Como os neopentecostais conquistaram o Brasil, por Luis Nassif

Um relatório de 2014 sobre o movimento pentecostal na América Latina, da consultoria espanhola Lorentz & Cuenca, traz boas luzes sobre o avanço do movimento pentecostal na América Latina.

O relatório é de 2014, período em que a candidatura Marina Silva, nas eleições presidenciais, expôs pela primeira vez a relevância do voto pentecostal. 

O relatório se concentra especialmente em países como Guatemala, Honduras, Brasil e Chile, nos quais entre um terço e 40% da população trocou o catolicismo por algumas das igrejas evangélicas.

A procedência dos protestantes

O pentecostalismo é um amplo movimento religioso, com grande variedade de grupos com formação e práticas distintas.

Historicamente, o protestantismo era composto pelas chamadas igrejas missionárias, de duas procedências. 

Da Europa vieram os luteranos (alemães), presbiterianos (escoceses), anglicanos (ingleses), valdenses (franceses e italianos), reformadores (holandeses e suíços), batistas (galeses), menonitas (holandeses e suíços). 

Dos Estados Unidos vieram as igrejas luteranas, episcopais (anglicanas de origem americana), presbiterianas, quakers, metodistas e batistas.

O pentecostalismo nasceu em 1904 nos Estados Unidos, como uma reforma religiosa dentro do evangelismo.

A primeira onda evangélica é de 1910, com as Igrejas Assembleia de Deus, Igreja da Profecia e a do Príncipe da Paz na Guatemala.

A segunda onda é dos anos 50, com o Evangelho Quadrangular – Cruzada Nacional de Evangelização (1953), Igreja Pentecostal “O Brasil para Cristo” (1956), Igreja da Nova Vida (1960), Igreja Pentecostal “Deus é Amor” (1961), Casa da Bênção (1964), Metodista Wesleyana (1967). 

Foi uma rápida penetração. Em 1984, dos 12,9 milhões de simpatizantes do pentecostalismo fora dos EUA, 9,9 milhões estavam na América Latina, e mais de 6 milhões no Brasil, especialmente atuando junto aos setores populares urbanos.

A onda neopentecostal

O neopentecostalismo nasceu dos pentecostais e dos grupos renovadores carismáticos dos anos 50 e 60. Começa a crescer a partir dos anos 70. 

Sua principal característica são as mudanças na doutrina, especialmente em relação ao papel do Espírito Santo, passando a dar ênfase ao fervor emocional, apelando para as emoções.

Os principais representantes são as igrejas Salão da Fé (1975), a Igreja Universal do Reino de Deus (1977) e a Igreja Internacional da Graça (1980). 

Enquanto o pentecostalismo tinha como foco os setores populares (emigrantes internos, desempregados e setores populares), o neopentecostalismo procurou os setores médios e altos da sociedade, universitários, profissionais liberais e empresários.

Cresceram apoiados por investimento nos meios de comunicação de massa (rádio, TV e Internet), mas também em uma ampla infraestrutura com colégios, livrarias, cafeterias e estúdio de gravação.  E administrando as igrejas com um estilo empresarial de produção e distribuição de bens religiosos.

A influência americana

 O estudo lembra o Relatório Rockefeller de 1969, que sugeria o uso das igrejas como estratégia dos EUA e da CIA para deter o auge da Teologia da Libertação. O Relatório Rockefeller se tornou uma lenda, mas é enquadrado pelo trabalho na relação das teorias conspiratórias. 

Mas não ignora a profunda influência americana nas primeiras investidas neopentecostais.

As novas missões protestantes, especialmente as vindas dos Estados Unidos, traziam novos rituais, baseados na conversão e no êxtase religioso. Gradativamente foram se adaptando às condições latino-americanas, em um processo de aculturamento originalíssimo.

Mas, para entender esse processo, há que se passar antes pelas mudanças socioeconômicas ocorridas, que mudaram a face do continente.

Mudanças socioeconômicas

Ao contrário do resto do mundo, a modernização da América Latina não levou a uma secularização. Aumentou o número de agnósticos e de não crentes. E houve também um retorno ao sagrado, uma busca das raízes para enfrentar a insegurança ante o novo. 

Enfim, um conjunto de novas circunstâncias, uma diversidade ampla, gerando insegurança e demanda por apoio. É nesse quadro que o modelo de gestão passa a ter papel fundamental.

De um lado, a Igreja Católica, pesada, dividida entre tradicionalistas e progressistas, presa ao conjunto de símbolos da idade média. De outro, os pentecostais com modelos de gestão modernos, descentralizados e com foco no cliente.

A religiosidade latino-americana

Para se adaptar aos novos tempos, já nos anos 70, as igrejas latino-americanos passaram a desenvolver um estilo próprio, libertando-se da influência norte-americana, com suas normas adaptadas ao liberalismo do país. Cria-se um pentecostalismo latino, uma miscelânea religiosa emulando várias características do catolicismo tradicional.

Enquanto o protestantismo norte-americano se adaptava ao liberalismo do país, as igrejas latino-americanas recriaram as relações patriarcais das fazendas, dos colonos colocados sob o guarda-chuva protetor dos coronéis e da fé. Era o patriarcado colonial adaptado às condições das megalópoles contemporâneas.

Reside aí o centro das críticas dos cristãos norte-americanas ao hibridismo das religiões evangélicas na América Latina. Elas se tornaram parte genuína da sociedade latino-americana, justamente por emular características históricas do continente.

Mencionado no trabalho, Jean-Pierre Bastian ressalta que

“poderíamos dizer que nesta ‘hibridez’ se está lidando não só com a adaptação ao mercado latino-americano, mas também com a criação de produtos originais, híbridos, que os pentecostalismos ofereceram em toda a região. Isso se nota em particular a partir da produção musical dos hinos, que de fato até os anos 70 era de origem anglo-saxão, e que a partir de então se transformou em cantos diretamente inspirados pelas tradições musicais populares endógenas. Hoje em dia, vemos se desenvolver o que estes movimentos chamam de “Ministérios de louvor”, que adotam a música local, em particular o samba ou outros gêneros tropicais como a sal-sa etc. Inclusive se chamou a este tipo de expressão musical com algum tipo de anglicismo como “salsa-gospel” ou “samba-gospel”.

No Brasil, as igrejas evangélicas mais relevante são a Assembleia de Deus, com 12 milhões de fieis, e liderada pelo pastor Manoel Ferreira; a Igreja da Graça, liderada por Romildo Ribeiro Soares; a Igreja Universal do Reino de Deus, dirigida pelo Bispo Edir Macedo, com 1,8 milhão de seguidores ; a Igreja Mundial do Poder de Deus, de Valdomiro Santiago, com 400 mil seguidores.

Vamos destrinchar um pouco o modelo de gestão adotado.

O modelo de gestão

Em cada Igreja, há uma liderança carismática como fator de coesão. Na Guatemala, é Cash Luna; em Honduras, René Peñalba, Tomás Barahona e Misael Argeñal em Honduras.

O que sustenta a expansão é a estrutura horizontal de bispos associados, através de igrejas locais e grupos independentes ou semiautônomos, nos quais a figura-chave é o pastor. Ele é o velho coronel da guarda nacional, incumbida de abrir o guarda-chuva onde os fiéis vão se abrigar e receber segurança.

No interior de cada Igreja, a estrutura é fortemente piramidal, com suficiente capacidade, flexibilidade e autonomia para se adaptar às circunstâncias de cada região ou país.

Essa flexibilidade foi essencial para dar respostas rápidas às demandas provocadas por crises econômicas, terremotos sociais, urbanização acelerada.

Nos anos 80, depois dos terremotos de Manágua, em 1974, e da Guatemala, em 1976, os evangélicos criaram redes de apoio. 

No Brasil, os fatores que levaram à expansão das igrejas foram:

  • a crise econômica do final dos anos 70 e de toda a década dos 80;
  • o explosivo aumento da urbanização com a multiplicação das áreas marginais (favelas) onde existe tradicionalmente pouca presença do Estado e da Igreja Católica, e onde a insegurança física (roubos, assaltos, assédio das quadrilhas) e a econômica (emprego informal e poucas expectativas de trabalho) é uma constante.

Para compensar a ausência de estado, passaram a oferecer aos fiéis apoio religioso, mas também escolas, consultórios legais, postos de saúde. Desenvolveram estratégias para combate ao alcoolismo e às drogas. Aproximaram-se das mulheres com sua defesa das famílias estáveis e combate à violência doméstica. Montaram sistemas de apoio nos presídios. Por aí, sua influência se estendeu para as organizações criminosas que, nas favelas, se tornaram peças essenciais na guerra contra as religiões afro.

Ao mesmo tempo, os neopentecostais investiram sobre a classe média alta, com a nova teologia da prosperidade, e encontros de oração em hotéis de luxo. Justificaram, pela fé, a posição dos privilegiados. Trocaram o remorso da riqueza pela predestinação divina.

O uso modernos dos símbolos

Um grande publicitário brasileiro, Roberto Dualibi, costumava associar o catolicismo ao uso de técnicas de marketing, a cruz, o sino, as imagens, a confissão. A renovação foi ínfima.

Já o neopentecostalismo apela para a parte irracional, sentimental e experimental dos indivíduos. Seu marketing se baseia em curas físicas, na promessa de prosperidade econômica, na utilização da música nas cerimônias, na ênfase na oralidade e nas práticas populares tradicionais. Segundo o trabalho, utiliza com desenvoltura as línguas autóctones (daí seu sucesso na penetração entre os setores rurais indígenas), assim como a linguagem comum para se aproximar de seus seguidores.

Uma de suas marcas é a construção de grandes tempos. Em 2013, Cdash Luna inaugurou a Igreja Casa de Deus, com capacidade para 11 mil fiéis. Mas também investem em escolas, colégios e universidades.

Sua estratégia consiste em recriar espaços de refúgio comunitário, em contraposição à crise da familia tradicional. Daí se entende seu conservadorismo moral.

Segundo o sociólogo guatemalteco e pastor protestante Vitalino Similox, mencionado no trabalho: 

“as igrejas pentecostais se transformaram em empresas que desenvolvem estratégias de comercialização e de distribuição multilateral de bens simbólicos, religiosos. Sua hibridação se traduz na justaposição de diferentes níveis de empréstimos, que incluem o conteúdo das crenças, as formas de transmissão e comunicação, os recursos a mediações tanto arcaicas como modernas”. 

Os evangélicos e a política

Há muita heterogeneidade entre os evangélicos, mas com predominância dos setores mais conservadores, especialmente em temas morais. E um ativismo político cada vez mais amplo.

As primeiras incursões foram na Colômbia, durante a Assembleia Constituinte dos anos 90.

Seu partido, a Renovação Absoluta (Mira) recebeu 327 mil votos nas eleições para o Senado de 2014. E 412 mil para a Câmara, permitindo eleger três deputados.

No Chile, foram eleitos 200 candidatos evangélicos entre prefeitos e vereadores, principalmente nas regiões indígenas doBiobío  e  La  Araucanía,  em cidades como Lota, Curanilahue, Arauco, Lebu e Los Álamos. Entre eles há militantes da Democracia Cristã (DC), Renovação Nacional (RN), União Democrata Independente (UDI), Partido Pela Democracia (PPD), Partido Radical Social Democrata (PRSD), Partido Socialista (PS) e Partido Regionalista Inde-pendente (PRI). 

No Brasil, os evangélicos estão distribuídos por 16 legendas políticas, e em três partidos próprios: o Partido Republicano de Brasil (PRB), o Partido Social Cristão (PSC) e o Partido da República (PR). 

No Peru, o partido mais forte é o Restauração Nacional (RN) liderado pelo pastor Humberto Lay Sun. Em 1990, Alberto Fujimori foi apoiado pelos evangélicos, que forneceram um pastor como segundo vice-presidente.

A primeira incursão política foi com a Frente Parlamentar Evangélica, de 2003. 

Logo depois, a bancada foi atingida pelo escândalo da Máfia dos Sanguessugas, com o desvio de emendas para o bolso década parlamentares.

Foram envolvidos 23 integrantes da bancada, dez da Igreja Universal do Reino de Deus e nove da Assembleia de Deus.

O escândalo reduziu a participação evangélica nas eleições de 2006, mas se recuperou nas eleições de 2010.

Luis Nassif

Luis Nassif

View Comments

  • Faltou reconhecer a enorme contribuição de João Paulo II e seu sucessor Bento XVI. Com a relativização, na marra, da abertura ao mundo promovida pelo Concílio Vaticano II e o saudosismo em relação ao Concílios de Trento e Vaticano I, ambos privilegiaram, na prática, o Direito Canônico, ou seja, o poder da hierarquia em detrimento da prática evangélica. Exemplo concreto, a explícita desaprovação à evangélica Teologia da Libertação (JP II via comunismo em tudo o que fosse defesa dos pobres) e o desestímulo ou mesmo perseguição às Comunidades Eclesiais de Base. No vácuo, entraram os pentecostais de origem ou apoio americano, como lembra a matéria: " O estudo lembra o Relatório Rockefeller de 1969, que sugeria o uso das igrejas como estratégia dos EUA e da CIA para deter o auge da Teologia da Libertação."

    • Edson J : iria por este caminho, mas seu comentário foi arrasador, perfeito e definitivo. Tais Igrejas Pentecostais estão cheias de Católicos. Os tais 'Padres Comunistas' que falavam e faziam Política ao invés de Religião e Fé, lá nos anos 80. A aberração era inacreditável. Chegamos ter Presidente do Paraguai sendo um Bispo, cheio de filhos e amantes. O resultado esta aí. Alguns dizem não compreender a bipolaridade e doutrinação. 40 anos de farsante Redemocracia. Aqui e em toda América Latina. Como chegamos a isto? A culpa também deve ser do Trump !! Ou do Guedes !!!

      • Prezado Zé Sérgio: não entendi esse trecho seu que transcrevo a seguir: "Os tais ‘Padres Comunistas’ que falavam e faziam Política ao invés de Religião e Fé, lá nos anos 80. A aberração era inacreditável." Não entendi porque religião, principalmente o Cristianismo, não pode ser desencarnada. Em outras palavras, das igrejas para dentro. Nos templos, celebra-se a fé. Do lado de fora, vive-se a fé. O resto é alienação antievangélica. Cristo, como aliás os profetas do Antigo Testamento e os Apóstolos no novo, não cansou de denunciar as injustiças que o status quo da época perpetrava contra os desvalidos. Seria Ele, hoje, também chamado de comunista. Basta ler os Evangelhos para ver que Cristianismo não combina com alienação e muito mesmo com acumulação de riquezas à custa da miséria, com violência contra os mais fracos, com preconceito de cor, de raça, de opção até religiosa, sexual etc. O resto, a meu ver, é hipocrisia.Quanto ao tal Bispo casado, se era na Igreja Católica não seria ex-bispo?

  • Nada contra crenças, seitas, religiões, mas o que me intriga é como num período tão curto, em torno de 50 anos, algumas igrejas pentencostais e seus pastores juntaram um patrimônio absurdamente imenso.
    A igreja católica também acumulou um patrimônio invejável, mas foi num período de quase 1500 anos.

    • Lavagem de dinheiro, essa é a resposta. E o estado brasileiro decidiu fazer cara de paisagem enquanto isso acontecia.

  • Religião? Igreja?
    Apenas ""Faith Business"!
    As usual...

    Ou em bom português:
    Um pouco de fé de mais, um pouco de fé de menos.
    E um cheiroso dinheiro.
    Para poucos, a mais...
    Para muitos, a menos.

    • Sem contar que o Nassa conseguiu escrever um artigo deste tamanho sem falar que eles querem é grana e que a ignorância impera.

  • Uma senhora (empregada doméstica neo pentecostal) me disse explicitamente: nós elegemos Bolsonaro. O texto não explica como e porquê isso aconteceu. Qual a razão ideologico-financeira do fenômeno a meu ver consciente, formulado de maneira simples e direta por quem não tem a menor formação histórica ou política. Como um alinhamento nessa intensidade foi obtido a ponto da necessidade de um ministro evangélico para o STF entrar na pauta política. Mais importante talvez: onde estavam os defensores do estado laico que não perceberam o Tsunami religioso-conservador? Fiéis as dezenas (homens e mulheres) fazendo ordem unida como soldados de Cristo nos templos evangélicos. Verdadeiras legiões proto- fascistas a serviço do autoritarismo e defesa de pautas conservadoras. Como tudo isso foi possível?

    • Não foi de um dia para o outro, mas o governo Brasileiro nunca teve pulso forte para controlar essas instituições criadas por vagabundos. Eu sou de uma familia de evangélicos, e sempre escutei eles tramando tomar o poder, diziam isso abertamente e colocavam candidatos para o povo votar. O governo brasileiro nunca quis se importar com isso.

    • A explicação é simples: o povo é conservador, e ficou escandalizado com a pauta do PT no terreno dos costumes, aquilo que se convencionou chamar de marxismo cultural. Vendo seus valores enxovalhados, acossado pelo crime e pela imoralidade, o povo das periferias correu a quem prometia moral e combate ao crime.

      Vocês precisam entender que democracia é fazer o que o povo quer, e o povo quer isso: religião, família e bandido na cadeia (ou no cemitério). Enquanto vocês não entenderem isso, não vão voltar ao poder. Mas continuam sonhando com uma "revolução cultural" que vai enquadrar o povo naquilo que vocês acham que deve ser.

      • Ora, o que são “os costumes”?
        É ser contra o aborto e, quando a filha solteira fica grávida manda tirar?
        É ser a favor do encarceramento em massa e, quando o filho faz merda, gasta todas as economias com advogados para trazer o rapaz mais rápido para casa?
        É dizer que homossexualismo é questão de educação familiar e, quando descobre que o filho é gay o expulsa de casa?
        É ser a favor das privatizações e, quando passa no pedágio da estrada reclama por ter de pagar tanto para rodar tão pouco?
        Hum, sei...

        • Os evangélicos conservadores não manda a filha grávida abortar: casa-a com o pai da criança, e, num extremo, cuidam dos netos (que amam de paixão).
          Quando o filho "faz m...", eles muitas vezes dão os tapas que o imbecil merece - para, depois, visitá-lo toda vez que é possível, na cadeia.
          Filho gay? Sairá de casa por vontade própria, depois de tantas indiretas e "vou orar por você" de pais que amam os filhos, mas odeiam o pecado.
          Privatizações? Eles amam isso - e pagam o preço, com gosto.

          Colocar a culpa do conservadorismo brasileiro nos evangélicos é esquecer-se de que todas essas práticas nefastas eram coisa de um país de 90% de católicos. Não culpe os evangélicos pelo que já existia antes das Igrejas crescerem por essas bandas - esse país nunca foi agnóstico, tampouco ateu.

          • Não fale por eles. Fale por você.
            A realidade está aí e todos vêem.
            O que acontece na maioria das vezes é o que eu relatei acima e não o que você está dizendo.

          • "Não culpe os evangélicos pelo que já existia antes das Igrejas"

            Eu não fiz isso. Quando critico esse circo de pastores "fazendo milagres" e pedindo dinheiro, não estou defendendo o catolicismo.
            Pra mim, católicos e evangélicos incorrem no mesmo erro: Acreditam em Papai Noel e esperam um salvador, enquanto padres e pastores enriquecem engambelando os fiéis.

          • Os neopentecostalistas estão conquistando o Brasil.
            Até traficantes do Rio de Janeiro estão virando evangélicos e atacando templos de religiões de matriz africana.
            Seriam as Cruzadas Evangélicas?
            Que bela obra, hein, irmão.

          • Os neopentecostalistas estão conquistando o Brasil.
            Até traficantes do Rio de Janeiro estão virando evangélicos e atacando templos de religiões de matriz africana.
            Seriam as Cruzadas Evangélicas?
            Que bela obra, hein, irmão.

          • O povo quer quase tudo isso aí que você colocou. Pode não gostar de pedágio, mas povão mesmo anda é de ônibus ou de trem.

            Democracia é fazer o que o povo quer.

  • Pentecostalismo e neo pentecostalismo, podem ser considerados estratégias da guerra não convencional, de conquista, traçada a partir dos EUA quando do início da expansão sobre a América Latina no século 20. Questão se segurança nacional portanto.

    • Agora já era. Era para Getulio Vargas ter banido isso quando começou a entrar aqui nos anos 50s. A serpente já esta adulta. O que nos aguarda é uma guerra civil

  • Este estudinho ái de pssoa qu se acha "do meio academico e jornalisitico" nada sabe do Poder de Deus que existe sim e está a disposição nas Igrejas através da pregação da Palavara de deus - a Bilblia canonica.
    Eu mesmo quase estava indo morar nas marquizes de curitiba e já ficava nas ruas ( em cwb a cracolândia fica nos hoteis e pensoes de alta ritatividade, eles escondem os usuarios das ruas) e estão morrendo assim como em qualquer ligar do brasil e eu fui sim alcançado pelas Orações e por pessoas que se dispõem a abraçar os sujos, os imundos, os doentes, como eu fui um dia.
    Mas gostaria também de esclarecer que aqui em curitiba mesmo aqueles "lideres comunitarios" que durante decadas auxliavam o povo, nas associações nas vilas nos brejos etc, pegaram seus carguinhos no governo do PT e dai deixaram de usar chinelo bermuda e já compraram seus tenis de marca, seus carros e já não andavam mais de Busão..passaram a ter uma vida de "elite" frequentar lugares da burguesia da rpeublica de curitiba sob os olhos atentos dos fascistas, neonazistas, dos ricos , que ficara só observando até aonde estes "lideres iriam chegar" para dar o golpe fatal . Mas comeram pelas bordas , cooptaram todos os lideres de bairros que não se corromperam com as benesses dos carqguinhos e criaram suas associações, creches comunitarias, elegeram inicialmente suseus vereadores, estadusias, federais senadores e hoje esta ái um capitaõzinho do mato Presidente da Republica.
    Outro dia conversnado em um ex-federal do PT ele simplesmente disse que estava indo morar em Salvador porque cwb estava insuportável...são estes deste nipe que resultou de um PT governo que por mais que discursem a favor dos pobres só frequentam lugares da elite e abandonaram a lanchonete , o cachorro quente, o chimarrão e a visitação, e quem está fazendo isto são fascistas bonsonaristas que também infltram o ódio nos discursos e pregações das Igrejas mas o povo sabe sim que muitos que estão nos altares são politicos travestidos do "pastores" , e esperam um dia a volta de alguns terrivelmente evangélicos mas também progressistas pra falar alinguagem do povo brasileiro e entender o que precisam. Deus nos abençoe!!!
    Ps: o abuso do poder egligioso com a frequente presença e discursos politicos nas Igrejas são atualmente a maior arma para eleger os fascistas de direita, mas ninguem filma apura fotografanem grava pra denunciar, nem mesmo os juridicos quanto menos o MP que faz vista grosssa, e virão com toda força este ano fazendo das casas dos membros comites de bairros, o absurdo abuso do golpe passou sim e passará pelas Igrejas.

  • Texto fraco. O crescimento dos neopentecostais está associado diretamente ao fim das comunidades eclesiais de base. João Paulo II, Ratzinger e, internamente, a mão pesada e dura de Eugênio Sales conduziram o processo. Eugênio, grande amigo de Roberto Marinho, inicia as CEBs quando em Natal, e as destrói a partir de sua ação no Rio e no poder nacional que assumiu durante o pontificado de Karol Wojtila. Qualquer nomeação de padre e bispo passava por ele e por sua aprovação. Ele moldou a atual IC brasileira. Fragilizou Paulo Evaristo, com a divisão da arquidiocese de São Paulo; fragilizou Hélder Câmara; exilou Luciano Sales de Almeida em Mariana. Silenciosamente, viu o avanço dos carismáticos e dos padres espetáculos. Óbvio, tudo isso teve o apoio financeiro e logístico estadunidense, mas, também, dos partidos religiosos israelense. Quanto ao texto, em sua descrição da realidade brasileira, omite o enorme poder do segmento batista em suas denominações variadas. Têm a mesma capilaridade das Assembleias, mas, como na matriz estadunidense, são divididos entre diversos líderes. A influência midiática da IURD é enorme, mas a capildaridade das IBs, o poder financeiro que possuem, e os grandes contatos externos indicam que são mais efetivos na ação política. Este não é um tema simples e o rumo atual não será alterado sem que a IC altere seus rumos no país e volte a estar junto ao povo sofrido e oprimido. Espero que Francisco seja jesuíta e aja.

  • Prezado Nassif, ótima leitura do fenômeno religioso de poder. Assisti ao “culto da virada” de uma igreja no canal fonte, só pra confirmar o que vi presencialmente um único dia em que estive na igreja daquele “pastor”. Primeiro um apelo enorme para as “ofertas” do início ao fim do “culto” depois uma imagem enorme da bandeira do Brasil e o pedido de oração pelo “nosso querido Presidente e contra os inimigos dele” uma verdadeira lavagem cerebral pra enriquecimento ilícito e manipulação da mente das ovelhas para acreditar que o Presidente atual é representante da vontade Divina. Da náuseas assistir.

  • Não sei se o Nassif se dá ao trabalho de assistir a algum programa dos evangélicos - os da igreja católica são enfadonhas. Mas a exploração da ignorância ( não vou colorir) é caso de polícia.
    Em tempo, no Youtube há infinidades.

  • O que o autor esqueceu foi uma importante diferença entre Europa e America Latina: na Europa, não se permite a fundação live de seitas de um dia para outro. Por exemplo, recentemente saiu a noticia de que em Berlim a igreja universal foi proibida de operar. A America Latina segue o mal-exemplo da maior fonte de seitas que já existiu no mundo: os Estados Unidos. Assim como lá, na America Latina é facílimo criar uma nova seita e arrebanhar milhões de tolos, quer dizer, fieis. Basicamente o estado não oferece proteção nenhuma para a população contra esses grupos que criam seitas manipuladoras, e ainda oferecem inúmeras vantagens financeiras, como todos presenciamos. Esse é o motivo numero para o crescimento dessas instituições criadas por embusteiros.

    • E se as leis fossem respeitadas e as autoridades atuantes em suas responsabilidades e não em cultos histéricos, a maioria dessas ditas "igrejas" não existiriam......

Recent Posts

A aliança entre Nordeste e China apavorava o imperialismo antes do golpe de 1964

Revisitando a luta pela reforma agrária no Brasil liderada pelas Ligas Camponesas e sua história…

19 minutos ago

CEE e CRIS marcam participação da Fiocruz nas discussões sobre Saúde do G20

A Saúde está na pauta do T20, em especial, nas Forças-Tarefa 1 e 6, tendo…

2 horas ago

Dólar chega a R$ 5,28 após anúncio de nova meta fiscal

Mercado financeiro não recebeu bem o déficit zero proposto pelo Planalto; tensão no Oriente Médio…

2 horas ago

Advogados da Petrobras implicam Dallagnol em processo nos Estados Unidos; leia o depoimento

Advogados da Petrobras contaram em depoimento ao CNJ os bastidores da cooperação da Lava Jato…

3 horas ago

Comissão do Senado proíbe uso de bens públicos para homenagens à ditadura militar

Prédios, rodovias federais e bens públicos da União também não podem receber nomes de militares…

3 horas ago

Conib visita o presidente de Israel após retaliação do Irã

Formada por líderes da comunidade judaica, a delegação defendeu a pluralidade política interna, mas que…

4 horas ago