Candidatura de Lula não tem sentido, diz Wanderley Guilherme dos Santos

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Francisco Proner
 
 
Jornal GGN – O cientista político Wanderley Guilherme dos Santos publicou artigo, no dia 16, indicando que Lula deveria desistir de levar “até o fim” sua candidatura a presidente da República em 2018 e apontar rapidamente ao PT o nome do postulante a ser prestigiado pelo partido.
 
No artigo chamado “A hora do lobo de Luiz Inácio”, Santos explica que “a hora do lobo é a hora da solidão interna”, a hora em que Lula deve estudar as medidas necessárias para unificar as esquerdas, porque sua fragmentação “equivale a criar inesperada oportunidade a uma direita sem rumo”, alertou.
 
Ainda de acordo com Santos, “a direita só chegará à presidência da República com o auxílio involuntário do Partido dos Trabalhadores”. E como Lula é o cérebro e coração do PT, cabe a ele a difícil tarefa de reorientar o partido após sua prisão.
 
“A esquerda isolada não elege presidente da República. Foi Lula, seu discernimento, que dobrou o sectarismo da opinião vigiada e punida quando, antigamente, divergia do velho Partidão”, ressaltou.
 
 
Por Wanderley Guilherme dos Santos
 
No Segunda Opinião
 
A hora do lobo de Luiz Inácio
 
A direita só chegará à presidência da República com o auxílio involuntário do Partido dos Trabalhadores. A estratégia do PT obedece às diretivas de Lula. Segue-se que o obstáculo a que Joaquim Barbosa – o cavalo de Troia que a direita busca contrabandear – impeça a reconstituição democrática, encontra-se no discernimento do ex-presidente Luiz Inácio.
 
Submeter a plebiscito algumas das aberrações decretadas por Temer, por exemplo, jamais seria cogitado por tal demofóbico. No momento, fragmentar a esquerda equivale a criar inesperada oportunidade a uma direita sem rumo. Não é centralizando frentes de siglas sem voto ou efetiva representatividade que se evitará o abismo autofágico. Ao contrário, este talvez resulte da ambição de parasitas inoculados em movimentos de massa. Lula pode implodir a manobra de concentração burocrática, ou submeter-se a ela, vencido pelo estalinismo historicista que o cerca.
 
A sagacidade do emergente líder metalúrgico conquistou sólida adesão do lado esquerdo da política. O cálculo do sapo barbudo manteve os liderados na senda favorável aos pobres e à democracia. Embora desconfiando dos que cursaram universidades, foram muitos os diplomados que, com ele, colaboraram na construção do primeiro partido visceralmente trabalhista. A Universidade o adotou. Adotou-o, garantindo-lhe a tribuna negada pela mídia e, ainda, considerável fatia de votos surrupiados à classe média. A esquerda isolada não elege presidente da República. Foi Lula, seu discernimento, que dobrou o sectarismo da opinião vigiada e punida quando, antigamente, divergia do velho Partidão.
 
A barafunda de junho de 2013 gerou confusão ideológica na esquerda. Anônimos e mascarados abriram a porta das ruas à direita. E delas a direita não mais saiu, contribuindo para o baixo nível da campanha eleitoral de 2014. Pormenor relevante: a Lava Jato, a rigor, não existia. A demonstração de força da direita, com indisfarçada simpatia da mídia, animou o periférico time curitibano. Tinha padrinhos poderosos. Tinha jogo.
 
À difícil vitória de Dilma Rousseff, apesar da hesitação petista, seguiu-se a contestação de sua legitimidade pelo derrotado Aécio Neves. O mandato de Dilma passou às mãos do Judiciário.
 
Não do STF, mas da Lava Jato curitibana. Sergio Moro reduziu toda atividade política dos brasileiros ao Partido dos Trabalhadores, e comprimiu esse complexo partido aos operadores associados à quadrilha de Pedro Barusco, Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró, Jorge Zelada, com coordenação do doleiro Youssef. Foram dois anos de conduções coercitivas, prisões humilhantes, vazamentos ilegais e ameaças apocalípticas, tolerados a pretexto de revelar o saque patrocinado pelo PT. Indiferente, destruiu segmentos estratégicos da infraestrutura brasileira, de onde os atuais desemprego e abulia empresarial.  Escrevia-se o capítulo inicial da saga “Prendam Lula”, só encerrado com o impedimento da presidente Dilma Rousseff, com prelibação na Câmara dos Deputados, em 17 de abril de 2016.
 
A lembrança não é ociosa porque poucos participantes das libações não estão presos ou em vias de sê-lo, em arrastão que incorporou parte ladravaz do empresariado. Consumado o impedimento, o pelotão curitibano aliviou a exclusiva malignidade do PT, descobriu quadrilhas operando fora da Petrobrás, e, em êxtase, vem anunciando que a sociedade e a economia brasileiras se transformaram em vasto cupinzeiro de corrupção. A Lava Jato replica raros tumores de efeitos colaterais positivos, sem, contudo, promover reparação aos caluniados e arbitrariamente presos. A meta, como sempre, era Lula. Mas nesta gigantesca facciosidade parte da esquerda embriagou-se com o rancor da psicologia reacionária.
 
Em 2010, a alegada marola de 2008 submergiu o planeta. Não obstante, Dilma acrescentou programas à pauta social petista. Ousada ou imprudente, seu primeiro mandato sustentou a generosidade da era de abundância em contexto econômico de soma zero. O conflito consistia em saber quem pagaria a conta social. Ao fundo, a ganância estrangeira pelo pré-sal e o incômodo do Império com as fumaças brasileiras de autonomia nuclear. A hesitação do segundo mandato, com ministério formado com decisiva influência de Lula, espelhou a intensidade da queda de braço. O impedimento de Dilma assinalou a derrota de toda a esquerda.
 
Os petistas aceitaram a tese da hierarquia partidária, debitando o infortúnio à incapacidade de Dilma Rousseff e sua personalidade belicosa. Defeitos nada triviais, embora sem contribuição significativa para a essência do conflito central. Na versão em uso, todavia, a maioria dos militantes imagina que, fosse Lula presidente, o desastre seria evitado. Ilusão sebastianista, exceto se o imaginário presidente cumprisse o programa de Michel Temer.
 
Intrigas à esquerda, o enredo curitibano avançava, valendo-se de excepcionalidades quando necessárias. Surpreendentemente, as derrotas jurídicas extraíram das lideranças de esquerda a reclamação de que a direita estava se comportando como direita! Desde 17 de abril de 2016 ficara selado o destino de Lula e, sem Judiciário e Legislativo, ruas lotadas não comprometeriam o sucesso do projeto “prendam Lula”. Nem as ruas foram lotadas, mas repartidas com a direita em lua de mel com Moro, em Curitiba, e as polícias militares locais.
 
A associação entre inocência penal e direito à candidatura respondia ao ataque direto ao ex-presidente. Mas, apesar da reiteração de que as leis concluiriam pela prisão de Lula, o clamor contra a injustiça penal continuou, por interpolação de cálculo eleitoral, subordinado ao reconhecimento de seu direito à candidatura. Com a condenação em segunda instância, a guilhotina da “ficha suja” vedou a essencial via de sucesso jurídico. O sebastianismo adquiriu, então, uma dimensão mística, exigindo conversão dos eleitores a credo contrário à racionalidade. Sustentar a candidatura Lula “até o fim” não tem sentido político claro.
 
Ou melhor, algum sentido faz. O silêncio de Lula, ignorando a fúria vocabular do “sebastianismo evangélico” contra os que discordam, mantem sitiada grande parte das esquerdas. A chantagem emocional com que assediam históricos apoiadores decepciona. Levantar o sítio à esquerda se impõe como urgente medida reunificadora, indispensável à vitória contra a avalanche reacionária.
 
Não importam os bumbos acampados em Curitiba. O cárcere solitário sadicamente imposto a Lula não é único. A hora do lobo é a hora da solidão interna. A hora de Lula.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

29 Comentários

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  1. Infelizmente tem gente que
    Infelizmente tem gente que não consegue pensar além da próxima esquina ou da próxima eleição,o que dá no mesmo. Unir a esquerda,escancarar as práticas golpistas,prá ficar só no mais óbvio,conta menos de que meu candidato vencer a eleição que nem sabemos se haverá. Ah! Tudo bem, se não houver a eleição é culpa do PT,que insistiu na candidatura do Lula … Tristes tempos em que os desejos dos que se dizem “a esquerda” encontram-se com os da direita.

  2. Infelizmente tem gente que
    Infelizmente tem gente que não consegue pensar além da próxima esquina ou da próxima eleição,o que dá no mesmo. Unir a esquerda,escancarar as práticas golpistas,prá ficar só no mais óbvio,conta menos de que meu candidato vencer a eleição que nem sabemos se haverá. Ah! Tudo bem, se não houver a eleição é culpa do PT,que insistiu na candidatura do Lula … Tristes tempos em que os desejos dos que se dizem “a esquerda” encontram-se com os da direita.

  3. Dançando à beira do abismo

    1) A direita só chegará à presidência da República com o auxílio involuntário do Partido dos Trabalhadores. 

    2) No momento, fragmentar a esquerda equivale a criar inesperada oportunidade a uma direita sem rumo.

    3) Não é centralizando frentes de siglas sem voto ou efetiva representatividade que se evitará o abismo autofágico.

    4) A esquerda isolada não elege presidente da República. E acrescentaria: a esquerda, no Brasil, é residual. 

    5)  Desde 17 de abril de 2016 ficara selado o destino de Lula e, sem Judiciário e Legislativo, ruas lotadas não comprometeriam o sucesso do projeto “prendam Lula”. Nem as ruas foram lotadas, mas repartidas com a direita em lua de mel com Moro, em Curitiba, e as polícias militares locais.

    6) Com a condenação em segunda instância, a guilhotina da “ficha suja” vedou a essencial via de sucesso jurídico. O sebastianismo adquiriu, então, uma dimensão mística, exigindo conversão dos eleitores a credo contrário à racionalidade. Sustentar a candidatura Lula “até o fim” não tem sentido político claro.

    7) O silêncio de Lula, ignorando a fúria vocabular do “sebastianismo evangélico” contra os que discordam, mantem sitiada grande parte das esquerdas.

    8) Levantar o sítio à esquerda se impõe como urgente medida reunificadora, indispensável à vitória contra a avalanche reacionária

    Conclusão: 

    A sucessão presidencial, pela via da oposição, está interditada. 

    1. A eleição é lulismo x anti-lulismo

      É assim que o povo enxerga. Não é o conceito de esquerda x direita acadêmico.

      E se você não está vendo que o lulismo está ganhando em todas as pesquisas, e a direita está fragmentada sem candidato viável ainda, não está entendendo nada.

  4. O sentido é simples: O povo quer Lula

    Todo poder emana do povo, e este quer Lula de volta à presidência.

    Usam de picaretagens várias para que o povo seja impedido de escolher o seu favorito.

    ¡Ojo! Os inimigos mais perigosos são os que estão dentro da cidade sitiada. Muitas foram as que praças caíram, ao longo da história, por conta de infiltrados ou traidores. 

     

     

  5. O Professor Wanderley é mais

    O Professor Wanderley é mais um que não se conforme que o Lula tenha sido presidente por duas vezes e está em vias de ser uma terceira. Os outros que não se conformam são os coxinhas. Não é a primeira nem será a última vez que destila sua sapeiência para atingir ao Lula. Paciência professor, se passou a hora do Lula o senhor está na hora-extra.

  6. Merda! As eleiçoes nao sao o que mais interessa!

    Que adianta deixar de defender posiçoes para ganhar eleiçoes esvaziadas, com quebra das regras do jogo? Isso seria dar aval para uma pretensa normalidade democrática ilusória. Importa ficar com Lula até o último minuto, para defender a democracia, e, se a candidatura dele for impedida, denunciar. Aí talvez escolher um outro candidato, mas que concorra EM NOME DE LULA. Lutar contra o governo ilegítimo é mais importante do que ganhar eleiçoes a todo preço, fingindo que tudo “voltou ao normal”.

    1. Isso mesmo

      Talvez escolher outro candidato…

      Lembro-me quando Perón voltou à Argentina. Os peronistas lançaram a candidatura de Héctor Cámpora, que, eleito, renunciou em seguida para convocar novas eleições, das quais Perón pudesse participar.

      E penso que essa deveria ser a tática. Anistiar Lula imediatamente e renunciar convocando novas eleições.

  7. Exigindo!

    Mais rápidos que a fugaz pesquisa DataFolha (sumiu quase antes de aparecer) e por ela, ainda mais acelerados e afoitos, o bonde oportunista em busca do vácuo político a ser preenchido, que insiste em não apresentar-se, volta a estação da Anunciação Divina, com o cobrador Wanderley exigindo, a favor do motorneiro Ciro, o espaço pensado ocuparem para surpreenderem e vencerem.

    Como não fez-se ainda o espaço reclamado, atordoados, esperneiam cada vez mais ousados e próximos do duplo twist carpado sem o acolchoado, exigindo-o.

    Sei não, se prosseguirem nessa exigência ‘mamãe eu quero’, afoita e lamentável, não conseguida por Marinho & Moro e Cia. ilimitada, pode ser que acabem por torcer em definitivo, os narizes petistas.  

  8. O prof. Wanderley não leu as pesquisas?

    Com todo o respeito, o prof. não está enxergando a realidade gritante à sua frente, confirmada pelas pesquisas.

    1) A eleição gira em torno de Lula. 2) Portanto ficará polarizada entre lulismo x anti-lulismo. Quem vier com estória de 3a. via vai desaparecer na campanha. 3) Então tudo aponta para um segundo turno entre um candidato lulista que literalmente VISTA A CAMISA do Lula contra um candidato do antilulismo, fragmentado nas candidaturas de Bolsonaro, Marina, Alckmin, Joaquim Barbosa e até mesmo Ciro (que quer manter uma imagem distanciada de Lula), se engalfinhando para ver quem vai ao segundo turno. 4) Basta Haddad ou outro petista ser indicado por Lula e fazer a campanha na TV e em todos os lugares com a camiseta “Eu sou Lula 13”, “Lula Livre” (caso ele continue preso), que assume a liderança das pesquisas muito rapidamente.  5) Aliás todos os candidatos a deputado, senador e governador do PT deveriam fazer a campanha com essa camiseta, para aumentar bancadas no Congresso. Coisa que o prof. ignora em sua análise. 6) Boulos e Manuela também devem ser bem votados, mas a razão de ser da candidatura deles é ser um pouco diferente do PT, uma alternativa de esquerda mais purista. Então ninguém receberá tanta transferência de votos como um candidato do PT, porque só esse candidato personificará o voto no Lula-13.

    1. É justamente por isso…

      Por girar em torno do Lula é que o professor pede que ele faça o movimento de iniciar a frente única de esquerda. Não se trata de terceira via, mas de alguém que encarne o lulismo/esquerda com tempo suficiente para obter os votos necessários.

      Imaginar que isso seja possível, aos 44 minutos do segundo tempo, e que, de forma automática, os 30% de votos que o Lula tem em qualquer pesquisa sejam transferidos em questão de dias para esse candidato é puro wishful thinking…

      Quem viver verá: vão ficar todos se lamentando por não ter seguido a estratégia sugerida do Wanderley quando o segundo turno se materiallizar com um belo dum Bolsonaro X Marina!

      Depois não digam que não foram avisados.

      1. É a esquerda de 1982 pedindo q Brizola não candidatasse

        Naturalizar a prisão de Lula para não ser candidato é naturalizar o golpe.

        Não existe resistência de fato ao golpe sem defender Lula livre e podendo se candidatar. Esse discurso é didático para o povo entender o que é o golpe: para não deixar um governo popular vencer.

        Sem isso a disputa presidencial vira escolha de quem será o empregado do mercado financeiro colocado no governo. Mesmo Ciro é candidato a ser mero “fazedor do dever de casa” do que o mercado impõe, ainda que fazendo um discurso crítico, pois ele sequer se esforça para melhorar o nível das bancadas eleitas no Congresso, atirando contra os partidos de esquerda, buscando apoios políticos à direita.

        Olhe a contradição do Ciro: quer se vender como plano B de esquerda, mas empodera a direita. Então não é o PT que exclui Ciro, é ele que passou a tratar o PT como adversário a ser vencido.

        O PT pode escolher um vice (Haddad, Wagner ou outro) que vista a camisa de Lula e fale por ele enquanto Lula estiver preso. Que lidere a campanha “Eu sou Lula” e “Lula livre”. Ganha visibilidade e na cabeça do eleitor já o verá como alternativa a Lula se não puder ser candidato.

        Se Lula não puder registrar a candidatura e concorrer (a lei sempre permitiu até hoje, mas o golpe muda tudo), o vice assume a candidatura vestindo a camisa “Eu sou Lula 13” na propaganda eleitoral e nos debates.

        Essas propostas me lembram uma parte da esquerda de 1982 que se abrigou dentro do PMDB antes do PCB voltar à legalidade. Pedia que Brizola não se candidatasse a governador do Rio de Janeiro, em nome de uma unidade para vencer a ditadura em torno de Miro Teixeira do MDB chaguista na época e que fazia boa vizinhança com a ditadura, apoiado pela esquerda que ainda vivia dentro do MDB. Se dependesse deles a ditadura tinha durado mais uns vinte anos.

  9. Bom Dia, Lula

    As harpias, as hienas e os urubus em alvoroço, rodeando e beliscando o animal ferido.

    Eleição sem Lula é a confirmação do golpe desferido ao projeto político escolhido pelo povo brasileiro, é a rendição covarde aos inimigos do Brasil autônomo e soberano. 

    As candidaturas dos demais é que não fazem sentido sem Lula candidato, é entrar pela janela que o ladrão abriu por dentro, nada mais do que oportunismo de gente imoral e desonesta.

  10. vamos lá: esquerda pode até

    vamos lá: esquerda pode até ser parte do pdt, mas não é ciro gomes; a esquerda não está fragmentada; joaquim barbosa até agora só tem peso eleitoral por que o datafolha quer, e pode ser desconstruido com um minimo de competencia. lula tem que seguir acumulando força e trazendo o eixo da politica nacional para ele; o momento em que se acumulação de força se esgota e precisa ser redirecionada está longe de ter chegado.

  11. Gostei da análise ..embora o
    Gostei da análise ..embora o autor tenha subestimado o estrago feito por Dilma ..e tenha deixado o principal mentor e facilitador do golpe, aquele que mais saiu prejudicado com o governo de lula, os EUA praticamente de fora da analise

    No mais, os caras não deram o golpe pra devolver aos destronados ..com urnas inauditaveis e na mão de americanos os golpistas esperam por QQ candidato que amealhe aparente apoio popular ..caso contrário o jogo será definitivamente melado como em 64 ..e os militares já deixaram isso muito claro

    Uma verdade inescapável ..a democracia não tem como conviver com os golpistas apartir de 2019 e nem tem forças pra puni-los …em assim sendo, suspenda- se a democracia, oras

  12. Está mais do que claro
    Está mais do que claro eleição é Lula X Anti Lulismo. Então basta uma boa articulação no campo Lulista para ganhar a eleição.

  13. Candidatura Lula

    Se previsão, ou “opiniões científicas” de economistas, cientistas políticos, pais de santo, cartomantes e analistas em geral mudasse a realidade dos fatos, já tinham consertado a economia, a política, os casamentos falidos, a sorte e, por que não, o país. Teríamos um outro país, outro mundo. Sendo tão bons, eles mesmos deveriam fazer, ao invés de dar sapientes conselhos. 

  14. Intelectuais de$$e tipo é que não fazem sentido

    Os que acompanham meus comentários já perceberam que bato, sem dó nem piedade, nesses chamados “intelectuais esquerdistas”, de que são exemplos clássicos Wanderley Guilherme dos Santos e Aldo Fornazieri, useiros e vezeiros do GGN e de outros portais e blogs ditos “progressistas”. Nunca me enganei pela retórica de nenhum dos dois; neles sempre vi pessoas vaidosas, ressentidas e invejosas, sobretudo em relação ao Ex-Presidente Lula, um líder político nascido na atividade sindical, torneiro mecânico sem estudo formal ‘médio’ ou ‘superior’.

    Há mais de três anos venho mostrando que tanto WGS como AF posam de ‘esquerdistas’, mas sempre usam microfones e holofotes do PIG/PPV para espinafrar a Esquerda, sobretudo o PT e os líderes desse partido. Esse jogo manjado tem rendido bons frutos a essa dupla de intelectuais, habitués de entrevistas e convescotes em veículos da mídia golpista; eles esculhambam o PT e a Esquerda em troca de espaço nos veículos do PIG, para divulgar artigos acadêmicos, livros, palestras e outros eventos de que participam.

    Agora WGS e AF se prestam a uma operação de ‘hedge’ ou de salvamento da chamada “blogosfera progressista”, que os mais críticos reapelidaram de “Globosfera”, que se encalacrou e foi desmascarada recentemente, quando tentou cometer assassinato de reputação contra dois jornalistas que mantêm um blog no exterior, que discute geopolítica, expondo as manobras dos quinta-coluna e traidores na máquina partidária do PT, liderados por José Eduardo Cardozo. 

    Se eu estivesse vivo no início da década de 1960 e atuasse em uma das grandes capitais brasileiras, com amplo acesso aos meios de comunicação da época (rádio, jornais, revistas e televisão), freqüentasse os meios acadêmicos e intelectuais, eu não teria dificuldade em prever o golpe que estava por vir, levado a termo em abril de 1964. Portanto essa idolatria a uma suposta “genialidade” de WGS, como se le fosse um “visionário”, não se sustenta na realidade fática. Entre 1954 e 1963 houve pelo menos três tentativas de golpe, nenhuma delas consolidada ou bem sucedida. Portanto não há nada de genial ou espetacular na previsão “profética” de WGS.

    Mesmo não sendo cientista social ou político, eu percebi a farsa/fraude do chamado “mensalão do PT” como a primeira tentativa  de golpe, para derrubar o governo Lula, criminalizar o PT e seus líderes e aniquilar a Esquerda e TODO e QUALQUER projeto de desenvolvimento soberano e inclusivo para o Brasil. Enquanto ocorriam, eu chamei as chamadas “jornadas de junho de 2013” pelo que de fato foram: as sementes do golpe lançadas em terreno fértil. Não há genialidade alguma nessas minhas análises, mas tão somente a correta observação dos fatos e visão prognóstica e prospectiva neles embasada.

    O que não faz sentido não é a candidatura do Ex-Presidente Lula, líder absoluto em todas as sondagens de intenção de votos (desde a mais honesta à mais manipulada, fraudada e distorcida), mas a insistência dos quinta-coluna (tanto da política como da Academia) em dar como fato consumado a inabilitação eleitoral de Lula, preso político condenado sem crime por um sistema judiciário e midiático completamente cooptado pelo alto comando internacional do golpe, que fica nos EEUU. É vergonhoso ver acadêmicos como WGS tentarem das suporte a esses “planos B”, que representam a capitulação diante dos golpistas e a auto-destruição da Esquerda Brasileira.

    WGS pode continuar enganando parte do leitorado deste GGN e de outros blogs e portais que se intitulam “progressistas”; mas a mim e a outra parcela – creio que já majoritária – ele nunca enganou ou não continuará enganando por muito tempo. A técnica de “uma no cravo, outra na ferradura”, é típica dos chamados “intelectuais esquerdistas”, como já mostrei diversas vezes. Embora continuem lendo os chamados “blogs progressistas”, grande parte dos leitores já desenvolveu vacinas eficientes e percebem quando são feitas tentativas de manipulação, em ação articulada até mesmo com veículos do PIG/PPV, de que os blogs reproduzem e repercutem notícias e notas plantadas, algumas delas com intenções nada progressistas, republicanas ou nacionalistas.

     

  15. Este artigo postado aqui é um

    Este artigo postado aqui é um sopro de racionalidade num ambiente que está eivado de fé e viés de confirmação. Quem lê o GGN tem que ter em mente que o público que comenta aqui é bastante viesado se comparado ao brasileiro médio que é quem vai decidir a eleição. Este eleitor está demasiado preocupado com sua vida difícil para fazer dessa eleição um plebiscito sobre um julgamento. Ele pode até ter simpatia por Lula (embora nem todos necessariamente a tenham) mas o que o preocupa em primeiro lugar atende pela palavra emprego. Essa é a questão principal que vai nortear a eleição deste ano. Quem vai gerar emprego ? Quando eu vou voltar a ter uma situação estável de renda ? Quem bater nessa tecla leva. Dito isso, o atual governo está completamente desmoralizado nessa questão. Por isso que nenhum dos candidatos desse campo decola. O mais próximo é Alckmin ainda sim muito longe do desempenho histórico dos tucanos. Se a oposição for rachada para o pleito, corre o risco de um cavalo de Tróia como Joaquim Barbosa ou Marina Silva se cacifar como oposição ao governo, por serem vistos como menos radicais e ao mesmo tempo mais “honestos”. Outra questão que vai estar em evidência na campanha vai ser o tema corrupção mas este não estará no mesmo nível de preocupação para o brasileiro médio que o tema emprego, porque a situação está difícil para ele. Outros temas como saúde e educação também vão estar em evidência também. O julgamento de Lula será apenas um tema relativo à corrupção que será usado por uns como propaganda de que existe combate à corrupção e por outros para denunciar a parcialidade da justiça e a perseguição. Se a esquerda for inteligente, ela conseguirá usar isso para retornar ao tema emprego, dizendo que houve perseguição por conta das políticas de geração de emprego e investimento estatal. Mas se ela for cega, ela irá simplesmente apresentar uma simbologia vazia de adoração à um líder desconectada de um programa de governo que retorne ao tema central da campanha. Eu particularmente concordo com WGS nesse artigo. A união tem que existir e o quanto antes ela acontecer melhor. Deixar tudo para última hora, se é que vai acontecer mesmo, é dar muita chance para o azar.

  16. Nomes? E o programa ??

    O que dirão todos os críticos, biliares ou fraternos, do professor Wanderley, se o próprio Lula indicar seu sucessor antes do “até o fim” ?

    Será ele alvo de todas estas críticas também?

    A martirização política e emotiva de Lula, a todo e qualquer custo com a opção “até o fim”,  beneficia majoritariamente apenas ao PT, que delira, vendo-se como depositário natural da herança lulista num futuro hipotético. Mas o que está em jogo é muito mais do que o futuro político da legenda. No curto prazo, trata-se da redemocratização e da reconstitucionalização do país, que por mais que incomode, implica necessariamente na participação de amplos setores políticos, inclusive dos que não se coloquem ideologicamente no campo da esquerda.

    Aliás até o reino mineral sabe que Lula não é o reflexo mecânico de seus seguidores e, portanto, faz cálculos políticos baseados na sua própria razão, e não na emotividade. Não deve haver a menor dúvida de que a carta de indicação de uma candidatura não petista, que represente o campo democrático e de esquerda, está sendo considerada pelo próprio Lula, e antes do “até o fim”. É realismo político. Não é misticismo sebastianista.

    Da mesma forma como nós, que estivemos prontos a dar nossa vida na vigília em São Bernardo do Campo contra a prisão de Lula, fomos surpreendidos, entre incrédulos e decepcionados,com a decisão pessoal de entregar-se à PF e à sanha de Moro, poderemos sim, também ser surpreendidos por uma declaração de apoio de Lula à Ciro, à Requião, à Boulos e assim por diante, antes do tal “até o fim”.

    Salvo um comoção nacional que paralize o Brasil, e está claro que isto está longe de acontecer, Lula não terá sua candidatura deferida e não deve chegar sequer ao 1º turno. Este não é um vaticínio pessimista, esta é uma possibilidade real, com alta probabilidade de acontecer. Portanto, sejamos razoáveis.

    Diante dela é óbvio que temos que pensar num plano B, ainda que simbolicamente devamos continuar sustentando a candidatura Lula, até onde for conveniente. Sem ilusões sobre a necessidade de capitalizar a martirização que Lula sofre. Mas é necessário que isso não se transforme na ação política principal, do contrário, estaríamos definitivamente imolando a política no altar da misitificação.

    Discutir nomes, talvez seja necessário, mas não deve ser o único, nem o principal caminho, já que nomes significam entrar no campo das virtudes, dos defeitos e das idiossincrasias de cada um. Terreno fértil para análise imersas em bílis variadas, como se nota em vários posts aqui.

    O que se deveria estar discutindo com maior foco é o PROGRAMA, cujo princípio deveria ser a redemocratização e a reconstitucionalização do país. Libertação de Lula, caso ainda esteja preso. Desagravo formal à presidenta Dilma. Revogação da reforma trabalhista. Revogação do teto orçamentário dos 20%. Revogação de todas as privatizações ocorridas no desgoverno Temer. Quebra do monopólio das comunicações. Julgamento dos responsáveis pelos atentados à democracia brasileira. E por aí vamos.

    Ficarmos nos atacando em torno de nomes não é muito inteligente, e no momento isto só nos divide. Isto só fará sentido quando pudermos avaliar o comprometimento real dos candidatos ao PROGRAMA. 

     

     

  17. Nomes? E o programa ??

    O que dirão todos os críticos, biliares ou fraternos, do professor Wanderley, se o próprio Lula indicar seu sucessor antes do “até o fim” ?

    Será ele alvo de todas estas críticas também?

    A martirização política e emotiva de Lula, a todo e qualquer custo com a opção “até o fim”,  beneficia majoritariamente apenas ao PT, que delira, vendo-se como depositário natural da herança lulista num futuro hipotético. Mas o que está em jogo é muito mais do que o futuro político da legenda. No curto prazo, trata-se da redemocratização e da reconstitucionalização do país, que por mais que incomode, implica necessariamente na participação de amplos setores políticos, inclusive dos que não se coloquem ideologicamente no campo da esquerda.

    Aliás até o reino mineral sabe que Lula não é o reflexo mecânico de seus seguidores e, portanto, faz cálculos políticos baseados na sua própria razão, e não na emotividade. Não deve haver a menor dúvida de que a carta de indicação de uma candidatura não petista, que represente o campo democrático e de esquerda, está sendo considerada pelo próprio Lula, e antes do “até o fim”. É realismo político. Não é misticismo sebastianista.

    Da mesma forma como nós, que estivemos prontos a dar nossa vida na vigília em São Bernardo do Campo contra a prisão de Lula, fomos surpreendidos, entre incrédulos e decepcionados,com a decisão pessoal de entregar-se à PF e à sanha de Moro, poderemos sim, também ser surpreendidos por uma declaração de apoio de Lula à Ciro, à Requião, à Boulos e assim por diante, antes do tal “até o fim”.

    Salvo um comoção nacional que paralize o Brasil, e está claro que isto está longe de acontecer, Lula não terá sua candidatura deferida e não deve chegar sequer ao 1º turno. Este não é um vaticínio pessimista, esta é uma possibilidade real, com alta probabilidade de acontecer. Portanto, sejamos razoáveis.

    Diante dela é óbvio que temos que pensar num plano B, ainda que simbolicamente devamos continuar sustentando a candidatura Lula, até onde for conveniente. Sem ilusões sobre a necessidade de capitalizar a martirização que Lula sofre. Mas é necessário que isso não se transforme na ação política principal, do contrário, estaríamos definitivamente imolando a política no altar da misitificação.

    Discutir nomes, talvez seja necessário, mas não deve ser o único, nem o principal caminho, já que nomes significam entrar no campo das virtudes, dos defeitos e das idiossincrasias de cada um. Terreno fértil para análise imersas em bílis variadas, como se nota em vários posts aqui.

    O que se deveria estar discutindo com maior foco é o PROGRAMA, cujo princípio deveria ser a redemocratização e a reconstitucionalização do país. Libertação de Lula, caso ainda esteja preso. Desagravo formal à presidenta Dilma. Revogação da reforma trabalhista. Revogação do teto orçamentário dos 20%. Revogação de todas as privatizações ocorridas no desgoverno Temer. Quebra do monopólio das comunicações. Julgamento dos responsáveis pelos atentados à democracia brasileira. E por aí vamos.

    Ficarmos nos atacando em torno de nomes não é muito inteligente, e no momento isto só nos divide. Isto só fará sentido quando pudermos avaliar o comprometimento real dos candidatos ao PROGRAMA. 

     

     

    1. Magnífico ! Todos deveriam

      Magnífico ! Todos deveriam ler e reler este comentário prestando atenção especial nos dois últimos parágrafos.

  18. Realmente não faz o menor sentido…

    Num país sem sentido algum é normal e saudável uma candidatura sem sentido.

    Tomara que o PT tenha culhões e mantenha a candidatura do Lula até o fim.

  19. ESSE WANDERLEY, SEI NÃO… TAIRAS VIVEM ATÉ ANO SEM ÁGUA.

    Na minha região o peixe traíra é muito apreciado, tem até botecos próprios para degustarem do peixe, e quando falamos de traíras é impossível não refletir sobre a vida deste animal vertebrado, sabe-se que achafunda em uma loca e o habitat acaba a água e a traíra vive lá por meses e até ano soterrada na lama. Sei não, mas esse tal Wanderley ultimamente tem tentado tirar o LULA do caminho, muito cuidado com esse, talvez não seja o que pensamos. Nessas épocas difíceis todo cuidado é pouco, é só lembrar do capitão do exército quase até namorou com adolescente, infiltrado como um bandido mentiroso no meio de adolescentes para prende-los por crime de terrorismo, numa covardia que só gente desse tipo pode praticar.

    1. “Esse tal Wanderley…”

      Sei não, mas esse tal Wanderley ultimamente tem tentado tirar o LULA do caminho, muito cuidado com esse, talvez não seja o que pensamos.

      Procure saber quem é ‘esse tal’, depois morra de vergonha (ou não) da sua ignorância. 

  20. Candidatura de Lula não tem sentido

    Confesso que fui tomado por uma imensa tristeza pelas palavras do octogenário cientista político. Não pelo vaticínio, já que muitos lhe atribuem a capacidade de prever certos eventos históricos, afirmando que ele antecipou o que ocorreria em 1964. Não, não é por isso. Fiquei triste por compreender que essa intervenção tem uma finalidade inequívoca: advogar pela candidatura de Ciro Gomes, já expressamente defendida em momento anterior (https://www.ocafezinho.com/2018/03/16/wanderley-guilherme-candidatura-ciro-gomes-conquistou-lugar-estrategico/). E ele tem todo o direito de fazê-lo. Entretanto, penso que defender tal propósito dissimuldamente, sem explicitar a aposta política, me parece um traição imperdoável. O cenário político atual é turbulento e incerto. Por isso, penso que esses exageros interpretativos, ainda mais vindos de alguém de indubitável respeito, sempre têm um inegável impacto no meio pensante. Ditas essas palavras de esclarecimento, marcadas pela opinião pessoal, sinto-me na obrigação de afirmar que é preferível sermos “vítimas” do sebastianismo lulista a sucumbirmos ao charlatanismo de certas correntes pragmáticas que rondam a esquerda com maus augúrios.

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