Aldo Fornazieri
Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.
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A irresponsabilidade do PSDB, por Aldo Fornazieri

A irresponsabilidade do PSDB, por Aldo Fornazieri

Um ano após a reeleição da presidente Dilma, o PSDB mantém acesa a disputa pelo terceiro turno através da judicialização do resultado e das tentativas de impeachment no Congresso. Nem mesmo a antiga UDN, em sua inata característica golpista, foi tão longe nas suas tentativas de impedir a posse de presidentes democraticamente eleitos ou no tentar tirar o mandato dos mesmos através do impeachment. O PSDB precisa começar a responder, seja do ponto de vista conjuntural, seja do ponto de vista histórico, pela sua irresponsabilidade.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que, corretamente vem se manifestando contra o impeachment, junto com o governador Geraldo Alckmin e outros tucanos de bom senso, afirmou recentemente que não quer que a oposição faça contra o governo o que fizeram contra ele. Mas nem mesmo o PT na oposição foi tão irresponsável quanto o PSDB de Aécio Neves. Convém reiterar que em 1999, depois de lançada a consigna “fora FHC”, o Congresso Nacional do PT decidiu vetar a proposta de impeachment contra o presidente. Não é o que se vê agora com o PSDB.

A crise econômica, que é real e grave, não só é estimulada, mas impede-se um enfrentamento da mesma, pela prolongada crise política artificialmente alimentada pela oposição e por Aécio Neves. Na medida em que se mantém o impasse sobre o mandato de Dilma, geram-se incertezas quanto ao futuro, o que produz como consequência imediata a redução de investimentos. Enquanto a crise política não se resolve, a crise econômica se agrava, afetando o desempenho da economia, os investimentos privados nacionais e internacionais, gerando o baixo desempenho das empresas e seu endividamento e o aumento do desemprego. Bastaria o PSDB anunciar que desiste do impeachment para que parte dos problemas econômicos tivessem soluções encaminhadas.

Ademais, um dos aspectos da atual crise econômica, relacionado ao déficit fiscal, tem sua raiz fincada em elementos de natureza estrutural, como os gastos da previdência etc. A oposição também tem responsabilidades em buscar soluções para estes problemas. Mas prefere manter-se no jogo da irresponsabilidade, por despeito, inconformismo e egoísmo, prejudicando o país e o povo brasileiro.

A farsa da judicialização e do impeachment

A semana passada permitiu que se assistisse e que fosse registrado em fotos e vídeos uma das cenas mais hipócrita e farsesca da política brasileira: ilibados líderes da oposição e alguns juristas entregando, ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, já sob a evidência de que existem provas de que manteve contas no exterior alimentadas com dinheiro de propina da corrupção, um novo pedido de impeachment contra Dilma. Esses arautos da moralidade, na verdade, querem que Eduardo Cunha assuma a condição de justiceiro moral do Brasil, de paladino da limpeza ética do governo, que estaria “impregnado de corrupção”. Na verdade, tratou-se de uma cena político-partidária revestida de uma suposta isenção jurídica. Quem se deu ao trabalho de ler o novo pedido de impeachment não consegue deixar de perceber a escassez de fundamentação jurídica da peça, ao mesmo tempo em que lhe sobra empáfia moralista e retórica oposicionista. 

Juristas e até mesmo oposicionistas sensatos argumentam que falta um fundamento jurídico para o impeachment. Os juristas que defendem o impeachment não conseguem disfarçar as motivações políticas e oposicionistas de seus argumentos. Miguel Reale Jr, por exemplo, argumenta que Dilma foi omissa perante a corrupção da Petrobrás. Em primeiro lugar, seria necessário provar cabalmente que Dilma sabia da existência da corrupção. Em segundo lugar, o conceito de omissão de um governante é tão abrangente e tão relativo que pode abarcar a responsabilização de todos os atos de corrupção e de todas as falhas de um governo em relação à boa administração da coisa pública. Se ele for aceito como fundamento jurídico para o impedimento, no futuro se terá um interminável festival de pedidos de impeachment de governantes alicerçados no argumento da omissão.

Outro argumento pró-impeachment sustenta que “Dilma se tornou ilegítima”. O problema aqui é o que se entende por “ilegítimo”. Se a ilegitimidade é jurídica, então os juristas deveriam evidenciá-la, algo que não conseguem fazer. Mas há também a noção de ilegitimidade política. De fato, a baixa popularidade de Dilma, mostra que lhe falta legitimidade. Mas ela está no mesmo patamar de legitimidade do Congresso Nacional.

Este Congresso, com vários deputados e senadores e com os presidentes das duas Casas envolvidos em denúncias de corrupção, teria legitimidade de tirar o mandato de Dilma apenas com base no conceito de legitimidade política? Tal processo, além de uma violência jurídica, seria uma farsa política. Além disso, abrir-se-ia um grave precedente na democracia: todo presidente impopular passaria a ser passível de processo de impeachment no futuro.

A tese do “crescente sentimento nacional de reprovação do governo” cai na mesma esparrela jurídica da tese da ilegitimidade. Um presidente não pode ser cassado simplesmente porque é impopular ou porque tem minoria no Congresso. Ser impopular ou ter minoria no Congresso também são condições da governabilidade democrática. O fato é que a agenda democrática do país e a agenda para superar a crise econômica estão bloqueadas pelo artificialismo da crise política, fomentado pela atitude golpista da oposição, secundada por alguns juízes de tribunais.

Sequer as pedaladas fiscais, que realmente aconteceram, são fundamento jurídico para o impeachment, já que aconteceram no mandato anterior. Evocar o escândalo da Lava Jato para o impeachment também cai na mesma insubsistência jurídica. Escândalos de corrupção acontecem em quase todos os governos. Nem por isto, o chefe do Executivo é necessariamente responsável juridicamente pelos mesmos. O fato é que a operação Lava Jato está correndo em absoluta normalidade, com o Ministério Público, a Polícia Federal e o Judiciário investigando, prendendo e julgando os culpados.

A oposição, se quiser o beneplácito do juízo da história, precisa abandonar imediata e publicamente a tese do impeachment e passar a exercer uma oposição democrática, crítica e propositiva. Não resta dúvida de que a historiografia consignará a fomentação dessa crise política artificial, por parte da oposição, como um moralismo sem moral, como um inconformismo de derrotados, como tentativa de atalho antidemocrático para chegar ao poder. Neste momento, a manutenção do movimento do impeachment é uma aposta contra a recuperação econômica, é uma aponta em favor do desemprego, é uma aposta contra o Brasil. Assim como o PT está pagando o preço pelos seus erros, a oposição precisa pagar o preço por esta aposta irresponsável.

Aldo Fornazieri – Professor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

 

  

Aldo Fornazieri

Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.

22 Comentários

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  1. Esquece a oposição como

    Esquece a oposição como sozinha nisso.É importante começar a analisar a coisa como parte da geopolítica atual.O que o Aécio está fazendo é parte de um plano para desestabilizar o governo petista para que o Brasil se submeta a uma esfera de influência capitalista.Eles querem o Brasil fora dos BRICS,fora da UNASUL com a sua extinçào,dentro do novo tratato do Atlântico Norte e a entrega do pre sal.

    Tudo o que acontece hoje: o ódio das pessoas ao petismo, a violência nas cidades,o combate mal planejado ao tráfico de drogas e armas faz parte de uma estratégia de desestabilizaçào com o intuito de criar uma insatisfaçào popular que leve ao ronpimento das instituições e a divisão do país enfraquendo-o, tornando-se alvo fácil de domínio.

    Temos na esfera federal funcionários de alto escalào servindo aos interesses capitalistas,temos no congresso e no senado políticos comprometidos com a causa em questão e por último temos uma sociedade desinformada e sem nenhum sentimento pátrio.

    Triste fim para um país.

     

  2. História

    Esse negocio de historicidade não cabe ao PT, pois exerceu durante os dois governos do PSDB uma oposição sem qualquer compromisso com a governabilidade. O PT não apoiou o plano real, e votou contra o Fundef, além de outras situações semelhantes. O PT deve se reposicionar como partido de sustentação do governo, já que no ajuste fiscal atua como oposição.

  3. PSDB, seu nome é

    PSDB, seu nome é irresponsabilidade. O PSDB agrava a crise. É um partido que não pensa no país mas apenas em si mesmo. Como acreditar que um partido assim no Poder pode fazer algo pelos brasileiros? Na certa vai fazer tudo apenas para os seus. PSDB, inimigo do povo.

  4. Pedir responsabilidade a um ocioso como Aócio?

    Devem estar brincando!!!!

    Este psdb, de tanta corrupção e entreguismo, fez pacto com o capeta (senão o próprio, muito bem representado na presidência da Câmara). E conta com uma imprensa tão canalha a seu lado, que consegue esconder o submundo do golpe e tenta incutir na cabeça do povo de SP que o pacto com o (quase) capeta é coisa do PT, da Dilma, do Lula…

     

  5. Show de bola. O Fornazieri

    Show de bola. O Fornazieri tem lá seus ressentimentos contra o PT, me parece claro. Mas esse texto é irretocável.

    O PSDB haverá de pagar por essa irresponsabildade, coisa de moleque, o que mostrou ser o Aécio. Um moleque cinquentão, um Quarentão, o Sampaio, os da terceira idade, o Agripino, junto a dois moleques senis, os tais juristas militantes.

    Se acham que jogando no quanto pior melhor vão faturar 2018 com facilidade, estão muito enganados. Não tem apenas o Lula no horizonte. Tem o Ciro que com meia dúzia de debates entuba os tucanos golpistas e os joga no lixo da história

  6. Tucanos de bom senso?

    O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que, corretamente vem se manifestando contra o impeachment, junto com o governador Geraldo Alckmin e outros tucanos de bom senso, afirmou recentemente que não quer que a oposição faça contra o governo o que fizeram contra ele.Dois doutores em tucanices.Parei.

  7. Fichinha

    É desproporcional comparar a oposição praticada pelo PT à época de FHC com essa do PSDB e dos demais partidos de oposição.

    O PT não tinha à disposição todo o aparato midiático que é essencial a qualquer tentativa de impeachment. A imprensa à época, assim como é hoje, poupava FHC e o governo.

    Era uma imprensa periférica, que denunciava atos do governo, mas de certo modo amenizava e descolava do governo tucano quaisquer responsabilidades diretas.

    Do contrário ao que acontece hoje: hoje a imprensa faz oposição declarada ao PT e o governo. Sem o menor pudor, afinal a máscara caiu há muito tempo, toda a imprensa é defensora do impeachment (ainda que não abertamente declarada) e diariamente apoia os golpistas. A pauta midiática é inteiramente favorável à tese de impeachment. A imprensa blinda o PSDB de maneira acintosa, além de ocultar do bombardeio figuras como Aécio Neves, Eduardo Cunha, Gilmar Mendes e outros personagens que estão diretamente ligados à tentativa de impeachment, seja via Congresso, seja via TSE.

    E se compararmos os inúmeros pedidos de impeachment, aliado ao sentimento anti-PT que a imprensa fez questão de inflamar e o faz até hoje, a oposição que o PT (discutível se ) fez no passado é fichinha perto da de hoje.

  8. Tucanos de bom senso?

    O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que, corretamente vem se manifestando contra o impeachment, junto com o governador Geraldo Alckmin e outros tucanos de bom senso, afirmou recentemente que não quer que a oposição faça contra o governo o que fizeram contra ele.Dois doutores em tucanices.Parei.

  9. Caro Nassif e demais
    Como

    Caro Nassif e demais

    Como assim:irresponsabilidade?!

    O PSDB sabe muito bem o que quer e no que se transformou.

    Ele é uma das áres de resistência contra o povo e contra o nacionalismo.

    É um dos focos dos traidores, dos mega corruptos.

    Eles tem consciência disso. O mega projeto deles se ve em SP, Paraná, no Lava Jato, no Aécio, no Serra, nos pixulecos, nas livrarias Culturas, na não vai ter copa, etc etc etc

    Eles tem projetos sim, e tem responsabilidade sim.

    Não os inocentes.

    Saudações

     

  10. oposição sem pauta

    Isto não é oposição, no minimo molecagem como disse o autor, mas com um terceiro turno se extendendo pois 1 ano a tese do golpismo é a mais plausivel. Este 3o turno ficara para a historia como o dia que a direita não aceitou que já não era personagem da politica brasileira. Ficarão conhecidos na historia como mimimi do momomo oposicionista.

    Choras Aecio!

  11. Irresponsabilidade, não. Inconsequência. De muitos.

    Alguém já viu incendiário que fica dentro do prédio em que botou fogo?

    Os que vêm fomentando golpes contra a democracia há anos, seja através de manifestações explícitas de incentivo à raiva, ao ódio, ao medo, à ignorância e à irracionalidade ou por sutis estocadas contra este ou aquele ministro, agora timidamente começam a dizer que não era bem assim…

    Os golpistas botaram fogo no PT e acabaram queimando, por alastramento desse fogo, tanto os prédios que o PT ocupa – as instituições democráticas – quanto seus vizinhos: a economia, a Justiça, o Legislativo, além dos próprios golpistas. E justo num momento infeliz da economia mundial… E agora? Quem desses golpistas incendiários, que moveram a classe média coxinha, é capaz de subir num banquinho, no meio da praça, para reconhecer junto a esses mesmo coxinhas, que estava errado? Quem tem coragem e humildade para tanto? Quem tem a grandeza de uma Dilma Roussef, que mais de uma vez reconheceu que tem, sim, cometido erros? Será que a mídia está disposta a reconhecer as mentiras e malediscências que vem cometendo faz tempo? Dissolver o fascismo instaurado em bonecos pixuleco, por exemplo, quem é capaz de assumir essa responsabilidade?

    Aécio Neves da Cunha é apenas um. Mas a responsabilidade pelo soco que o moço levou na livraria, pelo esfriamento da economia, pela “midiatização” do julgamento da AP470, por distorcer a política pública de fechamento da Av. Paulista para considerar como evento isolado, é de todos os que vêm promovendo golpe.

  12. Convite público a Aldo Fornazieri

    Professor, partindo de que Aécio Neves não seria capaz de promover sozinho golpe nenhum, caso o Sr. concorde com essa premissa, escreva um artigo apontando a “irresponsabilidade” de todos os que alinharam-se com o senador e com seu PSDB, e que ajudaram a instaurar clima e cenário propícios ao fascismo, ao terror, medo e raiva, ao esfriamento da economia e ao atravessamento da ordem democrática. Dê uma examinada no cenário pela ótica da Sociologia e relacione os atores todos que aderiram ao golpismo, demonstre como foi que conseguiram instaurar esse clima e, se possível, aponte também um caminho para dissolução dos sentimentos que tanto tem atravancado, além da economia, o bem estar social, que tal? Digo, algo mais contundente e profundo do que simplesmente desistir publicamente do impeachment, algo que revertesse o desâmimo e a raiva públicos em esperança, pode ser?

  13. se fosse minimente honesto,

    se fosse minimente honesto, já que acha impeachment coisa de vagabundo, deveria começar apontando quais assim fora no caso de Collor. Lembrando que até mesmo Lula em palanque de Alagoas já reconhecei que isso foi um dos atos mais imundos perpertrado e apoiado pelas piores escórias sociais que há no Brasil. Pois se asssim fizesse, talver o povo pudesse ver quais fizeram isso uma vez que quer repetir a dose

  14. zzzz

    … E a “esquerda” ainda buscando apontar “contradições” e “inconsistências” na oposição…

    O caso é de tratar como golpistas e pronto. Na Tribuna, no cafezinho, na TV, na internet… A fase do debate racional já passou há tempos, será que não percebem? Insistem em “argumentos” “técnicos” contra uma máquina de propaganda ligada a todo vapor… Insistem em ir pra um tiroteio com uma faca….

    Eu pessoalmente não dou mais papo. Quando começam eu repito logo em tom bem tranquilo: “a oposição já se descredenciou pra qualquer debate responsável e razoável. Não aceitam resultado de eleições, logo, não tem debate, nem mesmo diálogo possível; abraçaram um  golpismo que oscila entre a histeria e o cinismo”.

    Quando começam a esbravejar (é rapido) eu complemento: o fascismo começou assim! Começou assim! A diferença é que esse filme já é bem manjado! Não passarão!

  15. #AECIOMIMADO #PSDBGOLPISTA

    A Veja falou em impeachment CINCO MINUTOS após saberem o resultado das urnas.

    Eles não querem argumentos.  Eles querem derrubar a Dilma pra poderem roubar em paz como apontou brilhantemente o Gregório Duvivier.

    O PSDB está agindo como um partido golpista e isso deve ser denunciado!

    Aécio sempre foi um mimado, mas isso não é novidade.

  16. Proposta

    Dilma podia limpar pelo menos o problema “Jurista de impeachment”.

    Hélio Bicudo já apresentou dois pedidos. Aparentemente é ressentimento por não ter sido Ministro da Justiça.

    O atual ministro da justiça aparentemente acha escutas em celas colocadas iegalmente pelos seus subordinados uma formalidadezinha.

    Nomeie-se então o Hélio Bicudo para Ministro da Justiça. Vai parar com isso e, se não fizer nada, ser no minimo tão competente quanto o atual ocupante do cargo*.

    (esta proposta é obviamente um chiste)

     

     

    *em qualquer lugar do mundo as escutas colocadas nas celas por agentes do estado desmoronariam as três instituições envolvidas.. idem para as intermenáveis prisões provisórias e preventivas..

  17. A culpa é do Já Not.
    Se

    A culpa é do Já Not.

    Se tivesse denunciado o aécio com base na delação do youssef e mandado investigar a conta no liechtenstein este zé mané já teria parado de encher o saco.

    Quem será que o protege além do Já Not?

  18. O ex-presidente FHC vem se

    O ex-presidente FHC vem se manifestando contra o impeachment da “boca prá fora” pelo menos prá salvar o seu nome na história do Brasil, que prá mim, já está chamuscada.

  19. FHC?

    Bom texto. Mas não quanto ao FHC.Foi ele que começou essa novela em conluio com a mídia, claro, e está há um ano no morde e assopra. Uma semana diz que não, na outra que sim, que isso que aquilo. É o grande responsável por esta situação. É o porta-voz da mídia golpista. 

    Como já mostrou o Nassif, é um grande mau caráter. Foi péssimo presidente e está sendo ainda muito pior como ex-presidente.

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