A solidão retratada nos quadros de Edward Hooper

Enviado por romério rômulo

Do Nota Terapia

Os 15 quadros de Edward Hopper que melhor retratam a solidão no mundo moderno

Hoje, mais do que nunca, estamos conectados 24 horas por dia, 7 dias por semana. Facebook, whatsapp, instagram… tudo que fazemos chega ao mundo em milésimos de segundos, tão rapidamente quanto recebemos informações sobre qualquer pessoa em qualquer lugar do planeta num simples toque em nossos smartphones. Mas será que isso nos livra da solidão?

Edward Hopper, artista norte-americano retratou em incríveis quadros a solidão do mundo moderno. Nascido em 1882, o pintor viveu até 1967 e fez retratos realistas e únicos de pessoas em estado de solidão. As obras causam um impacto enorme, pois não só nos vemos inseridos naqueles cenários, como também entramos em contato com a crua solidão do outro.

O NotaTerapia selecionou 15 das mais impactantes obras de Hopper. Confira:

 

 

Hotel By A Railroad - Edward Hopper

Redação

4 Comentários

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  1. O homem nasce e morre so. O homem é so

    Certa vez durante uma exposição vi alguns quadros do alemão Caspar Friedrish e fiquei muito tempo contemplando essa  imagem…

  2. O ELOGIO DA

    O ELOGIO DA SOLIDÃO

       inPoVocê está só? Pense duas vezes antes de se entristecer.

     

    Boulevard-of-Broken-Dreams8

     

    O homem sábio basta a si mesmo, escreveu o filósofo grego Aristóteles. É um pensamento ao qual constantemente se agarram diversas escolas filosóficas ocidentais.

    A solidão é um caminho para a sabedoria.

    E no entanto vivemos num mundo em que a introspeção parece uma praga da qual todos fugimos.

    A solidão como que embaraça e envergonha. Tente se lembrar de uma campanha publicitária baseada em alguém só. Ou de um filme americano em que o personagem na solidão não seja um atormentado.

    As tradições orientais, do taoísmo ao hinduísmo, também sublinham a solidão como uma etapa indispensável para o autoconhecimento.

    Na China e no Japão antigos, os homens poderosos se recolhiam à solidão monástica no final da vida em  busca da elevação espiritual.

    Cícero resumiu isso assim: “Quem depende apenas de si mesmo e em si mesmo coloca tudo tem todas as condições de ser feliz”.

    Arthur Schopenhauer, o grande pensador alemão do século 19, se deteve longamente neste tema, o da solidão.

    No final de sua vida, morava em Frankfurt na companhia de Atma, seu cão poodle. Tinha poucos amigos e jamais se casou. Mais que pregar a reclusão, ele a praticou.

    Os ecos de sua voz se ouvem em múltiplos lugares. Movimentos como o existencialismo e artistas como Tolstói, Proust e Wagner sofreram intensa influência da voz pessimista, ou simplesmente realista, de Schopenhauer. Todo homem digno, segundo ele, é retraído. “O que faz dos homens seres sociáveis é a sua incapacidade de suportar a solidão e, nesta, a si mesmos.”

    As pessoas retraídas, numa cultura que supervaloriza a tagarelice vazia e a “desenvoltura” social, podem sentir-se diferentes das outras, e para pior.

    Se lerem Schopenhauer, terão uma outra visão de si próprios, francamente mais positiva.

    Numa obra já da maturidade, Aforismos para a Sabedoria de Vida (Martins Fontes), ele produziu reflexões memoráveis sobre a convivência entre as pessoas.

    Não há doçura nessas reflexões, não há indulgência e nem modos polidos, mas uma agudeza mordaz que ao mesmo tempo incomoda e encanta.

    “A chamada boa sociedade nos obriga a demonstrar uma paciência sem limites com qualquer insensatez, loucura, absurdo. Os méritos pessoais devem mendigar perdão ou se ocultar, pois a superioridade intelectual fere por sua mera existência. Eis por que a sociedade, chamada de boa, tem não só a desvantagem de pôr-nos em  contato com homens que não podemos amar nem louvar, mas também a de não  permitir que sejamos nós mesmos, de acordo com a nossa natureza. Antes, nos obriga a nos encolhermos ou a nos desfigurarmos. Discursos ou idéias espirituosas, na sociedade ordinária, são francamente odiados.”

    Schopenhauer exagera? É possível. Ele tinha um estilo veemente de expor suas idéias.

    Mas reflita com calma sobre a passagem acima. Tire o que possa parecer exagerado. Faz sentido ou não?

    Você pode concordar com Schopenhauer ou discordar. Amá-lo ou odiá-lo. O que não dá é para não reconhecer a força colossal duradoura de seus pensamentos.

     (Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).Paulo Nogueira

    Sobre o Autor

    O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.  

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