A História do Mundo – parte III, por Gustavo Gollo

Compungidos pela gravidade, os núcleos pesados aglomeraram-se em grumos que acabam por se tornar sementes para a produção de novas estrelas.

 A História do Mundo – parte III, por Gustavo Gollo

A formação das estrelas e dos elementos

Tendo surgido, na forma de partículas elementares, a matéria se espalhou pelo universo nascente.

Uma das propriedades da matéria é a massa, que atribui a ela a força gravitacional, um poder de atração recíproco que faz com que toda matéria busque se unir e se coagular em um único grumo. Quanto mais massivo um aglomerado, quanto mais matéria ela já tiver atraído, maior será o seu poder de atração, característica que faz com que a matéria se aglutine em grumos a girar em torno, uns dos outros, à espera de colisões que aumentem a massa dos núcleos assim formados. Restos do universo primevo, pré-material, que houvessem sobrado, teriam se dispersado na imensidão, alheios à gravitação, e, eventualmente, até às leis do movimento vigentes no universo material, compondo, também, possivelmente a matéria e a energia escuras, essas desconhecidas. É pensável ser a própria matéria que gera as dimensões daquilo a que chamamos espaço,

Regidos pela gravitação, os descomunais coágulos de matéria primeva, comprimiram-se em núcleos aquecidos pelos choques sucessivos da matéria atraída e engolida pelo coágulo, resultando nas primeiras estrelas, formadas principalmente de hidrogênio – o átomo mais simples, composto por um próton orbitado por um elétron –, chacoalhado violentamente pela massa fervente. Os violentíssimos choques eventualmente resultaram na produção de hélio, átomo cujo núcleo é composto por 2 prótons e 2 nêutrons. A continuação do processo, em meio às altíssimas temperaturas, foi gerando núcleos atômicos cada vez mais pesados, assim como a energia para aquecer, ainda mais, o centro da estrela, intensificando a fusão nuclear, e o consequente aumento de temperatura, realimentando o processo, o que, eventualmente, acabou por causar a explosão da estrela, lançando no espaço imensa nuvem contendo todos os tipos de átomos, como os de ferro, carbono, silício e demais, fabricados, todos eles, nos núcleos estelares – a matéria que compõe nossos corpos foi toda forjada nas estrelas. Compungidos pela gravidade, os núcleos pesados aglomeraram-se em grumos que acabam por se tornar sementes para a produção de novas estrelas.

Comentário:

Sinto-me obrigado a confessar certa decepção ao redigir essa etapa da formação do mundo, geradora das estrelas e dos elementos químicos, dada minha incapacidade em nela desvendar e explicitar claramente a ocorrência dos processos replicativos conducentes à formação do universo tal como ele é. Nesse sentido, a descrição acima me parece precária.

Veja também:

A História do Mundo – parte I

A História do Mundo – parte II

Redação

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