pensa, algo muito raro por aqui.

    Tio Sam permanece balançando, manipula índices de desemprego, possivelmente os de moradia, tem uma dívida superior a 16 trilhões de dólares, ou seja, impagável, e lá vem o FED, ou melhor, Bilderberg querer palpitar no patropi, que, apesar da crítica diária e infalível, está conseguindo driblar as diversas bolas arremessadas pelo exterior.

    Só mesmo uma oposição medíocre como a que está por aí, de Aécio e Eduardo quem, para ver perigo em relação à inflação, Petrobras e todos estes fantasmas que os idiotas tiram do armário. O perigo concreto está na redução de transações comerciais de commodities, nas quais a China é o ator principal, aliás, seria bom que este governo começasse a agregar valor ao que  país exporta, pois a pauta de exportação, noves fora o petróleo e derivados daqui a pouco, é praticamente a mesma de 50 anos atrás, uma vergonha.    

  5. Interessante: é preciso um

    Interessante: é preciso um economista de fora, um prêmio Nobel, para, sem escamotear a realidade, injetar um pouco de ânimo e otimismo em nós brasileiros. 

    Pelas análises “descompromissadas” dos economistas e jornalistas econômicos  nativos, especialmente os incrustados na grande mídia, há tempos estamos falidos e mal pagos. 

    1. Tb não vamos exagerar…

      Injetar um pouco de ânimo e otimismo? Em que parte foi isso? Esse desastre que os jornais daqui vendem é ridículo, nem eles acreditam nisso, é puramente eleitoreiro… De qualquer forma o cenário para os próximos anos do Brasil não está bom (se os tucanos vencerem será pior ainda).

  6. Se contar uma mentira

    Se contar uma mentira diariamente ela se tornará verdade, perante o povo.

    Esta é a tônica de nossos comentaristas econômicos da oposição, dos jornalistas e dos que apostam em qq catástrofe para levar a eleição mpara o 2º turno.

    Mas o Krugman não deve nada a ninguém e pode avaliar de acordo com seu conhecimento. 

  7. Ufanismo

    Com as declarações do famoso economista (americano do bem) de uma vez por todas fica clara a nossa situação de establidade econômica  E isto basta? Então tá. Façamos o presente porque o futuro(2015) a Deus pertence. Só teremos que controlar a inflação , manter baixo o nível de desemprego e administrar as manifestações. Os brasileiros patriotas devem torcer e rezar para que este cenário não mude, principalmente de forma drástica, porque então será o caos.As nossas deficiências em saúde, educação, segurança, infra estrutura, saneamento básico, reforma agrária , etc. já faz parte do cotidiano conjuntural do nosso querido Brasil.Quanto aos políticos ,diante do  statu quo da  nossa democracia , eles continuarão fazendo suas estrepolias às quais os cidadãos já se habituaram e silenciam na sua indignação.

    1. Tem um ex-presidente da

      Tem um ex-presidente da república que quase todo dia recebe algum presidente ou ex-presidente de algum país estrangeiro. De todas os credos e  ideologias.

      Acho que vem pedir conselhos para poderem se “ufanar”  também.

      Não. Não é o FHC. Este ninguém mais se lembra.

      Lula recebeu hoje uma visita de cortesia do ex-presidente espanhol José María Aznar. Entre diversos temas tratados, o ex-presidente espanhol ressaltou a Lula sua preocupação com a situação da Europa. Lula falou sobre o Brasil reiterando que o país continua no caminho certo

  8. Paul Krugman vive uns vinte anos à frente de nós

     

    Marco St.,

    Talvez se possa dizer de Paul Krugman que ele vive uns vinte a trinta anos à frente da época dele. Provavelmente por isso ele tenha um pouco de dificuldade de entender o mundo presente. Principalmente o mundo político que não será muito diferente nem mesmo daqui a cinquenta anos.

    Deixo a seguir a indicação de alguns posts em que eu faço elogio a Paul Krugman e de certo modo a crítica de não o ver com a habilidade política de compreender a nossa realidade política.

    Há comentário meu enviado domingo, 16/03/2014 às 00:04, para Francisco A. de Souza, junto ao post “Estudo do Banco Mundial mostra que tributos indiretos aumentam desigualdade” de sexta-feira, 14/03/2014 às 15:50, aqui no blog de Luis Nassif e oriundo de sugestão de Francisco A. de Souza para matéria no Uol intitulada “IR e Bolsa Família reduzem desigualdade; outros impostos elevam, diz estudo” de autoria de Sílvio Guedes Crespo. O endereço do post “Estudo do Banco Mundial mostra que tributos indiretos aumentam desigualdade” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/estudo-do-banco-mundial-mostra-que-tributos-indiretos-aumentam-desigualdade

    Em meu comentário eu faço elogio a Paul Krugman e indico um artigo dele que virou post aqui no blog de Luis Nassif e que eu comentei dizendo que a proposta dele, muito boa, era inviável politicamente. Infelizmente os comentários foram eliminados do post.

    E há também o post “GOL contra” de quarta-feira, 05/06/2013, publicado no blog de Alexandre Schwartsman, A Mão Visível, e de autoria dele. O endereço do post “GOL contra” é:

    http://maovisivel.blogspot.com.br/2013/06/gol-contra.html

    Em meu comentário enviado quinta-feira, 06/06/2013 às 23:46 para o comentarista João Paulo Rodrigues, eu considero que a crítica que Paul Krugman faz a política de campeões nacionais um tanto equivocada, desconsiderando que de certo modo quase todo país que teve crescimento econômico elevado adotou política de algum modo semelhante.

    E um terceiro post é “Paladinos da estagflação” de quarta-feira, 22/05/2013, também no blog de Alexandre Schwartsman, A Mão Visível e também de autoria dele. Um comentarista fez menção a entrevista do economista português Miguel Beleza com elogios a Paul Krugman mas também com a seguinte resposta a uma pergunta sobre ter Paul Krugman afirmado que Portugal vive (Ou como se diz lá, está a viver) um pesadelo inaceitável. Como resposta Miguel Beleza diz:

    “Não é tanto assim. É claro que estamos mal, mas é preciso notar que o Krugman tem uma fixação contra o euro, aliás típica dos americanos. E, apesar da minha admiração por ele, na minha opinião não tem razão”.

    O endereço do post “Paladinos da estagflação” é:

    http://maovisivel.blogspot.com.br/2013/05/paladinos-da-estagflacao.html

    O que eu quis enfatizar em meu comentário enviado sexta-feira, 31/05/2013 às 15:38, foi mostrar como Paul Krugman fica um tanto distante da realidade política.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 18/03/2014

  9. Inflação ou flutuação de

    Inflação ou flutuação de preços?

     

    O problema não é a inflação. Até um economista estrangeiro sabe que a nossa inflação está dentro do tolerável. Dá mais medo a alta dos Juros do que a inflação

    Existe uma falsa percepção do que seja inflação. Inflação é quando um preço aument sem lastro, ou seja sem que um benefício extra seja acrescentado à mercadoria.

    Quando um preço flutua para cima por causa de quebra de safra, ou escassez, isto não é inflação, mas flutuação de preços. Nem a flutuação nem a inflação deveriam ser atacadas com aumento de taxa de juros, pois isto paralisa a economia e geralmente não resolve o problema.

    Flutuação depreços é quando chove muito (ou pouco) e uma comoditie como a soja, o leite, o álcool, ou o açucar sobem de preço devido a lei da oferta e procura. A alta de juros não ajuda nada nisto. A alta do petróleo devido ao aumento do consumo ou do escasseamento da produção de jazidas superficiais (que são substituidas pelas profundas, mais caras) também se encaixa nesta classificação. Deviam deixar flutuar livremente.

    Inflação é quando parlamentares aumentam seus próprios salários, em mais de 100 % sem que haja  um aumento de produtividade correspondente para a sociedade. Sem lastro nenhum, e apenas aumentando o custo Brasil .E a alta de juros também não resolve isto . Mas este problema ainda é mais fácil de resolver do que uma quebra de safra.

    Talvez fosse a hora de parar de aumentar os juros a cada boato de inflação que aparece e começar a atacar as verdadeiras causas de aumento de preços.

  10. “A partida de jovens

    “A partida de jovens trabalhadores para fora do país, para o Brasil inclusive, é ainda mais significativa do que a de décadas atrás. Hoje, quando olho para Lisboa, vejo as marcas de um longo processo de ruína fiscal, me lembra muito a região montanhosa dos Apalaches aqui nos Estados Unidos.”

    O sistema capítalista americano é uma ciência de covardes.

    Todas as conexões de ruina – antes comemoradas lado a lado como um vigor dos investimentos externos – caem no campo da natureza e da cosmologia tradicional, porque os economistas só indiretamente parecem estar determinados por seus estudos, quando, no bojo das responsabilidades, dá-se por conta da sua maldita profissão. 

  11. Com relação às agências de

    Com relação às agências de classificação internacionais e os “experts” em economia do nosso abalisadíssimo PIg podemos classificá-los em duas categorias. OS OTIMISTAS E OS PESSIMISTAS: 

    OS OTIMISTAS  –  sãos os que avaliam que num horizonte próximo todos os brasileiros terão que comer merda. 

    OS PESSIMISTAS  –  são os que afirmam que não haverá merda suficiente para todos. 

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