A falácia que Bolsonaro se beneficia com a eleição de Trump, por Rogerio Maestri

A falácia que Bolsonaro se beneficia com a eleição de Trump

por Rogerio Maestri

A grande imprensa norte-americana, desde a mais reacionária há um pouco liberal (não há naquele país uma grande imprensa que poderia ser chamada de esquerda) ficaram durante toda a campanha de Trump procurando desqualificá-lo pelo seu discurso chauvinista e sexista do candidato republicano, exaltando o fato de Hillary ser mulher e amiga dos negros e latinos. Em nenhum momento se discutiu como a amizade de Hillary aos negros e latinos poderiam os favorecer, também é importante notar que no governo Obama estes grupos sociais perderam renda nos Estados Unidos junto com a população branca pobre. Logo a continuidade dos democratas no poder nada representaria de fato como vantagem ao cidadão pobre norte-americano.

Desta forma a campanha de Hillary Clinton foi baseada num surrado discurso que não dizia nada aos mais pobres nos USA, por outro lado Donald Trump, apesar de ser um milionário capitalista e reacionário se colocou claramente contra o sistema financeiro norte-americano, além disto Trump propôs investimentos em infra-estrutura e falou contra os acordos internacionais tipo ALCA e TTP e recheou sua campanha com promessas de dar empregos a operários norte-americanos pouco qualificados.

Por estes motivos e não por uma promessa de um muro junto ao México ou a proibição de entrada de muçulmanos nos Estados Unidos foi o que levou Trump a vitória. O mesmo discurso de anti-globalização que parte da esquerda utiliza no terceiro mundo foi utilizado por Trump, enquanto Hillary Clinton foi reconhecida como a candidata do grande capital e do sistema bancário.

Toda esta introdução sobre Trump é para mostrar como uma cobertura jornalística tendenciosa de órgãos de imprensa dos mais diversos matizes ideológicos escondem algumas verdades que impedem posteriormente uma análise correta dos fatos.

Os adeptos da candidatura Bolsonaro para presidência da república, que sofrem também com a fragilidade no nível de informações quanto ao programa de governo de Trump, ficaram pensando que por ser Trump alguém com um discurso mais politicamente incorreto do que Hillary ele estaria muito mais próximo à aprovação eleitoral do republicano como poderia acontecer no Brasil.

Como Trump há vinte anos fez alguns comentários sexistas para mulheres que trabalhavam com ele, os apoiadores de Bolsonaro fizeram a ligação deste fato com o apoio que Bolsonaro dá implicitamente a violência contra as mulheres.

De fato concurso de discursos politicamente corretos Hillary tiraria uns 8 Trump uns 6 e Bolsonaro uns 2. Porém nada indica que a aproximação entre a incontinência verbal de Trump e Bolsonaro em níveis bem distintos indique uma aproximação em termos eleitorais.

Outro ponto que não é levado em conta entre o candidato eleito norte-americano e o não eleito brasileiro é o discurso de fechamento da economia de um e de outro, enquanto o brasileiro é adepto de relações comerciais carnais com as grandes potências do mundo capitalista, o norte-americano faz exatamente o inverso, um discurso de fechamento da economia norte-americana que ainda se pagará para ver, porém até o momento este foi o discurso. Trump vê no fechamento das fronteiras comerciais uma forma de diminuir o desemprego no seu país, já Bolsonaro enxerga exatamente no sentido contrário.

Outro fator de extrema importância é a história dos que nada tem de igual, um é um empresário de sucesso norte-americano que apesar de já ter tido sérios reveses na vida corporativa chegou ao momento com uma fortuna razoável mostrando a capacidade de realizar negócios pelo menos para ele, por outro lado Bolsonaro é um capitão do exército que não passou desta patente por dificuldades de passar em alguns exames para níveis superiores e por ter sofrido um processo dentro do exército que quase terminou em expulsão. Bolsonaro jamais administrou nada, não tem a mínima experiência executiva e tem noções de economia prática e teórica sofríveis. Logo contrapondo as capacidades intelectuais de um contra o outro não tem nem como começar a comparação.

O chauvinismo de Trump tem um objetivo econômico claro, o chauvinismo do congênere brasileiro, um país em que a imigração neste momento é um fator marginal, além de não ter justificativa prática pode ser confundido mais como racismo do que outra coisa.

Teoricamente Bolsonaro é ligado a setores conservadores morais como igrejas e outros apoiadores do gênero, já Trump está longe de ser um moralista, podendo até ser qualificado ao contrário desta classificação.

Restaria o argumento que os dois são direitistas, e que o norte-americano venceu a esquerda democrata. Se por acaso o candidato fosse Bernie Sanders este raciocínio poderia ser utilizado, porém precisa ser um verdadeiro analfabeto político para caracterizar Hillary Clinton como uma candidata mais à esquerda do que Trump. Hillary sempre esteve ligada ao que de mais tem de direita intervencionista e militarista no governo democrata de Obama, que por sua vez sempre fez uma política de agressão a países que escapavam da esfera de opinião norte-americana.

Sobre o aspecto de independência do país a pactos e tratados externos de cooperação militar, Trump é extremamente cético sobre a validade destes, enquanto Bolsonaro vibra com o alinhamento automático da política externa brasileira as superpotências oscidentais.

Em resumo, se compararmos com rigor o discurso dos dois assim como suas propostas a semelhança pode ser restrita ao Branco dos Olhos, pois daí por diante não há nenhuma semelhança.

Como vários políticos de esquerda para aparecerem fizeram Bolsonaro aquilo que ele não é, podemos simplesmente dizer que excetuando estes políticos que gostam de se promover com magnificadas desavenças ideológicas, a influência da eleição de Trump nos Estados Unidos pode ser considerada nula ou mesmo negativa, pois simplesmente Bolsonaro se for inquirido seriamente talvez nem saiba definir o que é ideologia.

Propositalmente não falei sobre o apoio a torturadores que Bolsonaro deixa claro, pois este tipo de discussão nem é objeto de qualquer campanha eleitoral norte-americana, pois eles torturam, mas não apóiam.

Redação

19 Comentários

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  1. Bolsonaro não se beneficia

    Bolsonaro não se beneficia porque é um boçal, simples assim. Se tivesse uns neurônios a mais certamente conseguiria alinhar sua estratégia aos ventos que vem do Norte.

    Parece que o pêndulo da historia está apontando pra uma direita nacionalista. Que infelizmente não existe no Brasil, o último foi o folclórico Dr. Enéas.

     

     

     

     

     

  2. Coisas estranhas tem sido ditas…

    É estranho observar certos comentários do pessoal da direita brasileira, sobre o que vêm acontecendo aqui e no resto do mundo.

    Vi direitistas exultando com a vitória do Trump (que até o governo golpista reconhece que pode nos prejudicar), dizendo que ele derrotou a esquerda? Que esquerda, a Hillary Clinton? Então a Hillary agora é de esquerda?

    Outra burrice que vejo repetidamente direitistas repetindo é na defesa da PEC 55. Dizem que ela deixa de fora saúde e educação. Onde leram isso? Eu li a PEC na íntegra e não vi nada lá que tirasse saúde e educação do teto forçado…

    1. Bota coisas estranhas nisso, Alan…

      Vi esquerdistas exultando com a vitória do Trump dizendo que ele derrotou a direita. Então o Trump agora é de esquerda?

  3. Militarista

    Não é Hillary ou Obama nem ninguém que é militarista. A política externa intervencionista dos EUA é determinada pelo Pentágono, o presidente só assina. Trump vai ter que seguir o mesmo caminho. Nesse aspecto, nada vai mudar.

    1. Mas um presidente -Obama- que se diverte assinando listas de

      quem será assassinado por drones toda quinta-feira deve, no minimo, achar a coisa engraçadinha.

  4. Outro fator de extrema

    Outro fator de extrema importância é a história dos que nada tem de igual, um é um empresário de sucesso norte-americano que apesar de já ter tido sérios reveses na vida corporativa chegou ao momento com uma fortuna razoável mostrando a capacidade de realizar negócios pelo menos para ele, por outro lado Bolsonaro é um capitão do exército que não passou desta patente por dificuldades de passar em alguns exames para níveis superiores e por ter sofrido um processo dentro do exército que quase terminou em expulsão. Bolsonaro jamais administrou nada, não tem a mínima experiência executiva e tem noções de economia prática e teórica sofríveis. Logo contrapondo as capacidades intelectuais de um contra o outro não tem nem como começar a comparação.

    Tomei a liberdade de selecionar este trecho devido a importância dele. Trump é um problema em vários quesitos mas economia não é um deles, inclusive vários dos meus colegas genuinamente esperam que ele com a experiência que têm na área tenha mais sucesso economicamente do que os antecessores. Enquanto este Bolsonaro é um ninguém que só aparece por causa dos discursos de cunho nazista. Eu fico surpreso com a burrice dos brasileiros que alegam querer um sujeito desses como presidente.

  5. Se o PSDB é de direita ,

    Se o PSDB é de direita , Hillary Clinton pode ser de esquerda.

    E puxa já começou a campanha de rotulagem contra Bolsonaro, quanto mais os petistas baterem nele mais ele avança.

     

  6. Qual a origem da fortuna de Donald Trump? (Falácias – parte 2)

    http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/04/160415_fortuna_trump_lgb

    (…)

    Legado do pai

    Em outubro do ano passado, o empresário disse a eleitores que teve a ajuda do pai para montar seu império. Ele teria recebido um “pequeno empréstimo” de US$ 1 milhão.

    Do pai, Trump herdou também o estilo de negociação.

    Fred Trump fez fortuna no ramo da construção civil, erguendo prédios nos bairros do Brooklyn e do Queens, em Nova York.
    Ele era conhecido pela boa qualidade de seus edifícios, muitos dos quais ainda estão de pé, e também por sua austeridade.
    Não raro, Fred costumava terminar as obras por um valor abaixo ao do orçamento financiado pelo governo. Sendo assim, embolsava a diferença, prática que, apesar de legal, acabou levando-o a prestar depoimento a um comitê do Congresso americano.

    “Fred Trump sempre buscava vantagens fiscais inexploradas”, disse Gwenda Blair, autora do livro The Trumps, uma biografia da família do empresário.

    Já Donald diz que foi sua a decisão de dar novo rumo ao negócio do pai. Antes focado na construção de prédios de baixo custo, com o filho, a empresa passou a se dedicar a erguer torres de luxo em Manhattan.

    Gwenda diz, no entanto, que a mudança de estratégia coube a Fred, não a Donald.

    “Donald Trump enriqueceu com o dinheiro do pai. Ele precisa de seu pai como seu fiador e contou com as amizades dele na política e no setor bancário”, diz a autora.

    O primeiro grande projeto de Trump foi o Hotel Commodore. Ele se associou com o grupo hoteleiro Hyatt para comprá-lo em 1976 por um preço não revelado, rebatizando-o de Grand Hyatt.
    Naquela época, Nova York não era considerada um destino do turismo de luxo. O investimento foi de grande risco para o jovem empresário.
    Usando sua capacidade de negociação, Trump persuadiu a administração da cidade a conceder ao hotel uma redução de impostos por 40 anos, gerando uma economia de US$ 160 milhões. Em 1996, ele vendeu sua metade do hotel Hyatt por US$ 142 milhões.
    Trump continuaria a investir no desenvolvimento e na construção de grandes edifícios em Nova York, incluindo a compra do Hotel Plaza e da antiga sede do Banco de Manhattan.
    A joia da coroa da empresa é o Trump Tower, um edifício de 58 apartamentos na Quinta Avenida, o templo do comércio de luxo da cidade, concluído em 1983.

    O prédio ainda é a sede das Organizações Trump. O empresário e sua família vivem nos andares superiores do edifício.
    Donald Trump emergiu como magnata do ramo imobiliário, mas a maior parte de sua herança vem do valor de sua marca, que começou a ser construída na década de 80.
    A partir daí, começou a licenciar seu nome para outras empresas, ganhando fama mundial. As empresas, por sua vez, pagam royalties pelo uso da marca ao empresário.
    Mas foi com a publicação do livro A arte da negociação que Trump foi alçado ao estrelato.
    O empresário solidificou sua reputação como negociador sem papas na língua durante sua carreira de dez anos como apresentador do programa de TV O Aprendiz.
    A rispidez com que criticava e demitia os participantes do programa lhe franqueou uma legião de admiradores.

    Postura empresarial

    Como seu pai, Trump costuma economizar cada centavo que puder.
    “Vou até o inferno para pagar o menos possível”, disse ele.
    Seu estilo polêmico lhe rendeu vários processos na Justiça, muitos deles de cunho trabalhista.
    Mas Trump também deu início a batalhas legais.
    Dono do concurso Miss EUA, ele processou uma ex-participante que criticou a competição.
    Também levou o Deutsche Bank à Justiça depois que o banco se recusou a lhe dar uma extensão do empréstimo para um projeto de construção em Chicago.
    Apesar do perfil incendiário, Trump é elogiado por seu tino para os negócios.
    O investidor americano Carl Icahn descreve o empresário como “um cara com uma mente muito aberta.”
    “Ele tem um ego forte, acredita em si mesmo e está disposto a ouvir”, diz.

    Os negócios de Trump no exterior são tão polêmicos quanto sua retórica de campanha.

    Chamou os chineses de trapaceiros, mas convenceu investidores do gigante asiático a financiar alguns de seus projetos imobiliários.
    Ele diz que ama a Escócia, onde sua mãe nasceu e onde mantém vários campos de golfe, mas criticou o governo escocês por permitir a construção de um parque eólico no entorno da área, em Aberdeenshire.
    Já o Trump Ocean Resort Baja Mexico foi forçado a chegar a um acordo com investidores que gastaram milhões de dólares para comprar condomínios ou apartamentos que nunca foram construídos.
    Quando a polêmica em torno do fracassado complexo cresceu, Trump disse à Justiça que sua imagem foi usada indevidamente e que ele não era responsável pela construção.
    O empresário também tem sido criticado por permitir que a marca de roupa que leva seu nome importe produtos do México, enquanto critica outras empresas que importam produtos para os EUA.

     

  7. ~~Propositalmente não falei (Falácias – parte 1)

    ~~Propositalmente não falei sobre o apoio a torturadores que Bolsonaro deixa claro, pois este tipo de discussão nem é objeto de qualquer campanha eleitoral norte-americana…

    ***

    http://brasil.elpais.com/brasil/2016/11/15/internacional/1479239330_286564.html

    Pode retomar o uso de tortura em interrogatórios?

    Trump prometeu durante a campanha que “aprovaria as técnicas afogamento simulado” e até “coisas muito piores”. A administração Obama assinou um tratado que proíbe a tortura e outros castigos degradantes considerados ilegais pela legislação norte-americana e internacional. Em 2009, também assinou uma ordem executiva que punha fim aos abusos cometidos durante a era Bush. Trump poderá assinar um decreto similar logo depois de assumir o poder indicando exatamente o contrário.

     

    Pode ampliar Guantánamo?

    Obama mandou fechar a prisão que ainda abriga 60 prisioneiros na base militar norte-americana em Cuba. Trump não apenas indicou que quer mantê-la aberta, como também quer “enchê-la de gente ruim”. Nesse caso, tem o apoio das mesmas maiorias no Congresso que se opuseram à iniciativa do presidente democrata.

     

     

     

  8. Há 20 anos… (Falácias – parte 3)

    https://www.publico.pt/mundo/noticia/stephen-bannon-uma-figura-mesmo-sinistra-na-casa-branca-1751101

    Stephen Bannon vai ser o principal estratego de Donald Trump e é acusado de racismo, anti-semitismo e misoginia.

    “Preferia que a sua filha tivesse cancro ou feminismo?” ou “Ergam a bandeira sulista” foram títulos do site Breitbart sob direcção de Bannon .

    ***

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=Dfjct43jsWU%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=oP5VhfQ9Qv8%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=37zvOZ17eSE%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=-zGpcbWqGE0%5D

     

  9. Nada a ver com Bolsonaro… (Falácias – parte 4)

    http://www.dw.com/pt-br/trump-aponta-senador-linha-dura-como-procurador-geral/a-36442416

    Presidente eleito entrega chefia do Departamento de Justiça a Jeff Sessions, conservador com histórico de racismo e que tem discurso tão incendiário sobre imigração como o magnata.

    USA Jeff Sessions (Getty Images/AFP/J. Samad)

    O presidente eleito americano, Donald Trump, escolheu nesta sexta-feira (18/11) Jeff Sessions, senador conservador do estado do Alabama, para ser secretário de Justiça, cargo que inclui também a função de procurador-geral dos Estados Unidos.

    Com a escolha, Trump põe mais uma vez sob críticas seu gabinete, que está sendo formado repleto de nomes conservadores. Ex-procurador-geral do Alabama e procurador dos EUA, Sessions, de 69 anos, tem discurso linha-dura e muitas vezes inflamatório sobre imigração, em tom similar ao do magnata.

    USA Mike Pompeo (Getty Images/AFP/S. Loeb)

    O deputado republicano Mike Pompeo, nomeado diretor da agência de inteligência americana

    Em 1986, Sessions foi indicado para juiz federal pelo então presidente Ronald Reagan, mas teve sua nomeação bloqueada por um comitê do Senado, sob acusação de racismo. Ele foi apenas o segundo jurista em cinco décadas a ter uma indicação do tipo rejeitada.

    Na ocasião, ex-colegas testemunharam que Sessions se referia a grupos como a Associação Nacional para o Avanço de Pessoas de Cor e a União Americana de Liberdades Civis como “não americanos” e “de inspiração comunista”.

    Um procurador federal negro afirmou, por sua vez, que Sessions se referiu a ele como “garoto” durante um processo e considerava o Ku Klux Klan como algo ok, “até descobrir que eles fumavam erva”. O senador nunca negou as declarações e justificou tudo como uma brincadeira.

    Sessions foi também acusado de se referir de forma depreciativa às leis dos direitos ao voto de 1965, consideradas um marco na legislação americana por ter acabado com práticas eleitorais discriminatórias.

    Entre outras coisas, o jurista se opõe a qualquer possibilidade de conceder cidadania para imigrantes ilegais e foi um dos principais apoiadores da promessa de Trump de construir um muro na fronteira com o México.

    USA General Michael Flynn (picture alliance/dpa/M. Reynolds)

    O general reformado Mike Flynn, apontado como assessor de segurança nacional da Casa Branca

    Eleito procurador-geral do Alabama em 1995, Sessions sempre tratou como um triunfo pessoal ter sido eleito para o Senado em 1997 e ter conseguido fazer parte do mesmo painel legislativo que o rejeitara, uma década antes, para ser juiz federal.

    Nesta sexta-feira, Trump definiu três nomes de alto escalão de sua equipe de segurança: além de Sessions, o deputado Mike Pompeo foi nomeado diretor da CIA (a agência de inteligência americana) e o general reformado Mike Flynn foi apontado como assessor de segurança nacional.

    Os três foram aliados leais de Trump durante a campanha. Nenhum nome foi ainda anunciado oficialmente, mas a imprensa americana dá como certo que todos aceitaram os cargos oferecidos no futuro governo.

    O gabinete de Trump segue em formação. Outra escolha polêmica foi a de Stephen Bannon, ex-chefe do site conservador Breitbart News e criticado por seus comentários racistas e misóginos, como estrategista-chefe da Casa Branca.

  10. Não espere do eleitor do

    Não espere do eleitor do Bolsonaro a sofisticação intelectual para entender a diferença da política externa do Trump e do nosso candidato de extrema-direita.

    O que os motiva a comparação é exatamente o pior lado de Trump, a xenofobia, o preconceito e o discurso do inimigo a ser derrotado.

    Não espere da senhora que enxergou na bandeira do Japão a bandeira do “Brasil comunista” uma visão mais profunda de politica externa ou inclusão social. Ela tem decorado em sua mente o discurso repetido por anos da ameaça vermelha efita pelo Foro de São Paulo, pelo Bolivariansmo, pelos gays, pelas feministas, etc… E é preciso apenas isso para eles se sentirem estimulados a propagar o ódio que está virando verdade nas redes sociais.

    Quantos desses eleitores do Bolsonaro gostariam que os imigrantes Haitianos que estão no Brasil fossem deportados, ainda que  ecomonicamente  não signifique absolutamente nada de relevante para a economia brasileira a sua permanência no país? Apenas o preconceito justifica esse tipo de raciocínio.

    O Trump venceu, não apenas pelo seu discurso nacionalista,  mas também por progpagar mentira,ódios e preconceitos pelas redes sociais…  E o eleitorado do Bolsonaro aacredita que foi somente por isso que ele foi eleito.

    Quantas vezes vi em comentaristas de portais de notícias a comemoração de que Hillary seria presa depois que o Trump fosse eleito… Simplesmente esse público estava levando a realidade da Lava-Jato para  o cotidiano estadunidense.

    É isso que move o eleitor do Bolsonaro e só isso…

  11. Sintetizando sobre a figura

    Sintetizando sobre a figura Bolsnaro:

    1) Este indivíduo deve ser limitado intelectualmente, pois segundo dizem não conseguiu passar na prova de estado maior que o levaria ao alto oficialato.

    2) Quase foi expulso do exército por insubordinação a superior, antes dos governos trabalhistas. Logo não se pode atribuir sua revolta a razões político-ideológicas. Parece que foi por razões salariais. Por isso, não acredito que tenha grande admiração por parte da tropa, a exceção de certos saudosistas de pijama…Duvido muito que oficiais profissionalmente competentes o tenham como exemplo.

    3) Não consigo nem classificá-lo como fascista, pois não é nacionalista. Autoritário, racista e sexista sim, mas está muito ligado à religião que emana do Império ao norte, é cabeça colonizada.

    Mantenho a opinião que Bolsonaro só é idolatrado por coxinhas que confundem o vermelho do sol nascente na bandeira do Japão com o vermelho do comunismo…

  12. Bolsonaro ? que nada.

          Garanto, e garanto mesmo, que o deputado, apesar de parecer possuir certo apoio entre as faixas mais reacionárias da sociedade, verbalizando muitas de suas aspirações e desejos, trata-se de apenas uma “ponta de lança”, ou melhor dizendo na lingua dele : um recon operacional, ou até uma avaliação de inteligência ( um S2 ampliado ).

           Como não me comprometo com nada e ninguem, mas vou cometer um “deslize” informativo : 

           O “centro” , se alguem se dispor a procurar , aliás seria uma pauta razoavel para algum comunicador-social, encontra-se em Curitiba , e NÃO É o Juiz Moro.

            P.S.: Para facilitar a “pesquisa”, uma dica : A palavra “César” deu origem a Kayser, Tzar, é de origem latina, referente ao 1o César, o Julio – e após este, todos imperadores romanos adootaram esta designação honorifica, muito importante na cultura latina, até deu nome em calendário ( julho refere-se a “Julio César” ), assim como um de seus sucessores de nome a outro mês ( Agosto ), e não podemos olvidar que a Roma antiga teve muito a dever a “cultura helenistica”.

  13. Trump foi eleito por ser um outsider, não por ser reacionário

    Trumpo não foi eleito por ser reacionário, mas por ser outsider. Bolsonaro, que tem vivido nas sombras do poder, é um reacionário mas não é um outsider.

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