Como foi possível existir e vingar a Lava-Jato? A meritocracia, por Alexandre Tambelli

Como foi possível existir e vingar a Lava-Jato no seio da sociedade brasileira?

por Alexandre Tambelli

Pensando e opinando de forma particular sobre a Lava-Jato e sua existência real saiu este texto abaixo:

A possibilidade da formação de uma casta antinacional dentro do Judiciário, do Executivo atual e do Legislativo no Brasil vem da própria formação educacional que temos.

Somos um País sem uma Educação a privilegiar o conceito de identidade nacional, de Nação, de que País queremos construir e não há senso de coletividade. Somos um amontoado de pessoas, de diferentes partes do mundo e sempre cabendo uma etnia nova em busca de um trabalho, em busca de uma oportunidade de melhoria de Vida, mas, tudo centrado no “Eu” e no máximo no particular da família e dos amigos.

Tirando o idealismo das esquerdas, a maioria dos brasileiros é centrada no processo educacional que vige no Brasil: o meritocrático.

O do sucesso profissional, aquele que nos faculta um bom emprego, uma casa atraente, uma posição de destaque na empresa e na sociedade e, daí, o orgulho dos familiares e amigos.

Moro e Dallagnol vão em busca de sucesso, imaginemos, então, “sucesso internacional” que orgulho não será para si e para os familiares e amigos. É orgulho dobrado e totalmente desatado do coletivo e do interesse nacional: – os Estados Unidos me reconhecem como um homem honrado, um herói, um combatente incansável na cruzada moralista contra a Corrupção mundial!

Neste processo alienatório do “Eu” vencedor e sinônimo do TER a sociedade brasileira se molda. Começa no Lar, adentra na Escola e segue no Mercado de Trabalho, e administrando tudo, organizando esta Ideologia meritocrática os meios de comunicação hegemônicos capitaneados por duas pragas: Rede Globo e Revista Veja (hoje, em declínio).

Quando você comemora o combate à corrupção que leva embora o seu emprego, e diz que estamos indo no caminho correto, o que é isto, senão uma Alienação inconsciente e dentro do processo meritocrático, que inclui a seleção natural.

Eu vim do berço aristocrático, eu sonho em ser da aristocracia, eu sou concurseiro, eu sou preparado por meu mérito próprio, sei que estou com a razão, sei que sou mais capaz que o outro.

O Brasil tem uma mistura de religiosidade e meritocracia + o acomodamento do pensamento, substituído pela mídia oligopólica de pensamento único.

Combato a corrupção do outro e num passe de mágica o Brasil das oportunidades milionárias aparece. Enquanto isto eu não emito nota de nenhum serviço prestado, mas, reclamo do Governo que quer me cobrar uma mísera CPMF.

Moro, Dallagnol, Janot, Gilmar, FHC, Serra, Aécio, Temer, Renan & Cia. são produtos do Brasil que aceitamos como normal, do Brasil que não se reconhece como Brasil e que o olhar das pessoas não aglutina para um centro e sim para um particular, os “vencedores” dentro do “jeitinho brasileiro”.

Eu sou melhor do que você porque me enrolo na bandeira brasileira e protesto na Paulista contra o “Governo mais corrupto da História”, porque não me esqueço de pronunciar o “S” do plural; você é pior do que eu porque defende os “petralhas”. É uma mistura de soberba, ignorância e convicção distorcida e desplugada da realidade concreta.

Deu no que deu. A produção de um País, primeiro pelo viés do lema: Brasil a terra das oportunidades, e, não da possibilidade de iguais disputarem em igualdade de condições um lugar ao sol: sol que pertence a todos.

Dividir no Brasil significa um tabu enorme. – Ah! Eu consegui por meu mérito e vem esses petistas criar cotas nas universidades, dar Bolsa Família, criar o Minha Casa, Minha Vida?

O Ideológico do cotidiano meritocrático nos coloca neste buraco. A classe média e médio-alta tradicional, até a turma da ascensão social dos governos Lula e Dilma não tem a capacitação para enxergar o Estado, a ação concreta de políticas públicas e de interferência estatal na Economia como fulcro de desenvolvimento com segurança.

Socializamos no Brasil as perdas e a vitória é mérito próprio. O Estado atrapalha quando perco dinheiro e quando ganho foi por mérito pessoal.

Imaginemos a narrativa da Lava-Jato entremeada por um contexto de crise econômica internacional e que chega ao Brasil de 2014 em diante com mais força, com todo o conjunto da Elite Midiática aproveitando o fato para derrubar, não conseguiram, o PT do Poder em 2014. E deram o Golpe do Impeachment sem crime de responsabilidade: um verniz para distrair os incautos dos meritocráticos.

Muitas partes da população abraçaram um conceito, a ideia da corrupção nos governos petistas como a culpada pelo menor poder aquisitivo, em declínio, depois de 10 anos de crescimento ininterruptos. Abraçaram por ignorância cultural, por defesa de classe e medo de misturar-se ao povo e se ocuparam de ir pras ruas protestar em um domingo de sol contra os corruptos do PT: o seletivo é, não só fruto da Lava-Jato, mas do próprio universo da meritocracia, o PT seria o antimeritocrático.

Defender Moro e dalanhóis da vida ficou fácil demais.

Só um povo ignorante comemora a perda do seu próprio emprego, a destruição da empresa em que trabalha, a venda do petróleo nacional a preço de banana, a destruição da cadeia produtiva de óleo e gás, a destruição das empreiteiras nacionais, da indústria de defesa, da indústria naval, etc. E não se associa sequer para protestar, defender seu posto de trabalho  e a empresa economicamente importante em que trabalha.

Você ganha até 5 vezes mais como classe média, assumindo posto de trabalho de alta capacitação tecnológica e não valoriza nem enxerga um palmo além do nariz, não enxerga que este possibilitar de uma Vida bem melhor é uma ação concreta do Estado, uma ação deliberada do Governo de centro-esquerda para melhorar a Vida das pessoas, e melhora, e, pior, o sujeito do salário 5 vezes maior diz: – não voto no PT porque não pertence a minha classe social os petistas. Fica do lado dos seus próprios algozes: Moro, Dallagnol, etc., e desempregado, odiando Lula, Dilma e os petistas.

E, ainda mais, o sujeito comemora a queda daqueles que lhe fizeram mudar de Corsa para SUV, pelo simples fato de não se ver mais no retrovisor os antes alijados da inclusão social. Melhor não trocar de carro, apesar de ser o sonho de todo meritocrata, do que me misturar com o povo da classe C (desfazendo aqui até a sua própria Ideologia do Mérito, loucura, não é verdade?).

Só foi possível a Lava-Jato porque o Brasil não se enxerga como uma Nação, somos fragmentos sociais, somos meritocracia, religiosidade, principalmente cristã (quem iria se opor ao combate à corrupção) e Alienação, somos até bullying social contra quem é petista e com a soberba de nos considerar o máximo do conhecimento sem sequer duvidar que a crise econômica possa ter mais de duas variáveis: Governo do PT e Corrupção.

É fácil manipular a opinião pública brasileira, infelizmente, não podemos fugir desta realidade.

Um único processo: Lava-Jato, um único Juiz: Sérgio Moro, um único objetivo: “combate à corrupção”, um único Governo a ser investigado: o Governo petista salvaria o Brasil do atraso. A Lava-Jato e seu Juiz meritocrático salvando o Brasil da antimeritocracia. 

Só um processo educacional novo e radicalmente diferente pode mudar este quadro atual e em uma sociedade com pluralidade ideológica nos meios de comunicação e com audiência equilibrada para cada emissora de rádio e canal de TV.

Uma última ideia ou pergunta:

Em uma nova Eleição Direta é possível de os eleitores, ainda, votarem nos mesmos que propõem 49 anos de trabalhos ininterruptos 12 horas por dia para se aposentar?

Votarem sem a vontade de esta realidade existir ou crerem que ela é vantajosa para si? Ou, ainda, continuarem a votar a partir de uma dicotomia de classes e via anti-petismo? 

Redação

17 Comentários

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  1. Não sei se o problema é a educação

    Não creio que a educação ou o conceito de educação seja a causa do individualismo da sociedade brasileira.

    E o problema não é apenas nosso. Em todos os países se verifica um crescente individualismo e da ganância das elites em contraste com a diminuição da solidariedade e do sentimento nacional.

    A educação faz parte de um processo coletivo de construção de uma visão de mundo (no caso meritocrática, consumista, de concorrência de todos contra todos e narcisista). Mas ela não é a causa primeira desta visão de mundo.  Portanto, não é mundando-a que mudaremos o país.

  2. A utopia

    O Brasil vive com utopia dos grandes saldos, baseado na moralidade e no idealismo. Lendo sua argumentação lembrei da proposta da implantação da república, em 1889, ela corrigiria o pais. A integridade dos republicanos e militares seria suficiente para mudar a política, a sociedade e economia da “pátria”.

    O juiz e s procuradores, relembram isso, suas integridades e moralidades trariam um novo país. Hoje sabemos de suas moralidades no seus salários anuais e o sonho de viverem nos Eua. Não aceitam quem afundaram a economia na nação e retiraram todos os benefícios da população pobre. A única coisa, boa, é ver que a camada média, afundou junto com os pobres, pois afinal ela é assalariada. Seu sonho de ficar junto da elite econômica sumiu com a Lava-Jato. Entretanto isso os coxinhas jamais reconhecerão.

     

  3. Para mim, a antítese da

    Para mim, a antítese da meritocracia é o compadrio, é o Q.I., o pistolão.  Aquilo que se quis retirar de nossa triste e histórica rotina nacional, com a exigência de concurso para os cargos da administraçaõ pública, salvo aqueles de confiança, onde se vê justamente a “boquinha”. É isso que o articulista propõe? Ao invés da impessoalidade do concurso, a indicação pura e simples das pessoas que compactuarem comigo e com a minha “visão” de mundo?

    O articulista propõe que cada um ingresse em um coletivo e não mais produz visando o engradecimento pessoal, mas o plural, o nós, esquecendo seus sonhos, suas metas, sua vontade? O artculista propõe o quê? De uma lado, a turma do compadrio e de outro o coletivo-abelha?

  4. Narcisismo em estado puro

    “Socializamos no Brasil as perdas e a vitória é mérito próprio. O Estado atrapalha quando perco dinheiro e quando ganho foi por mérito pessoal.” 

    Isto é narcisismo em estado puro – o grande mecanismo psico-social de dominação existente no país (ou que em qualquer país).

     

    “É fácil manipular a opinião pública brasileira, infelizmente, não podemos fugir desta realidade.”

    Basta dar alguma narrativa a eles para se sentirem superiores aos outros – alimentar a soberba deles com alguma ilusão qualquer – ele eles vão perseguir isto como um burro atrás atrás da cenoura pendurada em sua frente. 

    Quanto mais expostos à narrativa que justifica a sua superioridade, mais viciados eles ficam nessa narrativa e na sensação de superioridade; quanto mais narcisista for a pessoa sendo manipulada, menor é sua capacidade de “se separar” dessa narrativa – “se separar” é o termo, como se essa narrativa se tornar-se um órgão e abandona-la fosse como se submeter a uma cirurgia sem anestesia.

    Isto é o que narcisismo faz com as pessas: as transforma no sujeito ideal para ser psicologicamente manipulado – um sujeito emocionalmente incapaz de levar em conta a possibilidade de se estar sendo manipulado. 

     

  5. Como se vira reaça

    Noventa por cento dos que ganham acima de um determinado valor acabarão se tornando reaças. Não importa se no passado o cara foi pobre, foi mendingo, a riqueza cria uma dependência na pessoa.

    Uma pessoa que ganhe 20, 30 mil por mês acostuma a dormir no ar condicionado, e dificilmente se acostumará a dormir de novo num calor de 40°C . Aí é só a elite ameaçar tirar o gordo ordenado desta pessoa, que ela aceita fazer qualquer jogo para não perder o nível de vida que tem.

    Por isto Judiciário, PF, e donos da Midia ganham tão bem, para ficarem vassalos da elite. É só a elite ameaçar tirar o dinheiro destes caso desobedeçam, ou manter e até aumentar caso obedeçam as ordens.

    Pessoas como Gandhi, só se tornaram incorruptíveis porque acostumaram a viver com muito pouco.

      1. As obras de Gandhi

        As pessoas especialmente da midia de países colonizadores criticam muito Gandhi, acham mil defeitos nele. Mas a maior bronca que tem dele, eles não contam, que é que Gandhi foi um dos primeiros homens a desafiar o colonialismo inglês, e a vencer, ele conseguiu a Independência da Índia, sem derramar uma só gota de sangue. Isto dói muito para os países exploradores.

         

  6. Estado sem povo nem nação

    “Somos um País sem uma Educação a privilegiar o conceito de identidade nacional, de Nação, de que País queremos construir e não há senso de coletividade. “

    Isso não é causa, é também mais uma das consequências de um Estado criado por um autogolpe, sem participação popular e antes da formação de uma nação que, aliás, não foi formada até hoje.

    A Educação é só mais uma dentre tantas consequências da criação jurídica desse Estado sem povo nem nação… não por acaso estamos nas mãos do judiciário…

  7. Eu leio desde sempre esse

    Eu leio desde sempre esse tipo de análise, todas têm em comum querer identificar uma causa abstrata (aqui a meritocracia) e daí mostrar uma correlação intricada de causa e efeito para explicar o problema. Mas os problemas geralmente são muito simples de explicar quando vistos de forma fundamental…

    O que faz uma sociedade se organizar, manter coesão e seguir um caminho firme é a liderança dessa sociedade. Se os líderes presentes nessa sociedade são qualitativa e quantitativamente deficientes, não haverá teoria ou análise que de jeito. Esse é o nosso problema fundamental, ou seja, em matéria de elite e liderança estamos em mato sem cachorro.

    1. É exatamente isso

      É exatamente isso mesmo.

      Imaginar que educação fará a nação mudar ou melhorar é ingenuidade. Lembremos, por ex, que o americando médio é tão ou mais idiota que o brasileiro.

      A diferença não é de educação, mas cultural. E principalmente das lideranças e das elites.

      Nâo adianta nos iludirmos, sempre serão as elites que darão as cartas, em qualquer sociedade. A classe média vai a reboque e o povo, coitado, nunca podemos contar com ele para esse tipo de coisa, estão preocupados em sobreviver.

      A nossa elite atual é a Globo, e isso explica praticamente tudo.

      1. Extremos

        Exatamente isso, a elite comanda a sociedade, mesmo os ditos mais informados que é outro grande erro achar que as pessoas que tem mais formação acadêmica são os mais esclarecidos, besteira total. Outro ponto é que de tempos em tempos surguem candidatos extremos tanto na direita quanto na esquerda e o eleitor dito médio, aquele que vai de acordo com suas convicções, vai nessa. Por exemplo: Trump tinha várias causas que defendeu na sua campanha, mesmo as mais idiotas e que não vão ser seguidas como a do muro para dividir os EUA do México, mais outra causa que muitos americanos votaram por ser de acordo é sobre o protecionismo na economia, pois muitos estão perdendo empregos, votaram nele por esta causa e não pela doo muro por exemplo, então como sempre é falado e cada vez mais vemos isso, uma coisa que na grande mairia das vezes ou a única razão para as pessoas votarem, seja na direita ou esquerda: É A ECONOMIA ESTÚPIDO. Senão vejamos porque o povo foi na onda da mídia por conta de que muita gente tava perdendo emprego e predendo poder de compra, ai vamos tirar Dilma pois o próximo que vier vaii melhorar. Vejam no mensalão que o povo deu de ombros pra mídia, mesmo com a campanha diária contra o PT. Vamos rodar em círculos e veremos que o bolso sempre pesará na escolha.

  8. O nosso problema é cultural e

    O nosso problema é cultural e também das nossas elites, que estão todas submetidas à Globo.

    Claro que há também a questão do PT não ter conseguido controlar o Estado, nos 13 anos em que Governou.

    Achar que se o povo melhorar a educação o Páis mudará é ingenuidade.

    Se formos ver o americano médio é tão ou mais idiota que o brasileiro.

    Ademais, grande parte da classe média e alta é muito bem educada e são bestializados e alienados da mesma forma.

    Sem contar que não há nenhuma prababilidade de nossa educação melhorar.

    É só analisarmos a seguinte questão: quanto ganha um Professor, que é de nível superior, de educação básica e quanto ganha um concurseiro de nível médio que trabalhe em algum tribunal, de auxiliar de escritório ?

    E nem mencionei os produradô que ganham 120 mil liquidos por mes.

    Ai voce verá a diferença e a prioridade do País.

    Simples assim.

     

    1. o nosso….

      Papinho de esquerda, de politicamente correto que não muda. Tomam um gigantesco pé na bunda e continuam com o mesmo discurso: a culpa é dos outros, uma tal elite…. Interessante é como esta elite pseudo-politico-intelectual-socialista gosta das benesses do capital. Geralmente gente de classe média alta, que estudou em bons colégios e faculdades onde a exigência é a meritocracia. Que dão exemplos de grandes centros de estudo países onde a meritocracia e levada ao extremo como Coréia, Japão, EUA, Finlandia, Países Baixos e onde temos os melhores exemplos dos benefícios da democracia liberal que já beira 1 século. O Brasil se explica.  

  9. Eu não conseguiria escrever

    Eu não conseguiria escrever texto melhor. Mas acho que a Lava Jato tem um grande mérito que a esquerda deve aproveitar: mostrou quem são nossos inimigos, mostrou o que o brasileiro realmente é, mostrou nosso grau de estupidez.

    Uma nova esquerda será construída apenas quando souber lidar com esses problemas e apontar soluções para eles. Acima de tudo: tem que se finjir de conciliadora, mas quando estiver em vantagem deve agir com brutalidade total contra seus inimigos. Extermínimo mesmo. Stalinismo mais brutal possível. Não há mais opção para o diálogo com esses canalhas da direita. Nem ser piedoso com um povo que vira as costas para qeum o favoreceu.

    Ajudarei, mas não sei se estarei vivo para ver seu triunfo.

  10. O contexto atual reflete a
    O contexto atual reflete a mentalidade oitocentista_ escravocrata embutida na genética do brasileiro. Daí surge essa imbecilidade denominada meritocracia que o brasileiro tem que ter extensa jornada de trabalho para merecer o salário que recebe. É o ranso colonialista escravocrata em nossa cultura e em nossas mentes. Ou seja, para eu merecer o que ganho tenho que me matar de trabalhar.
    A carga horária de trabalho de 44 hs semanais no Brasil já é maior que de qualquer outro pais europeu.
    Veja tabela: http://m.fatosdesconhecidos.com.br/como-sao-as-jornadas-de-trabalho-em-outros-paises/
    Nenhum país europeu tem essa jornada de trabalho. Só os países que já foram colônias e cujo trabalho escravo negro ou indigenista foi utilizado como Brasil e México. O escravo “liberto” após a lei áurea trabalhava para ter o que comer. Agora estão querendo impor uma jornada de ate 12 hs diárias e 49 anos de contribuição para se obter o alienavel direito de se aposentar. O que é isso? Meritocracia? Ou um retrocesso para o período da pré Revoluçao Industrial(oitocentista). O brasileiro tem no sangue a genética de colonizado e de Senzala mesmo. País e povo atrasados. Quando alcançam um patamar digno de vida não se sentem merecedores porque a genética dá Senzala fala mais alto…
    Meritocracia é uma excelente filosofia para encher o bolso dos megaempresarios enquanto o burro(brasileiro) corre atrás de uma cenoura estendida a sua frente mas que nunca vai alcançar (riqueza e status). Êta povinho medíocre!
    Nos EUA ao menos o cidadão trabalha 12 hs mas aufere 4/5 mil dólares por mês. Qual o burro que vai querer trabalhar 12 hs por dia para auferir 1 salário mínimo? Que meritocracia idiota é essa?

  11. Quarto, Quinto e Sexto Poder
    As manifestações “populares” que ocorreram pró impeachment demonstram a existência do Quarto(talvez Quinto e Sexto) Poder denominado Imprensa. É patético ver pessoas alfabetizadas saírem de casa em favor de um impeachment e permanecerem sentadinhas no sofá no conforto de um ar condicionado enquanto tramita um projeto de lei que simplesmente impõe como requisito para obter um merecido descanso na velhice, um atestado de óbito.
    Não há explicação para esse “fenômeno” senão a imbecilização produzida pelo BBB e Facebook e acesso a informação “fácil” da TV aberta. É impressionante como se tornou tão simples e fácil manipular uma geração de pessoas que não sabem buscar a realidade dos fatos e acontecimentos simplesmente porque ocupam mais seu tempo com curtidas no Facebook que com a leitura de livros de História.
    Tempos líquidos com mentes gasosas…

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