Uma discussão estritamente jornalística sobre Veja, por Paulo Nogueira

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Enviado por Webster Franklin

Uma discussão estritamente jornalística sobre o caso Veja

Por Paulo Nogueira

Do Diário do Centro do Mundo

Vou falar estritamente sobre a técnica jornalística utilizada pela Veja na última edição.

Percebi que é necessário, uma vez que mesmo jornalistas experientes como Ricardo Noblat não compreendem exatamente onde está o problema.

Citei Noblat porque, em sua conta no Twitter, além de em determinada altura do debate de ontem ele informar seus seguidores de que a bateria do celular acabara, ele fez a seguinte indagação.

“Que prova Dilma quer da reportagem da Veja?  Uma gravação? Diria que é falsa. Uma entrevista do doleiro preso?”

Uma das missões do jornalismo é jogar luzes sobre sombras. Noblat jogou ainda mais sombras sobre as sombras já existentes.

Prova é prova. Prova são evidências consideradas irrefutáveis pela Justiça depois de um processo em que as partes defendem sua posição.

Prova não é a palavra de ninguém – gravada, escrita ou dita em público. Porque o ser humano pode dizer qualquer coisa que imagine que vá beneficiá-lo ou prejudicar um opositor.

Imagine que alguém queira destruir moralmente você. Ele afirma que você é pedófilo, por exemplo. Grava um vídeo e coloca no YouTube.

O fato de ele haver falado que você é pedófilo não prova nada, evidentemente. Você o processa. A Justiça vai pedir provas. Se o difamador não as tiver, estará diante de uma encrenca considerável.

O raciocínio acima não vale, infelizmente, para o jornalismo, dada a influência que as empresas de mídia exercem sobre a Justiça no Brasil.

Mas vale em sociedades mais avançadas. O caso clássico, neste capítulo, é o de Paulo Francis.

Acusou diretores da Petrobras de terem contas no exterior. Como as acusações foram feitas em solo americano, no programa Manhattan Connection, os acusados puderam processá-lo nos Estados Unidos.

A Justiça americana pediu provas a Francis. Ele nada tinha. Na iminência de uma indenização à altura das calúnias, Francis se atormentou e morreu do coração.

Na Justiça brasileira, ele certamente se sairia facilmente de um processo. E ainda seria glorificado como mártir da liberdade da expressão.

Ainda que, para voltar à frase de Noblat, uma fita fosse apresentada, isto não valeria rigorosamente nada. De novo: nada.

Imagine, apenas a título de exercício mental, que alguém tivesse prometido ao doleiro preso vantagens no caso de uma vitória de Aécio: dinheiro, pena branda, cobertura discreta em jornais, revistas, telejornais.

Imagine, além disso, que o doleiro de fato acreditasse que uma simples declaração sua daria a presidência a Aécio.

Ele falaria o que quisessem que ele falasse, naturalmente.

No Brasil, situações como a que descrevi podem acontecer.

Nos Estados Unidos, e volto a Paulo Francis, não. Sem provas, não apenas o acusador estaria frito. Também jornais e revistas que reproduzissem suas acusações enfrentariam problemas colossais.

A sociedade tem que ser protegida.

Em meus dias de Abril, meus amigos se lembram, sempre disse que seria simplesmente inimaginável um jornal publicar – sem provas – uma entrevista em que um irmão do presidente fizesse acusações destruidoras.

Esse irmão poderia estar mentindo, por ódio ou motivações pecuniárias. Inventando coisas. Aumentando outras.

Onde muitas pessoas viram um triunfo da Veja, enxerguei desde o princípio uma demonstração da miséria do jornalismo nacional. E da Justiça, porque se ela agisse como deveria ninguém destruiria a reputação de ninguém sem provas.

Tantos anos depois deste caso a que me refiro, nem o jornalismo brasileiro e nem a Justiça evoluíram.

As trapaças estão até nos detalhes. O jornalismo digno manda que você tome cuidados básicos ao publicar acusações. O acusador disse isso ou aquilo. Afirmou. Para manipular leitores, a Veja utiliza outro verbo: revelou. É, jornalisticamente, uma canalhice e um crime.

A Veja sabe que pode publicar o que bem entender porque a Justiça não vai cobrar provas. Como opera em solo brasileiro, e não americano, ainda poderá se declarar mártir da liberdade da expressão, caso seja mesmo processada por Dilma.

Era o que aconteceria com Paulo Francis se não tivesse sido julgado pelas leis americanas.

Nos Estados Unidos, de onde emigrou há 60 anos a então modesta família Civita para fazer fama e fortuna no Brasil, a Veja estaria morta há muito tempo com o tipo de jornalismo que faz.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

37 Comentários

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  1. Só a Veja? Ontem na Central

    Só a Veja? Ontem na Central das Eleições da Globonews os 4 comentadores desaprovaram o discurso da Dilma, dizendo que ela não citou Aécio; falou em reforma política, sendo que a refoma já foi rejeitada pelo Congresso (Aécio também citou a reforma tributária – rejeitadissima – e daí? E ele estava certo, é outro momento); que ela disse que o país não estava dividido (quando ela ressaltou o desejo de mudanças mais profundas que une a todos)… Enfim, a piada da noite foi ela dizer que continuaria com o crescimento econômico. E os comentaristas: “Qual crescimento?” Mas o que ela disse foi: “Promoverei ações localizadas, em especial na economia, para retormarmos nosso ritmo de crescimento, continuar garantindo os níves altos de emprego e assegurando também a valorização dos salários”. 

    Enfim, pouca generosidade, muita amargura. Vão trazer a Venezuela para cá…

    Quanto à Petrobras, faltou no mínimo contextualizar que o Youssef já fez delações premiadas antes e que está envolvido nisso também: http://www.istoe.com.br/reportagens/17020_CONTA+TUCANO.

  2. Inimigos
    A vitória da presidenta Dilma Rousseff na eleição presidencial é um marco na história do Brasil.
    Mostra que quando as forças populares se unem, é muito difícil derrotá-las.
    Não há terrorismo midiático, nem golpe eleitoral, nem dedos-duros, nem banqueiros, nem empresários ou políticos, que fazem da mentira seu método de ação, que possa ser capaz de vencer a vontade do povo.
    O governo trabalhista vem sendo fustigado diariamente, desde 2003, por meio de todos os métodos possíveis, e principalmente por uma mídia partidária.
    O que se fez – e se faz – o Brasil é uma lavagem cerebral massiva, com a aplicação do princípio do nazista Joseph Goebbels, que pregava que uma mentira repetida mil vezes se torna uma verdade.
    O PT, seus líderes, seus filiados e até simpatizantes, têm sido demonizados criminosamente.
    A eles se atribui todos os males da Terra.
    Na Alemanha nazista o alvo eram os judeus.
    No Brasil democrático, os petistas.
    Há muitas pessoas que votam nos tucanos porque realmente acreditam que sua pregação neoliberal é boa para o país.
    Mas existem muitos outros que simplesmente sucumbiram à lavagem cerebral.
    Repetem, como idiotas, mantras sem o menor sentido, completamente divorciados da realidade.
    As pessoas precisam voltar a pensar, a refletir.
    Não é possível que uma nação da importância do Brasil, a sétima maior economia do mundo, um gigante respeitado por todos, esteja refém de meia dúzia de famílias que controlam toda a informação usufruída pelos seus mais de 200 milhões de habitantes.
    A maior batalha do novo governo Dilma não será no Congresso.
    Será tentar neutralizar essa monstruosa máquina de propaganda que atua, sob o disfarce de imprensa, contra o desenvolvimento do país e pela derrubada dos trabalhistas.
    Não dá mais, depois do que se viu nesta eleição, sequer para acenar para eles com o menor gesto de boa vontade.
    Eles são o maior inimigo.
    E devem ser tratados como tal.
    fonte: Cronicas do Motta
    http://cronicasdomotta.blogspot.com.br/2014/10/guerra-aos-inimigos.html?m=1

  3. Veja e assemelhados

    É necessário denunciar esses canalhas tipo Noblat ;hoje Cony estava considerando deplorável a Dilma processar a Veja e concumitantemente cercear a liberdade de imprensa .

  4. Paulo Nogueira pensou em

    Paulo Nogueira pensou em demasiado!  A prova necessaria eh a prova que a reportagem NAO foi inventada na redacao de Veja…

    Foi sim.

  5. E por que a imprensa pode

    E por que a imprensa pode publicar, e Dilma usar no debate, a acusação do delator Paulo Roberto Costa, também sem provas, que Sergio Guerra recebeu 10 milhões do esquema?

    1. Então, tudo o que se disse

      Então, tudo o que se disse sobre a Petrobras até o momento não deveria ter sido usado, certo?

      Até agora não apareceu nenhuma prova. A única coisa que é fácil provar é a absoluta falta de proporcionalidade entre a cobertura anti-governo e essa denúncia contra Sérgio Guerra.

      Se nenhuma denúncia sem provas fosse permitida nesse caso da Petrobras, adivinhe quem sairia perdendo?

      1. Ao contrário. Eu acho que

        Ao contrário. Eu acho que tudo que se disse podia ser publicado, inclusive acusações a Sergio Guerra.

        Estou apenas mostrando a falta de coerência de vocês.

        1. Denúncia sem provas pode ser

          Denúncia sem provas pode ser publicada como se fosse algo comprovado?

          Então se eu acusar você de ser um estuprador e a revista publicar, mesmo que eu não prove nada, tudo bem?

          Você sabe que não é. Mas e o pessoal que vai ler a revista (ou melhor, só a capa com a sua foto e a palavra “estuprador”), vai achar o que?

          E daqui a 5 anos você consegue o direito de resposta ou uns 30 mil de indenização e está tudo bem.

          Jornalismo de verdade (não o que a Veja faz) exige responsabilidade.

          1. Você trouxe um ótimo

            Você trouxe um ótimo exemplo.

            Se houver uma relação onde você possa ter presenciado um estupro meu, e eu seja uma personalidade pública que levante o interesse da imprensa, ela não só pode, como DEVE publicar sua acusação. Deve!

            Assim ocorre na maior parte dos casos, desde Dominique Strauss-Kahn, Mike Tyson, o médico Roger Abdelmssih etc. Até o Bill Clinton teve sua acusação publicada muito antes da camisa com a mancha aparecer – aliás, ela nunca apareceu propriamente dito.

            No caso do Youssef, ele tá preso pela Polícia Federal acusado de lavar dinheiro roubado da Petrobrás em conjunto com Paulo Roberto Costa – Paulinho, para Lula. Se ele fez essa acusação, acho que há obrigação de publicá-la.

    2. Além da cobertura

      Além da cobertura absolutamente desproporcional,  por que na hora de implicar um tucano, escolheram um tucano morto (Sergio Guerra)?  Para dar um ar de “imparcialidade” à coisa?

    3. Elementar, meu caro Aleandro…

      Porque a lei de calúnia só vale para os vivos. Se eu quiser dizer que D. Pedro II era molestador de menores, ninguém pode me processar por isso, porque os mortos não têm reputação fática, apenas memória histórica.

      No caso de Dilma, foi um artifício político, dentro dos limites da lei. No caso da Inominável, a calúnia era contra pessoas vivas que sofrem as conseqüências daquilo que foi dito.

      A não ser, claro, que consigas que Sérgio Guerra levante do túmulo à maneira de Lázaro e processe a presidenta.

      1. Por isso não. Fernando

        Por isso não. Fernando Bezerra Coelho está vivo, e foi alvo da mesma delação, e o petismo não teve pudor algum em usar essa acusação, que foi publicada sem critica por vocês.

        1. Sério?

          Dilma usou o nome de Fernando Bezerra no debate, no material de campanha e nas inserções televisivas? Estou perguntando mesmo, não acompanhei a campanha, cheguei aqui hoje após uma abstenção de dez meses e só li as transcrições dos dois últimos debates. Agradeceria uma prova da declaração, se puderes.

          Ou referes-te ao submundo da Internet e vídeos apócrifos do YouTube? Porque, se for o caso, “vocês” quem, cara-pálida? Não sou petista, estou apenas apontando que não se configura incoerência alguma por parte de quem critica a Inominável, até porque dois erros não fazem um acerto.

          E se a acusação contra Fernando Bezerra saiu na imprensa, Fernando Bezerra que vá aos tribunais contra os veículos de mídia responsáveis, que o PT não tem o que ver com isso. Quando falas do “petismo”, que tal dar nomes aos bois, já que Paulo Nogueira não falou em “o aecismo” ou “a direita”, mas especificamente da Inominável? Calúnia é crime de direito privado, com ator e vítima, não cabem generalizações.

          E se Dilma usou, está igualmente errada, só que cabe a Fernando Bezerra processá-la, como Dilma e o PT fizeram com a Inominável.

          E se o fizer, cabe aos supostos caluniadores lançarem mão da exceção da verdade. O que aliás, também cabe à Inominável fazer… ou caberia, se ela não tivesse admitido no corpo da própria reportagem que não tinha provas, cavando assim sua própria cova.

          Estás tentando comparar alhos com bugalhos. Num espaço muito curto, já cometeste uma falácia por generalização espúria e outra falácia do homem de palha. Que bom ver que mantiveste a boa forma.

          O texto está correto, e aplica-se a qualquer caso. Aliás quando a suposta denúncia saiu Fernando Bezerra já estava eleito? Porque se estava, a influência dela foi nula, ao contrário do caso de Dilma, com agravante de crime eleitoral para a revista.

          1. O nome do Fernando Bezerra

            O nome do Fernando Bezerra Coelho foi publicado na imprensa, inclusive à favorável ao petismo, com base no depoimento do delator Paulo roberto Costa. 

            Qual é a diferença para a publicação da Veja sobre o depoimento do Youssef?

          2. E a Dilma, ou o PT, sao responsáveis por essa suposta imprensa?

            Aliás, imprensa favorável ao petismo, qual? A que mais se aproxima disso é a Carta Capital, nem tao favorável assim, e sobre cuja redaçao nem Dilma nem o PT tem poderio nenhum. Deixa de ser mané, 2. 

          3. Nenhuma

            Fernando Bezerra tem todo o direito de processar. E de enfrentar a exceção da verdade. Dilma já processou a Inominável, no que está corretíssima.

            O autor do texto critica exatamente a impunidade da imprensa em nosso País para caluniar. O caso de Dilma é apenas o mais emblemático.

            Teu argumento é essencialmente que “dois erros fazem, sim, um acerto”. Ou pior, que nenhum dos casos é errado. Até que aconteça contigo, é claro.

            Aliás, tua resposta sobre o estupro abaixo, convenientemente, só listou gente que era culpada ao fim e ao cabo. E todas as personalidades políticas e celebridades que foram vitimadas por calúnias? Como ficam? Nassif sempre traz aqui o caso da Escola Base.

            Mas como eu disse, uma coisa não tem o que ver com a outra. Neste caso, há o agravante de se ter tentado influenciar o desfecho de uma eleição, o que torna o caso mais sórdido, mas é tudo a mesma coisa.

            E estás usando de diversionismo de novo. “Mídia favorável ao petismo” não é a mesma coisa que “campanha de Dilma Rousseff”. Porque afinal, começaste isto falando do fato de Dilma ter mencionado Sérgio Guerra no debate. Quando repliquei, mudaste o foco rapidamente. E agora não estamos mais falando de Dilma, mas de sabe-se lá quem, já que não dizes.

            O problema de teu argumento mais abaixo é que não basta apenas dizer “vi fulano estuprar sicrana”. O órgão de imprensa tem o dever de perguntar: “E que provas tens disso?” E depois, apurar junto à outra parte, e conseguir evidências de terceiros. Não se exige que a imprensa apresente um caso judicial, mas quando há reputações em jogo, é forçoso consubstanciar o dito com evidências.

    4. Nao banque o mané. Vc é capaz de entender a finalidade daquilo

      Que foi mostrar a PARCIALIDADE do Aécio — e da mídia — sobre quais acusaçoes “acreditar”. 

       

  6. imagine uma denúncia vazia

    imagine uma denúncia vazia contra um senador da república,

    como rola em conversas aqui no paraná.

    dizem que um grande político de londrina, terra de álvaro dias ,

    reeleito, estaria envolvido na armação dessa

    delação premiada juntamente om o juiz moro.

    seria n mínimo prematuro, condená-los sem prova.

    mas nesse caso da veja, já condenaram.

    mas há fatos interesantes nesse caso do pr.

    o dono da rádio cbn de curitiba, o empresário joel malucell,

    foi eleito na chapa de álvaro dias como suplente de senador.

    fatos:

    ontem o dia inteiro, desde a manhã,

    a cbn repetia incessantemente a notícia de

    que youssef teria sido envenenado

    os  boatoa vieram da internet.

    o locutor dizia isso ou chamava um repórter e aproveitava

    obviamente pra repetr todo o suposto escandalo.

    noutro momento, chamava o repórter do hospital santa cruz de curitiba 

    onde muitos jornalistas se encontravam.

    dizia que youssef estava melhor.e aproveitava

    para repetir  a falácia do suposto escandalo…

    noutra ocasião,  dizia que youssef estava assim

    ou assado. relembrava tudo de novo.

    a pf soltou um nota dizendo que youssef

    estava bem. relembravam tudo de novo.

    em plena eleição.

    agora a filha dele diz que ele está bem…

    repetem novamente o scrip para miim golpista.

    o advogado dele nega tudo. relembram outra vez,

    a eleição rolando.

    o ministro da justila diz que a pf investigará o caso.

    repetemm tudo novamente.

    voce acha que isso aí não tem nada a ver com golpe contra a eleição de dilma?

    não fere as leis da justiça eleitoral?

     

     

     

  7. A VEJA criou apenas uma peça

    A VEJA criou apenas uma peça propagandística. Resta saber quanto ganhou do Comitê de Campanha do PSDB.

    Sobre a Dilma ter explorado o tema no que tange aos dez milhões para o então presidente tucano Sérgio Guerra, achei também um equívoco dado que o arrolado já está morto, não podendo por razões óbvias se defender. 

    Entretanto, mesmo assim há uma distância enorme entre os dois casos: existiu efetivamente a denúncia do diretor larápio e a presidente o explorou em público no debate, dando chances assim de ser contestada pelo Aécio e/ou pela mídia. Já a matéria da VEJA foi adredemente criada apenas para intervir nas escolhas dos eleitores. Tanto é que foi lançada na praça dois dias antes do normal. 

    A diferença fundamental foi também o desmentido peremptório do próprio advogado do doleiro acerca dessa suposta revelação. VEJA inventou, mentiu descaradamente como é do seu feitio.

    1. A calúnia contra sergio guerra

      O grotesco foi que a imprensa na vã, mentirosa e falsa ideia que estaria sendo neutra divulgou uma acusação de um processo sob sigilo de justiça, neste caso o sigilo seria obrigatório de qualquer maneira, contra uma pessoa já falecida. Isto caracteriza o crime (onde o judiciário?), que cometeram contra o pt que sofreu o mesmo tipo de acusação sem direito a resposta a tempo. Acho que a dilma quiz destacar isso e no debate, nervosa, não concluiu a idéia.

      As acusações ao pt por sua colocação no “na hora certa e precisa” escolhida pelos caluniadores, o pig et caterva, tira qualquer dúvida da natureza criminosa do fato.

  8. Crime

    O que a revistinha do esgoto faz é crime. em qualquer lugar domundo, menos no Brasil. E não sei por que.

    Para cometer crimes de imprensa ela sabe que é poderosa, tem o pig e outros “poderes’ ao seu lado, por isso desafia e não cumpre ordem judicial do ste. Sem pejo. E faz o que fez agora há anos, já se viciou no crime.

    É evidente que este pig é incoerente com a existencia de um tse. É um imprensa que tem posição política firme e contra o pt, a quem ela nega o direito de ser partido político, agride, calunia e “trabalha” nas notícias forjando o que quer quando quer. Desinforma seus leitores e eleitores a quem faz refem das suas mentiras. O tse não vê.

  9. Cobertura da Globo News e a “bandeira” da Cristiana Lobo.

    Quando o TSE liberou os números da apuração com mais de 90% e alguém lembrou que já estavam computados os votos do sudeste e que o norte/nordeste garantiria a vitória da Dilma, a Cristiana soltou qualquer coisa como “isso é ruim pra nós”. Fez-se um silêncio constrangedor.

  10. Cinismo

    Vcs se lembram da reação da mídia tucana que se acha imprensa,quando um certo senhor,também na mesma situação do tal Yossef acusou um tucano?  Disseram que o sujeito era um bandido e portanto suas acusações não mereciam crédito. Como são cretinos esses “calunistas” ,não?

  11. Cobertura dos resultados das

    Cobertura dos resultados das eleições na Globonews, ontem à noite. Em determinado momento, Merval começa a citar a tentativa de Golpe da Veja e diz que o Governo quis censurar a imprensa. Seguiu-se um silêncio constrangedor e os outros comentaristas mudaram de assunto. A Cristiana Lobo e a Renata Lopreti demonstraram seu bom senso através do  visível constrangimento.

  12. Cinicos

    “Qual crescimento?”

    Esses cretinos estão querendo comparar o Brasil com a empresa onde lambem as botas dos seus patrões. O que está caindo e cada vez mais  é a audiência desse câncer.

  13. Ainda bem que os derrotados

    Ainda bem que os derrotados tucanos não vão usar o dinheiro dos atuais positivos cofres públicos federais. São paulo e paraná de sp vão ter que arcar com seus impostos para pagar os “patrocinadores” da campanha sórdida. O alvaro botox vai ter que diminuir o uso da substância.

  14. Sobre o assunto do post

    A reportagem teve o mesmo tom que foi dado ao depoimento do ex diretor da Petrobras. Os dois tem o maior interesse em não mentir porque falar a verdade é o cerne da delação premiada. Me parece também que o processo investigativo da polícia seja verificar as provas que devem ser apresentadas.

    Existe um problema real no caso que é o vazamento, supondo que tenha sido um agente da polícia que o fez. Neste caso qualquer veículo de notícias tem dois fundamentos a obedecer, um do sigilo da fonte e o outro é dar a notícia. Neste caso vale lembrar que o início da briga do nassif com mainard foram artigos publicados falando sobre a questão de preservar a fonte. Quanto a dar a notícia,  os comentaristas deveriam ser honestos ao menos uma vez e parar com a hipocrisia, porque os mesmos veículos tão satanizados e esse mesmo espaço deram ampla repercussão à depoimentos de delação premiada no caso da Alstom, e não teve um sequer condenando a imprensa.

    Quanto ao uso político, é de fazer rir, porque a presidente usou o caso Alstom como os tucanos usaram a Petrobras. Por  conclusão lógica a gritaria no caso da Petrobras que não existiu no caso da Alstom é motivada pelo partido envolvido.

    Mesmíssimo partido useiro e vezeiro da revista na época do collor que a usava e branda nas cpis. 

    O que precisa ser investigado e punido é se agente público teve parte em abrir o depoimento para a imprensa. 

     

     

     

    1. Na Suiça!

      A investigação do caso Alston partiu da Suiça, pois a depender do MP de SP… O caso Alston já tem provas, documentos e muitos mais. O caso do doleiro, por enquanto, apenas depoimentos e suposições de uma revistinha de esgoto. Quanto à época do Collor, a revistinha não era tão abjeta, tinha um mínimo de pudor, que ela perdeu faz um tempinho.

  15. Bandidagem

    Constata-se uma enorme boa vontade do jornalista Paulo Nogueira em tentar tratar o assunto como se o problema envolvesse apenas a compreensão ou não dos princípios que regem a boa prática jornalística.  Ou sobre conceitos e princípios probatórios das provas.

    Qualquer imbecil sabe que cabe a quem acusa o ônus da prova. Os “jornalistas” mais preguiçosos da velha imprensa conhecem sobre esse assunto, portanto a abordagem do tema deve ser feita dando o nome correto dessa prática: bandidagem.

    Não há como tratar desse tema sem falarmos em dolo, má-fé, bandidagem.

    Ponto.

    A coisa já foi longe demais. É preciso adjetivar corretamente práticas marginais, fora da lei.

  16. O Noblat, que é um escroque

    O Noblat, que é um escroque profissional, deve ser ignorado. A questão é que o que a Veja fez não pode ficar impune. Ela jogou o tudo ou nada. Como o Aécio perdeu, ela ficou com o nada.

    O nada tem que signiificar processo e corte de todas a verba publicitária do governo. Não tem conciliação com o esgoto, é guerra. E tem que ser já.

     

    1. Virou agremiação política marginal

      Isso mesmo.

      Vi e ouvi inúmeros petistas comparando a Veja a uma agremiação político, como a FOX americana, por exemplo.

      Doravante, considerar a Veja ou mesmo a Editora Abril uma empresa de comunicação é legitimar a barbarie que esse bando de irresponsáveis vêm cometendo há tempos.

      É preciso procurar embasamento legal para que verbas publicitárias governamentais não sejam direcionadas a esse grupo criminoso.

  17. Veja

    A título de curiosidade:
    a revista Veja deve enviar algumas revistas para os EUA, neste caso, alguém poderia processá-la no território americano, exigindo dela as provas?

  18. Existem 2 fatores a se

    Existem 2 fatores a se considerar.

    A Veja jogou sujo. Independente do resultado da eleição, processo nela e cassação do jornalista responsável pela reportagem. Não há fiscalização neste tipo de classe como nas dos médicos engenheiros, etc? Se não há então que se crie um conselho de regularização desta atividade. Sem censura e sem cerceamento à liberdade, mas cobrando-se responsabilidades. E punindo quem extrapola seus direitos.

    O outro ponto: o acusado deve exigir imediatamente que o tal doleiro dê as provas da sua calúnia e se não as mostrar cassa-se seu direito a Delação Premiada e acaba-se com essa palhaçada. A acusação é muito séria.

     

  19. Texto brilhante. Embora

    Texto brilhante. Embora óbvio, lógico e racional, seria muito simples se no nosso país a maioria das pessoas pensasse.

    as vêzes me pergunto se essa ignorância toda é funcional ou muita má fé mesmo. Ou ainda um pouco de tudo!

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