PokemonGo é lançado no Brasil, por Matê da Luz

por Matê da Luz

Criado em 1996, o Pokemon volta a ter seus momentos de glória: lançado internacionalmente há alguns meses, chegou no Brasil esta semana o game Pokemon Go, febre já adiantada pelos mainstreamers das redes sociais. 

O jogo roda em iOS e Android, e pode ser baixado gratuitamente nas lojas online destas redes. 

Para entender melhor o joguinho, o TecMundo preparou um vídeo contando tudo sobre neste vídeo: 

Na minha timeline, composta de pessoas de diferentes faixas etárias, mas principalmente dos 30 aos 40 anos, não se fala em outra coisa. Tem gente que até conheceu gente na vida real por conta da interação com o joguinho, veja bem – existe, porfim, um benefício prático dessa febre toda. 

A moça narra que estava, de celular em punho, caçando pokemons na redondeza quando foi abordada por um rapaz dizendo que ali daquele lado nem adiantava procurar, pois ele já vasculhara a região toda e não encontrou nada. Ela riu, trocram telefone (para o WhatsApp, óbvio!) e seguiram, sorridentes. Pelo menos não foi um assalto, situação totalmente possível em termos de Brasil e de muita gente distraída procurando ícones tecnológicos pela tela do dispositivo móvel. 

Além do Pokemon Go, existe uma outra vertente de games que envolve o cenário do famosinho Pikachú com sua PokeBola: os cards, cartas ilustradas que vaem pontos e que seguem uma lógica surreal pra quem não domina os macetes de cada personagem – o esquema do jogo de cartas, confesso, não foi absorvido por esta que vos escreve nem mesmo após uma aula detalhada, ministrada pelo filho de uma amiga que todo final de semana está presente em campeonatos presenciais em Moema e, pasmém!, sonha em virar um competidor internacional, reconhecido e celebrado pela International League. 

Se vai durar, se vai passar logo, como grande parte das manias que envolvem os contextos de lançamentos, não sei – o que sei é que tem empresas e marcas que realmente sabem aproveitar as tecnologias e reiventar o modus operandi de suas ofertas, envolvendo um público cada vez mais variado e obcecado. 

Agora chega de escrever que preciso ir até o parque, ouvi dizer que tá cheio de Pokemon por lá (e não quero ficar de fora, mas só pra trazer as novidades pros leitores, ahahahahahahahaha!) 

Mariana A. Nassif

8 Comentários

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  1. Pokemon Go … ou Pokemongo?
     

    Ricardo Araújo Pereira fala sobre o Pokemon Go … ou Pokemongo?

     

    Vergonha alheia transatlântica: uma fã do Brasil, desesperada com lágrimas nos olhos, fez um vídeo para reclamar que o “Pokemongo” ainda não havia chegado no Brasil.

     

    [video:https://youtu.be/LYFLTl-StuA%5D

  2. Se as pessoas soubessem…

    O aparentemente inofensivo e ingênuo jogo para smartphones “PokémonGo” é na verdade algo muito mais sinistro do que os recèm-viciados no joguinho podem imaginar. Poucos se perguntam: “De onde, afinal, veio esse jogo? Quem o desenvolveu? Para que propósitos?”.

    Como alguns analistas já estão “em cima do lance”, limito-me a postar os links para as análises sobre o jogo:

    Em Inglês:

    http://www.vulture.com/2016/07/oliver-stone-pokmon-go-is-totalitarianism.html

    https://www.corbettreport.com/the-cias-pokemon-go-app-is-doing-what-the-patriot-act-cant/

    http://journal-neo.org/2016/07/29/pokemon-go-the-cia-totalitarianism-and-the-future-of-surveillance/

    Em Português:

    http://resistir.info/eua/pokemon.html

  3. O que está por trás disso

    O jogo foi criado por uma subsidiária do Google, a  Niantic. O jogo obriga a pessoa a usar o GPS e os dados do GPS de cada pessoa são repassados para o Google. Com isso o Google pode oferecer propagandas personalizadíssimas para cada pessoa, já que sabe em tempo real onde cada pessoa se encontra. Big Brother cada vez mais próximo. 

  4. Na hora que houver uma busca
    Na hora que houver uma busca coletiva de mongos com celular na mão caçando, serão alvos de caçadores de celular. Vai ser o jogo mais lucrativo para as gangues.

  5. Um artigo elucidativo

    p { margin-bottom: 0.08in; }p.western { font-family: “Liberation Serif”,serif; }p.cjk { font-family: “Droid Sans Fallback”; font-size: 24pt; }p.ctl { font-family: “FreeSans”; font-size: 24pt; }p { margin-bottom: 0.1in; line-height: 120%; }a:link { }

    Pokémon Go, a CIA, “Totalitarismo” e o Futuro da Vigilância

     

    Por Steven MacMillan

     

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    Se alguém tinha dúvidas de que uma porcentagem da população global assemelha-se a zumbis, os incidentes que seguem o lançamento de Pokémon Go certamente convencê-los-ão. Apesar de o jogo ter sido lançado no começo de julho, já foram registrados incidentes como um homem colidindo certeiramente com uma árvore e uma mulher sendo trancafiada em um cemitério, ambos perseguindo essas pequenas criaturas peludas.

     

    Pokémon descreve o jogo em seu website da seguinte maneira:

    “Viaje entre o mundo real e o mundo virtual de Pokémon com Pokémon GO para dispositivos iPhone e Android. Com Pokémon GO, você irá descobrir Pokémon em um mundo inteiramente novo – no seu! Pokémon GO é construído na Plataforma de Jogos do Mundo Real (Real World Gaming Platform) da Niantic e se utilizará de locais reais para encorajar jogadores a explorar em profundidade o mundo real para descobrir Pokémons… Em Pokémon GO, o mundo real será o cenário!”

     

    Pokémon Go, Google, o Departamento de Estado, a CIA e o Departamento de Defesa

    A companhia por trás de Pokémon Go é uma desenvolvedora de software de São Francisco chamada Niantic Inc., que foi formada em 2010 como uma startup da Google. O fundador e atual CEO da Niantic é John Hanke, um homem que mantém relações tanto com o Departamento de Estado quanto com a CIA.

    Antes de se mudar para São Francisco para estudar na Universidade da Califórnia, Hanke trabalhou para o Departamento de Estado em Myanmar. Hanke também fundou a Keyhole Inc. em 2001, uma companhia que se especializou em aplicações de visualização de dados geoespaciais. A Google adquiriu a companhia em 2004, utilizando muitas das aplicações desenvolvidas pela Keyhole Inc. no Google Maps e Earth. Em 2003, a firma de fomento a startups da CIA, In-Q-Tel, investiu na Keyhole, com os detalhes desse investimento sendo orgulhosamente anunciados no próprio website da CIA:

    “A tecnologia assessorada pela CIA mais familiar a vocês provavelmente é uma que muitos de nós utilizamos regularmente: Google Earth. Em fevereiro de 2003, a firma de “venture-capital” financiada pela CIA, In-Q-Tel, realizou um investimento estratégico na Keyhole Inc., uma pioneira da vizualização interativa da Terra em 3D e criadora do inovador sistema de mapeamento detalhado “EarthViewer 3D”. A CIA trabalhou em conjunto com outra organizações da comunidade de inteligência para adaptar os sistemas da Keyhole Inc. a suas necessidades. O produto final transformou o modo como oficiais de inteligência interagem com informações geográficas e imagens da Terra”.

    Uma das outras organizações de inteligência com as quais a CIA trabalhou foi a National Geospatial Intelligence Agency (NGA), que está parcialmente subordinada ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

    Então nós temos um algo enigmático ex-empregado do Departamento de Estado com conexões com a CIA e o Departamento de Defesa sendo o CEO de uma companhia que criou o que parece ser um jogo bobo e inofensivo. O que está acontecendo?

    Vendendo e Compartilhando seus Dados

    Assim como tantas novas tecnologias da nossa era digital, Pokémon Go está constantemente reunindo informação sobre o usuário e abertamente admitindo que esta informação será compartilhada com quem a quiser.

    Como James Corbett apontou em seu artigo intitulado: The CIA’s ‘Pokémon Go’ App is Doing What the Patriot Act Can’t, a política de privacidade do aplicativo diz que a Niantic compartilhará a informação que eles reúnem (que é muita) com o Estado e organizações privadas:

    “Nós cooperamos com o governo e oficiais da lei ou partes privadas para aplicar e seguir a lei. Nós podemos revelar qualquer informação sobre você (ou sobre seu filho) que está em nossa posse ou controle para o governo ou oficiais da lei ou partes privadas quando nós, segundo nossos critérios exclusivos, acreditarmos ser necessário ou apropriado.”

    Corbett também detalha como o jogo requer que o usuário dê acesso excessivo à Niantic/CIA/NGA/ Departamento de Defesa (incluindo o acesso à conta Google do usuário e à câmera do celular).

    Oliver Stone sobre Pokémon Go: “Totalitarismo” e “Novo Nível de Invasão”

    Ao falar este ano em um evento, Oliver Stone – o cineasta ganhador de vários prêmios e diretor de um novo filme sobre Edward Snowden – compartilhou algumas de suas visões sobre este novo e crescente negócio de recolhimento de dados (data-mining). Como a revista Vulture reportou em artigo recente, Stone denunciou o jogo como um “novo nível de invasão” e uma nova forma de “totalitarismo”.

    “Eu também estou ouvindo falar sobre isso; é um novo nível de invasão. Uma vez que o governo foi desmascarado por Snowden, é claro que as corporações investiram em criptografia, por uma necessidade de sobrevivência, certo? Mas a busca por lucros é enorme. Ninguém chegou a ver, em toda a história do mundo, algo como a Google – nunca! É o negócio de crescimento mais rápido que já existiu, e eles investiram quantias gigantescas de dinheiro no que a vigilância é, que é o recolhimento de dados.”

    E Stone continua:

    “Eles estão recolhendo dados sobre cada pessoa nesta sala para saber o que você anda comprando, do que você gosta e, acima de tudo, seu comportamento. Pokémon Go se insere nisso. Está em todo lugar. É o que alguns estão chamando de capitalismo da vigilância; é o estágio mais novo. Nós testemunharemos uma nova forma de, francamente, uma sociedade robotizada, onde alguém saberá como você quer se comportar e então produzirá o pacote que se enquadra no seu comportamento e o ofertará a você. É o que se costuma chamar de totalitarismo.”

    Prevendo o Comportamento Humano

    É interessante que Stone não nos adverte apenas sobre o aspecto comercial do recolhimento de dados, mas sobre o fato de que quanto mais dados os governos e corporações privadas recolherem sobre os cidadãos do mundo, mais fácil se torna a previsão de seu comportamento. E não é apenas Stone que está nos advertindo sobre esta realidade. No começo deste ano, o comissário do Reino Unido para vigilância, Tony Porter, revelou como os dados obtidos por camêras de vigilância (CCTV) podem ser utilizados para “prever o comportamento”.

    À medida em que progredimos pelo século 21 e mais sistemas de algoritmos avançados são desenvolvidos para processar o “tsunami” de dados, as agências de inteligência e os governos cada vez mais serão capazes de prever (e manipular) o comportamento de suas populações e das populações de países estrangeiros. Nós já avançamos muito nesta direção, e é possível que a trajetória do nosso futuro nos encaminhe para níveis de vigilância muito além do que George Orwell vislumbrou; com a luta por privacidade digital sendo o maior campo de batalha deste século para aqueles que valorizam a liberdade.

    Pokémon Go parece mais um cavalo de Tróia da CIA e do grande complexo de inteligência/ segurança/ recolhimento de dados/ Big Brother do que um jogo bobo e inocente. Com todas essas conexões com o Departamento de Estado, a CIA e o Departamento de Defesa, já há relatos de que alguns países estão pensando em banir o jogo.

     

    Steven MacMillan é um escritor independente, pesquisador, analista geopolítico e editor do The Analyst Report

    Artigo Originalmente encontrado na Revista Eletrônica New Eastern Outlook: http://journal-neo.org/2016/07/29/pokemon-go-the-cia-totalitarianism-and-the-future-of-surveillance/

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