Elephant Parade, por Rosângela Vig

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Fotos: Rosângela Vig

Do Obras de Arte 

Elephant Parade

por Rosângela Vig

“Perguntarão pela tua alma.
A alma que é ternura,
Bondade,
Tristeza,
Amor.
Mas tu mostrarás a curva de teu voo
Livre, por entre os mundos.”
(MEIRELES, 1995, Cântico XVII)

A alma do artista pode voar alto, livre pelos espaços em branco, na pontinha de um pequeno pincel. E a Arte vai exercendo seu poder transformador, por meio de um olhar, por meio do amor. Talvez o caminho para um mundo melhor seja acreditar no poder de um movimento global, envolvente, encantador por si só, aliado à beleza da Arte. Esse é o objetivo principal do evento internacional Elephant Parade.

O movimento foi iniciado em 2006 por Marc e Mike Spits. Quando, em viagem à Tailândia, Marc conheceu Mosha, um bebê elefante que perdeu a perna ao pisar numa mina terrestre. A ideia inicial seria promover um futuro ao pequeno elefante. Em 2007 foi realizada a primeira exposição em Roterdã, na Holanda e a entidade em que estava Mosha foi uma das primeiras organizações a receber doações do evento, e recebe, até hoje fundos para cuidar da mascote.

Foto: Rosângela Vig

Mas o evento se tornou grandioso. Empenhou-se em proteger os elefantes, porque podem ser extintos em 30 anos, se algo não for feito agora. Um elefante morre a cada 15 minutos, pela caça, para o comércio do marfim; e seu habitat foi reduzido em 95%. Tal preocupação moveu os organizadores do Elephant Parade que atualmente apoia projetos em oito países, para a preservação da espécie, por meio do patrocínio e da venda de objetos ligados ao projeto.

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Fotos: Rosângela Vig

As exposições estão entre as maiores do mundo, e são a céu aberto, pelas ruas de importantes cidades. As esculturas em branco tem o tamanho real de um bebê elefante. Por elas, a criatividade do artista passeia livremente, levando encantamento ao olhar, despertando para a tomada de consciência da necessidade da preservação da espécie. E não tem como não se embevecer com cada uma das graciosas esculturas. Mas o projeto ainda é mais belo e não para por aí. Os elefantes são leiloados, ao final das exposições e parte da quantia é também destinada à filantropia local.

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Fotos: Rosângela Vig

E o evento está agora encantando São Paulo. Do ateliê, montado no Shopping Ibirapuera, as esculturas, pintadas por grandes artistas brasileiros, seguirão em agosto, pelas ruas mais importantes da cidade. Em setembro, elas serão expostas no Shopping Ibirapuera. Em outubro, no Hotel Tivoli Mofarrej, será o leilão beneficente das obras. Vale a pena passear pelas ruas de São Paulo e se deixar seduzir pelos olhares dos elefantinhos.

  

Fotos: Rosângela Vig

Link do evento:
elephantparade.com.br

Referências:

  1. MEIRELES, Cecília. Cânticos, Coleção Veredas. São Paulo: Editora Moderna, 1995
Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

2 Comentários

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  1. Shoppings nos corações e mentes

    Vão fazer esculturas também de meninos e meninas  vietnamitas que perderam pernas nas minas terrestres? E das crianças iraquianas? Sabia que “tartarugas podem voar”?

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=5n1Af5_TjrI%5D

    E as crianças palestinas nos territórios invadidos por Israel, vão filmá-las com alguma das “Cinco câmeras quebradas”?

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=OiRPFxp9OdU%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=zdJcOWVLmmU%5D

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