A fascinante comida pós-agro e seus incômodos, por George Monbiot

Breve, será possível produzir todo tipo de alimento sem a devastação provocada pela grande agricultura e pecuária. O que isso revela sobre as oportunidades de nossa época e as sabotagens de um sistema que insiste em não morrer

por George Monbiot

Tradução: Gabriela Leite

Parece um milagre, mas não é necessário nenhum grande salto tecnológico. Em um laboratório comercial no entorno de Helsinque, capital finlandesa, observei cientistas transformarem água em comida. Através de uma escotilha em um tanque de metal, eu via uma espuma amarela agitando. É a sopa primeva de bactérias, tirada do solo, com a utilização de hidrogênio extraído da água como fonte de energia. Quando a espuma foi desviada através de um emaranhado de canos, e esguichada em tambores aquecidos, transformou-se em uma farinha amarela rica.

A farinha ainda não tem licença para ser vendida. Mas os cientistas, que trabalham para uma empresa chamada Solar Foods, tinham a permissão para me deixar experimentar. Pedi a eles, enquanto filmava o documentário Apocalypse Cow [em tradução literal, “apocalipse vaca” — um trocadilho, em inglês, com o filme “Apocalypse Now” (1979)], que me fizessem uma panqueca: eu seria a primeira pessoa na Terra, fora os funcionários do laboratório, a comer tal alimento. Eles arrumaram uma frigideira, misturaram a farinha com leite de aveia e eu dei um pequeno passo para o homem. Tinha gosto… de panqueca.

Mas a ideia não é produzir panquecas. Esses tipos de farinha podem se transformar em matérias-primas para quase tudo. Em seu estado cru, podem substituir os preenchedores que hoje são usados em milhares de produtos alimentícios. Quando as bactérias forem modificadas, criarão as proteínas específicas necessárias para fazer carne, leite e ovos cultivados. Com outros ajustes, produzirão ácido láurico — adeus azeite de dendê — e ácidos graxos ômega-3 de cadeia longa: bem-vindo, peixe artificial. Os carboidratos que permanecem, quando as proteínas e gorduras são extraídas, poderiam substituir tudo, de farinha para massas a batata chips. A primeira fábrica comercial construída pela Solar Foods deve começar a funcionar no ano que vem.

A via do hidrogênio é cerca de dez vezes mais eficiente que a fotossíntese. Como apenas algumas partes de uma planta podem ser ingeridas, enquanto a farinha feita de bactérias é mange tout, é possível multiplicar essa eficiência muitas vezes. E por ser produzida em cubas gigantes, o aproveitamento da terra, estima a empresa, é aproximadamente 20 mil vezes maior. Todas as pessoas na Terra poderiam ser generosamente alimentadas, usando apenas uma pequena parte de sua superfície. Se, como a empresa pretende, a água for eletrolisada com energia solar, os melhores lugares para produzir essas plantas serão os desertos.

Estamos na culminância da maior transformação econômica, de qualquer tipo, dos últimos 200 anos. Hoje as discussões variam entre dietas baseadas em carne ou em vegetais. Novas tecnologias vão em breve torná-las irrelevantes. Logo, a maior parte de nossa comida não virá nem de animais e nem de plantas, mas da vida unicelular. Depois de 12 mil anos alimentando a raça humana, toda a agricultura exceto a produção de frutas e vegetais, poderá ser substituída pela cultura por fermentação de micróbios com precisão. Eu sei que algumas pessoas ficarão horrorizadas com essa perspectiva. Consigo ver algumas desvantagens. Mas acredito que isso está chegando na hora certa.

Vários desastres iminentes convergem para nossa alimentação. A catástrofe climática ameaça causar o que os cientistas chamam de “múltiplas falhas na cesta de pão”, por meio de ondas de calor síncronas e outros impactos. Pesquisas da ONU preveem que, até 2050, alimentar o mundo vai exigir uma expansão de 20% no uso mundial da água. Mas o uso da água já chegou ao limite em muitos lugares: aquíferos estão desaparecendo, rios não conseguem alcançar o mar. As geleiras que suprem metade da população da Ásia estão rapidamente diminuindo. O aquecimento global inevitável — devido aos gases do efeito estufa que já estão sendo emitidos — provavelmente reduzirá as precipitações na estação seca em áreas críticas, tomando planícies férteis com tempestades de areia.

Uma crise global do solo ameaça a base de nossa subsistência: grandes extensões de terra arável perdem sua fertilidade por causa da erosão, compactação e contaminação. Reservas de fosfato, cruciais para a agricultura, estão diminuindo rapidamente. O apocalipse dos insetos ameaça causar falhas catastróficas na polinização. É difícil ver como a agricultura vai conseguir alimentar todos nós mesmo até 2050 — que dirá até o fim do século e em diante.

A produção de comida está destruindo o mundo vivo. A pesca e a agricultura são, de longe, a maior causa de extinção e perda de diversidade e de abundância da vida selvagem. O agronegócio é a maior causa da catástrofe climática, a maior causa da poluição dos rios e uma fonte robusta de poluição do ar. Em grandes extensões da superfície do mundo, ecossistemas selvagens já foram substituídos por cadeias alimentares humanas reduzidas. A pesca industrial está levando ao colapso ecológico em cascata ao redor do mundo. Comer é, agora, um campo minado moral, já que quase tudo que colocamos em nossas bocas — de bifes a abacates, de queijo a chocolate, de amêndoas a doritos, de salmão a nutella — tem um custo ambiental insuportável. Mas no momento em que a esperança parecia estar evaporando, essas novas tecnologias que chamo de “alimentos pós-agro” criam possibilidades surpreendentes para salvar tanto as pessoas quanto o planeta.

Alimentos não-agrários vão nos permitir devolver áreas enormes de terra e mar à natureza, permitindo a renatureza diminuindo os níveis de carbono em uma enorme escala. Significa um fim à exploração de animais, um fim para a maior parte do desmatamento, uma grande redução no uso de agrotóxicos e fertilizantes, o fim de traineiras e palangreiros. É nossa maior esperança para interromper o Grande Extermínio. E, se fizermos da maneira correta, resultará em comida barata e abundante para toda a população.

Pesquisas feitas pelo thinktank RethinkX sugerem que proteínas de fermentação de precisão serão cerca de dez vezes mais baratas que proteína animal, em 2035. O resultado, segundo o estudo, será o colapso quase completo da indústria pecuária. A nova economia alimentar vai “substituir um sistema de extravagante ineficiência que requer enormes quantidades de insumos e produz imensos volumes de resíduos, por um sistema preciso, direcionado e tratável”. Utilizando pequenas áreas de terra, com uma necessidade muito reduzida de água e nutrientes, ele “apresenta a maior oportunidade de restauração ambiental da história humana”.

A comida não ficará apenas mais barata, mas mais saudável. Como os alimentos pós-agro serão produzidos a partir de ingredientes simples, ao invés de fragmentados a partir de outros maiores, alergênicos, gorduras dura e outros componentes que fazem mal à saúde podem ser eliminados. A carne continuará sendo carne, mas será feita em fábricas, em andaimes de colágeno, ao invés de nos corpos de animais. O amido ainda será amido, gorduras serão gorduras. Mas a comida poderá ser melhor, mais barata e muito menos prejudicial aos seres vivos e ao planeta.

Pode parecer estranho para alguém que passou a vida inteira lutando por mudanças políticas virar um entusiasta da mudança tecnológica. Mas não enxergo em nenhum lugar no mundo políticas agrícolas sensatas se desenvolvendo. Os governos fornecem um número assustador de 3 trilhões bilhões de reais ao ano em subsídios agrícolas, e quase tudo este financiamentoj é perverso e destrutivo, levando ao desmatamento, poluição e aniquilação da vida selvagem. Uma pesquisa da Food and Land Use Coalition descobriu que apenas 1% dessa quantia é usada para proteger o mundo vivo. O estudo não foi capaz de encontrar “nenhum exemplo de governos usando instrumentos fiscais para direcionar apoio à expansão de fornecimento de alimentos mais saudáveis e mais nutritivos”.

O debate corrente sobre a agricultura também não está nos levando a lugar algum, exceto em direção a mais uma catástrofe. Existe uma crença generalizada de que o problema é a agricultura intensiva e a resposta é a extensificação (produção de menos alimentos por hectare). É verdade que a agricultura intensiva é altamente prejudicial, mas a agricultura extensiva é ainda pior. Muitas pessoas estão justamente preocupadas com a expansão urbana. Mas a expansão agrícola — que cobre uma área bem mais ampla — é uma ameaça muito maior ao mundo natural. Cada hectare de terra usado pela agricultura é um hectare não usado para a vida selvagem e sistemas de vida complexos.

Um artigo da revista Nature sugere que, para cada quilo de alimento produzido, a agricultura extensiva gera mais emissões de gases de efeito estufa, perda de solo, uso da água e poluição por nitrogênio e fosfato do que a agricultura intensiva. Se todos comessem carne de gado alimentado em pasto, precisaríamos de novos planetas para produzi-la.

A produção de alimento pós-agro promete um abastecimento muito mais estável e confiável, que pode ser cultivado em qualquer lugar — mesmo em países sem terras agricultáveis. Poderá ser crucial para acabar com a fome no mundo. Mas há um problema: haverá um choque entre os interesses do consumidor e do agronegócio. Milhões de pessoas, trabalhando na agricultura e no processamento de alimentos, acabarão perdendo seus empregos. Como os novos processos serão muito eficientes, as funções que eles criarão não corresponderão ao desemprego gerado.

O RethinkX prevê que, muito em breve, haverá uma “espiral da morte” na indústria pecuária. Apenas alguns componentes, como as proteínas caseína e o soro encontrados no leite, precisam ser produzidos através da fermentação para que as margens de lucro de todo um setor entrem em colapso. A indústria de laticínios nos Estados Unidos, afirma-se, estará “quase falida em 2030”. Acredita-se que a receita da indústria de carne bovina dos EUA cairá 90% até 2035.

Embora eu duvide que o colapso seja tão rápido, em um aspecto, o thinktank subestima a escala da transformação. Ele não menciona a mudança extraordinária e pioneira que ocorreu na produção de matérias-primas em Helsinque. É provável que isso atinja a agricultura com tanta força quanto a produção de carne e leite atingirá a pecuária. As novas tecnologias poderá chegar, em cinco anos, a preços iguais aos proteína mais barata produzida no mundo (a soja da América do Sul).

Em vez de injetar cada vez mais subsídios em um setor em vias de extinção, os governos podem investir em um programa intensivo para ajudar os agricultores a buscarem recolocação no mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que fornecem fundos de ajuda para aqueles que de repente perdem seus meios de subsistência.

Outra ameaça é a concentração potencial da indústria de alimentos não-agrários. Deveríamos nos opor fortemente ao patenteamento de tecnologias-chave, para garantir a maior distribuição possível da propriedade. Se os governos regulamentarem isso adequadamente, conseguiremos quebrar a hegemonia das grandes empresas que agora controlam as commodities alimentares globais. Se não o fizerem, acabarão fortalecendo-as. Nesse setor, como em todos os outros, precisamos de fortes leis antitruste. Devemos também garantir que os novos alimentos tenham sempre rastros de carbono mais baixos do que os antigos: os produtores agrícolas precisam começar a alimentar suas operações somente a partir de fontes de baixo carbono. Este é um momento de escolhas importantes, e devemos tomá-las juntas.

Não podemos nos dar ao luxo de aguardar, de forma passiva, que a tecnologia venha nos salvar. Nos próximos anos, podemos perder tudo, ao passo em que habitats naturais incríveis como as florestas de Madagascar, da Papua Ocidental e do Brasil vão sendo desmatadas para plantar soja e óleo de dendê ou para criar gado. Alternando para uma dieta baseada em vegetais cujas lavouras causem o menor impacto possível, podemos ajudar a obter o tempo necessário para salvar espécies e lugares magníficos, enquanto as novas tecnologias amadurecem. Mas a comida pós-agro oferece esperança onde esta faltava. Em breve seremos capazes de alimentar o mundo sem devorá-lo.

Redação

9 Comentários

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  1. Algo de extrema gravidade é a presença de material tóxico (biocida) e outros mais, provocadores de adoecimentos e de aceleração no desgaste dos sistemas imunes, tornando as bactérias cada vez mais resistentes, como é o caso do uso cada vez mais exagerado de drogas alopáticas, além das drogas chamadas ilegais. Ocorre que a maior parte dos componentes químicos de medicamentos e drogas saem através das excreções humanas e os sistemas de tratamento não depuram. Você pode não comprar remédios, mas os tem utilizado cada vez mais e em doses maiores quando utilizas de água.

    Há cada vez mais medicamentos nas águas – e os antibióticos são os mais preocupantes
    https://visao.sapo.pt/ambiente/2020-01-12-ha-cada-vez-mais-medicamentos-nas-aguas-e-os-antibioticos-sao-os-mais-preocupantes/

  2. Combinaram com os latifundiários e com as indústrias alimentícias tradicionais?

    As instalações da empresa podem ser atingidas por um míssil tomahawk, infelizmente. Cientistas envolvidos na pesquisa podem desaparecer, sofrer ‘acidentes’, etc.

    Nós também já poderíamos viver sem combustíveis fósseis, não fossem as Corporações.

  3. “…por George Monbiot
    Tradução: Gabriela Leite…” Daremos piso a estas conversas? Será que não aprendemos nada?! Não é a estória do petróleo caro, sem uso, aquecendo o planeta, supérfluo, sem o mesmo interesse, para menosprezarmos Petrobrás e Pré-Sal? Esquecemos da Imprensa mostrando o Gado da Europa e EUA, com brincos de localização via GPS, contados e cadastrados, como queriam as PRIVATARIAS DE FHC? Olhem como é em Lugar Desenvolvido. Sem pastagens naturais. Com Alimentação e Remédios implantados juntamente com chips subcultâneos. Que Progresso !!! Nada a se comparar com o atrasado Gado e Fazendas naturais Brasileiras, como diziam. Então Vaca Louca. Então Peste Suína !! Então Gripe Aviária !! Então desgraça e destruição de plantéis por todo Mundo. A AgroPecuária Brasileira nadando de braçadas. Agora é Alimento produzido em Laboratórios, enquanto estão desesperados comprando terras e opiniões dos Feudos e Corte do Comando Político Brasileiro, para conseguirem territórios e fazendas, exclusivamente para produzirem ALIMENTOS para suas Nações e suas Populações. E ainda estamos traduzindo estas fantasias? Será que não aprendemos nada? Pobre país rico. Mas de muito fácil explicação.

  4. O autor não disse, mas o Brasil não deve ter muita participação no desenvolvimento dessa tecnologia. Quando a soja e a carne bovina se tornarem obsoletas, o nosso petróleo for do States e a nossa água for da Nestlé, o que sobrará pra nós? É bom que essa comida seja beeem barata…

  5. Parece ótimo, mas lembro que na década de 70 se falava que o advento dos computadores iria permitir mais tempo para o lazer, pois os computadores iriam fazer as tarefas mais rapidamente e sobraria tempo para os empregados. Aconteceu o oposto. Então, o que falta saber é como o grande capital irá se apropriar desta nova tecnologia para concentrar mais renda.

    1. No final de sua obra intitulada “Direito à Preguiça”, Paul lafargue escrveu:

      “Platão, Aristóteles, esses pensadores gigantes, cujos calcanhares os nossos Cousin, os nossos Caro, o nossos Simon só podem atingir pondo-se nas pontas dos pés, queriam que os cidadãos das suas Repúblicas ideais vivessem na maior ociosidade, porque, acrescentava Xenofonte, “o trabalho tira todo o tempo e com ele não há nenhum tempo livre para a República e para os amigos”. Segundo Plutarco, a grande demanda de Licurgo, “o mais sábio dos homens, para admiração da posteridade, era ter concedido a ociosidade aos cidadãos da República, proibindo-os de exercer qualquer mister.

      Mas, responderão os Bastiat, os Dupanloup, os Beaulieu e companhia da moral cristã e capitalista, esses pensadores, esses filósofos preconizavam a escravatura. – Perfeitamente, mas acaso podia ser de outro modo atendendo às condições econômicas e políticas da sua época? A guerra era o estado normal das sociedades antigas; o homem livre devia dedicar o seu tempo a discutir os assuntos de Estado e a velar pela sua defesa, os misteres eram então demasiado primitivos e demasiado grosseiros para que, ao praticá-los, se pudesse exercer a profissão de soldado e de cidadão; para possuírem guerreiros e cidadãos, os filósofos e os legisladores deviam tolerar os escravos nas Repúblicas heróicas. – Mas os moralistas e os economistas do capitalismo não preconizam o salariato, a escravatura moderna? E a que homens concede a escravatura capitalista a ociosidade? – Aos Rothschild, aos Schneider, às Sr.as Boucicaut, inúteis e prejudiciais, escravos dos seus vícios e dos seus criados.

      “O preconceito da escravatura dominava o espírito de Pitágoras e de Aristóteles”, escreveu-se desdenhosamente; e no entanto Aristóteles previa que “se cada utensílio pudesse executar sem intimação, ou então por si só, a sua função própria, tal como as obras-primas de Dédalo se moviam por si mesmas ou tal como os tripés de Vulcano que se punham espontaneamente ao seu trabalho sagrado; se, por exemplo, as lançadeiras dos tecelões tecessem por si próprias, o chefe de oficina já não teria necessidade de ajudantes, nem o senhor de escravos”.

      O sonho de Aristóteles é a nossa realidade. As nossas máquinas a vapor, com membros de aço, infatigáveis, de maravilhosa e inesgotável fecundidade, realizam por si próprias docilmente o seu trabalho sagrado; e, no entanto, o gênio dos grandes filósofos do capitalismo continua a ser dominado pelo preconceito do salariado, a pior das escravaturas. Ainda não compreendem que a máquina é o redentor da humanidade, o Deus que resgatará o homem das sórdidas artes e do trabalho assalariado, o Deus que lhe dará tempos livres e a liberdade”.

  6. Sérgio Andrade 14/01/2020 at 16:07

    Monbiot sabe que isso é um delírio rumo a “soylent yellow” para a população pobre, enquanto as ações forem apenas business dentro do contexto capitalista, que continuará promovendo a aceleração apocalíptica. As elites seguirão predando e se fartando do que bem entenderem.

    A omissão da alternativa agroecológica na discussão do rumo da agricultura só pode ser entendida como uma descrença na viabilidade de implantação em escala e velocidade capazes de apresentar resultados para fazer frente à realidade cada vez mais terminal do planeta. Um trabalho acadêmico citado por ele simplesmente desconsidera sistemas agrícolas complexos como as agroflorestas: “We were not able to examine complex agricultural systems (such as mixed farming or agroforestry) that might have relatively low externalities.”!!!

    Monbiot se desespera.

  7. Quando Lenin argumentou que o “esquerdismo é uma doença infantil do comunismo”, estava antevendo um século a sua frente. Hoje temos clareza de que a crítica é fundamental à consciência política, mas que diante da perspectiva apocalíptica do futuro da vida na Terra, ela tem um efeito nefasto, ao favorecer o florescimento de pensamentos e sensibilidades de ultra direita. O grande fundamento de inspirações e atitudes concretas rumo à construção de um mundo sustentável social e economicamente é a ESPERANÇA no futuro humano na Terra. Sem ela, estaremos alimentando visões apocalípticas que são o campo ideal para o capitalismo voraz e seus algozes defensores fascistas.

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