A social-democracia brasileira evitará o próprio suicídio?, por Thomas Milz

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Lula e Fernando Henrique Cardoso: uma aliança entre o PT e o PSDB poderia ter protegido o Brasil?

Lula e Fernando Henrique Cardoso: uma aliança entre o PT e o PSDB poderia ter protegido o Brasil?

do Deutsche Welle

A social-democracia brasileira evitará o próprio suicídio?

Se Bolsonaro for eleito presidente, a social-democracia brasileira terá tido participação decisiva em sua vitória, escreve o colunista Thomas Milz. Em vez de trabalharem juntos, PT e PSDB se puxam mutuamente ao abismo.

por Thomas Milz

A eleição de 2002 foi a primeira que cobri como jornalista. Luiz Inácio Lula da Silva venceu José Serra, Ciro Gomes ficou em quarto lugar e, na minha visão, todos esses candidatos tinham um perfil social-democrata. Por que a social-democracia brasileira nunca conseguiu unir suas alas direita (PSDB) e esquerda (PT)?

Uma vez me contaram que o motivo seria uma suposta desavença pessoal entre Lula e Fernando Henrique Cardoso. Mas a transição harmoniosa entre os dois no final de 2002 contrariava essa suspeita. Por que, então, os dois partidos nunca formaram uma aliança? De todas as grandes agremiações, apenas o PT e o PSDB tinham um perfil ideológico – o resto funcionava como partido fisiológico.

Uma aliança entre o PT e o PSDB provavelmente teria protegido o Brasil do crescimento de poder desses partidos fisiológicos e da ascensão do baixo clero à la Severino Cavalcante e Eduardo Cunha. Mas o antagonismo dos “partidos gêmeos de espírito” empurrou o PT para os braços do PMDB em 2006. Em vez de trazer parceiros políticos para dentro do barco, o PT precisou comprar a aprovação dos “partidos de aluguel”. O mensalão e o petrolão poderiam ter sido evitados se o “presidencialismo de coalizão” do Brasil tivesse produzido alianças interpartidárias melhores (ou seja: social-democratas)?

Foto mostra colunista da DW no Rio de Janeiro, Thomas Milz, com cidade desfocada ao fundo

Thomas Milz, colunista da DW

A Lula e FHC, seguiram-se Dilma Rousseff e Aécio Neves. Não havia mais pontos biográficos de contato entre os dois adversários, como os que os dois ex-presidentes tiveram durante a redemocratização. No início de 2015, eles perderam a chance de, em nome da união (e da razão) nacional, realizar um casamento emergencial diante da crise econômica e política que se desenhava. Lula e FHC teriam agido de forma diferente?

Em vez disso, com a contestação do resultado das eleições de 2014, Aécio Neves serrou os alicerces democráticos, enquanto Dilma Rousseff afugentou o próprio partido com uma política econômica à la PSDB, levada a cabo sem convicção. E, quanto mais detalhes da Operação Lava Jato eram revelados, mais acirrado ficava o combate entre as duas vertentes. No fim das contas, o PSDB foi responsável pelo impeachment de Dilma, numa ação que precipitou os dois partidos para o abismo. A social-democracia havia infligido graves ferimentos a si mesma. Será que as lesões serão mortais?

A crer nas pesquisas de opinião recentes, o PSDB e Geraldo Alckmin sofrerão um verdadeiro fracasso eleitoral no dia 7 de outubro. Até mesmo o bastião São Paulo poderá cair para Bolsonaro.

Enquanto isso, o PT radicaliza seu discurso, especialmente na política econômica, para conquistar eleitores. Fernando Haddad assusta, assim, os empresários brasileiros, que se voltam para o guru econômico de Bolsonaro, Paulo Guedes – embora o PSDB possa dar a um governo liderado pelo PT exatamente a expertise econômica que falta a Haddad. 

Diante da catástrofe máxima que a ameaça de uma vitória eleitoral de Jair Bolsonaro representa, os dois partidos parecem, finalmente, estar caminhando em direção um do outro. Ou como é que se deve entender a autocrítica impressionante de Tasso Jereissati, no final da semana passada, sobre os erros do PSDB? Segundo Jereissati, não se deveria nem ter contestado a eleição de 2014, nem sabotado o governo Dilma Rousseff. 

De qualquer forma, Fernando Haddad aceitou a mão evidentemente estendida. Na manhã de segunda-feira (17/09), ele declarou que quer manter um “diálogo permanente” com o PSDB para fortalecer a democracia. Será o prenúncio de uma aliança no segundo turno? 

Possivelmente, o suicídio da social-democracia só poderá ser evitado se PT e PSDB se opuserem a Bolsonaro juntos. Obviamente, Ciro Gomes e Marina Silva deveriam estar no barco com eles. E há quem, admirado, esfregue os olhos e se pergunte por que isso já não aconteceu há muito tempo.

Thomas Milz saiu da casa de seus pais protestantes há quase 20 anos e se mudou para o país mais católico do mundo. Tem mestrado em Ciências Políticas e História da América Latina e, há 15 anos, trabalha como jornalista e fotógrafo para veículos como o Bayerischer Rundfunk, a agência de notícias KNA e o jornal Neue Zürcher Zeitung. É pai de uma menina nascida em 2012 em Salvador. Depois de uma década em São Paulo, mora no Rio de Janeiro há quatro anos.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

18 Comentários

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    1. a isso adiciono a seguinte afirmação:

      “o PSDB possa dar a um governo liderado pelo PT exatamente a expertise econômica que falta a Haddad. ” que é absolutamente risivel, onde este alemão ficou nestes 20 anos de Brasil? Nos corredores da globo ou da folha?

  1. fascismo

    Infelizmente, o pensamento fascista está disseminado . Até pouco tempo atrás, disfarçado , mas agora não mais. 

    A resposta do Brasil contra o fascismo seria um segundo turno com 2 candidatos democráticos. Um perigo Bolsonaro e 

    sua turma chegar ao segundo turno das eleições. 

  2. Eh a politica…

    Eh mais ou menos esse o pensamento da maioria dos jornalistas. Fazem um amalgama entre PT e PSDB sem compreensão de suas profundas diferenças e menosprezam a politica. Ao procurar uma antiga colega, que nos anos 90 era Lula e PT, vi que em sua pagina facebook esta cheia de posts pro-Bolsonaro. Fiquei boquiaberta, pois minha colega, promissora jornalista, muito viva e inteligente, embarcou no antipetismo ao ponto de apoiar o que me parece mais boçal na politica brasileira atual. Enfim, como dizia um coelga das antigas “jornalista deveria estudar Ciências Politicas muito antes de fazer alguma escola de jornalismo”.

  3. P?DB

    O P_?_DB deveria começar a fazer uma autocrítica de verdade, se vale mesmo a pena ainda tentar esconder do povo brasileiro, que ele é nada mais nada menos do que os escombros de um partido que iniciou sua vida defendendo a social democracia. Desde o início já estava contaminado pelo vírus do neoliberalismo, e não demorou muito para mostrar a sua face privatizadora, defendendo venda de ativos do país, desregulamentações e por aí vai. Não é a toa que muita gente boa do partido pulou fora quando percebeu que o destino era o limbo. A partir daí só o que podemos analisar são estas figuras “carismáticas” que conduzem o partido até hoje: Aécio, FHC, Serra, Alckimin e o rei do Ceará Tasso Jereissati. É o império da mediocridade, a convergência das forças gravitacionais que orbitam FHC, que virou um verdadeiro buraco negro chupando as estrelas anãs do entorno. Basta comparar Lula com FHC para mostrar como são medíocres.

    Por estes dias apareceu o rei do Ceará, com cara de cachorro magro chorando migalhas e fazendo mea culpa das merdas que fizeram. O que eles esperavam disto tudo, que surgisse uma nova Suécia?

    Poderiam ter um pouco mais de coragem de admitir que o P?DB não passa hoje de um balaio de bostas.

  4. Se nos mete um enjôo de

    Se nos mete um enjôo de bêbado ver Haddad dando a mão a Renan Calheiros, e Eunício Oliveira, entre outros do mesmo naipe político, todos semrpe declarados anti-petistas, e golpistasexaltados, por outro, a gente toma um anti-espasmódico, engole-o no seco, e aceita qualquer negócio, mais que nunca, se a coisa voltou, agora para interromper a subida de um segundo Collor de Mello, que não terá outra finalidade após a posse – que Deus nos livre disso -, senão partir para uma prseguição a muitos brasileiros, com medidas drásticas, com tintas de crueldade contra quem definitivamente em seu governo poderá se valer da justiça, se essa também estará enfiada até a medula, como já se encontra, nos maus-feitos. Mais uma vez, Executivo, Legislativo, Judicário e imprensa estarão unidos numa ditadura, talvez ainda pior do que aquela ainda tão presente em nossas cabeças.

    Refletindo sobre o post, pensei sobre o que poderia ser hoje nossa vida se o PSD tivesse agido com mais coerência, preservando sua história, respeitando a democracia, sem jamais ter feito parte de um grupo de brutos, ignorantes, manchando o perfil de muitos tucanos, antes tão respeitados, e que nessas corrida para as urnas, encontra-se tão despretigiado, justo por essas ações medíocres a que se submeterm, mais por vaidade, truculência, e pra defender quem tanto logo so os envergonhou. 

    Pensei que Bolsonaro já estaria com seu piso e teto definidos, sem mais mudanças, seguindo uma análise de Marcos Coimbra há alguns dias. Mas, pelo andar da crruage, o piso, sim, é mais firme que uma rocha, que entou não sai. Por outro lado, quem ainda não entrou, está começando a fazer parte da roda, e virão outros, todos anti-petistas, que vão prefeir qualquer coiso a dar as mãos ao PT. 

    Thomaz fez um retrato ótimo do que poderia ter sido, e ainda terá chances, se os partidos mais tradicionais se unirem nessa reta final. Ou isso, ou Bolsonaro na cabeça. Parece ser essa a trajetória dos resultados, sem uma aliança bem definida. 

     

  5. Se esse candidato vencer a

    Se esse candidato vencer a responsabilidade é do eleitorado que o elegeu…………..

     

    isso é uma democracia, se o eleitor quiser votar num candidato que prega tempos obscuros que assuma as responsabilidades de sua escolha……

  6. O que PT e PSDB praticaram

    O que PT e PSDB praticaram foi um jogo político do tipo perde-perde-perde. Perderam ambos e o país. Sou eleitor da Esquerda, petista, mas e sobretudo, procuro ser honesto com os fatos e sincero nas opiniões. 

    Na chamada guerra “fria”, quando o Mundo se viu dividido entre dois pólos geopolíticos antagônicos – EUA(capitalismo) X URSS(comunismo),  a solução encontrada para evitar o armaggedon foi o surgimento de uma doutrina, não explícita, mas tácita,  conhecida como MAD-Mutual assured Destruction, que seria, como o próprio indica, a recíproca certeza da destruição mútua dos beligerantes em caso de um conflito declarado e aberto. 

    Foi tal perspectiva de aniquilação que, ironicamente, permitiu a coexistência da duas potências, ficando para periferia(zonas de influências) do Mundo se esfalfarem em guerras e guerrilhas fratricidas e regionais. 

    O PT e PSDB sempre possuíram,  e ainda possuem,  algumas distinções ideológicas claras. Isso é inegável. Agora muito longe de os tornarem jogadores de um jogo no qual só perdedores houvesse. Instituíram um MAD político não como uma blindagem para evitar o cenário de terra arrasada, mas – eis a tragédia – como teleologia política!

    Enquanto isso, a cadela do fascismo………………….

  7. Nem PT, nem o Coiso

    Meu caro Thomas: você deve saber que o PT boicotou uma Frente Democrática e levou o povo brasileiro a dançar na beira desse precipício que você também reconhece. Jaques Wagner (PT) e o governador Flávio Dino (PCdoB) manifestaram-se publicamente. Os dirigentes do PT foram egoístas e arrogantes,colocaram os interesses do partido acima dos interesses do povo brasileiro. Isto não é opinião; são fatos (leia a entrevista dos estrategistas do PT ao Nassif).

    O Brasil precisa de um presidente com autoridade própria para enfrentar não apenas os golpistas, mas os fascistas (inclusive militares fascistas). Milhões de pessoas repudiam o Coiso e outros milhões repudiam o PT.

    Haddad não tem voto próprio. Depende dos votos de Lula para passar pelo primeiro turno. Depende do Voto Útil para vencer o Coiso. Haddad é um político correto, honesto, inovador. Mas não tem, neste momento, um lastro político próprio para ser o Presidente da República. Hoje, Haddad é o cara certo na hora errada.

  8. PROJETO FASCISTA-ABSOLUTISTA QUIZ SOCIAL-DEMOCRACIA. QUANDO?

    Caro sr. Thomaz, a sua matéria e questionamentos são os melhores que vimos em décadas neste país. É a visão pouco Ideologizada, pouco Messiânica, pouco Farsante que nossa Imprensa costuma replicar. É a Pergunta que todo Brasileiro faz. ‘Loucura é fazer as mesmas coisas, da mesma forma e querer resultados diferentes’. Quando que um Golpe Civil-Militar Fascista, e em decorrência, todas as novas Legislações e Elites que surgiram a partir desta nova Estrutura de Poder, poderiam e quereriam que se resultasse em Democracia? A resposta é muito fácil e óbvia. E esta representada nestes 88 anos de Estado Absolutista com suas Elites se degladiando pelo Poder. O Povo Brasileiro, desde 1930, ficou alijado do Processo e do Comando. Farsante Democracia sem Povo, sem Cidadãos. Ditadura de Federações, Ditadura de Corporações, Ditadura de Cartórios, Ditadura de Feudos,…Caro sr., se até a OAB, estrutura que deveria representar a Profissão Senhora das Leis e Liberdades Civis é uma Estrutura Ditatorial, como resultar em Democracia? Loucura ou Alucinação? O Melhor que este país tem a oferecer é subtraído da Cadeia de Comando. Vimos isto com Celso Amorim, Eliezer Batista, Delfim Netto, Ozires Silva, Othon Pinheiro,….e outros milhares. Replicamos a Estrutura Absolutista Fascista. Agora mesmo temos duas consequências desta Ditadura fantasiada em Democracia. Irmãs Siamesas deste projeto. Pensam ser antagônicos, quando duas faces da mesma moeda. Enquanto isto, por ignorância ou incompetência, a saída republicana representada pelo Socialismo de Ciro Gomes juntamente com o pragmatismo e competência de Katia Abreu são jogados ao abandono. E seria justamente nossa maior possibilidade democrática. Mesmos com todas omissões, defeitos e indecisões do Candidato, que a esta altura da Vida Pública, já deveria ter alcançado um grau de evolução maior. Mas revela o Estado Brasileiro que toda a Nação conhece na porta da sua casa. Uma visão estrangeira percebe isto tão claramente. O país que tropeça nas próprias pernas. Um pobre país rico. Nossa “Democracia” de Povo sem poder. De Voto Obrigatório. De Urna Eletrônica. Excrecência que se quer pensar vanguarda. IDH Animalesco expõe a realidade. abs.  

  9. Está explicado, eram outros dois partidos…

    Já foi dito aqui, mas não custa repetir: o PSDB não é, nem nunca foi, social-democrata. Nem mesmo bem no comecinho, quando ainda era o partido de Mário Covas e Franco Montoro. Lá, poderia ser algo análogo ao Partido Radical francês. A evolução posterior o transformou num partido de direita, defensor do que há de pior no neoliberalismo, e, no momento crucial da sua história, veículo do antipetismo delirante. A partir da infeliz campanha de Serra em 2010, com seu apelo ao antiabortismo, o PSDB se transformou em instrumento da extrema-direita – até que a extrema-direita o substituiu como expressão organizacional do antipetismo.

    Se tivesse havido uma aliança PT-PSDB no momento em que ela foi, ou pelo menos pareceu, historicamente possível – o governo Itamar – as coisas teriam sido diferentes? É possível; mas neste caso, a direita não teria deixado de existir; simplesmente teria tido de se expressar de outra forma. Teria sido o PFL, ou o PMDB, ou a aliança dos dois, mais o PP, ou o movimento iniciado pelo Enéas, ou alguma outra coisa. Mas se a aliança PT-PSDB tivesse implementado as ações de governo que o PT promoveu de 2010 a 2014, o PSDB teria perdido a sua base social, que não aceitou essas ações, e teria sido igualmente reduzido ao tamanho que tem hoje. E a oposição a essas medidas teria sido capitaneada por outras agremiações, que não teriam deixado de derrubar o governo Dilma.

    No fundo, o que o colunista alemão faz é pensar nos marcos do regime do seu país, o parlamentarismo. Nessa lógica, governos se formam rapidamente expressando a relação de forças no parlamento. E aí talvez tivesse sido viável um governo de união nacional (não de união da social-democracia, mas de união nacional mesmo, direita com esquerda com tudo junto, talvez até o supremo) no momento da crise de 2015. Aí o mais provável é que teríamos as medidas de “austeridade” implementadas por um governo PT-PSDB, por que essa parece ter sido a disposição da direita do PT naquele momento. Teria havido talvez mais “competência” na execução dessas medidas, mas isso só teria piorado o quadro do ponto de vista social.

  10. Não tem jeito de suicidar

    Não tem jeito de suicidar quem já foi assassinado. E os assassinos foram muitos, dentre eles o psdb que  agora quer se posar de democrático. Não vejo porque o boçal posssa ser pior do que o psdb (ou qualquer outro fantoche da globo). Ao menos a hipocrisia seria menor.

  11. Social o quê?

    Nassif: desde que admitiu-se o PSDB como partícipe da SocialDemocracia a coisa avacalhou-se. Perdeu o sentido, por desvirtuação de propósito. Na verdade, por trás de um Partido Político o que vemos é uma cúpula de corruptos e ladões, capazes de manobras pra que seus crimes só venham à tona quando prescritos. Tem lá muita gente boa, isto não se pode negar. Mas que há salafrário, principalente no alto comando, saindo por todos os lados esta coisa é iniegável.

  12. Realmente é um mistério

    Estava tudo pronto para se estabelecer um bipartidarismo PT & PSDB no país, o que daria estabilidade, afastaria aventureiros e relegaria à extinção os velhos dinossauros da nossa política. Mas o que era fácil se complicou de um modo difícil de explicar. A diatribe dos petistas contra os tucanos é mesmo um mistério, para eles o PSDB se tornou o que há de mais à direita em nossa política, o que pode ser conferido nas postagens abaixo nesse mesmo artigo. Mas os mesmos comentaristas cheios de raiva contra o PSDB nunca viram nada de errado que o PT se aliasse a partidos como o MDB e levasse à vice-presidência um cidadão chamado Michel Temer, sem dúvida um digno aliado e simpatizante do socialismo, né? Direita é PSDB…

    Já o PSDB paga o preço de sua covardia. Originalmente um partido social-democrata que se tornou liberal por força das circunstâncias, não quis assumir seu legado do Plano Real, que foi apropriado pelo PT, e ao contrário, ensaiou um patético retorno ao discurso social-democrata, que não convenceu ninguém. Ficou desmoralizado, e no vácuo que se abriu, entrou Bolsonaro. Agora é aguentar as consequências.

     

    1. FHC

      E onde o FHC esconderia seu enorme ego ? Sua inveja ? de homem bem nascido “dipromado” , aliando-se ao partido de Lula ? . E sobrou o PMDB que facilitou a vida do PT no congresso Nacinal, podendo realizar muitas coisas que não conseguiria sozinho. Mas a ganância , a traição , a mídia, o tucanato , “olho-grande” de multinacionais, dentre outros tantos fatores , desaguou nisto tudo que está aí. Fiquei até contente por não terem permitido a candidatura do Lula. Já sofreu muito e o país não merece mais nenhum sacrifício de parte dele.

      1. Tenho a impressão…

        Tenho a impressão que a grande maioria dos ataques de petistas a FHC são ataques pessoais. Dirigem-se sobretudo à figura emproada, às maneiras refinadas e à posição aristocrática dele, como se ego inflado e preciosismo não fossem lugar comum em nossa fauna política.

        Continuo incapaz de compreender como os petistas consideraram absurda uma composição com FHC, mas perfeitamente plausível uma composição com indivçiduos do naipe de Michel Temer. A menos que você queira me convencer que FHC está à direita de Temer…

  13. PSDB partido social-democrata? Só no mundo das siglas…

    No momento da fundaçao, talvez sonhasse em ser. Mas na prática nunca foi, se associou ao PFL logo depois, e representou fielmente a Direita brasileira. Que a terra lhe seja leve…

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