As revelações do Intercept Brasil chegam à sua culminância até aqui, na reportagem hoje publicada pelo jornal Folha de S. Paulo.
De acordo com os diálogos nela transcritos, procuradores da Força Tarefa Lava Jato admitem escandalosamente o seu desprezo à grave transgressão jurídica representada pela divulgação de áudio de conversa telefônica entre a então presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula da Silva, naquele que seria o ato decisivo para o afastamento da presidenta, praticado pelo Juiz Sérgio Moro com a anuência do Ministério Público.
Em 16 de março de 2016, num gesto ilícito e inconstitucional autorizado por Moro, foram divulgados áudios de interceptação telefônica que deveriam estar resguardados por sigilo legal, envolvendo diálogo entre a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula.
Supondo que tal conversa representasse uma tentativa de obstrução da Justiça pela iminente nomeação de Lula como ministro de Estado, o vazamento ilegal permitido pelo juiz Moro constituiu o elemento central de uma combustão político-midiática que redundou no inevitável afastamento da presidenta democraticamente eleita, sem que houvesse sombra de ato de responsabilidade a justificar a sua deposição em termos constitucionais.
Agora, sabe-se que os procuradores da Lava Jato estavam conscientes da violação jurídica que isso representava e do estrago político que viria a ser irremediavelmente causado. E, mesmo assim, agiram em absoluta afronta às suas responsabilidades funcionais, institucionais e constitucionais.
Diante disso, nós, juristas e cidadãos levamos a público nossa indignação e esperamos que todos os procuradores envolvidos nesses atos viciados sejam imediatamente afastados de seus cargos pelas instâncias competentes e o ex-juiz Sérgio Moro seja devidamente investigado pela sua conduta abusiva.
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Não assisto nada das org Globo.
Cresceu sob a ditadura e apenas neste século reconheceu haver se omitido ante os crimes praticados no periodo. Mas no inicio dos anos 1980 mostraram sua verdadeira face ao apoiar de forma subrepticia a fraude eleitoral que, praticada pela Proconsult, visava sabotar o resultado da eleição que elegeu Brizola pela 1a vez o governador do RJ.
Então, não assisto!
Contudo, lembro que estava num evento e, de repente, aparece numa TV a imagem de algum dos funcionários do jornalismo canalha desta emissora que, com um fundo preto, transmitia num tom "consternado" um editorial onde, se utilizando do ilicito praticado pela pf e a turma de curitiba, transformava em crime um ato republicano de exclusiva competência da presidente Dilma.
Entao, sugiro que alem de Moro e procuradores a Globo também seja convocada a se explicar...
A confissão filigranica do Dallagnol comprova o que todos já sabiam: a prisão do Lula é política, não jurídica.