1964 e 2015: algumas comparações, por Daniel Dalmoro

É evidente e explícito que parte do Establishment tupiniquim se organiza com vistas ao poder. Há um golpe em curso – que ora parece almejar a destituição da presidenta da República, ora parece se conformar em agir como a Rede Globo, Veja, Fiesp e congêneres, agiram na eleição de 1989, com manipulação, mentiras, terrorismo e tudo aquilo que é de conhecimento público (a quem tem interesse por conhecer algo da história recente do país). Porém, entre desejar e organizar um golpe (e mesmo aplicar um golpe midiático) e achar que a tomada do poder está em marcha, como parte da esquerda vê desde o fim do ano passado, vai uma certa distância. Contudo, mesmo deixando de lado casos folclóricos (como Paulo Henrique Amorim, que vê golpe em cada esquina, parecendo a versão à esquerda de Dennis Lerrer Rosenfield, professor de filosofia que no início dos governos petistas via comunista em cada poste e ganhava amplo espaço na Grande Mídia, quando a direita ainda buscava um ideólogo com algum estofo intelectual), tanto se fala em golpe que soa conveniente traçar alguns paralelos entre a situação atual e a que antecedeu o golpe civil-militar de 1964 – não por achar que a história se repita, mas porque parte das forças sociais atuantes continuam as mesmas, e seguem agindo de modo semelhante à de cinqüenta anos atrás.

Conforme Caio Navarro de Toledo, em “A democracia populista golpeada”, as características principais do país no momento anterior ao golpe de 64 são: “uma intensa e prolongada crise econômico-financeira (recessão e uma inflação com taxas jamais conhecidas); constantes crises político-institucionais; ampla mobilização política das classes populares (as classes médias, a partir de meadosde 1963, também entram em cena); fortalecimento do movimento operário e dos trabalhadores do campo; crise do sistema partidário e um inédito acirramento da luta ideológica de classes”. Enquanto isso, no sub-continente americano vários governos popularmente eleitos foram, estavam ou seriam desestabilizados e derrubados por golpes de Estado: Colômbia, 1957; Venezuela, 1958; Cuba, 1959 (vale lembrar que Fidel e companhia foram inicialmente saudados pelos EUA, que patrocinou tentativa de golpe contra o regime em 1961); Argentina, 1962 e 1966; Peru, 1962; Guatemala, Equador, República Dominicana e Honduras, 1963; Bolívia e Brasil, 1964 – para ficarmos só em uma década. Atualmente, acompanhamos tensões políticas na Argentina, Venezuela, Chile, Peru, Colômbia, Honduras e México – além da crise no Brasil.

Para além do que foi levantado acima, Dilma, assim como Jango, é herdeira política de um estadista com apuradíssimo faro político, está diante de um congresso conservador e sua base de sustentação nele é limitada. Recentemente, os movimentos sociais – cujos ânimos arrefeceram após a ascenção de Lula – retomaram parte da pauta da sociedade, via Movimento Passe Livre e Movimento de Trabalhadores Sem Teto; enquanto os panelaço anti-PT, assim como a Marcha da família com Deus pela liberdade, são marcadamente manifestações de uma elite (branca) e aspirantes a. Na economia, observa-se uma guinada à direita na economia – então com o Plano Trienal, adesão à ortodoxia proposta pelos EUA para ajuda externa, agora via (Anti-)Plano Levy. A semelhança mais importante a se levantar talvez seja o conluio feito pelas elites locais com apoio do capital internacional, capitaneada por uma direita pouco comprometida com a democracia e seus valores e defendida, justificada e estimulada pela Grande Imprensa – essa descaradamente anti-democrática.

Há, contudo, diferenças, e muitas soam bastante fortes para inibir um golpe de fato – restando a alternativa de golpe via mídia para influenciar as urnas. A primeira e mais visível é que os militares – no Brasil e nas vizinhanças – não têm intervindo diretamente na dinâmica política. Diante das manifestações de março, por exemplo, eu apostaria antes no exército atuando conforme ordens da presidenta Dilma a debandar para o lado golpista – poderiam, com isso, cobrar o fim de investigações sobre a ditadura. Outra diferença: conforme Toledo, no governo Jango, a partir do segundo semestre de 1963, “uma pergunta passou a dominar a cena política: Quem dará o golpe?“. Atualmente, amplo espectro da esquerda defende a democracia – inclusive prega seu aprofundamento -, e tanto o governo Dilma quanto o PT já deram reiteradas mostras de respeitarem as regras do jogo democrático, diferentemente do PSDB, que aprovou a ementa da reeleição em benefício próprio e agora fala em destituir a presidenta sem qualquer base legal (não apareceu qualquer escuta em que o principal ministro do chefe do executivo combinava com um subordinado, “no limite da irresponsabilidade”, quem seriam os vencedores das privatizações da telefonia, por exemplo). Por fim, outra diferença marcante é que, enquanto o prógono de Goulart havia dado um tiro no peito uma década antes, o de Dilma segue vivo, ativo e forte – mesmo com a campanha cerrada da Grande Imprensa contra Lula há mais de uma década. Inclusive, seu nome é reiteradamente ventilado, tanto pela direita quanto pela esquerda, como candidato a ser batido em 2018 – e seria parte do golpe midiático mudar esse panorama até lá.

Não vejo, portanto, condições para um golpe de Estado neste momento, como apregoam muitos analistas de esquerda – e apologistas de direita. O que não quer dizer que esteja tudo tranqüilo: há um intenso movimento para enfraquecer a presidenta e tirar o PT do poder, se aproveitando do poder desproporcional que a direita possui, graças ao oligopólio da mídia – com o qual tenta reviver a questão de 1964, sobre quem dará o golpe -, e dos aliados na presidência das casas legislativas federais, dois personagens sem qualquer pudor nem respeito pela democracia. Com esse panorama, o PSDB, o Cunhistão e os barões da mídia não deixariam passar a oportunidade de um golpe “dentro das regras democráticas”, como foi feito para a aprovação da reforma política ou da maioridade penal. Esperar a tentativa de golpe para então reagir é um modus operandi típico de nossa esquerda super-intelectual. A esquerda está numa situação bastante delicada: precisa defender a democracia sem defender as atuais regras de eleição, que geram esse parlamento abjeto, e sem defender o atual governo – ao menos enquanto enquanto Dilma não decidir dar uma guinada à esquerda e se aproximar dos movimentos sociais, como defende Boulos. É preciso nos anteciparmos: cerrar fileiras pela democracia e pelo seu aprofundamento, defender políticas sociais e principalmente, neste momento, combater a direita dentro do seu próprio campo.

15 de julho de 2015

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Redação

5 Comentários

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  1. A CONSTITUIÇÃO É CLARA QUANTO A MÍDIA, MAS O GOVERNO TEM MEDO.

    O Governo é fraco porque não enfrenta a mídia com a lei. Não pode uma nação com tantos problemas sociais distribuir só para globo e afiliadas bilhões do suor do povo e ainda assistir diariamente esse conglomerado de comunicação fazer o povo crer que o BRASIL é o pior país do mundo e que seu povo é o pior povo do mundo. Não pode veículos de comunicação ficarem a margem da Lei agindo como partidos políticos e não serem nem incomodados, antecipam criminosos, predem julgam e até sonegam quantias vultuosas e ainda tem CNDs para contratar e receber do governo e estatais e tem mais, as ME/PE não conseguem nem um cartão BNDES, pois o BANCO do BRASIL tem uma sanha por juros no giro na faixa de 4,61% ao mês, não tem interesse em deixa as ME/PE navegarem no mais ou menos 1% ao mês do BNDES. O Governo está sendo golpeado porque se curva aos barões da mídia e não aplicam as leis para essa elite da gatunagem do dinheiro público. O Governo é um cordeiro com essa turma e um Leão literalmente com as ME/PE.  A classe política ficou refém dos meios de comunicação pois as corrupções fazem deles farinha do mesmo saco, a justiça ajoelha para mídia para até leitura labial e faca no pescoço, a polícia se delicia com celebrização, viraram participantes realit shows pagos com dinheiro público para massacrar o povo que trabalha e tem seus bolsos saqueados com tatos impostos e taxas até para pagar o formulário para pagar a taxa. É um conluio asqueroso em busca do poder, quiçá até o poder divino por assim dizer.  Porque a polícia federal não faz uma devassa na GLOBO? Será medo. Pois segundo o Blog O Cafezinho, sumiram com um processo de sonegação de dentro da RF e isso é um crime federal. Por que o ministro nunca tocou no assunto e até parece que isso não aconteceu? Se é mentira o ocorrido por que então o acusador também não responde processo por difamação? Por que o povo tem se fingir de otário e mal informado e as instituições coercitivas fingem que no BRASIL só tolos? Isso é golpe sim e golpe que deveria botar muita gente na cadeia inclusive juiz que destrói empregos de gente honesta como disse alguém por aí, explodem uma casa inteira para mata uma barata ou um rato como queiram. Um país que de tempos em tempos é golpeado pelos barões da mídia não pode ser um país realmente sério. Que poder é esse que GLOBO exerce sobre todas as esferas dos poderes da república? Porque ela boicota o país tanto e recebe tanto dinheiro público em propaganda, tem até ex. cantor viciado chamando a presidenta de bandida e nada o incomoda. Isso não seria uma zorra total virou totalmente uma zorra. Ninguém mais acredita em nada, só na desordem moral de tudo e que não é verdade, só é verdade porque a mídia quer assim. Porque a mídia está governado o BRASIL de fato.

  2. São profundas as diferenças, só poucos notam.

    Eu agregaria mais outras condições extremamente importantes que a oposição chefiada por neófitos golpistas não de dão conta e a primeira delas é que os golpistas são neófitos, ou seja, 1964 foi uma conspiração que vinha sendo gestada desde os anos cinquenta durante o Governo eleito de Vargas, ou seja, foi preciso mais de uma década de preparação para culminar no golpe.

    Segunda condição que JAMAIS pode ser esquecida é que o Império talvez pesando entre a escolha do certo e do duvidoso, escolha o certo, e o certo é o governo do PT no poder e o duvidoso é o que resultaria de algo tão difuso e cheio de atores sem uma articulação central, um golpe nos dias de hoje leva mais a uma incógnita que o governo do PT. O interesse pelo Pré-sal é real, porém é um assunto setorial e de relativa importância para os países desenvolvidos. Com todo o posicionamento mais a esquerda do governo Venezuelano o petróleo deste país continua fluindo na direção do sul para o norte com cotações determinada nas bolsas externas aos interesses dos países produtores, logo, não temos uma crise de mísseis em Cuba, muito pelo contrário, os USA está mais interessado em ampliar relações com Cuba do que invadir a ilha.

    Lembre-se que as relações entre Brasil e USA nos governos do PT, excetuando o problema da espionagem (que atingiu também a Alemanha e França), são amistosas e não de conflito. Um governo de oposição por mais concessões ao grande capital que o façam, como a entrega de algumas Estatais importantes que ainda restam, no desenrolar de um golpe com toda a imprevisibilidade que a evolução do mesmo pode sempre trás, podem trazer mais dissabores do que vantagens. Importante frisar que políticos golpistas podem, e tem a tendência, de partir para derivas nada democráticas, podem até culminar num nacional-populismo para dar sustentabilidade a pessoas que não tem um partido mais organizado por trás.

    Terceira condição, não há um grupo de governadores dos estados organizados para montar um governo paralelo como houve em 1964, o único governador importante que poderia fazer diferença, Geraldo Alckmin, vê com clareza que uma posição de conciliação no momento pode lhe render frutos preciosíssimos daqui a três anos como uma oposição viável, moderada e racional ao governo atual do PT, no momento a crise de abastecimento que vai passar com as chuvas que se aproximam lhe deixarão mais condições de disputa INTERNA na oposição do que figurinhas carimbadas que serão Aécio, Serra e outros daqui a três anos. Em 1964 tínhamos Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo mais ou menos interessadas num golpe, hoje não temos nenhuma.

    Por mais que seja grande a aversão aos governos do PT pelas chamadas “forças produtivas” (que são denominados os capitalistas como se os trabalhadores não produzissem nada), estão certamente curiosas, ansiosas e incertas com a caça as bruxas que estão sendo feitas pela oposição pela Lava a Jato contra as empresas de engenharia. Hoje são as empreiteiras, amanhã numa falta de outros culpados, podem ser o setor financeiro ou mesmo o SETOR DE COMUNICAÇÃO. Note-se que um Eduardo Cunha e mais outros personagens, são extremamente gulosos não só na direção do poder como na direção do dinheiro, e, por exemplo, um setor financeiro privado ou um setor de comunicação nas mãos destes ambiciosos e nada escrupulosos políticos pode ser uma tentação irresistível que fazem os mesmos esfregarem suas mãozinhas sujas e bobas.

    Um forte indício da falta de condições objetivas para a tentativa de um golpe está na postura de algumas figuras da direita como FHC a Antônio Delfim Netto, um se mantendo relativamente afastado do núcleo da conspiração e outro se mantendo completamente distante da mesma. A principal característica dos dois, além do currículo e experiência no executivo é a inteligência, esta capacidade permite projetar cenários futuros com muito mais exatidão do que os neófitos que pensam no golpe, e diria com certeza, que no momento FHC por mais ligação que tenha com determinados setores golpistas, leva mais confiança na gestão da crise atual por Dilma do que outro descabeçado que surja por aí.

    O golpe pode ser descartado? Claro que não, mas pode ser um verdadeiro tiro no pé da direita em médio prazo, do que uma vitória em longo prazo, pois despertarão forças poderosas que estão adormecidas pela gestão conciliadora do atual governo, eu diria até que uma revolução mais profunda do que a Bolivariana, poderá surgir do descontrole e falta de capacidade de antecipação de eventos que um governo golpista com Aécio, Serra, Cunha e seus asseclas. Porém não podemos esquecer que talvez um golpe político, dentro do sistema de eleições democráticas pode surgir a partir de alguns que correm por fora, como Juiz Moro e sua trupe, este golpe é muito mais imprevisível e perigoso a democracia brasileira do que os golpes maquinados no Legislativo, pois não se esqueçam Mussolini e Hitler subiram ao poder através de eleições.

  3. Golpe sem armas – Só no consentimento dá

    A FUGA DO DEBATE É A NEGAÇAO DO ARGUMENTO. 

    Só no Iraque e no Brasil se leiloa petróleo conhecido existente no subsolo, sendo que, no Iraque. há tenques, caças e metralhadoras apontadas para os iraquianos. E aqui? O que tem apontado? Libra tinha que ser entregue à Petrobras, sem leilao, para esta assinar um contrato de partilha com a Uniao, se comprometendo a remeter 80% do lucro líquido para o Fundo Social, o que nehuma empresa privada fará”

    Tudo jogo de cena o que nós estamos vendo no cenário político. O que se quer é o petróleo e o país submisso ao Poder financeiro e rentista, nao é assim?. Isso já conseguiram porque a atitude dos personagens envolvidos se completam na aço e na omissao. Prá que derrubar um governo que nao oferece resistencia ao que está vindo pela frente? Puro cinismo.

    Moro quebra a indústria e o governo entrega o petróleo. Os Eua sempre foram de Estado de “ocupaçao”, e o Brasil sempre fez “política de bastidor” para garantir aos norte americanos o protagonismo geopolítico. Isso meso, porque petróleo implica em protagonismo geopolítico. Nao é o só a adoçao da política economica rejeitada nas urnas o problema, mas sim a incoerencia do governo Dilma em comprometer o pré-sal à custa de acordos e promover leiloes constantes. A entrevista abaixo tenta alertar para o “erro?” que se cometia com o pré-sal:

    “Ildo Sauer: Todos estes processos expõem que o modelo seguido pelo governo Rousseff não serve aos propósitos maiores da sociedade brasileira. Está tudo muito claro, através desses pequenos acertos, improvisos, idas e vindas nos projetos de concessões. E, acima de tudo, é assustador saber que o documento da Casa Branca, de 30 de março de 2011, cita claramente o acordo firmado por Dilma Rousseff e Obama como um dos pilares, ao lado de outros sete pontos, pelos quais se pretende garantir a segurança energética norte-americana e maiores excedentes econômicos para os países consumidores, o que obviamente indica que virão atrás dos recursos naturais. É chocante, assustador. 

    Portanto, é evidente que o modelo privatista seguido pelo governo renuncia a toda e qualquer gestão pública. A Petrobras, por exemplo, é um modelo de empresa pública, com capacidade de organização, planejamento e gestão, mas o governo está destruindo isso. 

    http://www.correiocidadania.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=8990

     

    “IHU On-Line – E como voce avalia o futuro leilao de Libra? Paulo Metri – Sobre este leilao, que corresponde à alienaçao de uma riqueza de, no mínimo, US$ 1 trilhao, o povo nao sabe de nada. Libra é um campo com reservas razoavelmente medidas, entao, nao pode ser leiloado. Leilao é para, na melhor das hipóteses, blocos com perspectiva de existencia de petróleo. Só no Iraque e no Brasil se leiloa petróleo conhecido existente no subsolo, sendo que, no Iraque. há tenques, caças e metralhadoras apontadas para os iraquianos. E aqui? O que tem apontado? Libra tinha que ser entregue à Petrobras, sem leilao, para esta assinar um contrato de partilha com a Uniao, se comprometendo a remeter 80% do lucro líquido para o Fundo Social, o que nehuma empresa privada fará”

    http://blogdeumsem-mdia.blogspot.com.br/2013/09/pre-sal-entrevista-com-paulo-metri.html

     

    Esse assunto do pré-sal está seguindo o roteiro do jeito que o diabo gosta, e isso, pasmem, desde 2002, quando já no governo Lula começou o processo de terceirizacao do depto de TI da Petrobras colocando a raposa dentro do galinheiro. Deu no que deu – a espionagem foi consentida. Assistam, por favor às denúncias que a maioria ignora e nada nem ninguém conseguiu frear o entreguismo que está aí, inclusive do próprio governo. Isto está claro em https://www.youtube.com/watch?v=f7L76mvxtEU , e https://www.youtube.com/watch?v=rs1i-_JxVc0 a partir dos 19 min se nao tiverem paciencia para assistir na íntegra.

    E Dilma foi eleita para dar continuidade à isso que estamos vendo hoje. ASSISTAM, POR FAVOR, ESTE VÍDEO NA ÍNTEGRA – Isto está claro em – https://www.youtube.com/watch?v=obDqpfBVyeQ, que acabou dando origem a uma Açao Popular[http://www.robertorequiao.com.br/wp-content/uploads/2013/10/A%C3%A7%C3%A3o-Popular-pre-sal-Libra.pdf] , e também em https://www.youtube.com/watch?v=jhGOWXO4w6k a partir dos 28:25 min para quem nao quiser assistir na íntegra., Quem sabe de tudo isso perde a inocencia em relaçao a acreditar no discurso e aquilo que verdadeiramente pratica em atitudes. O entreguismo está dentro da Petrobras e no governo. O senado e o Congresso estao apenas fazendo coro. É uma minoria que denuncia e nada acontece.  

    O Brasil cairá em desgraça pelas maos dos próprios brasileiros na pessoa dos seus mandatários, ditas “autoridades públicas”, que recebem dinheiro público mas que servem a outros interesses, interesses estes inconfessáveis porém ratreáveis.

    E assim os EUA seguem o seu projeto de hegemonia mundical. E oBrasil? Bem, o Brasil segue o desmonte do Estado, retrocesso de conquistas sociais e trabalhistas, e tudo isso temperado com recessao e desemprego. 

    Na ditadura a maioria do povo, massa despolitizada, ficou paralizada, inerte, porque nao sabiam ou nao sentiam a sensaçao da servidao. Nos dias atuais ocorre o mesmo – massa despolitizada – com o agravante da radicalizaçao, intolerancia e viés ultra conservador e fascista. Denúncias sobre a conduçao da sociedade nesse caminho é que nao faltaram. Agora, ninguém segura porque as mentes foram corrompidas.

    Sobre submisssao isso diz tudo – objetivo que Aldous Huxley anteviu, enquanto o nazi-fascismo ascendia, emAdmirável Mundo Novo:

    “Um Estado totalitário realmente eficiente seria um no qual os todo-poderosos mandantes da política e seus exércitos de executivos controlam uma população de escravizados que não precisam ser coagidos, porque eles adoram a sua servidão.”  

  4. Quem assistiu o Rei do Gado

    Quem assistiu o Rei do Gado novela exibida pela Globo em 1997, agora reprisada, pode observar como a emissora agia em relação a FHC e aos políticos em geral. O texto é recheado de temas ligados ao Senado – com Carlos Vereza sendo o senador caxias, bonzinho, apiedado com os sem-terras, sempre a elogiar o Presidente da República e esculhamr os seus pares, por se achar o mais reto e correto. O dito senador vive num apertamento, mnúsculo, sem nenhum conforto, com a mesa da sala cheia dos processos que ele leva pra casa. Após sua morte, a esposa vai até o dito apartamento e questiona se o marido alugava aquele espaço, bem como o que vai ser da vida dela e da filha, etc.

    A novela desinformava o povo. Todos sabemos que essa esposa teria direito a pensão de senador com todos os peduricalhos do contracheque, e os direitos do defunto, como plano de saúde, etc. E qualquer pessoa mnimamente informada sabe que esses políticos tem direito a apartamentos funcionais, e ainda com ajuda de custo para permanecerem na Capital do Brasil. Não há político algum morando em Brasília numa apartamento de quarto e sala, ou quitinete.

    Enfim, a Globo age politicamente até nas novelas. Com Lula e Dilma no poder as novelas cumprem outro papel, totalmente distinto daquele, porque o povão vê e acredita.

     

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