Aldo Fornazieri
Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.
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As nuvens da crise política, por Aldo Fornazieri

Um governo que anda ladeira abaixo, o principal partido governista (PT) mergulhado em profunda crise, instituições e governantes deslegitimados como mostra a pesquisa Datafolha e uma oposição que flerta como o golpismo, eis os principais componentes que formam as pesadas nuvens que surgem no horizonte e que ameaçam se precipitarem em forte tempestade. Essas circunstâncias são agravadas pelos resultados econômicos desastrosos de 2014, pelas más perspectivas futuras da economia, pela inflação corrosiva, pela elevação de tarifas e pelas tendências de agravamento da crise hídrica e energética. A falta de planejamento e erros de governantes nas diferentes esferas federativas geram  esse ambiente de decomposição política e institucional. As eleições de 2014 não conseguiram relegitimar as instituições e  governantes que haviam sofrido uma perda de apoio e de legitimidade nas manifestações de 2013.

Se o governo Dilma havia trilhado o erro econômico e a inépcia política no primeiro mandato, o início do segundo vem se revelando desastroso. O pós vitória no segundo turno e a posse não foram marcados por nenhuma atitude de Dilma e do ministério que apontasse um novo rumo para o Brasil. A primeira medida de interesse público foi tomada ainda no final do ano e consistiu no corte de benefícios sociais. De forma autocrática, a medida foi adotada sem negociação com o setor sindical, gerando descontentamento de aliados e opositores. O governo acenou com negociações somente após a edição da Medida Provisória. Se recuar agora em algum ponto, será um sinal de fraqueza e resultará em maior desgaste.

O governo e o PT se uniram para produzir uma derrota humilhante na disputa para a presidência da Câmara dos Deputados. Qualquer analista que adotasse um ponto de vista realista saberia que um confronto com o PMDB resultaria em derrota. No início do processo, o PT poderia ter buscado um candidato de composição com o PMDB. Mesmo consolidada a candidatura de Eduardo Cunha, o mais lógico ainda seria a busca de um entendimento fundado em compromissos com o peemedebista. Mas o PT e o governo preferiram evidenciar o seu isolamento na Câmara dos Deputados apostando no confronto. O que há por trás desse erro é uma visão tacanha e exclusivista do exercício do comando político. Os teóricos da política, particularmente Maquiavel e Gramsci, nos ensinaram que o exercício da hegemonia requer que a força hegemônica faça concessões aos aliados. Sem isto, essa força, com o tempo, se isola e será derrotada. Um bom governo é aquele que sabe avançar com reformas e mudanças compondo forças e interesses. A inépcia política do governo Dilma e do PT, seja em relação aos demais partidos, seja em relação à sociedade, os está conduzindo a um isolamento crescente.

Em relação à Petrobrás, o governo preferiu que a empresa ficasse sangrando publicamente ao invés de adotar medidas para contornar a crise. A antiga diretoria não tinha legitimidade e capacidade de gerir a empresa desde o ano passado. O governo teve a oportunidade de trocar de forma natural a diretoria com o início do segundo mandato, pois o desgaste tornaria a troca inevitável. Ao invés de antecipar-se, o governo preferiu ser comandado pelo inevitável, demitindo a diretoria sem ter substitutos. Mesmo quando poderia ter produzido um fato positivo escolhendo um novo presidente da Petrobras com reconhecida competência no ramo e de ilibada reputação, o governo preferiu escolher alguém que causa dúvidas quanto à capacidade de tirar a empresa da crise e que, segundo as informações públicas, enfrenta passivos morais.

A Crise do PT e o Golpismo de Opositores

Se a crise do PT já era grave por conta do mensalão e de outros escândalos, a Operação Lava Jato pode se tornar “a pá de cal na imagem do partido”, como afirmou Zé Dirceu. As causas da crise são variadas: passam pela corrupção de setores partidários, pelo bloqueio de debate interno, pela perda de capacidade de formulação programática e pelo enfraquecimento de sua direção. Esse último aspecto está ligado a uma mudança morfológica interna.

Desde a sua origem, o PT se estruturava, se organizava, definia seus programas políticos e escolhia as suas direções tendo como centralidade as correntes político-ideológicas internas. A disputa entre as correntes configurava a espinha dorsal do partido. Independentemente de seus erros, José Dirceu e outros líderes históricos do partido imprimiam uma direção forte e reputada ao partido junto aos seus interlocutores e à sociedade. As correntes internas, embora continuem existindo, perderam relevância e capacidade formuladora. O partido se transformou numa federação de mandatos parlamentares e de detentores de cargos executivos. Assim, os interesses eleitorais imediatos substituíram a elaboração estratégica constituindo uma das principais causas das rachaduras que conformam a crise do PT. Embora a preeminência das correntes causasse certos embaraços políticos, com a supremacia dos mandatos o partido ficou pior.

A adoção do sistema de cotas para compor os diretórios também foi um fator que contribuiu para o enfraquecimento das direções do partido. Se as cotas são plenamente justificáveis quando se trata da realidade social e econômica – esfera das necessidades – a sua adoção na atividade política – esfera da liberdade – tende a produzir um rebaixamento da capacidade de direção. O apelo dos dirigentes para que a militância defenda o partido já não funciona, pois as desconfianças e decepções contaminaram boa parte do eleitorado e dos militantes petistas. Ou o partido pune quem tem que punir, se renova, se reorganiza e busca novas capacidades e novos rumos ou os apelos pueris cairão no estéril campo da descrença. 

Se o campo governista está marcado pela crise do PT e pela voracidade do PMDB, a oposição não oferece melhor saída. Se o combate à corrupção é necessário, ele é de pouca serventia para a oposição, pois a população sabe que esses partidos estão incursos nas mesmas práticas danosas ao interesse público. O fato é que a oposição não é capaz de oferecer alternativas aos problemas que o país enfrenta e nem apresenta outra saída estratégica. Pelo contrário, setores da oposição apostam na crise flertando com a saída golpista do impeachment.

A tese de Ives Gandra Martins de que o processo de impeachment pode se fundamentar apenas na culpa, mesmo sem dolo – já devidamente critica por outros juristas – é perigosa, senão por outros motivos, por um simples fato: a rigor, todos os governantes são passíveis de serem acusados de culpa e de omissão. Se Dilma pode sofrer processo de impeachment por conta da crise da Petrobrás e da economia, por que Alckmin não o sofreria por conta da crise da água e do escândalo do metrô? Embarcar na tese de Ives Gandra representa embarcar na canoa da desestabilização política do Brasil. Haveria um festival de proposições de impeachment, não só contra Dilma, mas também contra governadores e prefeitos.

O melhor que Dilma pode fazer para refutar a proposta de impeachment é tomar as rédeas do governo e do Brasil e mostrar a que veio o segundo mandato. Caso contrário, o crescimento do tumulto das ruas será inevitável. As demandas sociais crescerão por todos os lados. Não há nenhum sinal de que o Congresso – marcado pelo conservadorismo – possa dar respostas às aspirações da sociedade. A pesquisa do Datafolha é devastadora para a imagem da presidente. Ou ela reage com medidas contundentes e estanca o festival de erros do governo ou a tormenta política se precipitará dos céus trazendo o imponderável.

Aldo Fornazieri – Cientista Político e Professor da Escola de Sociologia e Política.

Aldo Fornazieri

Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.

16 Comentários

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  1. menos, como diria 

    menos, como diria  comentarista otimista.

    apesar de tudo que se vocifera na grande mídia diturnamente contra dilma e o pt,

    acredito que essa situaçãopode ser revetida.

    a ver…

  2. O PSDB perdeu as eleições,

    O PSDB perdeu as eleições, quando tinha certeza da vitoria, agora esta na ultima tentativa desesperada de virar o jogo, igual o jogador de truco, que ve a derrota, sem cartas boas, truca no facão. Se o oponente tiver medo, foge e da a vitoria ao facão, mas se o oponente tiver coragem, esfrega zap e sete copas na cara do facão. As ultimas noticias dizem da venda de 40 po cento da Abril. O Estadao esta a venda. A globo fechou no vermelho o ano de 2014. È so jogar o jogo da paciencia e aguardar a vitoria.  

  3. Desta vez não há bodes expiatórios

    O escândalo do chamado mensalão já trouxe um certo abalo ao apoio de que o PT desfrutava entre a população, mas as perdas foram relativamente restritas. Primeiro, porque a situação não era suficientemente clara para realizar uma distinção entre a real responsabilidade do partido e os exageros promovidos pelos adversários. Segundo, porque os bons resultados da economia, a sequência de boas notícias, o sucesso da inclusão, tudo isso contribuiu positivamente para a imagem do partido.

    A situação é completamente diferente agora. Estamos em uma segunda fase do processo que se iniciou com as manifestações de rua de 2013.

    O que, então, era uma expressão de desencanto e revolta, principalmente, da classe média emergente, foi se espalhando silenciosamente nos últimos dois anos para outras camadas. A queda abrupta de agora já estava latente. O apoio que existia antes da eleição já era condicional, fruto do crédito acumulado pelo partido nos anos bons somado à expectativa de correções de rumo no segundo mandato de Dilma.

    As expectativas foram frustradas, e a perda da batalha da comunicação fez o resto do serviço. Resultado, o PT perdeu a maior parte do apoio de que desfrutava. Aliás, os demais partidos também perderam parte do pouco que tinham. O descrédito é geral.

    Vejo como principal diferença, em relação à época do mensalão, o fato de que o governo do PT não tem a quem responsabilizar pela situação atual. Não há herança maldita, não há inimigos poderosos a serem combatidos, não há nada. Aos olhos da população, a crise econômica foi produzida pela gestão Dilma. O escândalo da Petrobras é muito mais claro que o do mensalão, mais fácil de explicar, e também muito mais grave. Dizer que a roubalheira na estatal sempre aconteceu não limpa a imagem do partido; apenas corrobora o que a população já sente: não dá para confiar em governos e partidos.

    Somem-se a isso os fatores conjunturais – o caráter recessivo do ajuste, com a readequação de benefícios sociais, e a crise energética – para termos mais lenha na fogueira que começa a arder.

    Ao analisar os movimentos de junho de 2013, fiquei com a impressão de que não havia risco de ruptura institucional, pois o movimento era majoritariamente de classe média, sem envolvimento das classes populares.

    Minha percepção, agora, é o de que, em dois anos, percorremos 50% do caminho que nos separava de uma crise institucional. O abismo está mais próximo. Enquanto isso, os partidos tradicionais parecem preocupados apenas em garantir o seu. 

    Podemos estar à beira de uma explosão popular. Basta que a ameaça de falta de água e de luz se concretize, sem ação organizada do poder público para amenizar e combater os efeitos. A época da proliferação dos casos de dengue também está chegando.

    Dá vontade de dizer: apertem os cintos. Precisamos, mais do que nunca, que as instituições, os poderes constituídos e os partidos políticos cumpram seu papel o melhor possível.

  4. Usou demais a palavra “desastroso”

    Acho que estão dando importância demais ao noticiário do PIG. Mesmo o Aldo Fornazeri parece ter caído nesse mundo de realismo fantástico do PIG. Por exemplo, os resultados econômicos de 2014 foram ruins, mas não desastrosos, ainda mais com a economia mundial patinando. Além disso, essa imagem de mar de lama dentro do governo já vem de muito tempo. Lembram do mensalão e das manifestações de 2013? Pois é, a Dilma, mesmo assim, ganhou a eleição.

    Não acredito que tanto a oposição quanto o PIG ainda tenham capital político e respaldo com a população para conseguir um IMPEACHMENT. Talvez papai noel exista, quem sabe?

    Mas o que eu vejo é um total desencanto por parte dos setores que apoiaram a reeleição de Dilma. Isso é um erro dos graves, pois, nesse momento, ela precisa de um voto de confiança e da ajuda destes setores, critçar a sua reclusão é muito fácil, vejamos pontos positivos. TODOS sabiamos sobre o seu caráter e sua conduta. Porque se espantar agora com o que ela sempre foi? É bem provável que ela deva estar esperando o desfecho da lava jato que, em breve, deve  denunciar nomes em todo o espectro político brasileiro. Vamos esperar.

    Vamos dar a ela mais um voto de confiança e esperar, denunciando a esquisofrenia piguenta, sem nos deixar contaminar, defendendo a estabilidade política no nosso campo. Se está difícil para nós aguentar esse cerco midiático, imagina para ela?

    Por outro lado, essa tempestade sobre o governo pode ser bem salutar, pois, muita gente está mostrando a verdadeira face, violenta, golpista, autoritária, antipolítica e covarde. Não nos acovardemos e vamos a luta.

    É possível que estejamos prestes a passar por um período de grandes transformações políticas, para o bem. A  ver.

  5. (Já postei o que vi e ouvi de Aldo no DCE-UFRGS)

    foi há muuuuuito tempo, em Porto Alegre, acho que Freud explica, psicologismos à parte. E não vou repetir o acontecimento  (quem viu, viu; quem não viu, não vê mais)   

        😉

  6. Renovação profunda (plagio Tarso Genro, seg o Estadão.

    teria afirmado, durante festa de 35 anos do PT. Bem antes, Genro já falara (todos viram isso) por uma renovação. Olívio Dutra já defendera imediata renúncia de uns, cortando na carne; Vicentinho única voz (só pelo que vi na mídia) disse que Pizzolato deveria ter ficado no Brasil. Minha modesta opinião, é que já pasou da hora há muito e muito e muito tempo de uma renovação no PT (em quem nem sempre voto, e votei em Dilma por achar que ela tava certa ganhar, votei na Luciana. Fui e vi por dentro, até o limite de simplicíssimo militante de base, o PCdoB, o PCB-Porto Alegre, e simbolicamente o PT-Porto Alegre. Não sou fiel, só Deus e a Irmandade são fiéis. Durante as eleições fui dos poucos que reclamou a despolitização da campanha.

  7. E então………………

    Anaslise que merece relexão, contudo faço algum reparo.

    Se há uma acomodação do PT, e da Presidente Dilma, e na demora em responder as demandas, o mesmo pode ser dito da oposição e com uma agravante.

    Eles não tem nenhuma alternativa, e ficam somente no discurso de criticar!

    Se estão flertndo com o impeachment, que paguem pra ver, pois os acomodados, os iletrados, os bovinos irão se posicionarem, e se já está ruim, pode piorar ainda mais!!!

    O Brasil não é mais o mesmo de 50 anos atrás, e os coronéis midiáticos, aliados a interesses saqueadores externos pensam se banquetear com a divisão da nação, que paguem pra ver! 

    Depois não venham chorar !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 

  8. O PT PRECISA DE RENOVAÇÃO!

    CRÍTICA CONSTRUTIVA!

    O PT tem cerca de um milhão de filiados no país. Se houvesse uma campanha, para que todos enviassem emails aos senadores contra essa aberração política:

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.353408031461532.1073741837.300330306769305/353408038128198/?type=3&theater 

    É preciso pedir que a proposta seja desengavetada, com a rejeição de seu absurdo relatório; e também que façamos manifestações na frente do Congresso por isso. Estamos falando do 

    REFERENDO REVOCATÓRIO DE MANDATO,

    nosso direito de cassar políticos por iniciativa e voto popular, a mais eficiente ferramente contra a corrupção. Se o PT, sua militância e movimentos sociais, tivessem lutando abertamente por isso, a Dilma teria engolido o Aécio Neves durante os debates, quando ele falava em corrupção, e sua bancada no Congresso seria o dobro do que é hoje. 

     O PT (e todos os demais partidos) precisa se modernizar, como o Syriza da Grécia, e abrir as portas para seus militantes através da internet. 

    Os partidos só agregarão mais militância, se os filiados puderem participar de seus debates de forma oficial, pela internet, inclusive para deliberações. Saiba mais sobre a NOVA POLÍTICA:

    http://democraciadiretabrasileira.blogspot.com.br/2015/02/partidos-com-democracia-direta-e-um.html

     

    1. Discordo, dessa adoração ao povo, às militâncias

      e olhe que tenho tendência anarquista, aqueles que foram alijados e persegidos já em 1917, fuzilados, ostracismos a partir de 1922, ou vistos sob galhofas, ah, os sonhadores, individualistas (há várias correntes do anarquismo, entre elas o individualismo revolucionário-social).

      1. Não é adoração!

        A democracia direta apoia-se na ciência por um lado, e na incorruptibilidade do povo por outro. São essas duas bases que sustentam democracias como a da Noruega, Suíça, Alemanha, etc. O povo tem poucas condições de ser um protagonista criador no processo democrático. E normalmente está limitado a ouvir os debates dos peritos em cada assunto. Nada é discutido fora da ciência e do conhecimento. O povo tão somente decide as controvérsias geradas entre os próprios peritos, evitando que decisões sejam vendidas, por quem está no comando do Congresso, prejudicando o país. Da mesma forma, isso ocorre internamente nos partidos. Com o passar do tempo, devido a esse poder deliberativo, o povo fica extremamente politizado, e a sociedade progride, na medida em que as portas para a corrupção são fechadas. Principalmente aquelas por onde passam a venda de decisões políticas contrárias aos interesses do país:

         https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/314356765366659/?type=3&theater

          1. Grato pelo seu comentário,

            muito grato. Acessarei os 2 links que você cita. Por gentileza, poste mais sobre o assunto nos Posts do Dia, muita gente tem preguiça de clickar nos links. Eu acessarei seus links indicatos. Novamente grato !!! Você tem contatos em Porto Alegre?Me diga, pode ser por mensagem interna, privada, clickando em meu apelido (identidade total de conhecimento do GGN Equipe do Nassif.

             

          2. democracia direta, outro comentário a você e 1 sugestão

            Sugiro que o blog democracia direta fixe no modo Flipcard, e não no Clássico. Há blogs de mesmo domínio que fazem, fixam em Flipcard, isso ajuda muito a leitura já pelos títulos que resumem os artigos e notas. Sugiro, então, que artigos seus ou reproduçéos, você deixe pro extenso, quando assim forem menos curtos – parte do pessoal, presumo, não expande, não lê o comentário inteiro. É a pressa, somos escravos da ligeireza (da leitura superficial, do pensamento e conslusões precipitadas por vezes interpretadas erronemaente.). saudações , sou pela democracia direta, isto já está na Constituição, porém impedida de se por em prática pelos tais representantes do povo. saudações, Humberto – Porto Alegre e Recife. Porto Alegre, como voce sabe, é a capital, ainda que menor que as principais, onde há mais civilidade, mais preocupação com a cidadania e com a partidfcipação direta, o caso dos Consehos Participativos eu acho – só presenciei um, confesso – são ou foram manipulados pelos l-íderes oficiais ou paraoficiais, ou lideranças que dificultam e inibem as falas dos que vão participar. Pense neste probelma, gostaria de ver suas alternativas para tais aparelhamentos, desvirtuando a democracia direta.

      2. O povão é pouco expressivo como protagonista criador!

        É possível, que se fique anos a fio, sem uma única participação ativa do povo militante dentro de um partido, limitando-se a ouvir os debates entre seus especialistas; mas na hora que alguém for pego roubando, ou traindo o partido, como fez o Vaccarezza, os militantes devem ter direito, e meios hábeis para convocar um plebiscito para acionar o conselho de ética, e cassar o sujeito por voto dos filiados. Além do que, só da militãncia ter um espaço seu, onde encontra tudo sobre o partido, inclusive as prestações de contas, podendo travar qualquer debate informal (ou mesmo formal) entre si; isso dá uma sensação de respeito, e agrega muito mais gente ao partido.

        Se osfiliados puderem influir nas votações do partido no Congresso, não tem mais como se vender o voto, acaba a corrupção. Porque não é possível de se comprar todos os militantes. 

  9. Não a deixem só!!!!

    Quem foge do navio primeiro são os ratos! Sejam homens e afundem junto!

    “Se Dilma pode sofrer impeachment por conta da Petrobrás, por que Alckmin não o sofreria por conta da crise da água e do metrô? “

    Essa é fácil. Porque Dilma presidia as reuniões que decidiam no conselho da Petrobrás (já a Alstom e Siemens são estrangeiras) e como ministra de energia criou os erros; Alckmin não comanda a chuva (embora pudesse ter se precavido).

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