Aldo Fornazieri
Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.
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A crise da esquerda e o fim da luta sistêmica, por Aldo Fornazieri

O surgimento da ideologia socialista no século XIX, que foi assumindo várias designações – socialismo, marxismo, marxismo-leninismo, bolchevismo, socialdemocracia, comunismo – e sua configuração em organizações, partidos e em Estados, a partir de 1917 com a revolução russa, configurou uma luta sistêmica no mundo. Tal luta opunha dois sistemas de forma excludente: tratava-se de uma luta opondo socialismo e capitalismo do ponto de vista econômico, social, político e ideológico. Era uma confrontação sistêmica entre duas visões de mundo diferentes, supostamente fundadas em pressupostos e valores distintos. Os vários partidos e movimentos socialistas definiram caminhos e estratégias plurais de luta. A bem verdade, a socialdemocracia europeia, com o passar do tempo, foi assumindo uma posição adesista e se tornou a ala esquerda da visão capitalista e liberal-democrática de mundo.

O desencanto com o stalinismo, a queda do Muro de Berlim e o fim da União Soviética foram eventos que colocaram um ponto final na luta sistêmica. A rigor, o mundo a se configurar configurar em um sistema único, com algumas exceções pontuais, a exemplo da Coréia do Norte e Cuba, mas que não têm força para opor-se sistemicamente ao mundo capitalista liberal-democrático. As formas nacionalistas, ditatoriais, monárquicas que persistem são subsidiárias da hegemonia capitalista. A estratégia chinesa de integração global retirou daquele modelo a pretensão de se apresentar como uma alternativa universal ao capitalismo.

A própria esquerda mundial não se coloca mais a perspectiva de uma luta sistêmica. A socialdemocracia europeia subordinou-se aos interesses do capital financeiro e se tornou seu instrumento na atual crise, contribuindo com a degradação de direitos e concentração da riqueza. A esquerda latino-americana luta por políticas sociais inclusivas e pela redução da pobreza, a exemplo do que vem fazendo o PT no Brasil. As denominações retoricamente mais radicais, a exemplo do PSol, PSTU e semelhantes, não passam de partidos e agrupamentos parlamentares ou sindicais. Como bem observou T. J. Clark (Por uma Esquerda sem Futuro), a esquerda perdeu até mesmo a perspectiva de um reformismo radical.

O fracasso do comunismo e o fim da União Soviética não são as causas únicas do fim da luta sistêmica. A revolução tecnológica, as mudanças das estruturas produtivas e o advento da globalização modificaram o modo de funcionamento e de reprodução do capital, geraram novos setores sociais e concorreram por mudanças na ordem dos valores. A mobilidade das estruturas produtivas físicas aumentou o poder de barganha das empresas. Os trabalhadores fabris e suas representações sindicais se enfraqueceram, tanto em número quanto em capacidade de mobilização. Os valores coletivistas e igualitários cederam lugar para uma pluralização de valores e o individualismo se reforçou como paradigma da existência social.  As ideologias utópicas perderam a capacidade de mobilizar os sonhos e as esperanças das pessoas. O modo de vida consumista se expandiu para toda face do planeta. O que mobiliza a fantasia dos indivíduos são os bens fruíveis, os produtos de marcas e as últimas novidades tecnológicas.

Fim de um Ciclo de Esquerda na América Latina?

Se as esquerdas europeias foram capturadas pelo capital financeiro, as esquerdas latino-americanas estão fracassando até mesmo na perspectiva reformista. Depois de 12 anos de governo, o PT não conseguiu implementar reformas estruturais capazes de remover os mecanismos que geram a desigualdade no Brasil. A recuperação da renda e as políticas inclusivas foram necessárias e configuraram conquistas importantes. Mas não foram mudanças estruturais e poderão regredir sob outro governo. Dilma está terminando seu primeiro mandato em meio a riscos crescentes na sua reeleição. Nas prefeituras, depois dos êxitos iniciais, os governos petistas enfrentam dificuldades em renovar e implementar novas políticas públicas. A crise nos serviços é acompanhada por uma espécie de crise de imaginação e de capacidade.

Na Venezuela, a crise está instaurada com derramamento de sangue nas ruas. Na Argentina, os 12 anos de kirchnerismo também caminham para um fracasso. A inflação corrói o poder de compra dos trabalhadores e as trapalhadas governamentais são múltiplas. Em termos de resultados positivos se salvam o Uruguai e, quiçá, o Equador.

Duas novas denominações de esquerda se fortaleceram no rastro do fracasso da velha esquerda: a esquerda verde e da política da moralidade e os autonomistas. A primeira, em que pese propor lutas relevantes para o mundo contemporâneo, não questiona o poder. Constitui-se numa contra-hegemonia não só cômoda e conveniente, mas financiada pela hegemonia dominante. A Rede, de Marina Silva, é um exemplo perfeito deste tipo de denominação de esquerda. A rigor, essa esquerda é uma espécie de cereja no bolo do capital financeiro e tecnológico.

A esquerda autonomista foi a que conseguiu promover as mobilizações mais significativas nos últimos anos contra a ordem hegemônica mundial. Porém, com exceção do MPL, não houve conquistas e os movimentos refluíram após o vigor inicial. Essa esquerda não conseguiu mostrar a viabilidade de promover transformações significativas sem estruturas organizadas, sem lideranças e sem plataformas políticas amplas, capazes de unificar diversos setores sociais.

No mundo contemporâneo, marcado pela volatilidade dos valores e pela fraqueza dos apelos políticos, ideológicos e programáticos, as massas não são fieis, nem do ponto de vista político, nem do ponto de vista eleitoral. Elas se decidem por este ou por aquele partido, por este ou por aquele governo segundo o quanto vislumbram a possibilidade de satisfazer seus interesses e fruir suas fantasias.

No final da década de 1980 e ao longo da década de 1990, eleitores latino-americanos reelegeram governos liberais enquanto acreditavam que a plataforma de reformas orientadas para o mercado poderiam conter a inflação, o desemprego e melhorar a renda. Em face do fracasso das promessas das reformas liberais, os eleitores voltaram-se para a esquerda. A partir de êxitos iniciais na redução da pobreza, inclusão social e recuperação da renda, governos e partidos de esquerda foram reeleitos. Atualmente, esses governos apresentam sinais de exaustão. As eleições presidenciais no Brasil em 2014, e na Argentina em 2015, serão o metro para medir se essa esquerda poderá ter uma chance para se reinventar ou se fracassou mesmo no seu parco reformismo.

Aldo Fornazieri – Cientista Político e Professor da Escola de Sociologia e Política

Aldo Fornazieri

Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.

12 Comentários

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  1. Ruptura vs reformas

    O PT nunca defendeu a ruptura e já fez muito ter conseguido implementar as reformas que possibilitaram mudar a vida de milhões de brasileiros e torço para que isso continue. Lula, como líder sindical, sempre foi conciliador, e o PT não tem maioria  no Congresso Nacional, há o ataque sistêmico da imprensa, a elite tupiniquim é uma das mais atrasadas do planeta, tem que ser na base da negociação e olhe lá que isso não é fácil, a zelite não aceitou pagar nem mesmo a CPMF para ajudar na saúde, reclama de “impostos altos” o tempo todo e deve mais de 1 trilhão de reais ao fisco, recorre ao Judiciário para não pagar, a taxação de grandes riquezas(proposta por Jandira Feghali) foi boicotoda pela Igreja Católica e clero em geral.

  2. Alguns patetas não percebem o

    Alguns patetas não percebem o que está em jogo, “mais do que nunca”, se o PT cair no Brasil a esquerda latino-americana, com todas as suas contradições, inteira vai de roldão, e ai sim vai haver um crise grave na esquerda mundial. 

    Por isso podem esperar a campanha eleitoral mais “violenta” de toda nossa história. Há muito mais em jogo do que a simples releição de Dilma, e olha só isso vai ser uma batalha e tanto.

  3. Ponto de vista

    Post esclarecedor, inteligente mas, ao ler o texto abaixo percebe-se que a esquerda (tanto quanto a direita) joga para debaixo do tapete certas características negativas que cada ideologia possui. Por exemplo, é injustificável não considerar explicitamente Cuba e Coreia do Norte como ditaduras. Por mais que estas duas nações sejam fieis ao ideal socialista, mesmo assim são ditaduras. Não é convincente afirmar que ditadura é só de direita.

    “As formas nacionalistas, ditatoriais, monárquicas que persistem são subsidiárias da hegemonia capitalista.”

     

  4. Excelente textoQue,

    Excelente texto

    Que, lamentavelmente, aponta a tendência para o fim da política.

    As vezes, e o texto aponta neste sentido, parece que o “fim da história” de Hegel e Fukuyama está acontecendo.

    Disse, apenas parece.

    “as esquerdas europeias foram capturadas pelo capital financeiro, as esquerdas latino-americanas estão fracassando até mesmo na perspectiva reformista.”

    Mas, políticos não fechem os olhos, o povo está nas ruas e sem bandeiras ideológicas claras.

    Essa falta de “pensamento” é um chamamento ao fascismo, e o “fim da história” pode passar a ser a reedição de tristes passagens vistas quando governos abandonaram o povo e surgiram líderes que prometeram a salvação e alguns, inclusive, foram eleitos.

  5. Vejo nesse artigo um tom

    Vejo nesse artigo um tom nostálgico, um saudosismo do tempo em que era possível analisar o mundo de forma simplória e ainda assim parecer alinhado com a verdade.

    O que acontece no Brasil é exatamente o contrário do que o autor apregoa. A luta política é absolutamente intensa e vibrante. Acontece apenas que o centro de gravidade da esquerda, no processo atual, está num partido que detém o governo central mas não a hegemonia, e que implanta as reformas possíveis, diante de intensa resistência e sabotagem das forças conservadoras. Resistência essa que realça ainda mais o alcance das reformas já empreendidas.

    Ocorre que todos os processos históricos têm suas dificuldades e contradições. A luta sistêmica dos puristas levou a regimes totalitários dos quais ninguém tem saudade. A tal esquerda “autonomista” é simplesmente aquela que não é responsável por nada, pois é muito mais fácil gritar palavras de ordem do que se expor à crítica e assumir os compromissos necessários para conseguir alguma transformação real. Gostaria de entender o que é o tal fracasso da “velha esquerda”, se em apenas 10 anos de governo esta conseguiu mudanças que pareciam impossíveis, à frente de um país que estava quebrado, com desemprego em alta e miséria assustadora.

    A esquerda que fracassou é aquela representada pelo autor, que chora o fim das ideologias utópicas, no momento de maior avanço social e redução da desigualdade da história deste país.

  6. “A socialdemocracia europeia

    “A socialdemocracia europeia subordinou-se aos interesses do capital financeiro e se tornou seu instrumento na atual crise, contribuindo com a degradação de direitos e concentração da riqueza.”

    O mundo todo está dominado pelo capital financeiro, o qual não oferece nem um mapa mental aos governos para inclusão social, mas os limites negativos do endividamento interno e externo em troca da mobilidade física da propriedade privada.

    Como exigir que Dilma seja mais capaz de mexer nas reformas estruturais do que a UE, que não conseguiu fazer senão a austeridade fiscal; e os EUA para refinanciar a si mesmo e o mundo fizeram apenas um acordo forjado com a autonomia do FED?

    Conforme o Aldo disse “A socialdemocracia europeia subordinou-se aos interesses do capital financeiro e se tornou seu intrumento na atual crise,” compreende-se que Dilma está fazendo inclusão social os com os seus próprios valores, em meio a degradação dos direitos de concentração da riqueza.

    “Os valores coletivistas e igualitários cederam lugar para uma pluralização de valores e o individualismo se reforçou como paradigma da existência social.”

    Eis o paradigma da existência social:

    O que vocês não dizem é que o princípio de poder igualitário do Estado, para uma socialdemocracia sem crise sistêmica é o próprio domínio do sistema tecnológico contemporâneo, o qual precisa do modelo de acumulação unilateral de valores da mobilidade física nacional; ou seja: a patente do valor da moeda administra o instrumento métrico de procura da origem da mobilidade física; de quê e para quem? da unidade do crescimento econômico para o setor público distribuir a riqueza da propriedade privada. 

    A esfera de impotência do poder não é a esquerda, são de vocês os que propagam o caos e as consequencias do aviltamento social. Com efeito, para quem bem entendem fazem comércio do valor econômico – que nunca existiu em gestão entre o papel e as boas internções – com interesses de valor por preços individuais.

  7. Stalinismo

    Alguém podria me informar onde encontro essa formulação teórica?…Confesso que já procurei inúmeras vezes e nada!…Encontrei leninismo, trotskismo, maoismo, titoismo, hochiminhnismo, etc….mas, stalinismo….?

    1. Stalinismo

      Stalin não fez muitas obras, muitas não são conhecidas, inclusive há editores recentes para desmentir Krushov e seus seguidores a exemplo Ludo Martens e “Um novo olhar sobre Stalin. 

      Bom Stalinismo ou Stalin não é uma formulação teorica propriamente dito e sim um periodo de governo que é muito criticado por revisionistas e reformistas pós Stalin e seguidores de Krushov. 

      Seu periodo de governo entre 1924 a 1953 foi marcado pelo grande desenvolvimento social, a implementação da primeira forma prepatura de planejamento centralizado socialista com os planos quinquenais de desenvolvimento aplicado a partir de 1928, também venceu o nazi facismo de direita na segunda guerra e transformou a Russia em uma potencia militar e industrial já nos anos 50 após a guerra.

      As criticas geralmente são associadas a uma ala da esquerda que se coloca automicista e descentralista, geralmente Trotkistas. Não podemos descosiderar as experiencias de socialismo real adotadas no seculo 20 e nem o periodo de governo de Joseph Stalin entre 1924 a 1953. 

       

      No mundo atual voce só tem tres opçòes assim como no seculo 20, o liberalismo que seria o neoliberalismo, o fascismo nacionalista ou as formas chamadas de comunismo que na verdade foram formas de experimentos socialistas adotadas no mundo bipolar durante o seculo 20. Em fim, a escolha hoje frente ao mundo das inovações, do trafego de dados, da geração Z liberal, da esquerda pós moderna, sào apenas tres opções, a ditadura do proletariado, do seculo 20, a auto destruição de guerras civils e mundiais ou a barbárie com a precarização dos escluidos e da classe trabalhadora esfolada pelo capital financeiro especulativo que é uma forma economica de individuos liberais que supra sumem o poder das nacionalidades. Não há outra opção. 

  8. Levemente de esquerda
    O

    Levemente de esquerda

    O problema não é nem ser de esquerda nem de direita, mas as mesclas, indefiníveis e suas imperceptíveis e contínuas mudanças.

    A China já foi país comunista, se abriu para o capital e hoje é uma economia de mercado, das que mais crescem no mundo. Híbrido de esquerda com economia de mercado.

    O PT começou na esquerda radical, rumou para o centro, e abandonou o radicalismo, o que garantiu a eleição e  reeleição de Lula, com crescimento expressivo do PIB e inclusão social de dezenas de milhões de pessoas.

    A maioria da esquerda migrou pouco ou muito para a economia de mercado, pois o socialismo puro não criou riquezas tão significativas quanto se esperava e desencentivou os investimentos privados o que ocasionou estagnação dos países socialistas que logo foram superados pelo ocidente tanto em tecnologia quanto crescimento do PIB.

    Cabe agora achar o ponto de equilíbrio, a mescla certa que permita ao capital conviver com a regulação do estado sem pender nem muito para a direita o que geraria exploração e miséria nem tão a esquerda que afugentaria o capital e também geraria miséria.

  9. O que se chamou de centroesquerda latinoamericana

    foi um sucesso enquanto houve valorização de commodities.

    Se estas baixarem de preço as contas externas não fecharão, desvalorizações cambiais serão inevitáveis e com elas a reconcentração de renda.

     

  10. Fracasso do esquerdismo

    Onde entra este sistema, vem junto pobreza, corrupção, cerceamento de liberdade de expressão, ateismo, falsidade, incompetência, sistema de cotas, aborto, casamento gay e outras aberrações. Na Venezuela e Argentina deixaram ela se encalacrar no poder e vejam o que aconteceu. Aqui também já tem bastante problema.

    Não se admira que nos países onde este sistema assume o poder as coisas sempre piorem; se não é no início é no meio e fim, é só olhar a história. É preciso uma direita de verdadeira para se contrapor a este sistema; não este “centrinho” (oposição fraca) que há por aqui.

  11. Esquerda

    Esquerda hoje se entende por quem quer superar as contradições do capital, seja por meio de reformas ou ruptura. A ruptura naturalmente é violenta e implica e mudar uma ordem por outra, trocar o capital privado pelo capital estado implica necessáriamente em um conflito de interesses, em uma guerra.

    Toda esquerda quer fazer conciliação de classes e tentar reformar o capital por maiores que sejam as contradições é uma esquerda reformista e não revolucionária. Hoje em dia a esquerda revolucionária não está organizada em um projeto unico e comum de sociedade, não tem articulação politica suficiente e coesa para superar a ordem burguesa e implantar uma nova ordem que seria a ordem burocrática do estado.

    Também há várias retoricas como democracia do proletariado ou modelos descentralizados que tentem fugir das experiencias do seculo 20, vale lembrar que a direita não tem um projeto de sociedade, exceto que quando bate a crise sempre surgem facistas para garantir os interesses capitais das corporações privadas sobre hegemonias dos estados territoriais, não seria diferente no Brasil, até por que o conflito ideologico sobre quem e de que forma ira reger o mundo existe no Brasil de hoje e existe a possibilidade da história se repetir, vide 64.

    Da mesma forma que 64 pode se repetir 17 também pode, o dilema é que a esquerda precisa estar convicta que o unico caminho é seguir para 17 ou continuar nas atenuantes reformas do capital que acaba sendo anti competitivas ao mercado financeiro global.

    O dilema das sociais democracias liberais e dos socialistas reformistas é que estes não querem romper com o capital e sim transforma-lo e ser transformado pelo capital sem mudar a ordem vigente e implantar uma nova ordem socialista propriamente dito.

    Vale lembrar que depois do seculo 20 há poucas experiencias de socialismo real no mundo e mesmo estas são muito criticas e rejeitadas por marxistas ou alguns partidos ditos de esquerda. Acontece é que se for colocado a opção de que a unica forma de ter socialismo é replicando uma união sovietica no seculo 21, quantas pessoas de esquerda responderiam com opções limitadas se preferem reformar o capital ou romper com a burguesia e implantar sobre estas condições um mesmo socialismo já feito outrora.

    O primeiro passo seria organizar a classe trabalhadora neste sentido, o segundo passo seria se preparar para a guerra civil e para enfrentar as forças reacionárias, o terceiro passo seria se preparar para uma guerra mundial dado ao agravamento da crise do capital internacional. De qualquer forma parece que a crise viria com ou sem revolução, e a crise acabaria levando a uma revolução seja ela qual for.

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